Maria Madalena

Capítulo 70 – Maria Madalena

Maria Madalena – Últimos Capítulos.
Capítulo 070

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Hospital São Lourenço. De tarde.
DR. PAULO: O câncer já está em um estagio muito avançado, e esta em uma região muito delicada de ser operado. O que aumento os risco de morte para 95%.
LUCAS: E o que podemos fazer então.
DR. PAULO: Eu sinto muito, mas não tem muito o que fazer. Podemos fazer quimioterapia, para controlarmos um pouco o câncer e da um pouco mais de tempo para Ela, mas isso vai por em risco o feto, e provavelmente vai causar um aborto.
LUCAS: Mas quanto tempo ela tem doutor?
DR. PAULO: Com a quimioterapia, podemos estipular pouco mais de dois anos, sem a quimeo, alguns meses, no Maximo um ano, se fizermos acompanhamento constante.
LUCAS: Então ou ela vivi um ano e tem a criança ou vivi dois mais abortar.
DR. PAULO: Eu sinto muito!
LUCAS: Eu gostaria de falar com ela posso?
DR. PAULO: Claro!
LUCAS: Será que podemos manter isso só entre nos por enquanto.
DR. PAULO: Como preferir.

Delegacia de Policia. De tarde.
JÚLIO: Eu já falei que não sei de nada – disse para o detetive Barros, que o está interrogado.
BARROS: Será mesmo que não!
JÚLIO: Vocês não tem nada contra mim. O que tem nessa fita não prova nada.
BARROS: Então vamos ouvir novamente para vermos se não deixamos passar nada.
O detetive aperta o play do gravador/toca fitas:

Gravação:
EDGAR: Eu já falei para não se preocupar com isso, eu tenho já coloquei alguém dentro da casa para ficar de olho na Barbara, ela não vai fazer nada que possa nos prejudicar.
VINICIUS: E você tem certeza que pode confiar nele?
EDGAR: Tenho sim. Ele vai fazer tudo que eu pedir, ele é ingênuo e me idolatra. Ele vê em mim o pai que nunca teve.
VINICIUS: Como você o conheceu?
EDGAR: Isso não vem ao caso.
VINICIUS: Mesmo assim é muito arriscado mantê-la viva. Ontem mesmo ela estava bêbada, gritando em cima do tumulo, do marido, dizendo que tinha o matado. Sorte que eu vi, enquanto visitava o tumulo do meu pai e chamei o segurança. Já pensou se alguém presta atenção no que ela falou.
EDGAR: Eu já falei que ela não vai ser problema.
VINICIUS: Assim espero, ou eu mesmo a mato. Não vou por o meu na reta por ninguém.

O detetive aperta pause no gravador.

JÚLIO: Viu, não tem nada sobre mim. Eu já falei que não sei de nada disso.
BARROS: Eu até poderia acreditar nisso se não soubesse que o Edgar era seu padrinho. Que ele pagou seus estudos entre outras coisas. E me admira muito vê um homem formado em Adestração de empresas trabalhando de motorista.
JÚLIO: Isso não prova nada.
BARROS: Não, não prova, mas faz de você um dos suspeitos da morte do Edgar. Talvez você tenha o matado por esta cansando de ser o pau mandado dele. Ou talvez como seu padrinho disse na gravação você seja só um gato ingênuo mesmo.
JÚLIO: Vocês vão me prender?
BARROS: Sim, afinal o carro que você estava dirigindo quando foi preso era roubado.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas entra no quarto onde Ester está descasando depois de todos os exames.
ESTER: Lucas!
LUCAS: Oi como você está.
ESTER: O que está acontecendo, porque ninguém me diz nada?
Ester coloca a mão sobre a barriga.
ESTER: Meu bebê?
LUCAS: Está tudo bem com ele. É sobre isso que você queria falar comigo hoje?
ESTER: Sim, é nosso filho.
Lucas segura não mão de Ester.
ESTER: Eu não sei o que faria se tivesse acontecido algo. Os médicos te falaram algo.
LUCAS: Sim. Eles falaram que está tudo bem com você e com o nosso bebê.
Uma lagrima escorre do olho de Lucas.
ESTER: Você está chorando? Você não ta me contando alguma coisa não é?
LUCAS: Não. Eu estou só emocionada por saber que vou ser pai.
Ester também chora emocionada.
LUCAS: Eu vou está do seu lado pro que você precisar ok. Agora descanse um pouco.
ESTER: Ok.

Ruas de São Paulo. De tarde.
Artur e Bernardo estão andando de moto pela rua. Bernardo na garupa, abraçadinho em Artur, que está pilotando a moto. Artur encosta a moto e os dois descem.
BERNARDO: Eu sempre sonhei em andar de moto assim com você – disse tirando o capacete.
ARTUR: Assim como? – Pergunta, já como capacete na mão.
BERNARDO: Abraçadinho com você.
Artur beija Bernardo.
BERNARDO: O que você está fazendo alguém pode nos vê.
ARTUR: E daí, deixe que vejam. Eu te amo e quero mais que o mundo saiba.
BERNARDO: Mais assim seu pai pode acabar sabendo também.
ARTUR: Acho que já está na hora dele saber também.
BERNARDO: Você tem certeza?
ARTUR: Tenho. O problema é como seu irmão vai reagir. O Bruno é meu melhor amigo.
BERNARDO: Ele vai ter que aceita.
ARTUR: Assim espero.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas este chorando, olhando pela janela do corredor do hospital.
DR. JORGE: Lucas você está bem?
Lucas passa a mão no rosto para enxugar as lagrimas e se vira para olhar para o medico.
LUCAS: Oi Dr. Jorge, estou bem sim.
DR. JORGE: Não quer conversar um pouco.
LUCAS: Poder ser.

Hospital São Lourenço. Lanchonete. De tarde.
Dr. Jorge, amigo do Lucas e de sua família, escuta Lucas falar tudo que aconteceu com Ester, da doença e da gravidez.
DR. JORGE: Eu sinto muito por isso. Sei que não é fácil pelo que você está passando.
LUCAS: O pior é que estou preste a fazer uma coisa que vai magoa muito uma pessoa e provavelmente acabar com as minhas chances de ser feliz, mas eu não tenho escolha, não posso abandonar a Ester agora, não posso deixa-la passar por tudo isso sozinha, nem o nosso filho.
DR. JORGE: Mas você tem certeza que esse filho é seu.
LUCAS: Certeza não, mas acredito que sim. A Ester e eu namoramos por 10 anos, eu a conheço bem, sei que ela não mentiria sobre algo assim. E há algumas semanas atrás, dormimos juntos e eu não me precavi.
DR. JORGE: Entendo.
LUCAS: Jorge eu vou precisar da sua ajuda.
DR. JORGE: Se eu puder ajudar.
LUCAS: Eu não quero que a Ester saiba que está morrendo, não quero que ela sofra pensando nisso, pensando que está colocando a vido do filho em risco e que não vai vê-lo crescer.

Apartamento Madalena/Anita. Sala.
Maria Madalena entra na sala.
ANITA: E ai como foi?
MADALENA: Eu estou grávida.
ANITA: Eu sabia.
MADALENA: Eu não sei o que vou fazer, preciso arrumar um novo emprego, mas vai ser difícil agora que você está grávida.
ANITA: Não precisa se preocupar, o pai da criança é rico, e vocês vão se casar não é, ainda mais agora.
MADALENA: Eu não quero o dinheiro do Lucas e da família dele, eu não vou me casar por isso. Eu o amo.
ANITA: E ele te ama. E logo não vai ser a família dele, vai ser a família de vocês.
MADALENA: Vou tomar um banho e descansar um pouco, o dia hoje foi bastante cansativo.
ANITA: Eu sei.

Hospital São Lourenço. De tarde.
No quaro de Ester, Lucas o Doutor Jorge explicam toda a situação para ela.
DR. JORGE: Como eu te disse, é uma gravidez de risco, você vai precisar ficar de repouso e tomar alguns remédios durante toda a gravidez.
ESTER: Mas meu filho vai ficar bem, ele corre algum perigo?
DR. JORGE: É bem possível que ele nasça prematuro, mas vou te encaminha para uma obstetra, minha esposa, e vamos acompanhar a toda sua gravidez, vai da tudo certo, não se preocupe.
LUCAS: Eu vou está do seu lado o tempo todo.
ESTER: Mas como?
LUCAS: Eu quero que você se mude lá pra casa. E depois eu vou contratar uma enfermeira pra cuidar de você.
ESTER: Mesmo?
LUCAS: Eu prometo que não vou sai do seu lado enquanto você precisar.

ARES. Escritório de Vinicius. De tarde.
Sal entra apressando no escritório de Vinicius.
SAL: Vinicius você precisa sai daqui agora.
Vinicius se levanta da cadeira.
VINICIUS: O que aconteceu?
SAL: Meu amigo da policia acabou de avisar que ele estão vindo pra cá com um mandado de busca e que vão te prender.
VINICIUS: Mas como? Ele não podem… Eles não…
SAL: Parece que eles conseguiram algumas provas contra você.
VINICIUS: Certo. Pega o dinheiro que tem no cofre lá em baixo que eu pego o que tem no daqui. Rápido!
SAL: Certo – disse saindo do escritório.
VINICIUS: Mas como eles descobriram algo. Será que? – ele pensa. – Só pode ser isso. O Edgar devia ter algo no Escritório.
Vinicius abre o cofre, que está cheio de dinheiro e começa a colocar o dinheiro em uma mochila.
VINICIUS: Eu devia ter me livrado dele, antes de tudo isso ter acontecido.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas e o Doutor Jorge caminham pelo corredor do hospital.
LUCAS: Muito obrigado Jorge por sua ajuda.
DR. JORGE: Pode contar comigo pro que precisar. É muito bonito o que você esta fazendo por ela e por essa criança que está por vir.
LUCAS: Agora preciso resolver outra coisa.

ARES. De tarde.
Sal está na salão do ARES, ajudando a organizar tudo para abrir o ARES para o clientes.
De repente vários policias começam a entrar no ARES.
BARROS: Vasculhem tudo.
SAL: O que você estão fazendo.
BARROS: Eu sou o Detetive Barros e tenho um mandado busca no Ares. Onde Está o Vinicius?
SAL: Ele saiu – disse pegando o mandado das mãos do policial. – O que você estão procurando.
BARROS: Qualquer coisa que não seja legalizado.
SAL: Então deu viagem perdido, porque tudo aqui é legalizado, e temos alvará de funcionamento pra tudo.
BARROS: Então não precisa se preocupar. Pra onde o Vinicius foi?
SAL: No banco, porque?
BARROS: Que banco?
SAL: O que tem na avenida a quatro quadras daqui. Por quê?
BARROS: Eu também tenho um mandado de prisão pra ele.
Barros pega o radio e se comunica com outro policial.
BARROS: O alvo está a quatro quadras daqui, fechem o perímetro em volta do banco.
SAL: O que? O que está acontecendo?
BARROS: Não é nada. – disse se encaminha para a porta.
Barros para perto de dois policias.
BARROS: Fiquem de olho em todos, não quero que nenhum deles avisem o Vinicius que estamos atrás dele.

Apartamento de Anita/Madalena. De tarde.
Maria Madalena entra na sala falando no celular.

MADALENA ao telefone: Ok Rico, obrigado por avisa. Fico muito contente de que deu tudo certo… Tchau, beijão, mando um beijo pra Fafá também.

ANITA: Tudo bem por lá.
MADALENA: Sim. O Rico ligou pra avisar que a mãe dele teve alta hoje e que já ta em casa.
ANITA: Que bom!
MADALENA: Pois é. Foi uma fatalidade a mãe dele ter descoberto essa doença um pouco antes do Léo ser atropelado por aquela bruxa. Ele se sentiu péssimo por não poder ter vindo aqui me da uma força.
ANITA: Entendo, mas não podia mesmo, com a mãe doente, o irmão viajando.
MADALENA: Falando nisso o Rodrigo legou ontem, ele falou que está aforando o curso. Que está adorando o Canadá. Ele conheceu uma garota lá. Pelo que ele falou é capaz dele ficar por lá mesmo. Ele quase voltou quando soube da doença da mãe, mas ela e o Rico o convenceram a ficar e acabar o curso.
ANITA: Curso do que mesmo, que ele foi fazer lá.
MADALENA: De inglês mesmo. Ele está expandindo a empresa dele, é que focar mais em turistas estrangeiros.
ANITA: Certo. O importante é que ta dando tudo certo, tanto pra ele lá, pra mãe em Ilha Comprida e pra você aqui.
MADALENA: Pois é. Eu estou tão feliz, que tenho até medo se ser um sonho do qual vou acordar a qualquer momento.

Cemitério. De noite.
Barbara caminha por entres os túmulos, com um vestido preto, beba e com uma garrafa de champagne aberta, e de vez em quando ela bebe um gole. Ao vê o túmulo do Edgar ela para.
BARBARA: Já foi tarde.
Ela ri, bebe e ri novamente.
BARBARA: EU VENCI! Você achou que podia me ameaçar, que podia ficar com o que é meu. Mas não, eu venci.
Barbara bebe mais um pouco de Champagne.
BARBARA: Nem o João e nem você foram pareôs pra mim. Vocês… – ela arrota. – Ops. – ela ri. – Olha onde vocês então agora. E olha onde eu estou.

Em frente ao apartamento da Família Corona. De noite.
Lucas para a mota em frete ao edifício onde fica o apartamento de sua família, enquanto espera um carro sai da garagem.
Ao olhar para o lado, vê um carro parado do outro lado da rua.
ARTUR: Parece o carro do Bruno!
Ele presta mais atenção e vê que tem duas pessoas se beijando no carro.
ARTUR: Acho que é o Bruno sim. Acho que vou dar um sustozinho ele.
Ele liga a moto novamente e atravessa a rua, parando a moto de frete para o carro com o farol ligado.
Na hora as duas pessoas que estavam dentro do carro param de se beijar.
ARTUR: Bruno! Gabriela!

Cemitério. De noite.
Barbara se senta no tumulo de Edgar e continua bebendo. Ela vira o resto do champagne e joga a garrafa no chão, que se crebra. Ela se deita no tumulo.
BARBARA: Eu estou livre! Livre de você, livre do João, agora só falta me livrar daquela Maria.

Rua em frente ao apartamento da Família Corona. De noite.
Artur dessa da moto e tira o capacete.
Bruno abre a porta do carro e sai.
BRUNO: Artur eu posso explicar.
ARTUR: Explicar o que! Que você estava quase engolindo a minha irmã.
BRUNO: Não é bem assim.
ARTUR: Cara, ele tem 17 anos. Ainda é uma criança.
GABRIELA: Eu não sou mais nenhuma criança – disse, já fora do carro.
ARTUR: Gabi, vá pra casa.
GABRIELA: Você não manda em mim.
BRUNO: É melhor você subir, deixa eu conversa com seu irmão.
Gabriela contrariada atravessa a rua em direção a apartamento.
BRUNO: Vamos pra outro lugar conversar, pode ser?
ARTUR: Tudo bem.
BRUNO: Vai na frete que eu te sigo.

Apartamento Anita/Madalena. De noite.
Maria Madalena e Lucas se sentam no sofá.
LUCAS: O que você que me falar?
MADALENA: Primeiro você, aconteceu alguma coisa? Você não parece muito bem. É alguma coisa com a Ester.
LUCAS: Sim.
MADALENA: Ela está bem?
LUCAS: De certa forma.
MADALENA: Então me conta logo, você ta me deixando nervosa.
LUCAS: Eu não sei como te dizer, eu não sei como isso foi acontecer.
MADALENA: Agora você conseguiu me deixar preocupada.
LUCAS: Eu sinto muito Madá. Eu juro que não queria que isso tivesse acontecido. – Disse começando a chorar.
MADALENA: Porque você está chorando. O que você quer me dizer. – disse já com o olho cheio de lagrima.
Maria Madalena coloca a mão na boca e uma lagrima escorre de seu olho, vendo Lucas chorar ali. Com dificuldade.
MADALENA: Fala logo.
LUCAS: Eu… Me desculpe Madá. – ele passa a mão no cabelo e depois para a mão em frete ao rosto. Respira fundo, olha para Maria Madalena e fala: – A Ester ta grávida.
MADALENA: Grávida! – disse já não segurando mais as lagrimas, que escorrem dos dois olhos.
LUCAS: Eu não sei como isso foi acontecer…
MADALENA: Como não sabe, ela não fez esse filho sozinho ou fez?
Lucas não responde nada, só fica de cabeça baixa.
MADALENA: De quanto tempo ela ta grávida? É de antes de ficarmos juntos? Mas eu a vi no cemitério hoje, ela não tinha nenhuma barriga.
Maria Madalena levanta do sofá chorando.
LUCAS: Me desculpa Madá!
MADALENA: Você ficou com ela, quando já estávamos juntos.
LUCAS: Foi só uma vez, naquela noite que discutimos por causa das fotos em que você o Vinicius estavam se beijando.
MADALENA: Que ele tava me beijando.
LUCAS: Eu estava com raiva, bêbado, eu estava fora de mim.
MADALENA: Essa é a sua desculpa pra isso? Bêbado?
LUCAS: Me desculpa! – disse se levantando. Ainda chorando.
MADALENA: E o que você vai fazer agora?
LUCAS: É uma gravidez de risco, que vai precisar de acompanhamento o tempo todo.
MADALENA: Então você… – ele se vira para não olhar pra ele, para que ele não a veja chorando.
LUCAS: Eu prometia que ficaria do lado dela o tempo todo. Que iria apoia-la em tudo. Eu…
MADALENA: Termine o que você tem pra dizer. Eu preciso ouvir da sua boca.
LUCAS: Eu decidi me casar com ela.

Bar no Morumbi – SP. De noite.
No bar, Lucas e Bruno bebem uma cerveja enquanto conversam.
ARTUR: Pronto o que você tem pra me dizer?
BRUNO: Eu sei que ela é sua irmã, mas aconteceu, agente nessa festa há uns meses atrás…
ARTUR: Meses?
BRUNO: Calma! Ai ficamos conversando por um bom tempo. Nos divertimos conversando e nem vimos a hora passar. Depois disso ficamos nos falando por mensagem e por telefone. E acabamos nos tornando amigos.
ARTUR: E porque você não me contou isso?
BRUNO: Não sei, acho que fiquei com medo da sua reação.
ARTUR: Certo, e como isso resultou no que vi hoje?
BRUNO: Há umas semanas nos encontramos novamente em uma festa. E papo vai papo vem, acabamos ficando. Cara eu to apaixonado por ela, não sei como aconteceu, só que estou, e não consigo mais ficar longe dela.
ARTUR: Mas você, você é o maior galinha que conheço.
BRUNO: Mas eu mudei, só sua a Gabriela me interessa agora. E eu a respeito muito, não vou fazer nada para magoa-la.
ARTUR: Assim espero.
BRUNO: Então você aprova?
ARTUR: Tudo bem, mas vou ficar de olho em vocês em.
BRUNO: Ok.

Apartamento Anita/Madalena. De noite.
Maria Madalena está olhando pra rua, pela porta da varanda.
LUCAS: Você não vai dizer nada.
Maria Madalena continua olhando para rua, tentando reunir focas para não chorar mais.
MADALENA: O que você quer que eu diga? – ela se vira e olha para ele. – Que eu peça para que você não faça isso. Que você não fique com ela e com o filho que ela espera.
LUCAS: Eu não sei. Eu não queria que isso estivesse acontecendo.
MADALENA: E você acha que eu queria.
Lucas tenta abraça-la, mas Maria Madalena se afasta.
LUCAS: E o que você queria me falar quando cheguei aqui?
MADALENA: Não é mais da sua conta.
LUCAS: Como assim?
MADALENA: Não é nada que vala apena agora.
LUCAS: Madá!
MADALENA: você acabou?
LUCAS: Madá não faça assim.
MADALENA: Por favor! Vá embora. Eu preciso ficar sozinha.
LUCAS: Madá!
MADALENA: Lucas por favor! – disse abrindo a porto do apartamento.
LUCAS: Tchau! – disse saindo do apartamento.
MADALENA: ADEUS LUCAS! – disse fechando a porta.
Maria Madalena se senta no chão, se encostando na porta. E chora de cabeça abaixada.
Do outra lado da porta, Lucas também se encosta na parta chorando.
LUCAS: Eu te amo Maria Madalena! – fala baixinho.
Do lado de dentro do apartamento.
MADALENA: Eu te amo Lucas!

Cemitério. De noite.
Barbara está deitada em cima do tumulo de Edgar, dormindo.
VIGIA: Ei! – chama colocando a lanterna no rosto de Barbara. – O que você esta fazendo aqui?
Barbara acorda assustada e cai do tumulo. Se levanta e sai correndo, descalça.
VIGIA: Espera! Você não pode ficar aqui. – grita indo atrás de Barbara.
BARBARA: Você não me pega – disse ainda correndo.
Barbara para do lado do muro e sobe, para pula-lo.
Em cima Du muro, Barbara decide caminhar se equilibrando em cima do muro. Dá dois pais e se desequilibra quase caindo.
BARBARA: Uhh! Quase cai. – ele ri – Quase cai.
Ela continua caminhando em cima do muro. Depois de andar pouco mais de um metro ela corta o pé em algo se desequilibra e cai do lado de fora do Cemitério.

Apartamento Anita/Madalena. De noite.
Anita entra na sala e corre para o lado de Maria Madalena, que está sentada no chão, encostada na porta.
ANITA: Maria você está bem?
MADALENA: Acabou Anita, acabou tudo.
ANITA: O que aconteceu?
Maria Madalena se levanta.
MADALENA: Eu e o Lucas. Acabou.
ANITA: Mas como? Por quê?
MADALENA: Ele vai se casar com a Ester, ela está grávida.
ANITA: Mas você também está.
Maria Madalena chora, colocando a mão na barriga.
ANITA: Você não contou pra ele não é?
MADALENA: Não.
ANITA: A Maria, porque você fez isso?
LUCAS: Ele fez a escolha dele, eu vou obriga-lo a ficar comigo por causa de um filho.
ANITA: Você está fazendo a maior burrada da sua vida.
MADALENA: Anita me prometa que você não vai contar para ele que estou grávida.
ANITA: Mas Maria!
MADALENA: Me prometa.
ANITA: Eu prometo.

NA MANHÃ SEGUINTE.

Rua ao lado do Cemitério. De manhã.
Um morador de rua caminha pela rua e encontra uma mulher dormindo no chão.
TONHO: Ei! Ou! Você ta bem?
A mulher contínua desacordada.
Tonho balança a mulher com o pé.
TONHO: Será que ta morta?
A mulher se mexe. E com um pouco de dificuldade se levanta.
BARBARA: Quem é você?
TONHO: Tonho e você?
BARBARA: Tonho.
TONHO: Não, Tonho sou eu, e você quem é?
BARBARA: Eu… Eu não sei.
TONHO: E ta doidinha. – ele ri.

PASSAGEM DE TEMPO.

Hospital São Lourenço.
Ester acorda e vê Lucas sentado na cadeira ao lado de sua cama.
LUCAS: Você acordou.
ESTER: Ester você ainda está aqui?
LUCAS: Eu prometia que ficaria do seu lado.

Apartamento de Lucas.
Lucas e Ester entram no apartamento.
ESTER: Até quem fim me deram alta.
LUCAS: Você sabe que é uma gravidez de risco, eles queriam ficar de olho em vocês – disse passando a mão na barriga de Ester – por mais um tempo.

Apartamento Anita/Madalena.
Maria Madalena abre a porta do apartamento.
ANITA: Você já vai?
MADALENA: Vou sim. Tenho uma consulta daqui a pouco.
ANITA: Vou parece bem mais contente hoje.
MADALENA: A vida continua…

Apartamento de Gabriel.
Gabriel está pintando um quadro. Um retrato de Eduarda.
Ele para e suspira olhando para o quadro quase pronto.

Apartamento de Lucas.
Ester está sentado no sofá. Lucas se senta do seu lado e entrega uma caneca com chá.
LUCAS: Ester você quer se casar comigo?
ESTER: Serio?
LUCAS: Sim, acho que devemos dar uma família para nosso filho.
Ester beija Lucas.

Rua de São Paulo.
Barbara caminha pela rua, com o cabelo todo assanhado, com um vestido preto sujo.
Tonho se aproxima.
TONHO: Olha o que eu consegui pra gente – disse tirando um sanduíche da sacola.

UMA SEMANA DEPOIS.

Rua. Centro de São Paulo. De tarde.
Maria Madalena está caminhando pela rua, após sai do consultório medico. Onde foi fazer consulta pré-natal.
Uma carro para do lado e o vidro da porta do carona abaixa.
MARIO: Maria! Oi tudo bem?
Maria Madalena se inclina para olhar dentro do carro.
MADALENA: Doutor Mario. Oi!
MARIO: Mario, por favor. – Ele sorrir. – Você quer uma carona?
MADALENA: Não precisa MARIO, eu vou pegar um ônibus ali na frente, ele me deixa na porta de casa.
MARIO: Imagina, pegar ônibus. Ele te levo na sua casa. Eu faço questão.
Mario sai do carro e da à volta, indo ao encontro de Maria Madalena. Ela abre a porta para ela entra.

Apartamento da família Corona. De tarde.
Doroteia no quarto falando ao telefone.
DOROTEIA ao telefone: Eu já estou bem melhor sim. Mas estou fingindo que ainda to me recuperando. Você precisa vê mão, o cuidado que o Mario tem comigo. Acho que ele está se sentido um pouco culpado. Acho até que agora eu tenho chance de me casar com ele.

Em frete ao Apartamento Anita/Maria Madalena. De tarde.
Mario para o carro em frete ao Apartamento de Maria Madalena. Ele sai do carro e abre a porta para ela.
MADALENA: Muito obrigada por me trazer Mario.
MARIO: Foi um prazer.
MADALENA: Você não quer tomar um café
MARIO: Eu aceito sim.

Apartamento de Lucas. De tarde.
Ana, a enfermeira que Lucas contratou para cuidar de Ester. Bate na porto do quarto de Lucas.
LUCAS: Pode entra.
Ana entra no quarto.
ANA: Telefone senhor, parece que é urgente.
LUCAS: Ok.
Lucas pega o telefone.
LUCAS: E a Ester?
ANA: Está lanchando lá na sala.
LUCAS: Ok obrigado.
Ana sai do quarto.
Conversa ao telefone:
LUCAS: Alô!
NEIDIANE: Senhor Lucas é a Neidiane.
LUCAS: Oi Neidiane.
NEIDIANE: Lucas eu estou preocupada com a sua mãe.
LUCAS: Neidiane desculpa, mas não me interessa saber.
NEIDIANE: Mas senhor Lucas. EU não sei mais o que fazer, eu to preocupada, a dona Barbara não aparece aqui na casa a uma semana.
LUCAS: Uma semana?
NEIDIANE: Pois é, desde o enterro de senhor Edgar, que ela não voltou pra casa.
LUCAS: Ok Neidiane, eu to indo pra ai.

Apartamento Anita/Maria Madalena. De tarde.
Maria Madalena entrega um xícara com café para Mario, que está sentado no sofá..
MARIO: Obrigado!
Maria Madalena se senta no sofá de frente para Mario.
MARIO: Hum! Que delicia. – Desse depois de provar o café.
Maria Madalena ri ao vê a expressão de Mario.
MARIO: Um sorriso. Eu já estava ficando preocupado.
MADALENA: Eu não entendi.
MARIO: Você veio à viagem inteira, quiete, seria. Está tudo bem com você.
MADALENA: Eu estou grávida.
MARIO: Que legal. Então você se acertou com o cara que você tinha comentada a um tempo atrás.
MADALENA: Você lembra da nossa conversa.
MARIO: Claro que sim.
MADALENA: É, o filho e dele sim, mas não estamos mais junto. Acabou.
MARIO: Mas porque, ele não quis assumir a paternidade.
MADALENA: Ele não sabe do bebê.
Maria Madalena explica tudo que aconteceu, a confusão do exame de DNA, das Fotos com Vinicius, e de que depois de tudo que Lucas voltou para a ex que estava grávida. E que ela decidiu ter esse filho sozinha.
MARIO: Sua vida é bem dizer uma novela.
Maria Madalena ri.
MADALENA: Parece mesmo. Só que diferente de novela onde os mocinhos tem um final feliz, o meu vai ser ficar sozinha. Criar meu filho sozinha, como já venho fazendo com o Léo.
MARIO: Talvez não. Talvez você encontre seu final feliz.
MADALENA: Eu não acredito nisso.
MARIO: Maria. Quero te fazer uma proposta?
Maria Madalena não fala nada. Mario considera um sinal e fala:
MARIO: Deixa eu te ajudar a criar esse filho. Deixa-me dar meu nome para ele.
MADALENA: Como? Acho que eu não entendi direito.
MARIO: Maria case-se comigo.

Continua…

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