Capítulo 23 – Palavra de Honra
Palavra de Honra
CENA 1
Todos reunidos a um quilômetro da entrada do Campo de Concentração. Gonçalo mal podia acreditar que conseguia reunir tantas pessoas.
GONÇALO: Quando for a hora irei dar o ponto de partida, enquanto isso permaneçam calmos. Vamos esperar as luzes todas se apagarem, e os guardas ficarem distraídos. Não vai ter nada e ninguém que nos segure!
Todos gritam “Brasil! Brasil!” como grito de Guerra. Sabiam o risco que corriam, mas sentiam que nada podiam detê-los.
CENA 2
Lá dentro Gina e Karina estavam entrelaçadas elaborando um plano. Cochichavam, qualquer deslize poderia custar uma vida inteira.
KARINA: Preste atenção. Por volta das três da manhã, parece que fica apenas dois seguranças na entrada, ao contrário do período de dia que ficam oito.
GINA: Uma chance. Mas, os reforços deles são muito grandes para nós.
KARINA: Temos que haver um jeito!
CENA 3
Holiguárquio relembrava de todo seu passado. As conquistas que sua família preservara para conquistar com muito pudor tudo àquilo era tamanha. Agora nada poderia tirá-lo de lá… Não iria permitir.
O país desde a Era Vargas com a admiração do regime Fascista que Getúlio Vargas obtinha, nunca mais saiu de comandar. A mídia e a autodenominação de: “Democracia” no Brasil impediam das pessoas realmente perceberem o que havia por trás das cortinas. Na verdade, ao contrário do que o povo pensava, quem mandava era o Governo e Não o Povo.
– Uma risada surge no rosto de Holiguárquio. Lembrava-se da primeira noite que seu pai lhe passara o trono: O SUPREMO. Vitória! Agora o Brasil é meu!
HOLIGUÁRQUIO: – falando a si mesmo – A História lembra apenas dos reis e não dos soldados. Eu sou a História! Eu sou o Povo!
Mal imaginava ele que milhares de cidadãos do ‘seu’ país estariam todos concentrados em frente ao seu Campo de Concentração.
CENA 4
Gonçalo não aguentava de tanta ansiedade.
Percebendo que poderia ser a hora, ele aciona toda aquela multidão para a invasão naquele lugar de horrores.
GONÇALO: Esta na hora, pessoal! Vamos invadir.
O silêncio se transformou em gritos de revolta e de ação. Revolta de muitos brasileiros de Brasília em busca de Justiça!
Todos eles partiram pra frente daquele portão de ferro, os gritos imediatamente fizeram todos os guardas se levantarem para ver o que estava acontecendo. Totalizava 23 soldados, guardas, sargentos, todos os nomes dariam, mas eram predadores e torturadores.
O portão de ferro foi ao chão. Aquela multidão foi para cima. Era inacreditável, ninguém nunca imaginava que isso aconteceria. Era muita gente para poucos soldados.
Alguns tiros rolaram, algumas pessoas caíram ao chão, feridas, mas isso não fez parar os outros.
CENA 5
Lá no fundo, no quarto, Gina espia e se impressiona com o que vê.
GINA: Karina, Karina! Você não vai acreditar! Toda uma multidão está invadindo o Campo agora!
KARINA: – suspirando de alívio e de felicidade – Louvado seja Deus! Eu sabia, eu Sabia! O povo acordou, depois de tantos anos, ele ACORDOU!
GINA: Agora podemos nos juntar a eles! – elas festejam- Estamos Livres!
KARINA: “A Voz do Povo é a Melodia do Sucesso!”
GINA: Depois de tantos anos essa frase sussurrada por você antes da morte, fez sentido.
KARINA: Belinha Alcântara acreditava que isso um dia iria acontecer, e vamos fazer jus!
As duas se abraçam e assim abrem a porta para participar de toda aquela maravilha que estava acontecendo. Coisa parecida só tinha acontecido em 2013, e mesmo assim o Governo havia conseguido driblar toda a população… Mas, dessa vez tinha que ser pra valer!
CENA 6
Raiane estava em alta velocidade em seu carro. Queria chegar o quanto antes na manifestação e invasão do Campo de Concentração para ajudar no que podia.
RAIANE: Você vai cair, papai. Todo seu esforço causando o mal para tanta gente será derrubado, Supremo Holiguárquio!
Estava prestes a chegar.
CENA 7
Os soldados começaram a atirar sobre algumas pessoas. Conseguiram acertar meia dúzia, pois logo foram desarmados e submissos a um grande número de pessoas.
Várias coisas começaram a ser quebradas por lá. O Vandalismo representava o tamanho da revolta. Na medida em que os prisioneiros eram libertados eles participavam dos atos de vandalismo. Alguns se dirigiam à Guardas amarrados.
PRISIONEIRO do CAMPO INDETERMINADO: – falando à um Guarda amarrado – Agora, vem me torturar seu Desgraçado! Vem…
Com um pedaço de galho grosso de uma árvore, o guarda é extremamente violentado por quem o violentava diariamente preso naquele lugar horrível.
CENA 8
Gina e Karina saem do quarto vislumbrando a Liberdade. Começam a correr em direção a toda aquela multidão, mas por infelicidade é interrompida por três soldados armados em direção à elas.
GUARDAS: Aonde que as duas bonitinhas pensam que vão?
As duas engolem seco. A linha da morte passou em seus olhos como um relâmpago.
GUARDAS: Nós podemos perder dessa vez, mas vocês não sairão ganhando.
O Gatilho é acionado, e a mira é feita. Nada podia salvá-las a não ser…
RAIANE: – entrando em frente das duas – Nem ouses atirar! Se têm alguém que precisa morrer aqui, são Vocês!
GUARDAS: – abaixando as armas- Do/Do/Dona Raiane…
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Holiguárquio da o mandato de exterminar todos os manifestantes.
Gina descobre e tem uma grande surpresa ao saber quem é Lívia nessa encarnação. O Grande amor de Sua Vida.
A Luta de Brasileiros contra o Governo é dada a Largada, definitivamente.
Preparem-se para mais uma Luta por nossos Direitos!