Palavra de Honra

Capítulo 24 – Palavra de Honra

Palavra de Honra

*Penúltimo Capítulo*

 

 

CENA 1

Gina e Karina saem do quarto vislumbrando a Liberdade. Começam a correr em direção a toda aquela multidão, mas por infelicidade é interrompida por três soldados armados em direção à elas.

GUARDAS: Aonde que as duas bonitinhas pensam que vão?

As duas engolem seco. A linha da morte passou em seus olhos como um relâmpago.

GUARDAS: Nós podemos perder dessa vez, mas vocês não sairão ganhando.

O Gatilho é acionado, e a mira é feita. Nada podia salvá-las a não ser…

RAIANE: – entrando em frente das duas – Nem ouses atirar! Se há alguém que precisa morrer aqui, são Vocês!

GUARDAS: – abaixando as armas- Do/Do/Dona Raiane…

 

CENA 2 – Continuação imediata da Cena Anterior

RAIANE: Sim! E vocês sabem que não podem matar a filha do Supremo, não é mesmo?

GUARDA 1: Mas, você vai defender todo esse bando?

RAIANE: Claro que vou! E estou ordenando que se retirem e deixem todo esse pessoal seguirem seus rumos.

Os guardas abaixam as armas totalmente de acordo com a cabeça.

Sozinhas.  Gina e Karina agradecem.

KARINA: Pensei que dessa vez não iriamos escapar… Muito obrigado!

Gina estava sem reação e sem fôlego. Raiane observa Gina e vai acudi-la com ternura.

RAIANE: Está tudo bem com você?

GINA: – mal conseguindo responder – E/eu… Eu estou bem sim, só tenho que lhe agradecer.

As duas têm olhar totalmente de ternura. Karina estranha, e as separam exclamando:

KARINA: Garotas, precisamos agir… Agora vamos mandar toda essa gente para ir até o Congresso para depor aquele ordinário do Holiguárquio do poder. – Karina percebendo que falou do pai de uma ali presente, troca suas palavras – Desculpe chamar assim seu pai, mas…

RAIANE: Não há problemas.  Meu pai, verdadeiramente deve aprender uma lição.

As três seguem para liderar toda aquela multidão que a essa altura já tinha transformado todo o Campo de Concentração em um lugar de destruição.

 

CENA 3

Holiguárquio estava andando de um lado para o outro de sua mansão com uma tremenda raiva. A ligação que o fez acordar o pegara de surpresa e ele ainda permanecia inquieto com a interrogação de Como toda essa gente de repente veio buscar pelos seus direitos…

HOLIGUÁRQUIO: – ao telefone- Malditos pobres! … Como será que eles colocaram na cabeça essa ideia maluca de invadir o campo de concentração!? … É lá que eles deveriam estar… Bom, como não tem mais jeito, sim, coloque o Exército para exterminar toda essa gente… FAÇA O QUE ESTOU MANDANDO! Mate-os sem dó nem piedade! … Não não não, quando não há mais jeito deve-se matar, mesmo! Se eles vão reencarnar para se vingar e cumprir isso depois, não interessa! Pelo menos NESSA Vida eles não vão conseguir e eu, ao menos, não vou ser deposto… EXTERMINE!

 

CENA 4

Em frente toda aquela multidão, Raiane, Gina e Karina começam a gritar, e por uma autonomia inexplicável todos ficam em silêncio para ouvir palavra por palavra das líderes de toda aquela manifestação.

KARINA: Pessoal! Agora uma parte já foi cumprida… Vamos passar para o primordial de tudo isso!

GINA: Vamos todos em frente ao congresso nacional e gritar por Justiça e por um país democrático!

KARINA: Não podemos deixar o podre absoluto na mão de um ser que nem se preocupa com nossas necessidades e esquece até do básico para sobrevivência humana!

GINA: Não vamos sair de lá enquanto Holiguárquio não parecer! Ele deve botar à cara a tapa pelo povo brasileiro! Todos nós na rua fazendo Revolução!

Todos gritam de guerra. “É hora de fazer Revolução!”

RAIANE: Eu estou com vocês! É imoral o que o governo de meu pai está fazendo com a nossa Pátria! Podem ter certeza que se estão comigo, garantirei a segurança de vocês do início ao fim…

Os gritos aumentaram ainda mais, fazendo um eco estrondoso. Nesse momento, as três sentiram ainda mais orgulho do Brasil.

 

CENA 5

No caminho, uma música clássica e muito alta da história do Brasil começa a tocar. Todos conheciam porque se tornara histórica na época da Ditadura Civil de Vargas.

Música de Belinha Alcântara.

“Oh Oh Cuidado que a Roda te pega, meu bem…

A Roda é perigosa e pode roubar e derrubar seu coração para o além,

Cai Você, cai ele, cai eu Também!”

Agora a letra soava muito bem aos ouvidos de todos… A compreensão era muito mais explícita dessa vez. Roda, o governo ditador, todos caem nesse regime, menos eles: Os Supremos.

Como não haviam percebido que essa forma de regimento sempre fora o mesmo desde a Era Vargas, até mesmo na época em que o país era julgado ‘Democrata’.

Como um despertar de emoção aos olhos de Karina, o povo começava a gritar.

MULTIDÃO: Belinha Alcântara ressuscitou! Belinha Alcântara ressuscitou! …

E em seguida:

MULTIDÃO: A voz do Povo é a Melodia do Sucesso!

Karina cai aos choros. Aquilo era um sonho realizado. O povo percebeu o verdadeiro objetivo de Belinha naquele lugar, e teriam percebido toda a manipulação que a história do Brasil tinha feito.

MULTIDÃO: Hugo não matou! Governo manipulou! … Hugo não Matou! Governo Manipulou!

 

CENA 6

Estavam quase todos concentrados em frente ao Congresso Nacional e o que fez silenciar toda aquela multidão, foi à chegada de enormes tanques de Guerra e todos os equipamentos do Exército. Holiguárquio ordenou e lá estavam eles, prontos para impedir toda aquela multidão.

Muitos estremeceram. Mas a causa era mais importante e os fizeram permanecer intactos.

RAIANE: Não acredito que meu pai mandou trazer o exército.

GINA: O negócio vai ser mais feio do que imaginei.

KARINA: – em desespero- Não podemos parar, pelo amor de Deus!

GINA: Nós não vamos parar… Nem pela nossa morte!

Antes que pudessem continuar a conversa, um estrondoso barulho de canhão lançado ao ar fez com que muitos manifestantes corressem e gritarem em desespero.

 

CENA 7

Os soldados começam a oprimir. Vários tiros rolam dos quais fez algumas pessoas mortas no chão. O resto que conseguiu sobreviver estava fugindo de medo ruas adentro da capital republicana.

As únicas que permaneceram intactas foram: Gina, Karina e Raiane.

Raiane, sentindo-se na obrigação, com um ato de coragem e iludida que seu pai jamais permitiria que o exército fizesse algum mau a ela, vai à frente para gritar pelo povo.

RAIANE: Nem tentem dar mais um sequer tiro! Eu sou Raiane filha de Holi/

Não adiantou. Antes que ela pudesse terminar a frase, um soldado aponta para o tórax de Raiane e atira.

Gina que olha toda a situação, como um ato involuntário corre para tentar salvá-la, e assim acaba atingida com um tiro no ombro.

As duas caem ao chão pelo impacto.

 

— Essas cenas as fizeram recordar de seus últimos momentos na encarnação passada onde Wulísses Borges havia soltado um tiro e os dois caem janela a baixo prestes a morrerem. Renée e Lívia.

Agora, como uma luz em seus olhos, ficou explícito. Gina era Renée, ou melhor Hugo. E, Raiane era a mulher que de sua vida, Lívia. A mulher que sempre esteve ao lado de um poder político, mas dessa vez voltara para concertar um erro do passado.

 

As duas se olharam. Era considerado estranho isso na época dos anos 2000.

Mas, nessa Era, nada mais importava. O que era realmente relevante era o espírito que a embalagem possuía. E as duas estavam ali… Um amor que nunca morreu.

GINA: – suspirando pela bala atingida em seu ombro, olhando profundamente os olhos de Raiane – Lívia! Você…

 

~continua.

 

  • O que será que vai acontecer com o Amor de Hugo e Lívia que agora nessa encarnação pode parecer estranho?
  • A Guerra do Povo contra o Governo Supremo é declarada. Quem irá ganhar essa batalha?

 

São as emoções e as resoluções de toda essa história de mais um Luta pelo Brasil chegando ao Fim…

Deixe um comentário

Séries de Web

Séries de Web