O Último Ano

Capítulo 7 – O Último Ano

O ÚLTIMO ANO

DENTRO DE MIM

Respirava em paz e completamente aliviado. Era bom sentir o clima leve entre Diego, João Pedro e eu. Parecíamos amigos de longas datas. Eu sempre soube que as conversas de dona Elis eram milagrosas, mas não imaginava que seria tanto. João Pedro parecia outra pessoa. Mas minha mãe preparava outra conversa…”

(Trecho retirado do diário de Elvis Braga)

No apartamento. Elvis e João Pedro ficaram entretidos no videogame, e nem perceberam quando Elis fez sinal para que Diego a acompanhasse até a varanda do apartamento.

ELIS: Preciso falar um pouco com você, Diego.

Diego ficou com o coração na mão.

DIEGO: Claro, pode falar.

ELIS: Eu já percebi que meu filho gosta muito de você. Eu percebo nos olhos dele um brilho muito diferente de quando ele estava com Pietro.

DIEGO: Sério?

ELIS: Muito sério. Mas fico preocupada.

DIEGO: Porque?

ELIS: Ouça bem, não estou dizendo que você pode fazer meu filho sofrer. Mas temo que as coisas encaminhem para isso.

DIEGO: Não se preocupe dona Elis. Eu gosto muito de Elvis também. E não pretendo fazer ele sofrer.

ELIS: Diego, esse mundo é cruel para os casais como vocês. Você não tem noção. Elvis já sofreu com isso, mas aprendeu a ser forte. E você está preparado?

DIEGO: Eu não sei.

ELIS: Sua família certamente não sabe sobre sua sexualidade, correto?

DIEGO: E porque precisam saber? Eles não ligam para mim. Não devo essa satisfação para eles!

ELIS: Diego as coisas não são assim.

DIEGO: Dona Elis eu sou um estorvo para meus pais. Por isso, da minha vida eu resolvi tomar conta sozinho.

ELIS: Quem paga sua escola?

DIEGO: Meus pais. Mas…

ELIS: Diego esse é meu medo. Como mãe fico preocupada no que pode acontecer quando sua família descobrir. Você já pensou em se assumir para eles?

DIEGO: Não! Nunca! Meus pais iriam me matar. Mas dona Elis, porque você está falando isso comigo? Não quer que eu namore o Elvis?

ELIS: Se eu não quisesse, não estaria conversando com você. Eu quero vocês juntos sim, porque quero a felicidade dele. E vejo-o feliz com você. Mas minha preocupação não é só com ele. Mas com você também. Quando a família de Pietro descobriu o namoro deles dois, a mãe dele fez um escândalo, quis até bater em Elvis. Foi uma confusão dos infernos! Levou tempo para a família de ele compreender e aceitar. Mas nem todas as famílias são assim! O que a sua família sobre isso?

DIEGO: Bom, nunca vi meu pai falar nada sobre. Mas quando passava uma novela que tinha um casal gay, minha mãe chamava de imoral, falta de vergonha na cara e coisa do diabo! Minha avó é religiosa, ou seja, deve se esperar coisa bem pior dela. Mas nunca ouvi ela falar nada.

ELIS: O namoro de Elvis e Pietro não foi algo secreto. Todos sabiam e até certo ponto aceitavam. Com você será diferente e eu temo por isso. Minha preocupação é maior com você. Mas se é isso que você quer, eu estarei do lado de vocês dois. Contem comigo.

DIEGO: Obrigado dona Elis.

ELIS: Agradeça mesmo eu ter ido com sua cara!

Os dois riem.

ELIS: Agora volte para o quarto e não conte para Elvis sobre o que conversamos certo?

DIEGO: Pode deixar.

ELIS: Quando quiserem ir embora é só me chamar no quarto que levo João Pedro e você em casa.

DIEGO: Não, não precisa. A gente pega um ônibus.

ELIS: Não mesmo. Tenho certeza que vocês ainda vão ficar nesse videogame por horas sem fim. Vai ficar tarde. Eu levo vocês, não se preocupem.

DIEGO: Obrigadão mesmo dona Elis.

ELIS: De “nadão”!

Elis se recolhe no quarto e Diego volta para a companhia de Elvis e João Pedro. Ainda rolou muito GTA até que as visitas resolveram ir embora. Elis, como prometido, deixou os meninos em casa. A noite avançou, e pelo telefone Diego e Elvis alongaram a conversa.

ELVIS: Eu estou muito feliz com o que aconteceu hoje.

DIEGO: Eu também estou muito contente.

ELVIS: Hum… Esse seu tom não foi muito convincente Diego.

DIEGO: Eu estou um pouco triste, eu confesso.

ELVIS: Eu fiz alguma coisa?

DIEGO: Não, não fez.

ELVIS: E o que foi então Diego?

DIEGO: Na verdade foi uma coisa que você não fez!

ELVIS: Não estou entendendo.

Elvis ficou imensamente preocupado. Mas o tom de Diego não parecia ser tão sério. Tinha mais o tom de alguma surpresa…

DIEGO: Você está deitado?

ELVIS: Sim, estou. Porque?

DIEGO: Será melhor mesmo.

ELVIS: Diego, eu não estou entendendo nada. E você está me preocupando. Fala logo o que aconteceu!

DIEGO: Você é tão insensível Elvis. Não pensei que você fosse assim.

ELVIS: Diego porque você está falando isso cara?

DIEGO: Porque você é insensível!

ELVIS: Porque?

DIEGO: Porque você ainda não sentiu algo debaixo do seu travesseiro!

ELVIS: Hã?! Como é que é?

DIEGO: Elvis olhe debaixo do seu travesseiro.

Elvis prontamente se senta e levanta o travesseiro. Havia uma pequena caixinha. O coração de Elvis saltou pela boca.

DIEGO: Bom, acho que você já viu. Agora abre isso aí.

Elvis não conseguia nem falar nada. Apenas obedeceu. Quando abriu a caixinha, havia uma aliança.

ELVIS: Você não fez isso Diego…

DIEGO: Sim, eu fiz. Essa aliança é para firmar uma coisa… Quer namorar comigo Elvis Braga?

Elvis ficou em estado de choque com a surpresa. A voz esganiçada, não sairia tão cedo. Os olhos logo encheram de lágrimas.

DIEGO: Ainda tem alguém na linha?

ELVIS: Bobo! Tu é um bobo Diego! Bobo!

DIEGO: É você que está bobo. Bobinho! Mas e então, vai aceitar o meu pedido ou vou ter que ir buscar minha aliança amanhã?

ELVIS: É claro que aceito!

DIEGO: De verdade?

ELVIS: Com toda verdade do mundo Diego!

DIEGO: Diego? Não seria “meu namorado”?

Elvis ri emocionado. Coloca a ligação no viva-voz e põe a aliança no dedo.

ELVIS: Como você fez isso? Que horas?

DIEGO: Cheguei um pouco atrasado na escola hoje porque fui comprar essa aliança. Eu pretendia pedir você em namoro lá na quadra, quando eu terminasse de pintar o muro. Mas você não foi para a escola. Então quando você estava jogando com João Pedro eu deitei na cama e aproveitei a oportunidade para colocar ela debaixo do seu travesseiro.

ELVIS: Como eu não vi isso?!

DIEGO: Eu pensei que fosse mais fissurado em GTA que você…

Elvis ri.

ELVIS: Quase você me mata do coração! Eu estou tão feliz! Tão feliz. Acho que nem vou conseguir dormir.

DIEGO: Que bom. Eu não estou nada a fim de dormir mesmo. Eu pensei da gente sair amanhã.

ELVIS: Pra onde dessa vez?

DIEGO: Vamos dar uma volta na praia à tardinha. Pode ser?

ELVIS: Claro.

DIEGO: Tu tá precisando pegar um sol viu “candango”!

ELVIS: Bobão!

O casal ficou na linha madrugada adentro.

Sábado. O sol já havia raiado a um bom tempo quando Diego acordou. Ele estava tão radiante quanto ao sol. Estava no banheiro escovando os dentes quando sua vó entrou.

ROSA: Diego, pensei que você tivesse dormido fora. Nem vi a hora que você chegou.

DIEGO: A senhora dorme seis horas da tarde vovó!

ROSA: Mas seu avó se deitou bem tarde e disse para mim que você não tinha dado nem sinal de vida. Ele ligou muitas vezes para você, mas como sempre só na caixa postal.

DIEGO: Meu celular estava descarregado.

ROSA: Como sempre também, né? Eu acho que você está chegando tarde demais em casa ultimamente, não acha? Tudo bem se você estiver na casa de sua namorada…

DIEGO: Que namorada vovó!

ROSA: Outro dia uma menina ligou para cá perguntando por você.

DIEGO: Isso é o suficiente para a senhora chegar a conclusão que ela é minha namorada vó?

Diego fala rindo. Dona Rosa nunca havia visto Diego falando daquele jeito, sem agressividade.

ROSA: Sim, é namorada sim. Só uma mulher para deixar um homem assim sorridente quando acorda. Principalmente quando se trata de Diego.

DIEGO: A senhora anda ruim de percepção viu vó. Mas me diz aí, minha mãe volta quando?

ROSA: Não sei. Mas acho que está bem próximo. Ela ainda não ligou avisando.

DIEGO: Tomara que demore um pouco. Ainda quero um pouquinho de liberdade.

ROSA: Para ficar até tarde na rua?

DIEGO: É vovó. Mas não se preocupe que não estou vendendo nem usando drogas.

Diego sai do banheiro.

ROSA: Você vai sair?

DIEGO: Sim, eu vou. Vou primeiro no shopping depois vou à praia. Devo chegar somente à noite.

ROSA: Não vai comer nada meu filho?

DIEGO: Eu como no shopping.

Diego logo saiu de casa em direção ao shopping. Nesse exato momento Eduarda estava chegando no apartamento de Elvis.

EDUARDA: Amigo, eu estava no consultório do dentista aqui perto fazendo manutenção do aparelho e resolvi dar uma passadinha aqui.

ELVIS: Que bom Duda. Eu queria mesmo ver você para te mostrar uma coisa.

EDUARDA: O que? Uma aliança que Diego lhe deu?

Eduarda ri sozinha da piada.

ELVIS: Isso mesmo Duda! Ué você já sabia?

EDUARDA: Fala sério! Eu estava apenas zuan…

Elvis estende a mão direita e mostra a aliança.

ELVIS: Diego me pediu em namoro da maneira mais fofa do mundo!

EDUARDA: Rápido, trás um desfibrilador agora que eu estou infartando! O Diego te deu essa aliança?

ELVIS: Sim Duda. Sério.

Elvis contou como tudo aconteceu e Duda não acreditava.

EDUARDA: Cara o negócio tá sério mesmo né?

ELVIS: Agora está mais sério que nunca. Iremos passear juntos hoje já como um casal de namorados.

EDUARDA: Ah, vocês vão sair juntos? Eu também vim aqui te convidar para sair. Mas deixa pra lá.

ELVIS: Ah Duda. Se você tivesse dito antes eu não teria confirmado com Diego. Mas eu já marquei com ele antes. Fica chato eu desmarcar agora. Jura que me entende?

EDUARDA: Entendo. Sempre que encontro um amigo ele me troca quando encontra um amor.

ELVIS: Duda eu tendo certeza que você entendeu. Sem dramas. Mas te prometo que passaremos amanhã o dia juntos!

Eduarda abre um sorriso imenso.

EDUARDA: Beleza então.

ELVIS: Te adoro, minha amiga bipolar!

Assim que a tarde caiu Elvis e Diego se encontraram na Praia de São Marcos, na Avenida Litorânea. Quando os dois se viram, logo abriram um enorme sorriso um para o outro. Ao se aproximarem trocaram um forte e longo abraço. Por um instante ficou evidente a quem passasse que ali não eram dois amigos. Uma mulher passou por eles com o olhar enviesado.

MULHER: Falta de respeito!

Diego quis responder, mas Elvis não deixou.

ELVIS: Diego, calma. É assim mesmo. Mas a gente não pode deixar nada abalar nossa tarde.

DIEGO: Mas que mulher idiota cara. Mesmo que ela não concorde, mas que direito ela tem de passar pela gente e falar uma coisa de dessas? Nem se fosse um casal hetero! Ela tem mais é que ficar calada.

ELVIS: Eu sei. A vida seria mais bonita se as pessoas cuidassem somente da própria vida. Mas deixa pra lá.

DIEGO: Conheço um lugar aqui perto onde teremos mais liberdade. Vamos.

Os dois caminharam pela orla da avenida. Em certo ponto os dois desceram para a areia da praia. Elvis notou a presença de um casal homossexual próximo a eles.

DIEGO: Ali perto é um bar gay. O famoso Refúgio Alternativo. Mas vamos ficar aqui pela praia para não correr o risco de se repetir o que aconteceu no Reviver.

Diego retirou as sandálias do pé e sentou em cima. Elvis repetiu a mesma atitude e sentou bem ao ladinho de Diego. Os dois trocavam olhares e sorrisos, alternando para a vista do imenso mar à frente deles.

ELVIS: Está aí uma coisa que eu sinto falta em Brasília. Eu amo o mar. Ouça o barulho das águas… Parece que é o burburinho de muitas vozes não acha?

DIEGO: Sinceramente não.

Diego ri.

ELVIS: Gosto desse barulho. Parece vozes que vem de algum lugar… E esse vento… É, acho que estou gostando de São Luís.

DIEGO: Só por causa da Praia Elvis?

ELVIS: Não, claro. Por causa disso também.

Elvis dá um beijo em Diego. E como um casal de namorados o dois passam o resto da tarde até o cair da noite se namorando. E assim por mais de um mês, todo fim de semana o casal passeava na praia e namoravam sob a luz poente do sol. Quem andasse pela praia de São Marcos poderiam ver sentados na areia Diego e Elvis vivendo um romance. Em uma das tardes, os dois resolveram se alongar um pouco mais. Depois de muito namorar na praia, o casal visitou o bar Refúgio Alternativo. Elvis achou tudo muito estranho, mas se sentia seguro ao lado de Diego. De repente um rapaz se aproxima de Diego colocando a mão em seu ombro. Diego se vira de súbito.

DIEGO: Lucas?

LUCAS: É o que diz minha identidade!

Diego fica imensamente sem jeito.

DIEGO: Você não estava morando em Minas Gerais?

LUCAS: Na verdade estou morando. Vim passar essa semana na casa do meu “namorido”. Ele está aqui, foi comprar algo para beber.

DIEGO: Legal.

LUCAS: Estou surpreso em te encontrar aqui.

DIEGO: Eu também pô.

LUCAS: Você não entendeu. Surpreso em te encontrar num bar gay.

DIEGO: Pois é.

LUCAS: Esse é seu amigo?

ELVIS: Não. Sou namorado dele.

LUCAS: Sério?

DIEGO: Sim. O nome dele é Elvis.

LUCAS: Prazer Elvis. Meu nome é Lucas. Fui vizinho de Diego por um bom tempo. Conheço ele desde criança. Mas ele mudou muito. Muito mesmo. Nunca pensei que iria te rever aqui num bar gay e com namorado!

Elvis estava se sentindo mal com aquele encontro inesperado. Não sabia se era ciúmes ao certo. Mas era muito desagradável escutar o que Lucas falava. Diego não só sentia a mesma coisa como percebeu como Elvis estava se sentindo também.

DIEGO: Lucas foi legal te encontrar aqui. Mas a gente precisa ir.

LUCAS: Mas já?

DIEGO: A gente está aqui desde cedo.

LUCAS: Ok então. Foi um prazer.

Diego e Elvis saem. Pegam um taxi. Dentro do carro o silencio reina.

DIEGO: Vai ficar calado?

ELVIS: O que eu posso falar depois daquela cena?

DIEGO: Lucas faz parte do passado. Um passado bem distante por sinal.

ELVIS: Ele precisava falar daquela maneira? Parecia tão hostil.

DIEGO: Eu percebi também.

ELVIS: É como se as coisas entre vocês dois estivessem pendente.

Diego vira o rosto de Elvis em sua direção. O motorista olha pelo espelho.

DIEGO: Elvis, o Lucas não mora aqui. Eu quase não o reconheceria. O que aconteceu faz muito tempo. Eu era praticamente uma criança. E lá no passado ficou. Eu estou com você no momento. Não tem porque ficar assim.

ELVIS: Desculpa. Eu sou bobo.

DIEGO: É um bobo sim.

Elvis esboça um sorriso.

DIEGO: Minha avó vai participar de uma vigília na igreja hoje. Eu queria que você fosse dormir comigo. Eu até avisei para ela que iria levar um ‘amigo’. Pois ela não queria me deixar sozinho.

ELVIS: Não sei se mamãe vai deixar.

DIEGO: Como eu sou muito esperto, eu me adiantei e pedi dona Elis. Ela permitiu que você fosse.

ELVIS: O que? Não acredito que você fez isso.

DIEGO: Pode conferir. Liga para ela.

Elvis assim o faz e dona Elis confirma.

ELVIS: Às vezes tenho medo da minha mãe e essa amizade com você.

DIEGO: Dona Elis confia em mim “rapá”! Ela não queria deixar, mas eu expliquei a situação.

ELVIS: Ai ai, vocês dois… Eu hein!

Na casa de Diego… Elvis já havia jantado e tomado banho. Estava agora sentado na cama esperando Diego terminar de tomar banho. Ele olhou o quarto de Diego de ponta a ponta. Pôsteres nas paredes, muitos cd’s de banda de rock, um narguilé no criado-mudo, revistas Super Interessante, roupas espalhadas… Um quarto de menino. Quando Diego saiu do banheiro ele vinha apenas usando uma toalha.

ELVIS: Onde vou dormir?

DIEGO: Ué, nessa cama que você está sentado!

ELVIS: E você?

DIEGO: No mesmo lugar.

ELVIS: A gente vai dormir na mesma cama? Mas se sua vó chegar e vê a gente junto?

DIEGO: Minha avó só deve chegar às nove. Depois da vígilia na igreja eles tomam café juntos. E a chácara onde está acontecendo esse encontro fica distante daqui. E só durmo com a porta trancada.

ELVIS: Diego eu não quero me meter em confusão.

DIEGO: Você não vai se meter em confusão. Está tudo bem.

Diego nem percebeu a chamada que seu celular recebia. Além de está no sofá da sala, o aparelho estava no modo silencioso. Era a avó de Diego ligando para dar alguma notícia…

Diego apagou a lâmpada e deixou uma luminária acessa somente. Os dois se deitaram na cama. Elvis estava nervoso. Frio na barriga e mãos geladas. Diego também estava assim. Deitados eles ficaram se entreolhando por um bom tempo até trocarem um beijo. Beijo este que gerou um abraço. E este abraço pediu mais beijos e abraços. Em instantes os dois estavam trocando carícias. O clima esquentava a cada segundo. Os beijos mais intensos e cheio de desejo. Os dois já estavam nus. Nem sabiam como chegaram naquela situação. Mas o fato é que os dois estavam envolvidos em clima que só poderia dar em uma coisa…

DIEGO: Você acha que seria o momento?

Elvis responde com um beijo.

“A respiração ofegante no meu ouvido, suas mãos deslizando em meu corpo, as carícias… Tudo me deixava pouco a pouco seguro para viver esse momento único para qualquer relacionamento. Eu fui deixando meu corpo responder por mim. A minha parte era só colocar muito sentimento no que estava acontecendo. Caso contrário seria tudo vazio. Nossos corpos estavam suados. Diego estava sendo carinhoso e cuidadoso comigo. Em suas mãos eu me sentia seguro. Eu me entreguei para ele docilmente. Quando enfim nossos corpos se uniram eu me senti invadido por um imenso prazer. Mais que sexual, diga-se de passagem. A principio uma dor, normal. Mas aquela dor foi dando espaço a uma satisfação inigualável. Diego não deixou de ser carinhoso em momento algum. Ele queria me fazer ter a certeza que não estávamos simplesmente fazendo sexo, a gente estava fazendo amor!”

(Trecho do diário de Elvis Braga)

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