Corujas sem Asas - Temporada 2

Corujas Sem Asas 2×11 – Hanisionativos

Cartaz 02- Corujas Sem Asas - 2ª Temporada

“Corujas Sem Asas”

uma web-série de Pedro Paulo Gondim

2ª temporada || Episódio 11*

* início da 2ª parte da 2ª temporada
VEJA ABAIXO A NOVA ABERTURA!

https://www.youtube.com/watch?v=j1kjMwBpRqI&feature=youtu.be

“Hanisionativos”

Um ano hanisinediano depois… (aproximadamente dois meses terrestres)

Oeste. Pannakah. Nova Escola. [Manhã].

Mariana: [acenando] Tenham cuidado crianças! Já sabem, a tia Frédëtda cuidará de vocês por um tempo. [sorri] Nossa filha é linda.

Heitor: [cruzando os braços] Já disse a você que não assumirei responsabilidade alguma sobre Patrícia. Não gosto de você! Sobre Pedro Daniel eu até entendo, filho de uma mulher que eu realmente amei.

Mariana: [franze a testa] Então por que a acompanhou até aqui?

Heitor: [olhando-a friamente] Eu já passei por isso. Não quero que ela se sinta só logo no primeiro dia de aula. Foi uma ótima escolha de Ybanô! Lembro-me de quando minha mãe Mariah morreu. Meu “primeiro dia” foi terrível!

Mariana: [levantando os ombros] De qualquer modo, vamos voltar à Xurtura. As corujas vão entregar a nave pronta ainda hoje.

Heitor: Nossa, aqueles dias no deserto foram horríveis, mas tudo bem. Esse é o nosso futuro. O destino de nosso mundo corre perigo. Não quero perder meu irmão. Pelo menos queria revê-lo.

Mariana: [olha para cima] Ah, quanto amor. Vamos logo!

Eles cerram os punhos e, fazendo uma leve força, grandes asas brancas aparecem. Em seguida, Mariana e Heitor voltam voando ao palácio real.

O local foi reconstruído como era antigamente por meio da magia dos guardiões e as lembranças de Ybanô. Logo a frente do local, eles pousam. Atrás deles, há uma enorme nave quadrada e azul quase verde, nomeada de “PETRÓLEA”.

Novo Palácio Real. Térreo/Hall principal. [Manhã]

Macho: [animado] Boas novas, pessoal! [Mariana e Heitor se aproximam] Hoje sairemos de volta ao planeta de vocês. Já está tudo pronto!

Ybanô: [chegando] Devemos chegar um pouco mais rápido, uns 10 dias-luz no máximo.

Sophia: [chega rindo] Oi gente. [continua a rir] Seu irmão é uma comédia, Mariana!

Mariana: [curiosa] O que vocês andaram aprontando?

Ybanô: [interrompendo] Seja o que for, não conte agora. Nós iremos para a nave, tenho algumas novidades sobre os hanisionativos que precisam saber. E para…

Ouve-se então um grande estrondo. Todos saem correndo para ver o que é. Até as corujas, as quais estavam dando os últimos retoques antes de saírem de Hanisined, saem da nave para ver o que houve.

Todos olham para os lados, contudo não se nota nada de especial ocorrido. Atordoados, eles embarcam na “PETRÓLEA” enquanto Ybanô fecha os portões do Palácio Real. Em informação, Savabian foi procurado, apesar de que os esforços tenham sido em vão, pois ninguém o encontrou.

PETRÓLEA. Cabine de comando. [Espaço]

Ybanô: [pronunciando] Antes de continuarmos nossa jornada, quero dar essas pílulas para todos vocês. Elas irão fazê-los regressar ao tamanho normal. Eu também vou tomar uma, vai que o povo me acha estranho! E… corujas? [todas as 500 o encaram] Mudem também para um tamanho considerado “normal” de lá.

Em fração de segundos, todas as “sem asas” ficam novamente de 40 a 50 cm de altura. Os guardiões tomam as pílulas e voltam a ter entre 1.50 a 1.80 de altura. Ybanô fica com 1.55 e reclama sobre sua nova estatura.

Ybanô: E mais uma coisa! A pista de Pokoh nos deu vantagem, mas isso não significa que tenham pessoas querendo que Sombra seja liberta.

Rodrigo: [entranhando] Pensei que não houvesse uma maneira de tirá-la de lá.

Fêmea: [aproximando-se] E tem várias alternativas, porém a mais provável seria o uso da adaga que encontramos. Se Sombra for atingida e não cortada, sua alma de liberta. Se ela for somente cortada… ela se liberta para o mundo.

Ybanô: O irmão de Guikoltra mencionou que, para nos ajudar a combater nossos inimigos, vamos precisar de “jovens hanisionativos”. São descendentes de guardiões que não tiveram a posse das asas, mas ainda podem, como se fossem reservas.

Mariana: [intrigada] Só me tira uma dúvida: Se as asas vão para descendentes, por que não vi asas em Patrícia até hoje?

Ybanô: [quase sarcástico] Ah, isso é simples! Se existem hanisionativos, e se eles são jovens, isso quer dizer que as asas de Ana e Arthur foram para dois netos dos guardiões como vocês. Sendo assim, duas pessoas entraram para o elenco de “novíssimos guardiões das asas”. E o melhor: já localizei todos, buscando referências, pesquisas e algumas coisas aqui de “PETRÓLEA”!

Terra. 14 de dezembro de 2014 [data atual na série]. Argentina, Buenos Aires. Padaria. [Manhã]

Uma garota de 16 anos, peso médio-baixo, estatura média-alta, olhos castanho-escuros com cílios arrepiados, gloss rosa choque em seus lábios, usando uma blusa de estampa floral, calça jeans azul-escura, sapatinhas vermelhas com laço na ponta, relógio digital em seu pulso esquerdo e pulseiras diversas no direito, entra na loja. Seus longos cabelos ondulados e brilhosos, terminando com luzes roxas nas pontas, balança ao entrar no local e passar debaixo de um ar condicionado. Ela senta num banco à frente do balcão e coloca sua bolsinha rosa em seu colo. Alguém liga para ela.

Homem: (somente voz) Isabella, compra leite aí também. Não vou ter tempo de fazer compras hoje.

Isabella Erthal: [aborrecida] Tudo bem. Aliás, quando vai ser nossa viagem pra Madrid?

Homem: [entristecido] Não podemos ir. Há muitas coisas pra terminar antes do natal. Iremos ficar aqui.

Isabella: [flébil] Mas… e as reservas? As passagens já pagas?

Homem: Tudo foi cancelado. Tenho que ir agora. Tchau!

Isabella: Não, o senhor não pode… [fica nervosa] Droga, desligou! Sou uma triste jovem que não consegue nem namorado, imagina uma viajem pra comemorar mais um natal? Mas tudo o que eu queria mesmo seria conhecer meu irmão. Meu pai fala que ele desapareceu há muitos anos, logo depois de alguns anos da morte de nossa mãe.

El Salvador, San Salvador. Museu Nacional de Antropologia. [Manhã]

Uma turma de 20 pessoas está fazendo um tour pelo museu, discutindo sobre as obras e os artefatos apresentados.

Guia: (somente voz; traduzido do espanhol) Esta aqui é uma estatueta representando uma vítima sacrifical do período pós-clássico…

Homem: (também só voz) Douglas, depois você quer comer alguma coisa?

Douglas Roncalio: [cansado] Já disse que não. Olhe, você acha que é meu pai, mas eu não o considerarei jamais como tal!

O menino, de 15 anos, estatura média-baixa, peso médio, meio corpo atlético, de olhos verde-claro, cabelos castanho-claros em corte clássico repartido de lado, covinhas no rosto, uma pinta à região do olho direito, usando camiseta azul-claro de manga longa, listada em tons branco e azul-cobalto, calça jeans preta, sapatênis de couro em cor bege e uma fita amarela amarrada no pulso esquerdo.

Homem: Eu só quero ser seu amigo. Por isso eu te adotei, para ter uma chance de ter o aconchego de um filho. Sentir o “gosto” de uma família.

Douglas: [nervoso] Eu não quero saber! Me leve de volta ao orfanato, por favor!

Japão, Okinawa, Emerald Beach. [Tarde]

Um garoto de 15 anos, cabelos lisos e aloirados formando uma franja, usando um boné vermelho, óculos escuros escondendo seus olhos castanho-claros, algumas pequenas espinhas aparentes na bochecha direita, peso médio, estatura alta-baixa, usando camisa branca sem mangas, bermuda xadrez e sandálias azuis, está sentado de frente para o mar em uma toalha simples de cor ameixa. Uma mulher o chama.

Mulher: (somente voz; nota-se que está ao lado dele) Matheus, quando vai almoçar?

Matheus Córdoba: [levanta-se] Nossa, nem estava me lembrando disso. Mas já que veio aqui… pode me informar algo?

Mulher: Claro! É sobre nossa estadia no hotel?

Matheus: [desanimado] Não necessariamente, mas… quanto tempo a gente vai ficar aqui? Não quero mais voltar pro Brasil!

Mulher: Para de teimosia. Não vou de deixar largado sozinho aqui no Japão! Sinto muito, mas você voltará comigo e com seu padrasto ao Brasil daqui a 10 dias.

Matheus: [ele senta e deita na toalha novamente fazendo drama] Ai de meu querido coração. O que será dele naquela terra que a profecia jurou se acomodar?!

Mulher: Acho que vou antes te levar é num psicólogo!

Espanha, Granada. Auditório Manuel de Falla [Noite].

Sentada numa das poltronas do teatro, uma garota de 14 anos, estatura média-alta, peso médio, olhos castanho-escuros, maquiada basicamente, batom lilás, usando um longo vestido vermelho com detalhes de lua e sol, brincos de ouro com rubi na extremidade inferior, pulseiras de argola no pulso esquerdo, usando sandálias de salto médio e grosso com tom amadeirado, cabelos negros, sedosos, longos e lisos, assiste à uma orquestra. Suas espinhas na testa e algumas nas bochechas estão cobridas pela maquiagem. Ela escuta uma voz baixa e acena para uma pessoa.

Mulher: [sentando ao lado dela] Liguei para sua tia, já está tudo combinado. Está feliz por voltar ao Brasil, Melanie?

Melanie Frasd: [sorrindo] Muito. Amanhã já arrumarei minhas malas! Irei quando?

Mulher: Calma! Você vai só daqui a 10 dias. Seria bom passarmos o natal em família, mas você está querendo ir para lá há anos!

Melanie: [frustrada] Só espero que o Matheus não esteja lá. Ô menino do capiroto, mãe!

Mulher: Ele é seu primo. Tenha um pouco mais de respeito.

Melanie: [nervosa] Quando aquele insuportável parar de ser uma puta maldita, eu lhe darei um milhão de dólares!

El Salvador. Ruas de San Salvador. [Noite]

O celular de Douglas toca. Ele atende, mas afasta o aparelho da orelha ao ouvir berros e o entrega a seu pai adotivo.

Douglas: É sua esposa. Quer saber onde estamos!

Homem: [para a esposa dele] Não fique zangada, meu amor. (…) Só porque não te avisamos? (…) Voltaremos ao país em breve.

Douglas: [impaciente] Não seria melhor esperar a crise acabar?

Homem: Para de piadas, Douglas! [volta ao celular] Dentro de 10 dias estaremos de volta ao Brasil, okay? Obrigado! [desliga o aparelho e entrega ao garoto] E claro, você não vai vencer tão fácil assim. Pensa que vou te levar novamente naquele lugar horrível que é o orfanato? Só pode estar ficando louco!

Douglas: [nervoso; anda apressado] Ah, velho imundo!

Homem: [rindo] Não vai escapar de mim tão fácil.

Argentina, Buenos Aires. Hotel Four Seasons. Quarto 502 [Noite]

Isabella: [na cama; entristecida] Merda, quando é que eu vou voltar pro Brasil? Eu quero minha cama, ela é mais confortável que essa. [gritando] Caralho! Eu quero sair daqui! [se acalma rapidamente] Gritar e falar mal sempre me sossega. Ah… De qualquer maneira, espero que isso dure só uns 10 dias. Nunca gostei de viajar. Se pudesse, ficava quieta em casa. O problema é a superproteção do meu pai!

Ela salta da cama, apaga a luz, liga a televisão, deita na cama, afofa o travesseiro, liga o ar condicionado com um controle, se cobre e assiste a um programa de humor. Seu pijama de bolinhas amarelas e vermelhas estava totalmente escondido agora pela grande coberta em que a Isabella se enfiou.

10 dias depois… 23 de dezembro de 2014.

Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS). [Manhã]

Ybanô está usando um terno de cor turquesa, gravata amarela com listras vermelhas, uma peruca castanho-clara, tamanho médio-curto, lisa fazendo uma pequena “onda” para a esquerda. Sua pele está menos machucada, mais brilhante, e está usando sapatos brancos de bico fino. Os guardiões estão com roupas joviais e modernas. Eles estão andando em direção ao aeroporto.

Vinícius: [encafifado] Como vamos achar os hanisionativos?

Ybanô: [sorrindo] Não se acanhem. O Futuro da Terra cuidou de tudo. Ele já sabe que estamos aqui para tirar um grande incomodo desse planeta. Alguns voos foram atrasados e outros adiantados.

Rodrigo: Isso significa que todos chegarão aqui ao mesmo tempo!

 

Nesta Quinta…

UM PLANO.

Ybanô: Prestem atenção!

UM ATO.

Sophia: Vamos lá!

E DEPOIS DE UM SEQUESTRO…

Laura: E tomara que a gente consiga descobrir!

CONHEÇA UM SINISTRO VELHINHO…

Thiago: Sejam bem vindos a minha humilde casa.

(…) Ximirica: Por que vive aqui neste ermo?

E A GUERRA ENTRE AMOR, ÓDIO E MAGIA!

Caçador: Acho que vamos ganhar uma boa grana.

(…) Ybanô: Estou desesperançado com todos vocês!

Corujas Sem Asas – 2×12 “Os Originais” – Quinta – 18h – no SdW

 

https://www.youtube.com/watch?v=JcBpoXZT9Tk

Pedro Paulo Gondim

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