Três Jogadas

Capítulo 8 – Três Jogadas

Três Jogadas.

Capítulo 08.

“Se alguém trai você uma vez, a culpa é dele. Se trai duas vezes, a culpa é sua.”

Eleanor Roosevelt

Cena 1. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Hospital Santo André / Manhã

Continuação imediata da cena anterior.

Fernanda: É o seu momento. Vai!

Adriana entra e vê o estado de Marta, que descansa. Ela se emociona e se aproxima de Marta. Adriana começa a chorar. No instante, ela segura a mão de Marta.

Marta de olhos fechados: Filha! – ela sussurra.

Uma lágrima escorre do rosto de marta. Adriana se emociona. Foca na imagem de Adriana, chorando.

Adriana chorando: A senhora ainda lembra-se de mim, mãe!

Marta se vira e abre os olhos com muita dificuldade: Adriana!

Adriana enxuga as lágrimas: Queria que você tivesse me chamado de filha novamente.

Marta fala com muita dificuldade: O que você quer comigo?

Adriana solta à mão de Marta: Não me trata dessa maneira. Será que a gente pode conversar?

Marta fica sem saber o que responder. As duas se encaram.

Cena 2. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

No corredor…

Luíza disfarça: Eu vim falar com a Alice. Eu sou assessora dela. Mas não a encontrei aqui. – ela sorri nervosa.

Tiago estranha: Assessora pessoal? A empresa forneceu uma assessora pra Alice, mas ela dispensou. Não minta garota. Quem é você?

Luíza: Eu já disse. Sou assessora pessoal da Alice.

Tiago: Espera. Eu estou lembrando de você.

FLASHBACK / NO DIA DA FESTA

Alice se aproxima de Tiago, que está bebendo. Luíza está bem próxima dali.

Alice, cutucando Tiago: Tiago. Você que convidou aquela garota ali? – ela mostra Luíza.

Tiago, analisando a garota: Nunca vi mais magra. Ela está fazendo o que na festa?

Alice, desconfiada: Nada, esquece. Eu devo ter convidado e acabei esquecendo. – ela se afasta. – O que essa garota quer comigo. Se nem eu, nem o Tiago a convidamos, como essa garota apareceu aqui?!

VOLTA A CENA

Tiago: Você é a mesma garota lá da festa. Cuja garota que Alice não fazia ideia quem era.

Luíza sorri: Ela não estava se lembrando de mim. Sabe como é confusão, nervosismo. Mas depois ela lembrou. Agora estou indo. Alice não está.

Luíza sai apressada e Tiago fica cismado.

Cena 3. Rio de Janeiro – Leme / Apt. Da Clarice / Manhã

Igor termina de se ajeitar no quarto. Ele vai até a cozinha e lá acha uma garrafa de uísque. Ele fica encarando a garrafa e resolve experimentá-la. Ele pega um copo e experimenta, tomando num gole só.

Paloma chega: Igor você viu… / – ela fica perplexa com Igor bebendo. Ele larga o copo e fica trêmulo. Ele se vira rapidamente. – Você está bebendo, Igor?

Igor disfarça: Não, claro que não. Você sabe eu detesto bebida. É água.

Paloma se aproxima: Água? Você acha que eu sou burra, Igor? Posso ter cara de idiota, mas eu não sou. Eu estou vendo a garrafa de uísque.

Igor guarda a garrafa: Tá. Eu estava bebendo. Mas eu juro que foi só a primeira vez. Eu sempre tive curiosidade. Eu só não estou entendo que moral você acha que tem pra me julgar.

Paloma não entende: Moral?! Eu não te critiquei. Só fiquei perplexa com o fato de você está bebendo.

Igor quebra o copo: Eu estou de saco cheio de vocês ficarem me atormentando. Eu sei, eu sei que sou a ovelha negra da família, mas vocês me sufocam.

Paloma furiosa: VOCÊS?! Igor, quem está falando com você é sua prima. A pessoa que mais quer o seu bem. Eu não estou entendendo que grosseria é essa.

Igor: Então fica sem entender. Só não vem atrás de mim. Eu preciso respirar um pouco.

Igor sai furioso e vai pro quarto. Kiara chega.

Kiara sorrindo: Igor passou que nem um furacão do meu lado. Aconteceu alguma coisa?

Paloma: Esquece mãe.

As duas se encaram por um tempo.

Kiara puxa assunto, sorrindo: Eu vou sair. Quer ir comigo?

Paloma sorri: Prefiro ficar em casa. Não vai ficar chateada? – Kiara nega. – Divirta-se.

Kiara dá um beijo na bochecha de Paloma e sai.

Cena 4. Rio de Janeiro – Copacabana / Copacabana Palace / Manhã

Célia e Petrônio assistem televisão.

Célia se levanta: Já pensou em algo para colocarmos a Alice na cadeia?

Petrônio desliga a tevê: Você tem certeza que quer continuar essa vingança?

Célia furiosa: Essa mulher tentou me matar, Enrico. – ele a olha. – Petrônio, desculpa. Essa mulher tentou te matar também.

Petrônio se levanta: Eu sei é que eu nunca pensei nessa coisa de se vingar. Você sabe que isso sempre foi uma ideia sua.

Célia: Eu não quero me vingar, Petrônio, eu quero fazer justiça. A Alice precisa pagar pelo o que ela fez e não só a mim, mas com todas as pessoas do teatro.

Petrônio: Tudo bem. Se for isso mesmo que você quer. Eu passei à noite pensando em uma ideia. – silêncio por um tempo. – A gente vai matar o Sérgio. – surpreende.

Célia: MATAR O MORDOMO?! – ela fica abismada. – O que o mordomo tem a ver com toda essa história?

Petrônio: Tudo. Ele e a Alice são próximos. A gente arruma um jeito de incriminar a Alice e pronto… Quem paga é ela! – ele sorri, radiante com a ideia.

Célia fica pensativa. Petrônio sorri, imaginando a cena.

Cena 5. Rio de Janeiro – Gávea / Perfumaria Premium / Manhã

Leandro termina de assumir um contrato.

Davi pega o contrato: Eu fico muito feliz de estar fechando contrato com você, Leandro. A gente vai entrando em contato para decidirmos mais sobre a festa.

Leandro recolhe a pasta: É festa de inauguração da empresa ou de lançamento de alguma linha de perfume?

Davi: As duas coisas. Vai ter a inauguração e na festa o lançamento. Você e sua família receberão o convite. Clarice o nome da sua mulher, não é mesmo?

Leandro sorri: Isso mesmo. – ele se levanta. – Dá licença.

Leandro sai. Davi continua arrumando a mesa. Na saída, Leandro acaba esbarrando com Jordan.

Jordan ri: Meu amigo! – eles se cumprimentam. – Está perdido aqui pela Gávea?

Leandro sorri: Não. Eu vim fechar contrato com essa perfumaria. Eles me contrataram para fazer a festa de inauguração.

Jordan feliz: Que bom Leandro. Fico feliz que você está se reerguendo e que as coisas estão dando certo. Eu estou indo tomar café. Não quer ir comigo?

Leandro olha o relógio: Claro. Ainda tenho um tempinho. Vamos lá.

Os dois saem. Dentro do carro de Kiara… Ela estaciona o carro.

Kiara procurando algo: Não pode ser. Não acredito que esqueci meu protetor solar dentro de casa. – ela vê uma padaria. – Na padaria não teria. – Do lado tem uma farmácia. – Mas do lado tem uma farmácia. Lá deve ter claro.

Kiara parte. Ao descer do carro, ela flagra Leandro e Jordan tomando café juntos.

Kiara perplexa: Não pode ser. – ela pega o celular rápido e tira uma foto. Ela sai dali apressada, sem comprar o protetor solar.

Na praia…

Kiara desce do carro ainda atordoada. Ela vai até a areia e se senta pensativa. Ela tira a “saída de praia” que vestia e vai pro mar. Pouco depois, Kiara volta e se senta na areia. Dois homens bem próximos analisam seu corpo. Eles comentam entre si, sorrindo.

Kiara joga charme: Até que você não está acabada! – ela se gaba.

Cena 6. Rio de Janeiro – Leme / Apt. Da Clarice / Manhã

Luigi toca a campainha. A empregada atende.

Luigi sorri: Bom dia, Janaína. Júlia está em casa?

Janaína fecha a porta: Tá no quarto dela. Vai até lá?

Luigi: Chama-a pra mim. Posso esperar sentado no sofá?

Janaína: Senta, vou chamá-la. Com licença.

Janaína sobe. Luigi se senta. No instante, ele tira a foto do bolso.

Luigi analisando a foto: Ainda bem que eu me lembrei de tirar a foto do bolso da outra calça. Ou perderia essa preciosidade. Eu ainda vou descobrir o que aconteceu nesse passado.

Júlia desce: Por que não subiu, Luigi?

Luigi se levanta e acaba deixando a foto no sofá. Foca na foto.

Luigi a beija: Eu ainda não conheço quase ninguém da sua família. Não ia me sentir bem.

Júlia sorri: Então já passou da hora de conhecer. – ela sorri. – Vamos subir. – ela o puxa.

Os dois sobem. Luigi esquece a foto. Janína se interessa pela foto, mas não mexe. Ela vai pra cozinha.

Cena 7. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

Alice chega em sua sala. Ela vê a carta.

Alice pega a carta: O que é isso? – ela abre a carta. – “Eu sabia que um dia nossos caminhos iam se cruzar novamente. Eu não esqueci tudo o que você fez comigo. Eu vou te colocar na cadeia e se não for possível, eu te coloco a sete palmos de baixo da terra, dentro do caixão. Eu acabo com você. Assinado, sua querida.” – ela fica perplexa. – Que palhaçada é essa?!

Ela pega sua bolsa e sai apressada.

Corte descontínuo.

Copacabana Palace/ Quarto de Célia

Célia abre a porta: Alice! Como descobriu onde eu estou?

Alice sai entrando: Larga de ser burra. – ela joga a bolsa na poltrona. – No dia que eu vim aqui vocês estavam. – ela se vira para Célia. – Olha isso. – ela entrega a carta.

Célia lê a carta e fica abismada: O que é isso? Quem escreveu isso?!

Alice furiosa: Isso não é obra sua. Ou é?

Célia: Claro que não. Hoje eu nem saí de casa. Eu disse que tem uma pessoa querendo te destruir. Eu te avisei.

Alice segura Célia: Me diz quem é o nome dessa criatura. ME FALA QUEM É A PESSOA QUE QUER SE VINGAR DE MIM.

Célia se solta: Não é você fazendo pressão assim que vai conseguir algo de mim. Eu não dou sem receber. Eu vou querer algo em troca, claro.

Alice: Quanto você quer. Me fala logo. Por quanto você vai se vender?

Célia sorri: Eu quero você do meu lado. Minha aliada. – Alice não entende. – Pra começar, eu quero ter liberdade de ir à sua casa. Amigas são pra isso! Unidas nos melhores e nos piores momentos, ah e claro, reunião básica na casa da amiga rica é sempre bom. Então, onde você mora?!

Célia ri para Alice que fica sem reação. Por dentro, Célia comemora que mais alguém quer destruir Alice.

Cena 8. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Manhã

Eliane termina de lavar a louça. A campainha toca. Vanessa está cabisbaixa.

Eliane abre a porta: Vanessa? Aconteceu alguma coisa na revista?

Vanessa ergue a cabeça: Será que eu posso entrar?

Eliane: Entra. – Vanessa entra e ela fecha a porta. – Mas então. Aconteceu alguma coisa? – ela diz, preocupada.

Vanessa: Eu estava ouvindo uns rumores lá pela revista e eu achei justo vir te contar. Você tem parte na empresa.

Eliane: Parte não. A revista é minha. Antes, você quer alguma coisa pra beber? Tem um suco de manga ótimo. Acabei de fazer.

Vanessa se senta: Eu vou aceitar. – Pouco depois Eliane traz o suco e ela bebe. – Então, é uma coisa chata, mas acho justo te contar. O pessoal de lá estava comentando que você não frequenta a revista. Que abandonou.

Eliane sorri: Eu esperava que isso um dia fosse acontecer. Só que é tanta coisa Vanessa. É difícil conciliar casamento e casa com emprego, com tudo. São tantos problemas.

Vanessa estranha: No casamento? – ela questiona.

Eliane: Também. Eu nunca conversei assim, abertamente com ninguém. Mas eu tenho quase certeza que o Tiago, o meu marido, me trai.

Vanessa cospe o suco assustada. Eliane desconfia.

Eliane não entende: Você sabe de alguma coisa, Vanessa? Se souber, me conta, por favor. Você é mulher e sabe que eu não mereço passar por essa humilhação, eu mereço saber!

Vanessa a encara, sem saber o que dizer. Eliane a encara também.

Cena 9. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Lanchonete / Manhã

Gustavo e Amanda se sentam.

Gustavo sorri: Então você mora por aqui? Mas é tão longe da universidade.

Amanda: Moro bem perto daqui. Mas a situação está ficando bem apertada. Eu te contei que não tenho mãe, nem pai, sou sozinha no mundo.

Gustavo: Você está precisando de alguma ajuda? Eu posso tentar te ajudar da melhor maneira possível.

Amanda cabisbaixa: Desculpa, mas eu prefiro que não. Eu sempre me virei, não vai ser diferente agora.

Stacy sai do hospital. Ela vai até a lanchonete. No balcão…

Stacy sorri: Uma batata por favor.

Na hora que ela vai procurar o dinheiro, uma moeda cai perto da mesa de Amanda.

Amanda se agacha: Deixa que eu pego. – Stacy pega a moeda e ergue a cabeça.

Stacy perplexa: Gustavo?! O que você está fazendo aqui? – Amanda se senta à mesa. – Com uma garota?! Então é essa a sua ocupação com a faculdade, babaca?! – ela se enfurece.

Foca em Stacy, furiosa. Gustavo fica sem saber o que dizer.

Termina o Capítulo 8!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

2 thoughts on “Capítulo 8 – Três Jogadas

  • Eita que as coisas começarão a esquentar: o Luigi fez o favor de esquecer a foto em cima do sofá… creio eu que a mesma irá parar nas mãos de Clarice!!
    Kiara deixou até mesmo de comprar o protetor com a cena que viu!! A união de Jordan e Leandro está deixando tanto ela quanto Clarice muito preocupadas.
    Que deslize foi esse Igor? E ainda pensou que conseguiria mentir para a Paloma, que é tão esperta.
    Eliane abra os olhos, não dê confiança à essa cobra!! A amante do seu marido é ela u.u
    Stacy logo flagrou o namoradinho com outra… acho que isto não vai prestar 😯

    • Sim, esqueceu. Será que você vai acertar?! Pois é. Está preocupando as duas e posso garantir que elas são capazes de qualquer coisa para afastar Jordan. Um baita deslize. Verdade, Paloma tão esperta foi enganada por ele. Coitada da Eliane, tão bobinha!!! Está tendo uma cobra como amiga. Imagina quando ela descobrir isso tudo?! Eita! Qual será a reação dela??! Obrigado por comentar, Rodrigo!!! xD

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