Traição

Traição- 1º – “Você tem duas horas”

SALA DE ESTAR

Se sente a raiva a quilômetros de distância, a gritaria toma conta da sala de estar, já havia um vaso quebrado ao lado da porta de entrada, Simone completamente descontrolada e Carlos por incrível que pareça parece muito calmo para a situação.

– Eu não estou afim de saber, o que te fez levar a fazer isso comigo, so quero que saia da minha casa – Chorando – Sabe o que você esta me fazendo sentir, raiva, mas principalmente arrependimento, por que acabei com meus melhores anos da minha vida ao lado de uma pessoa como você, hipócrita e machista como você…

– Ah Simone, ainda achas no direito de me cobrar alguma coisa, depois de tudo o que você me fez, que se recusou a fazer? Quantas noites eu lhe procurei e você se recusava? Eu continuo sendo homem, e tendo necessidade.

Ouve-se o barulho de um tapa.

– Cala a boca, não jogue a merda da culpa para cima de mim, você comeu a droga da sua aluna porque você quis, se não foi capaz de olhar para os problemas da sua mulher, eu não tenho culpa, nenhuma.

– Tem sim e sabe muito bem disso, não se recuse a acreditar, que eu quis te trair, porque eu não quis,queria muito que fossemos felizes, mas e impossível, como uma mulher como você, que não vê a necessidade alheia, se não fosse pelos nossos filhos, eu teria te deixado muito antes.

O choro dela se intensifica.

– Antes? Você teria sido tão desumano a ponto de deixar a pessoa que sempre te amou, durante todo esse tempo, que desistiu da vida – Respira – Eu sempre soube, que você me traia, nunca tive coragem de te deixar porque sou burra, mas você cometeu um erro terrível ao gravar esse vídeo, sabe porquê? AGORA CHEGA, você tem duas horas para sair dessa casa – Ela começa a subir as escadas, ainda chorando.

– Eu sair?

– Sim, você sair. NÃO SE ESQUEÇA QUE ESSA CASA É MINHA, EU HERDEI DO MEU PAI- Você tem duas horas, se não chamo a policia, e tem outra, nunca mais apareça nessa casa – Ela sobe o resto da escada, deixando Carlos sozinho.

QUATRO HORAS DEPOIS

BATIDAS NA PORTA NO QUARTO DE SIMONE.

– Mãe, a senhora esta bem? – Alicya a filha mais velha do casal, uma moça loira como a mãe,  e alta como pai, aparece entre a porta e a quina, para ver o estado da mãe.

Simone, esta tampada com um edredom grosso, dormia, mas mesmo assim seus olhos pareciam inchados, mesmo com as batidas da porta ela não havia acordado.

Alicya entra no quarto, senta-se ao lado da mãe, que apenas vira-se para o lado.

– Alicya – Tayler o filho mais novo do casal, seu cabelo loiro e tão alto quanto irmã, denunciava seu parentesco – Como ela esta?

Ela apenas faz um movimento para que ele saia do quarto.

Eles estão no enorme corredor da casa, do lado de fora do quarto.

– Como você soube Alycia?

– Não se esqueça de que tia Margarida, é minha sogra também – Ele solta um sorriso forçado – Vamos maninho, vou fazer um café para nós e a gente conversa.

NA COZINHA

– Todos lá na escola estão comentando, não aguento mais mana – Tayler toma o café, que Alicya coloca sobre a mesa.

– Mãe ligou toda desesperada para a vovó, que falou para a tia margarida, que ligou para o Tristan, que avisou, mas há quanto tempo, a mãe sabia de tudo?

– Não faço ideia, mas já fazia uma semana que eu recebi as fotos, e que todos na escola sabiam, e o papai não aparecia mais em casa, nem me buscar, aposto que a mãe sendo que como ela é, esperou até o momento que estourou e jogou o pai pra fora de casa.

– Eu imagino a mesma coisa, ela sempre foi assim, lembra quando eu fui para Paris pela primeira vez, que ela não chorou, e uma semana depois me ligou chorando de saudade? – Alicya ri, e suspira.

– Ou quando eu comecei a namorar, e ela um mês depois,  encontrei ela chorando agarrada a uma foto minha, ela é assim, guarda tudo para ela, até que chega num ponto insustentável, fez igual com a traição do papai.

Tayler vasculha em seu celular, e joga e  cima da mesa, na tela estavam as fotos de seu pai e a tal aluna nus,  Alicya começa a chorar no mesmo instante.

Tayler abraça a irmã.

– Como ele teve coragem Tayler? – Ela chora muito.

– Ele simplesmente, ignorou tudo o que você, eu e a mamãe passamos, e pensou nele, esqueceu da nossa família – Ele beija a cabeça da irmã – Mas temos que esquecê-lo e nos concentrar na mãe ela vai precisar muito da gente.

CASA DA FAMILIA CASAGRANDE – Chloe e Fabiana – Manhã seguinte.

Eram batidas na porta, Chloe corre para atender, talvez fosse seu namorado, ela estava preocupada com a sua sogra, e queria saber noticias, mas não queria ir lá para não incomodar ninguém, abre a porta.

E tem a pior surpresa de sua vida. Eliza, a tal aluna, amante de seu sogro.

– Prima, eu preciso de ajuda – Eliza chora e clama.

Chloe a manda entrar, mesmo contra sua vontade.

– Meus pais me expulsaram de casa…

Ela estava usando uma camiseta que deixava sua barriga a mostra, e calças jeans.

-… Eles viram as fotos, meu pai me chamou de todos os nomes possíveis.

– Eliza e você quer que eu faça o que? Te ajude? Você não pensou na nossa amizade, ou no nosso grau de paretesco ao se envolver com o pai do meu namorado, não pensou na minha reação, né, afinal quem te colocou naquela casa fui eu.

– Chloe, desculpa, mas a culpa não foi minha, simplesmente aconteceu.

– O QUE? – Chloe perde a paciência – Não tem essa de aconteceu com você Eliza, nunca teve, eu sempre gostei desse seu jeito despachado de ser, sempre te admirei por isso, mas passou do limite ao você acabar com uma família, e eu jamais vou para me alto culpar por isso.

– O que você esta colocando a culpa em mim? Mas desculpa a mulher dele não foi capaz de segurar o marido, eu fui.

Chloe tenta manter a calma, mas parece que esta chegando no seu limite.

– Sabe de uma coisa, cala a boca e sai da minha casa.

– Cuidado Chloe, fruta não cai longe do pé, daqui a pouco o Tayler faz a mesma coisa contigo.

Chloe caminha até a porta, a abre.

– Saia, e nunca mais me peça ajuda, jamais, você acabou com a família do meu namorado, nessa historia, que você se faz de vitima, a única vitima, e a minha sogra, que foi apunhalada pelas costas.

Eliza sai aos prantos da casa, enquanto a porta se fecha com violência, ela se vira, mas já é tarde, ela começar a passar suas unhas na porta e sussurrar.

– Não, Chloe, desculpa me ajuda, eu to grávida.

CASA SIMONE.

Alicya e Tayler levantaram cedo e foram direto para o trabalho e escola, a contra gosto é claro, mas deixaram sua mãe com uma boa companhia. Afrodite chegou logo cedo na casa da irmã, em seu vestido preto apertado e cabelos loiros, mas parecia uma Simone um pouco mais velha.

Afrodite preparou um café da manhã para a irmã, sabendo muito bem que ela será incapaz de se levantar nesta manhã o coloca numa bandeja e a leva no quarto para ela. Simone acorda e toma um susto ao ver a irmã, mas esta tão sem forças que nem interroga, so aceita os mimos da irmã, quem sabe mais tarde elas conversam.

Afrodite senta ao lado da irmã tira as cobertas dela, a ajuda a sentar, e lhe entrega um potinho de iogurte de morango, e começa a fazer carinho em seus cabelos.

– Irmã, eu vou cuidar de você, como sempre cuidei – Diz ela beijando sua testa.

STUDIO FOTOGRAFICO LA’VENTURA – Studio  de Alicya.

Elisa chega em frente ao studio da filha de Carlos, e entra, passando pela secretaria que gritava para ela para, então a assessora do studio, que não passa de um metro e meio a para no corredor.

– Quem é você, e o que você quer? – Pergunta ela em seu tom grave e autoritário.

– Mãe do futuro do irmão de Alicya, eu preciso conversar e por em pratos limpos tudo isso.

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