Maria Madalena

Capítulo 71 – Maria Madalena

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Capítulo 071

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Apartamento Anita/Maria Madalena. De tarde.
MADALENA: Parece mesmo. Só que diferente de novela onde os mocinhos tem um final feliz, o meu vai ser ficar sozinha. Criar meu filho sozinha, como já venho fazendo com o Léo.
MARIO: Talvez não. Talvez você encontre seu final feliz.
MADALENA: Eu não acredito nisso.
MARIO: Maria. Quero te fazer uma proposta?
Maria Madalena não fala nada. Mario considera um sinal e fala:
MARIO: Deixa eu te ajudar a criar esse filho. Deixa-me dar meu nome para ele.
MADALENA: Como? Acho que eu não entendi direito.
MARIO: Maria case-se comigo.
MADALENA: O que?
MARIO: Se case comigo. Eu prometo que vou te respeitar, que vou criar seu filho como se fosse meu, e se você quiser ninguém nunca Sabará que não é.
MADALENA: Você tem noção do que está me dizendo?
MARIO: Tenho sim. Eu não sabia explicar, mas sempre que estou perto de você, eu me sinto muito bem, como se meu mundo estivesse completo outra vez.
Madalena: Eu não sei o que dizer agora.
MARIO: Não precisa dizer nada, só pense a respeito. Pense no futuro dos seus filhos e principalmente no seu futuro.
MADALENA: Desculpa Mario, mas não pode ser. Você sabe que eu amo outra pessoa.
MARIO: Sim eu sei. E não estou pedindo que você me ame. Eu já vivi um grande amor, e fui muito feliz. Não espero encontrar outro amor assim. Mas acho que podemos ser felizes juntos, como bons amigos, que se gostam muito.
MADALENA: Eu sinto muito, mas não posso concorda com uma coisa dessas.
MARIO: Eu entendo. Mas pelo menos pense a respeito.
Maria Madalena fica sem saber o que dizer.
MARIO: Bom está na minha hora, eu preciso ir. Penso no que te falei. E se precisar de mim, mesmo que só como amigo você pode me ligar. O que conversamos aqui não muda a nossa amizade.
MADALENA: Ok. Obrigada! Por tudo, pela carona, por sua amizade, por seu carinho.

Casa da família Barreto. De tarde.
LUCAS: Você tem certeza que ela não veio pra casa nenhum desses dias?
NEIDIANE: Não senhor, a cama dele amanheceu feita todos o dias.
LUCAS: Cadê o Júlio? Ele deve saber de alguma coisa.
NEIDIANE: A senhora Barbara o expulsou da casa há alguns dias.
LUCAS: Mas eu achei que eles estavam…
NEIDIANE: Parece que ela descobriu que o Júlio estava aqui a mando do Edgar.
LUCAS: Serio, até aqui, aquele homem não tinha limites.

Apartamento de Anita/Maria Madalena. De tarde.
MADALENA: Você não sabe quem acabou de sair daqui.
ANITA: Quem?
MADALENA: O Doutor Mario.
ANITA: Serio? O que ele queria?
MADALENA: Ele me viu na rua e ofereceu uma carona. E me trouxe até aqui. Ai eu chamei ele pra tomar um café. Mas você não sabe o que aconteceu.
ANITA: Ele te beijou? Disse que te ama?
MADALENA: Não exatamente. Mas porque você achou isso.
ANITA: A Maria, só você não via como ele te olhava, quando estávamos no hospital. Eu só não falei nada porque achei que você e o Lucas iam se entender. E tinha o Beto também.
MADALENA: Serio?
ANITA: Sim, mas vai, me conta o que aconteceu?
MADALENA: Acho melhor você se sentar.
ANITA: Fala logo.
MADALENA: Ele me pediu em casamento.
ANITA: Não brinca. Verdade?
MADALENA: Sim.
ANITA: E você? Aceitou?
MADALENA: Você ta doida. Como que eu ia aceitar.
ANITA: Aceitando. Mas vai me conta tudo, o que mais ele disse?
As duas se sentam no sofá e Maria Madalena conta tudo que aconteceu para Anita.

Apartamento do Lucas. De tarde.
ESTER: E ai alguma novidade?
LUCAS: Não, parece que minha mãe sumiu mesmo.
ESTER: E você passou na delegacia pra registrar o desaparecimento?
LUCAS: Passei sim. Mas ninguém me tira da cabeça que essa é mais uma armação da dona Barbara pra chamar atenção.
ESTER: Será?
LUCAS: Eu não duvido nada. Ah! Falando em delegacia, quando passai lá descobri que o Júlio, o motorista lá de casa que tinha um caso com a minha mãe, ta preso. Parece que ele roubou um carro.
ESTER: Ele está preso?
LUCAS: Pois é.

Alguma Rua de São Paulo. De noite.
Barbara atravessa a rua e caminha até de baixo do viaduto. Ainda vestindo o vestido preto, do dia do enterro de Edgar, e sujo, com os cabelos soltos e despenteados.
TONHO: Quanto você conseguiu faturar hoje Maria?
BARBARA: Eu não gosto que você me chame de Maria!
TONHO: Eu te chamo do jeito que eu quiser – disse dando um empurrão nela. – Aqui quem mando sou eu, e você nem sabe seu nome mesmo, ou sabe?
BARBARA: Eu não lembro, mas tem alguma coisa que me faz não gostar do nome Maria.
TONHO: Agora que vou te chamar de Maria mesmo. Agora vai me fala quanto você conseguiu arrumar.
Barbara abre a sacola que estava carregando.
TONHO: Só essa merreca – disse ao ver umas poucas moedas. – Eu devia te deixar sem comida essa noite.

NA MANHÃ SEGUINTE.

Apartamento de Anita/Madalena. De manhã.
MADALENA: Anita eu vou na padaria comprar pão pro café da manhã, você quer algumas coisa?
ANITA: Não, obrigada.
Maria Madalena sai do apartamento.
Anita põe água na cafeteira e fila para ela filtrar o café.
O Celular de Anita toca. Ela olha o número que quem está ligando e atende.

Conversa ao telefone:
ANITA: Oi o que você quer?
VINICIUS: Até quem fim você atendeu.
ANITA: Não deu antes, a Maria está sempre por perto.
VINICIUS: Como ela está?
ANITA: Eu pensei que com a morte do Edgar eu não ia mias precisar fazer isso.
VINICIUS: Eu digo quando você pode ou não parar, lembre-se que você me deve.
ANITA: Ela tem passado por muita coisa. Ela está grávida.
VINICIUS: Grávida?
ANITA: Pois é, o terminou com o Lucas, parece que ele vai se casar com a ex que também esta grávida.
VINICIUS: Eu me afasto uns dias e perco tudo isso.
ANITA: Foi só pra isso que você me ligou Vinicius?
VINICIUS: Na verdade não, eu preciso que você de um jeito que pegar uma coisa pra mim com o Sal no ARES. Ele está sendo vigiado pelo policial então eu não posso me aproximar.
ANITA: Você não vai consegui fugir da policia pra sempre.
VINICIUS: Isso não é da sua conta. Faça o que eu estou falando e nosso acordo está desfeito.
ANITA: Tudo bem, eu faço.

MADALENA: Faz o que?
Anita se vira assustada e deixa o celular cair.
ANITA: Você já voltou? – disse se abaixando para pegar o celular.
MADALENA: Eu ainda nem fui, quando ia descer as escadas vi que tinha esquecido minha carteira e voltei. Agora você vai me dizer o que você vai fazer pro Vinicius além de contar tudo que acontece na minha vida.

Apartamento de Lucas. De manhã.
Ester acordou muito mal nessa manhã e está sentido fortes dores de cabeça.
LUCAS: Como ele está? – Pergunta para a enfermeira.
ANA: Ela está bem agora, ela tomo os remédios e se tranquilizou um pouco.
LUCAS: Não é melhor leva-lo no hospital.
ANA: Não precisa. Ela já está melhor. E eu já falei com o Doutor Jorge, ele vai passar no final do dia aqui, para examina-la.
LUCAS: Ok. Obrigado Ana, eu não sei o que faria sem você.

Apartamento de Anita/Madalena. De manhã.
ANITA: Maria eu posso explicar.
MADALENA: Explicar que você esteve me enganando esse tempo todo, se fazendo de minha amiga.
ANITA: Eu sou sua amiga.
MADALENA: Amiga! Só se Fo amiga da onça. – Ela grita.
ANITA: Eu sou sim sua amiga – disse chorando.
MADALENA: Com uma amiga como você, que me apunhala pelas contas, quem precisa de inimiga não é?
ANITA: Eu precisei fazer isso, você não entende.
MADALENA: Não entendo mesmo. Eu confie em você. E você me traiu.
ANITA: Maria deixe eu explicar.
MADALENA: O que? Qual é a mentira que você vai me contar agora?
ANITA: O Vinicius me pagava pra falar o que acontecei com você.
MADALENA: Você me traiu por dinheiro.
ANITA: Eu precisava desse dinheiro. Minha mãe precisava. Minha mãe tem um câncer muito raro. E o Vinicius ofereceu que pagar o tratamento se eu fizesse uns favores pra ele.
MADALENA: Favores? Que favores?
ANITA: Eu vou te contar tudo desde e começo.

Apartamento de Lucas. De manhã.
Lucas entra no quarto e se deita ao lado de Ester.
LUCAS: Como você está. – disse passando a mão no cabelo dela.
ESTER: Um pouco melhor. Eu só não entendo porque sinto tanta dor de cabeça.
LUCAS: O medico já te explicou que é por causa da gravidez, ela está exigindo muito de você.
ESTER: Mesmo assim, isso não deve ser normal.
LUCAS: Sabe de uma coisa, acho que devíamos nos casar logo. O que você acha de casarmos daqui a duas semanas?
ESTER: Serio?
LUCAS: Sim.
ESTER: Eu viu adora. Mas e a sua mãe?
LUCAS: Até ela já vai ter aparecido. Provavelmente está viajando com um novo amante por ai.

Apartamento de Anita/Madalena. De manhã.
ANITA: Todo começou em uma noite, quando depois do expediente ele me viu chorando. Ai eu contei pra ele que minha mãe estava com esse câncer raro e que o tratamento era muito caro. Foi ai que ele se ofereceu pra pagar o tratamento se eu fizesse um favor para ele. Ele me mostrou uma foto, uma foto sua, e me disse que você estava vindo para São Paulo, que quando você chegasse era para eu me aproximar de você e sugerir que você trabalhasse no ARES.
MADALENA: Mas como ele sabia que eu estava vindo pra São Paulo?
ANITA: Isso eu não sei, também achei estranho. Mas ele é bem relacionado, só depois eu fiquei sabendo que ele estava envolvido com o Edgar Gouveia. Depois que te conheci, que te levei no ARES e te convidei pra morar aqui, pensei que tudo voltaria a normal que seguíramos com as nossas vidas. E no começo foi assim, e acabamos nos tornando amigas, imãs. Só que depois o Vinicius apareceu aqui com o Edgar, e falou que era para mantê-los informado sobre tudo que acontecia na sua vida. Eu falei que não ia fazer, mas o Vinicius ameaçou de para de pagar o tratamento da minha mão. Eu não tive escolha.
MADALENA: Tinha a de me contar a verdade.
ANITA: Eu sei, mas fiquei com medo de estragar nossa amizade.
MADALENA: Acho que mesmo assim você consegui estragar, não sei se posso mas confiar em você, não sei nem se nossa amizade foi verdadeira.
ANITA: Foi sim.
MADALENA: Pra mim isso para tudo muito errado.
ANITA: Maria por favor, me entenda eu fiz isso pela minha mãe.
MADALENA: Até ai eu entendo, e não te julgo, talvez no seu lugar faria o mesmo. Mas por agora eu não consigo aceitar. Eu não consigo te ter por perto.
ANITA: O que você vai fazer.
MADALENA: Eu vou sai desse apartamento o quanto antes, não tem mais condições de morar juntos, eu não consigo mais confiar em você.
ANITA: Eu entendo. Mas não precisa ter pressa, pode ficar o tempo que precisar.
MADALENA: Eu preciso ficar um pouco sozinha, eu vou pro meu quarto.
ANITA: Tudo bem.
Maria Madalena vai pro quarto.
Anita fica chorando na cozinha.
ANITA: Droga!
Ela pega o celular e joga na parede.

Alguma Rua de São Paulo. De noite.
Durante a noite chove muito forte, e a temperatura cai um pouco.
Em baixo do viaduto, Barbara se encolhe deitada no em cima de um papelão e coberta com algumas folhas de jornais.
Tonho por causa da chuva não voltou ainda, do ponto onde pede esmolas.
Abarbara corda por causa da fome e do frio.
BARBARA: Cadê o Tonho que não chega.

Bar no Morumbi. De noite.
ARTUR: Bruno eu preciso falar com você. Eu tenho uma coisa pra te contar.
BRUNO: O que é?
ARTUR: Mais por favor, sem risos ok.
BRUNO: Ok.
ARTUR: Eu sou gay?
BRUNO: Eu pensei que você ia falar uma coisa seria – disse rindo.
ARTUR: Você disse que não ia ri.
BRUNO: Ok, mas vai, falo o que é?
ARTUR: É isso eu estou saindo com um cara.
Bruno engasga coma bebida.
BRUNO: Como?
ARTUR: E não sei como aconteceu, de repente eu não consegui mais tira essa cara da minha cabeça e quando dei por mim eu estava apaixonado por ele.
BRUNO: Você não está brincando?
ARTUR: Não.
BRUNO: Mas como? Até outro dia você estava catando um monte de mulher.
ARTUR: Eu sei, mas nunca me apaixonei de verdade, nunca senti o que estou sentido por esse cara.
BRUNO: E quanto aquela garota por quem você suspirava há uns meses atrás? A que te ajudou quando você caiu da moto.
ARTUR: Acho que era só uma fantasia, por ela ter me ajudado, fora que nunca mais eu a vi.
BRUNO: E como você conheceu esse cara.
ARTUR: Eu o conheço desde criança.
BRUNO: E eu conheço também?
ARTUR: Sim.
BRUNO: E quem é?
ARTUR: o Bernardo, seu irmão.
Bruno engasga com a bebida novamente.

Alguma Rua de São Paulo. De noite.
Barbara está sentada, encolhida no canto da parede, tendo se aquecer, coberta com jornais.
Ela escuta um barulho.
BARBARA: Até que em fim o Tonho está chegando. Espero que ele tenha trazido algo pra come.
Quando o homem se aproxima, Barbara percebe que não é o Tonho.
HOMEM: Você está com frio delicia? – disse se aproximando, meio cambaleando, pois estava bêbado.
BARBARA: O que você quer?
HOMEM: Te ajudar a se aquecer.
O homem bêbado cai por cima de Barbara.
Ele tenta começa a passar a mão no corpo dela.
BARBARA: Me solta – disse tentando se levantar.
Mas o homem a segura e tenta levantar seu vestido.
HOMEM: Vamos nos aquecer delicia.
BARBARA: Me solta! Socorro!
HOMEM: Grita, ninguém vai te ouvi, e mesmo que escutem, ninguém liga pra uma ninguém.
O Homem bêbado abre as pernas de Barbra e começa a desabotoar a calça.
Barbara Consegue chutar o homem e se levantar. Vendo que o homem ta tentando se levantar também ela sai correndo.

Bar no Morumbi. De noite.
BRUNO: Como assim meu irmão.
ARTUR: Eu não sei explicar, quando dei por mim estava sentido ciúmes dele, até que um dia agente se beijou.
BRUNO: Vocês se beijaram?
ARTUR: Sim.
Artur explica como as coisa aconteceram para Bruno.
BRUNO: Eu não sei o que dizer.
ARTUR: Diga que não tem problema pra você, que nada mudou entre nos.
BRUNO: É claro que não, você é meu melhor amigo, meu irmão, quer dizer, agora é cunhado.
Artur ri.
BRUNO: E olhe pelo lado positivo, sobra mais garotas pra mim agora.
ARTUR: Ei, você ta namorando a minha irmã. Se coporte eu te quebro a cara.
BRUNO: Eu digo o mesmo.
Os dois riem.

NO OUTRO DIA.

Café no centro da cidade. De tarde.
MADALENA: Que bom que você pode me encontrar aqui.
MARIO: Por sorte eu não tinha consultas marcadas hoje a tarde. Mas e ai tudo bem?
MADALENA: Sim.
MARIO: O que você queria me falar?
MADALENA: Eu pensei bem e decidi que aceito me casar com você.
MARIO: Verdade?
MADALENA: Sim.
MARIO: Quem bom que você aceitou.
Os dois continuam conversando sobre o casamento.

Escritório Dr. Ferrazo. De tarde.
LUCAS: Obrigado Ferrazo por me atender assim em cima da hora.
DR. FERRAZO: Imagina Lucas, você sabe que como seu pai, você também pode contar comigo pro que precisar.
LUCAS: Eu preciso que você me ajuda a agilizar o seguro da minha agencia de Turismo, esta tudo muito enrolado por causa da investigação da policia.
Dr. Ferrazo. Claro Lucas, eu vou vê o que consigo fazer.
LUCAS: Obrigado Ferrazo!
DR. FERRAZO: Lucas eu quero aproveitar que você está aqui para resolvemos umas coisas.
LUCAS: Que coisas?
DR. FERRAZO: A respeito da construtora do seu pai.
LUCAS: Qual deles?
DR. FERRAZO: Como assim?
Lucas conta tudo ao advogado referente o duvida de paternidade.

Em frete ao café. De tarde.
MARIO: Deixa que eu te levo em casa.
MADALENA: Na verdade não estou indo pra casa.
MARIO: Eu te deixo onde você quiser.
MADALENA: Não precisa, eu vou passar em uns apartamentos para da uma olha pra alugar.
MARIO: Alugar, por que.
MADALENA: Eu to saindo a apartamento da Anita, depois eu te explico.
MARIO: Mas não precisa procurar apartamento pra você morar. Nós vamos nos casar, venha morar comigo.
MADALENA: Como mora com você? Assim do nada, nem nos casamos, e sua família?
MARIO: Deixa que com minha família eu me entendo. Vou deixar você na sua casa, você arruma suas coisas e quando estiver pronta você me liga e eu busco você e o Léo para morarem lá em casa.
MADALENA: E você vai falar o que pra sua família, que você vai colocar uma mulher desconhecida dentro da sua casa, sem nem ao menos ter casado antes.
MARIO: Já falei que eu me entendo com minha família, quanto ao casamento, por mim casamos o quanto antes, que tal daqui a duas semanas?
MADALENA: Duas semanas, não ta muito em cima.
MARIO: Se você topar, não se preocupe, eu dou um jeito.
Madalena: Ok então, casamos em duas semanas.

Escritório Dr. Ferrazo. De tarde.
DR. FERRAZO: Você tem certeza disso?
Lucas: Sim.
DR. FERRAZO: Tudo bem então, eu vou fazer o pedido de exumação do corpo do Edgar e a solicitação do exame de DNA.
LUCAS: Obrigado Farrazo.

Apartamento da Família Corona. De noite.
ARTUR: Alguém sabe por que o Dr. Mario resolver fazer essa reunião.
DOROTEIA: Ele falou que tinha algo muito importante pra dizer para toda a família.
ARTUR: Mais eu tenho um compromisso agora.
GABRIELA: Eu também.
DOROTEIA: Calma. O Pai de vocês disse que já chegando.
Eles escutam o barulho do Elevador.
DOROTEIA: Deve ser ele.
Alguns instantes depois Mario abre a porta do apartamento e entra.
ARTUR: Até quem fim. O que é que o senhor tem de tão importante que não podia nos contar outra hora.
MARIO: Cadê a Ana?
DOROTEIA: Está na cozinha preparando o jantar.
MARIO: Gabi vai chamar ela por favor. Eu quero que também escute o que tenho pra dizer, afinal ela também faz parte da família.
DOROTEIA: Até a empregada.
MARIO: A Ana é como se fosse da família também. Ela já está com a gente desde que o Artur nasceu.

Apartamento Anita/Madalena. De noite.
No quarto Maira Madalena arruma suas coisa.
LÉO: Mãe porque nós vamos nos mudar.
MADALENA: A mamãe vai se casa com um amigo e nos vamos morar na casa dele.
LÉO: A senhora vai se casar com o Lucas?
MADALENA: Não meu filho, vou me casar com o doutor Mario, você se lembra dele, do hospital.
LÉO: Lembro sim.
MADALENA: Você gosta dele não é?
LÉO: Gosto sim, ele muito legal.
MADALENA: E ele tem dois filhos, depois que eu me casar com ele, você vai ter dois irmãos mais velhos.
LÉO: Oba, eu vou ter irmãos mais velhos.
MADALENA: Vai sim, agora vai pegar seus brinquedos que estão na sala par guardamos.
Leo sai do quarto correndo em direção à sala.
Ele se senta na cama e começa a chorar pensando no Lucas.
Nos dois se beijando, se tocando.
Ele se levanta, enxuga as lagrimas.
MADALENA: Deus! Espero está fazendo a escolha certa pelo Léo e por esse filho que está por vir – disse passando a mão na barriga.

Apartamento da Família Corona. De noite.
ARTUR: Pronto, já ta todo mundo aqui.
Agora com todo mundo reunido na sala Mario conta a novidade.
MARIO: Eu vou me casar.
Doroteia sente seu coração dispara de felicidade.
Doroteia em pensamento: Finalmente eu consegui.
GABRIELA: Como que é? Você o que?
MARIO: Eu vou me casa. Daqui a duas semanas.
ARTUR: Daqui a duas semanas, você pirou.
MARIO: Me respeite.
ARTUR: Te respeitar, como, você aparece aqui dizendo que você vai se casar, assim do nada. Será que podemos saber com quem é? Ou vamos conhecê-la só no dia do casamento.
MARIO: Você já a conhece, de certa forma.
Doroteia se levanta do sofá.
MARIO: O nome dela é Maria.
DOROTEIA: Maria! – disse se sentando novamente sem entender nada.
MARIO: É.
ARTUR: Eu não lembro de conhecer nenhuma Maria. Ela é alguma Medica do hospital.
MARIO: Não.
GABRIELA: Pai, você não pode se casar assim.
ARTUR: Eu concordo com a Gabi.
MARIO: Eu não to pedindo a aprovação de vocês, já ta decidido. Daqui a duas semanas eu me caso. Há e a Maria vai se mudar para essa casa amanhã.
DOROTEIA: Amanhã?
GABRIELA: Ela não vai nem esperar casar para querer virar da dona dessa casa, pra da o golpe.
MARIO: Pode para, eu não vou permiti que você fale assim dela. Amanhã quando ela vier para essa casa, eu quero que todos a tratem com o respeito.
GABRIELA: Eu não aceito que você coloque outra mulher pra ser a dona dessa casa.
MARIO: Você não tem que aceitar nada, a casa é minha.
ARTUR: E da nossa mãe também.
MARIO: A Maria não está vindo pra cá pra pegar nada de ninguém, muito menos o lugar da mãe de vocês. Eu amei muito a mãe de vocês, e ainda ama. Mas a vida precisa continua e agora a Maria também vai fazer parte da nossa vida.
GABRIELA: Eu vou pro meu quarto, não quero mais ficar escutando essa loucura.
MARIO: Gabriela!
GABRIELA: O que?
MARIO: Eu to falando serio, eu espero que você respeite a Maria, como a minha esposa que ela ser.
Gabriela vai pro quarto sem falar mais nada.
Doroteia se levanta e vai atrás da sobrinha.
MARIO: E você vai sair também.
ARTUR: Vou, mas porque já marquei com o Bruno e o Bernardo. Como você disse você já se decidiu então não tem porque eu falar mais nada.

NA MANHÃ SEGUINTE.

Delegacia de Policia. De manhã.
Lucas e Ester encontram o detetive Barros na delegacia.
LUCAS: Detetive Barros, eu posso saber por que você nos chamou aqui.
BARROS: O delegado está afastando, problemas de saúde e eu estou assumindo o lugar dele durante esses dias.
LUCAS: Certo.
BARROS: Eu chamei vocês três aqui, porque tenho umas revelações a fazer.
LUCAS: Nós três?
BARROS: A terceira pessoa acaba de chegar.
Lucas e Ester se viram para vê quem é.
LUCAS: Madá.
MADALENA: Oi.
LUCAS: Doutor Mario? O que o senhor está fazendo aqui?
MARIO: O Lucas.
MADA: Ele veio me acompanhar.
LUCAS: Eu não entendi.
MADALENA: Eu o Mario, vamos nos casar.
LUCAS: Casar?

Cemitério. De manhã.
Elizângela coloca fores em cima do tumulo.
Ela se senta olhando para a foto da criança e começa a chorar.
ELIZÂNGELA: Me desculpe minha filha, se eu não tivesse te abandonado, talvez você ainda estivesse viva.
Elizângela passa a mão na foto.
ELIZÂNGELA: Se eu não tivesse sido tão egoísta.
Um homem se aproxima e para atrás de Elizângela.
FERRAZO: Hoje fazem 20 anos. Eu sempre que posso vem visita-la.
ELIZÂNGELA: E minha culpa, se eu não tivesse abandonado vocês.
FERRAZO: Foi uma fatalidade, uma acidente. Ela sempre foi muita agitada, gostava de brincar, subir nas arvores. Ele subia e descia de uma arvore melhor do que ninguém. Mas o galho em que ela estava quebrou. Ninguém podia prever isso o fazer algo a respeito.
Elizângela olha para lapide novamente, para o nome escrito na nela.

“LUIZA MACHADO FERRAZO”

Delegacia de Policia. De manhã.
MADALENA: Pois é, vamos nos casar – disse segurando na mão de Mario.
BARROS: Bom já que está todo mundo aqui, podemos seguir né.
LUCAS: Claro.
BARROS: Ester no seu caso tem alguém que gostaria de falar com você, se você não se importar.
ESTER: O Júlio Soares. Ele disse que é muito importante.
LUCAS: Mais o que ele quer falar com ela.
BARROS: Acho que vocês não sabem, mais o Júlio é afilhado do Edgar Gouveia.
ESTER: Ele é afilhado?
BARROS: Sim. Ele disse que é muito importante falar com você, só depois ele vai contar o que sabe sobre o Edgar. O que nos leva ao seu caso Lucas.
LUCAS: Eu?
BARROS: Vamos entra na minha sala, lá eu te explico tudo, você tem Maria Madalena, o que vou dizer também é se deu interesse.
MADALENA: Tudo bem então.
MARIO: Você quer que eu entre com você.
MADALENA: Não precisa.
ESTER: E eu.
BARROS: Se concordar, vou pedir que o oficial Guerra te leva para falar com o Júlio.
ESTER: Tudo bem, eu falo com ele.

Cemitério. De manhã.
ELIZÂNGELA: Eu me arrependo todos os dias, de ter dado vocês dois para adoção. Mas eu era só uma criança, eu tinha 15 anos quando engravidei de vocês. Eu nem sabia dizer quem era o pai, eu estava muito bêbada na festa, naquela noite.
FERRAZO: Eu sei disso.
Elizângela continua chorando, sem se virar para olhar para Ferrazo.
FERRAZO: Eu e minha irmã fomos adotados por uma boa família, que adoraram adotar gêmeos. Eles nos amaram, nos Educaram. Eu só estou onde estou por causa deles.
ELIZÂNGELA: Eu agradeço a Deus todos os dias, por ter colocado esse casal de anjos na vida de vocês.
FERRAZO: E graças ao dinheiro deles, e tudo mais, que eu consegui te encontrar Mãe.
Elizângela se vira e abraça o filho.

Delegacia de Policia. De manhã.
Ester está sentada de um lado da mesa e Júlio do outro. Para ao lado porta da sala está o oficial Guerra.
ESTER: pronto estou aqui? O que você quer me falar?
JÚLIO: Quero começar pedindo desculpas?
ESTER: Desculpas? Pelo que?
JÚLIO: Porque te enganei, não te contei que sou afilhado do Edgar Barreto.
ESTER: É eu já soube.
JÚLIO: Mais não é sobre isso que quero te falar.
ESTER: O que é então?
JÚLIO: É sobre a morte do seu pai.
Ester se levanta.
ESTER: O que você tem pra falar sobre a morte do meu pai.
JÚLIO: Calma, ou o policial não vai me levar de volta pra cela.
Ester se senta.
JÚLIO: Não foi o João Barreto o responsável pela morte so seu pai.
ESTER: O que? Você não sabe o que esta dizendo.
JÚLIO: Sei sim, porque fui eu que escrevi a carta que seu pai deixou.
ESTER: Você o que?
JÚLIO: Eu sempre fui bom em falsificar as letras de outras pessoas.
ESTER: Não isso não é verdade.
Júlio é sim, foi logo depois que meus pais morrem, o meu padrinho apareceu dizendo que ia cuidar de mim. Foi assim que acabei virando seu vizinho. O Edgar alugou a casa do lado da sua. E contratou uma mulher para cuidar de mim, para se passar pela minha mãe.
ESTER: Eu não to entendo.
JÚLIO: A questão é que seu pai tinha se tornado um grande amigo de João Barreto, o braço direito dele na construtora, e estava preste a passa alguns das ações da empresa para o seu pai. Foi ai que o Edgar resolver tirar seu pai da joga. Fez parecer que seu pai tinha dado um golpe na empresa. E depois que tinha se suicidado por culpa. Eu chegai na sua casa na hora em que o Edgar tinha acabado de matar seu pai.
ESTER: Ele o matou?
JÚLIO: Sim, seu pai não se enforcou, foi o Edgar que o matou asfixiado.
ESTER: Não pode ser.
JÚLIO: Mas foi. Na hora que o Edgar me viu ele se lembrou de você. E decidiu fazer mais uma jogada, caso ele precisasse de você no futuro. E ele me pediu para escrever uma carta se passando pelo seu pai, acusando o João Barreto de ter arruinado a vida dele. E pediu que eu sempre estivesse perto de você, te apoiando em tudo.
ESTER: Chega eu não quero mais ouvi. Como você pode…
JÚLIO: Ester espera.
Ester ignora Júlio e sai da sala.

Em frente ao cemitério. De manhã.
FARRAZO: Você quer que eu te leve em casa?
ELIZÂNGELA: Não precisa, eu vim de carro.
FARRAZO: Agora que o Edgar está morto, não precisamos mais esconder que sou seu filho e que você é minha mãe.
ELIZÂNGELA: Eu sei! Mas acho melhor esperamos mais um pouco, vamos deixar a poeira baixar um pouco para não levantar suspeitas.
FARRAZO: Tudo bem então – disse colocando a mão no bolso e pegando o celular. – Um tem 3 ligações perdidas do Lucas.
ELIZÂNGELA: Acho melhor você ligar pra ele, deve ser importante.
FERRAZO: Tem uma mensagem dele aqui, pedindo para encontra-la na delegacia.
ELIZÂNGELA: Então vai. Ele deve ta precisando da sua ajuda.

Delegacia de Policia. De manhã.
Na sala do Delegado. O Detetive Barros conversa com Lucas e com Maria Madalena.
BARROS: No escritório de Edgar Gouveia, no dia em que ele foi morto, encontramos um gravador preso em baixo da mesa.
LUCAS: Um gravador?
BARROS: Sim, eu logo desconfiamos que ele grava algumas das conversas que ele tinha no escritório. Logo concluímos que é era bem possível que ele tivesse gravado a conversa com seu assassino.
MADALENA: Então vocês já sabem quem o matou?
BARROS: Infelizmente, não encontramos essa fita. Achamos que o assassino levou. Mas encontramos vários outras fitas guardadas no cofre do escritório. E nessas fitas tem varias conversas esclarecedoras que estão ajudando a concluirmos vários casos.
LUCAS: Vamos casos?
BARROS: Sim, ao que tudo indica, o Edgar era uma grande mafioso, responsável por vários crimes, entre eles sequestros, roubos e assassinatos. Entre uns desses casos está o do seu pai.
LUCAS: Você ta querendo me dizer que…
BARROS: Sim. O Edgar Gouveia foi o responsável pelo acidente que tirou a vida do João Barreto. Mas a questão é que não foi só ele.
LUCAS: Como assim.
BARROS: Infelizmente não posso te mostra a fita, pois ela contem varias outras conversa, e foram transferidas para Brasília e serão avaliadas pelo supremo tribunal de justiça. Pois até de crimes políticos há pistas nessas fitas.
LUCAS: Entendo.
BARROS: Mas onde to querendo chegar é que, além do Edgar Gouveia, mais duas pessoas participaram direta ou indiretamente na morte do seu pai.
Lucas olha para Maria Madalena e Depois para o detetive Barros.
Maria Madalena segura na mão de Lucas.
BARROS: Nas gravações das fitas releva que foi o Vinicius quem sabotou o freio do carro a mando do Edgar. E em uma das gravações mostra a Barbara pedindo ao Edgar que mate o João Barreto e ele combinado para ela abrir o portão para Vinicius entrar e sabotar o carro.
LUCAS: Minha mãe ta envolvida nisso tudo, não pode ser.

Continua…

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