Meu Rio

MEU RIO – Capítulo 20

 [Joalherias Meu Rio escritório – Rio de Janeiro – Tarde]

JOANA – E sua amiga Susana? Vocês erão tão amigas.
BEATRIZ – Bom…

O celular de Joana vibra.

JOANA – (Olhando o celular) É o resultado do exame de DNA.
BENEDITA – E então?
BEATRIZ – Diga!
JOANA – Bem, deu positivo. Eu já sabia, desde o momento que ti vi, soube quem era você. (abraça Benedita e depois Beatriz) Tão bom ter as minhas duas filhas juntas.
BEATRIZ  – Então você é mesmo a criança que destruiu a minha vida
BENEDITA – Ah mãe, chega, eu não vou ficar aqui escutando isso.
JOANA – Calma, pare com isso Beatriz, parece criança.

***

[Madureira – Casa de Leonardo – Quarto – Penumbra – Tarde]

Leonardo está deitado, sem camisa na cama. Levanta, vai até o espelho e o descobre. Olha a imagem refletida de cima a baixo. Pega o pano rapidamente, cobre o espelho e se afasta. Desaba na cama, pega o cobertor e se cobre.

Do lado de fora do quarto, Dona Rosa varre a casa.

DONA ROSA – (Cantando)

Nosso amor nasceu foi pra ficar
E eu vou te amar Fernando
Nosso amor nasceu foi pra ficar
E eu vou te amar Fernando

Sei que existe um paraíso azul, só pra nós dois…
Nosso amor vai nos levar pra lá
E eu vou te amar pra sempre
Nosso amor vai nos levar pra lá
E eu vou te amar pra sempre

Passa pela frente do quarto de Leonardo e bate na porta.

DONA ROSA – Filho? Saí desse quarto, você só vive ai agora, nunca mais foi a feira comigo. Leo? (bate na porta) Ta ai?
LEONARDO – Só estou cansado mãe, deixa eu quieto.
DONA ROSA – Você precisa sair um pouco, se divertir. Se animar.
LEONARDO – Só me deixa em paz, mãe.Por favor! (falando baixo) Você não entende o que eu sinto.

***

[Madureira – Casa de Beatriz – Tarde]

TEODORO – Não acredito e não é que é você mesmo? (corre para abraça Joana) Minha irmã, quanto tempo. Quando a Beatriz me disse pelo telefone, não acreditei.
JOANA – Que saudade meu irmão, como você cresceu. Fico feliz que você se acertou com a minha filha Beatriz… Bom, deixa eu lhe apresentar, essa é Benedita, minha filha. Filha esse é seu tio, Teodoro.
TEODORO – Essa é sua filha que foi roubada?
JOANA – Ela mesmo.
TEODORO – Já está uma moça feita.
BENEDITA – Obrigado, prazer em conhecê-lo.
TEODORO –  (sorrindo) Na minha época sobrinha tomava bênção para o tio.
BENEDITA – Benção!?
TEODORO – Estava brincando, mas Deus te abençoe.
JOANA – E minha mãe, a Dona Sebastiana, como foi os últimos dias dela?
TEODORO – Sabe como ela era né? Cabeça dura, teimosa, mesmo idosa, doente, queria fazer tudo.
JOANA – Imagino.
TEODORO – Também vivia em pé de guerra com a Eva.
JOANA – Ah, mas isso foi desde o primeiro momento que ela pos os pés novamente lá na fazenda, elas chegaram a vir para o Rio de Janeiro?
TEODORO – Que nada, ficaram as duas lá em Mororó.
JOANA – Vocês tem alguma lembrança dela?
BEATRIZ – Bom, tem uma caixa com algumas coisas dela, que trouxemos lá de Mororó, pera, vou buscar lá no quarto.

Beatriz sobe até o quarto, pega uma caixa circular no guarda-roupa e desce novamente para a sala.

BEATRIZ – Pronto, está aqui. (coloca em cima da mesa de centro)
JOANA – Posso abrir?
TEODORO – Claro,fique a vontade irmã.

Joana abre a caixa e olha as lembrança da mãe, fotos, alguns objetos pessoais.

JOANA – Olha Benedita, está era a sua avó, de parte de mãe.
BENEDITA –  É, ela parecia ser bem firme nas coisas
JOANA – Ela me ajudou muito quando eu tive você, pena que aquela mulher desgraçada que te sequestrou separou nós e me tirou o tempo de ficar com minha mãe nos seus últimos dias.
BENEDITA – Mas agora estamos juntas e ninguém vai nos separar.
JOANA – E o que aconteceu com Dona Eva?
BEATRIZ – Faleceu alguns anos atrás, apesar de viverem em pé de guerra, as duas cuidavam uma da outra, até tentamos trazer a Dona Eva após a morte da vó, mas também era outra teimosa.

Joana continua mexendo na caixa e quando tira um porta-retrato encontra uma carta.

JOANA – E essa carta? Tem meu nome e o seu meu irmão. Você já leu?
TEODORO – Carta? Nunca soube de uma carta de minha mãe. (olha para Beatriz)
BEATRIZ – Devem ter colocado escondido quando mandaram essa caixa e deixamos passar.
TEODORO – Mas, o que diz essa carta?
JOANA – Bom, deixa eu ver (abre a carta e começa a ler alto)
DONA SEBASTIANA – (off) Meus filhos, espero que está carta chegue algum dia a vocês, especialmente a Joana. Quero que saibam que eu amo vocês. Teodoro, mesmo você achando que eu abandonei vocês, eu quero que saiba que não teve um minuto que eu não pensei em você. Apesar de todo esse tempo depois da minha volta, sinto que ainda há uma pedra enorme entre nós dois, mas, espero de coração, que entenda que eu não podia deixar sua irmã sozinha, agora que você tem seus filhos, mesmo que eles ainda sejam pequenos, mas tenho certeza que você não abandonaria nenhum. Espero que um dia você e sua irmã possam se encontrar e quero que saiba que também nunca deixei de pensar e orar pela volta dela desde sua ida atrás de sua filha. Quero te pedir perdão, se sua filha foi sequestrada foi por minha causa, que elaborei o plano, mas eu só queria te ajuda. Queria pedir perdão a vocês dois, pois, sei que fiz algo de errado, mas eu tinha que proteger essa menina, que não era minha neta de sangue, mas amava como se fosse, não queria que ele fizesse algo ruim com ela. Ele queria usar ela como moeda de troca na capital para conseguir apoio politico, tive que dar um jeito na situação, e para isso tive que mandar matar o pai de vocês, o coronel Araribe. Espero que um dia possam me perdoar por todos os meus erros, mas eu só queria ver vocês bem.

Amo vocês, Sebastiana.

TEODORO – (Surpreso) Como é? Ela que mandou matar o coronel, meu pai?
JOANA – É o que diz na carta.
TEODORO – Não pode ser, quem mandou matar foi o Josaniel, tenho  certeza.
BEATRIZ – Viu? O meu pai era inocente.
TEODORO – Ah, pelo amor de Deus Beatriz, seu pai estrupou sua melhor amiga, ele era um monstro, só você que não ver isso?
BEATRIZ – Ex melhor amiga.
JOANA – Como assim? Ex melhor amiga? Você não tem mais contato com a Susana?
BENEDITA – Vocês tão fugindo do foco. Então quer dizer que minha avó era uma assassina insana? Que massa.
JOANA – Que massa nada, matar pessoas não é legal. Que é isso? Que idéias são essas meninas?
BEATRIZ – Eu disse que ela não prestava.
TEODORO – Chega, eu cometi um erro.
BEATRIZ – Que erro?
TEODORO – (Cai em si e reflete sobre o que falou)  Éhh, errei em não ter pensado que ela que tinha mandado matar meu pai. Como ela quer que a gente perdoe?
JOANA – Irmão, isso já tem tanto tempo, não tem nada o que se possa fazer.
BENEDITA – Ela tem razão, vida que segue.

***

[Casa de Leonardo – Rio de Janeiro – Noite]

DONA ROSA – O que você vai querer de presente meu filho?
LEONARDO – Eu não quero nada mãe, já lhe disse isso.
DONA ROSA – Leonardo, o que ta acontecendo com você? Tem haver com a faculdade?
LEONARDO – Mãe eu estou bem, só estou cansado.
DONA ROSA – Por que não chama seus amigos para vir aqui em casa amanhã? A gente pode fazer um bolinho.
LEONARDO – Que amigos? Mãe eu vou deitar, amanhã acordo cedo para ir pra faculdade, boa noite.
DONA  ROSA – Deus te abençoe meu filho.

***

[Leblon – Rio de Janeiro – Frente ao prédio de  Joana – Noite]

JOANA – Bom, você vai voltar para casa, por hoje, já chamei o taxi.
BENEDITA – Mas eu não quero voltar para aquela casa.
JOANA – Mas tem que ser assim por enquanto, você vai, arrumar a suas coisas e amanhã eu passo lá para pegar você.
BENEDITA – Tudo bem e você vai ficar sozinha?
JOANA – Eu tenho um jantar na empresa hoje.
BENEDITA – E qual a sua empresa?
JOANA – Bom, depois explico melhor para você, agora preciso ir.
BENEDITA – Tudo bem, até amanhã mãe.

Benedita entra no taxi. Joana sai com o carro.

BENEDITA – (Para o taxista) segue aquele carro, mas sem ser reconhecido.

***

[Policia Federal – Rio de Janeiro – Noite]

DELEGADO MEIRELES – Essa é uma missão secreta, não quero ouvir vazamentos, por isso chameis os dois aqui, vocês são chefes de duas ótimas equipes, a denúncia que temos é de tráfico humano aqui no Rio de Janeiro, os policiais devem ficar sabendo apenas na hora que estivermos indo para o local, instrua ele para irem preparado para o confronto armado.
DIOGO – Entendido, quando saímos?
DELEGADO MEIRELES – Daqui a pouco.
PAULO – Devemos pedir reforço para a policia militar?
DELEGADO MEIRELES – De maneira alguma, tenho minhas suspeitas que alguns policiais militares estão envolvidos com essas quadrilhas.
PAULO – Certo.
DELEGADO MEIRELES – Então estão dispensados, se preparem e lembrem-se que é extremo sigilo.

***

[Zona portuária – Rio de Janeiro – Galpão 64 – Dentro – Noite]

JOANA – Eu pretendo acabar com esse negócio, acho que meu marido foi longe demais e me arrependo de não ter feito nada quando tive a oportunidade.
EUPÁTRIDA – Eu tenho certeza que seu marido não iria concordar com isso, aliás, ele conheceu você aqui? Lembra?
JOANA  – Por isso mesmo,  eu sei o que eu passei quando era escrava, me arrependo de não ter acabado com isso antes.
EUPÁTRIDA – E os nossos associados?
JOANA – Tem várias outras sociedades como essa que eles podem entrar, isso não é problema.
EUPÁTRIDA – Creio que não será tão fácil assim.
JOANA – Já está decidido, encontrei minha filha e quero viver em paz agora.
EUPÁTRIDA – E as escravas? O que vamos fazer com elas?
JOANA – Bom, eu vou conversar com a que fugiu, fazer um acordo com elas, depois você conversará com as outras e as libertará. Onde ela está?
EUPÁTRIDA – Na sala de jogos.
JOANA – Enquanto eu falo com elas, levem as maquinas de lá para o outro galpão, quero que elas vejam que nada vai acontecer com elas.
EUPÁTRIDA – Mas…
JOANA – (Cortando) Sem mais, isso é uma ordem. Vou falar com a fugitiva.

***

[Zona portuária – Rio de Janeiro – Galpão 64 – Fora – Noite]

BENEDITA – (No taxi, um pouco distante para não ser vista) Então é aqui que é o seu trabalho mamãe. O que será que tem dentro desse galpão?

Na saída do galpão.

EUPÁTRIDA – Vamos seus bundas moles, não deixem essas maquinas caírem.
CAPANGA – Por que essa mudança?
EUPÁTRIDA – A patroa que pediu para fazer isso. Sem mais perguntas, anda.
CAPANGA – Vai com a gente?
EUPÁTRIDA – Claro, é capaz de vocês deixarem essas máquinas de qualquer jeito lá no galpão.

***

[Madureira – Rio de Janeiro – Casa de Beatriz – Mesa do Jantar – Noite]

BEATRIZ – Uma coisa que tenho que admitir é que aquela filha de uma mãe sabia cozinhar bem, isso aqui tá bem horrível.
TEODORO – Ta vendo como a moça tem várias qualidades.
BEATRIZ – Ah Teodoro, pelo amor… (Gritando) Raimunda, oh Raimunda.
RAIMUNDA – (Se aproximando) Senhora?
BEATRIZ – O que é isso aqui? Essa gororoba?
RAIMUNDA – É um, como é o nome mesmo Senhor? Hum… Ah! Frango, com vinho branco, creme de cebola, abobora e queijo.
BEATRIZ – Você tem certeza que fez certo? Tá só o gosto da cebola e pra onde foi parar o Frango?
RAIMUNDA – Bom não tinha frango, ai eu peguei uns steks que tinha no congelador e coloquei, acho que exagerei um pouco no creme de cebola.
BEATRIZ –
Pra que diabo, tu me disse que era frango com não sei o que mais? Volta pra cozinha e leva isso daqui, prepare uma sopa, por favor!

RAIMUNDA – Sim senhora.
MAXWELL – Amanhã, você faz um almoço bem gostoso que uma amiga vem aqui.
BEATRIZ – Que amiga?
MAXWELL – Ah mamãe, a Lia.
BEATRIZ – Aquela que esteve aqui? Você tem certeza?
MAXWELL – Por que não? Ela vem, então prepara, eu estou sem fome, alguém pode me ajudar a subir as escadas?
BEATRIZ – Eu ajudo, vamos.
TEODORO – E você meu filho? Ficou calado o jantar todo.
RICARDO – Estou preocupado com a Anita, será que ela tá bem?
TEODORO – Vai dar tudo certo.

O telefone de Ricardo toca.

RICARDO – Alô!
DELEGADO MEIRELES – Aqui é o delegado Meireles, só ligando para avisar que estamos indo até o local, qualquer coisa aviso.
RICARDO – Posso ir com vocês?
DELEGADO MEIRELES – Melhor não, fique na sua casa que iremos entrar em contato.
RICARDO – Obrigado, fico esperando notícias. (desliga)
TEODORO – Quem era?
RICARDO – O delegado avisando que estão indo para os galpões agora.
TEODORO – Vai dar tudo certo.

***

[Leblon – Rio de Janeiro – Casa de Pilar – Noite]

PILAR – (No telefone) Alô!
RICARDO – Oi.
PILAR – Como tu está?
RICARDO – Preocupado com a Anita
PILAR – Que diria que elas estaria envolvida com gente desse tipo.
RICARDO – Ela foi traficada
PILAR – E eu que pensava que eles levavam só para fora do país.
RICARDO – Muitas meninas de várias regiões, especialmente do nordeste são enganadas e trazidas para cá.
PILAR – Como elas se deixam enganar assim? Só sendo tonta mesmo.
RICARDO – As vezes é precisão Pilar, quando você não consegue ver uma alternativa, se agarra a que aparece.
PILAR – Bom, eu só estou dizendo que (Começa a sentir enjoo, corre para o banheiro e vomita).
RICARDO – Pilar? Pilar? Tá tudo bem?
PILAR – (Colocando o celular no ouvido) Desculpe, me deu um enjoo do nada, acho que foi alguma coisa que eu comi.
RICARDO – Tomá um chá, um remédio.
PILAR – Você sabe que não gosto de ficar tomando remédio assim, eu vou deitar, amanhã estarei melhor, boa noite, descanse também.
RICARDO – Boa noite, melhoras.

***

[Zona Portuária – Rio de Janeiro – Noite]

DELEGADO MEIRELES – Eu não quero sirenes e nem as luzes dos carros ligados, tudo na mais perfeitas discrição.
PAULO – QSL.
DELEGADO – Conseguiram as informações sobre os galpões.
DIOGO – Bom, levantamos a fixa dos cinco galpões daquela área, o 61, 62, 63, 64, 65, dois deles pertencem a Polícia Militar, para o armazenamento de mercadorias apreendidas, os números 61 e 62. o 63 pertence a centro de pesquisas aeroespaciais. O 64 e 65 são particulares, recentemente o 65 sofreu um incêndio e está desativado, o que sobra apenas o 64. Ele está no nome de Antonielson Pereira Borralho, levantei a ficha dele e diz que ele morreu no século passado.
DELEGADO – Então esse é o nosso galpão.

***

[Zona Portuária – Rio de Janeiro – Galpão 64 – Sala de Jogos – Noite]

JOANA – Bom, eu quero propor uma coisa a você. Como é seu nome mesmo?
ANITA – Anita, fale sou toda ouvidos.
JOANA – Anita, eu pretendo acabar com esse lugar, ou melhor, com esse negócio, mas eu proponho liberta todas, vocês seguem a vida de vocês, não denunciam e em troca eu acabo com tudo isso. Vamos passar uma borracha.
ANITA – Então você quer que eu esqueça tudo que eu vive aqui? O inferno que foi? E as meninas que morreram? As surras? O nosso psicológico, você acha que é simples assim? Esquecer de uma hora para outra tudo?
JOANA – Eu sei que não é fácil assim, e que essa lembranças não vão sumir, mas não podemos mudar o passado. A vida anda para frente.
ANITA – Muitas de nós não temos nem para onde ir, vocês fizeram questão de nos matar socialmente, tem gente que já está aqui a mais de cinco anos, famílias foram destruídas.
JOANA – Vou abrir uma conta e depositar uma quantia suficiente para vocês recomeçarem a vida de vocês.
ANITA – Você acha que dinheiro resolve tudo né?
JOANA – E como você acha que posso ajudar vocês? Ou você prefere que eu mande matar todas e enterrar os corpos? Eu sei que nada disso é o suficiente para reparar os danos, mas o melhor que vocês tem a fazer é recomeçar a vida de vocês. Eu falo isso por mim, eu já estive no lugar de vocês e agarrei a oportunidade que eu tive. Façam o mesmo.
ANITA – E o que vai acontecer com aquele monstro?
JOANA – Prometo que ele não vai mais incomodar vocês.

***

[Zona Portuária – Rio de Janeiro – Galpão 64 – Noite]

DELEGADO – Com calma e tranquilidade. Vamos lá.

Os policiais cercam o galpão, um policia se aproxima da porta traseira do galpão, escuta para ver se tem alguém atras da porta, pega um dispositivo e coloca na tranca, o dispositivo pisca e em seguida tem uma pequena explosão, sem muito barulho, ele abrem a porta e são barrados por um portão, pegam uma serra e serra uma das barras e abre o cadeado que trancava o portão.

CAPANGA – (Aproximando-se do local, com a arma em punho, ver os policiais e pega o rádio) Preciso de reforços aqui na porta dos fundos, preciso de reforços.
DELEGADO – Parado ai, nenhum movimento.
CAPANGA – Vocês acham mesmo que vão conseguir alguma coisa? Aqui é uma fortaleza, vocês não vão ter como sair.
DELEGADO – Prendam ele. Tomem cuidado que devem estar vindo outros, fiquem alguns aqui fazendo cobertura.

Um tiro pega na parede próxima ao delegado, ele se esconde atrás de uma coluna e saca a arma.

DELEGADO – O galpão está cercado, não tem como fugirem. Rendam-se.

Outro tiro pega próximo, ele mira, atira e atinge um dos capangas. Outro policial acerta mais um, o terceiro capanga corre para dentro do galpão. Os policiais adentro o local com as armas na mão. O terceiro capanga atira novamente, o tiro acerta um dos policiais, o delegado atira e acerta o capanga, que cai sem vida.

DELEGADO – (Aproximando-se do policial ferido) Como você tá?
POLICIAL – Dá para chegar no hospital, nada grave.
DELEGADO – (Apontando para dois policial) Levem ele, o restante permanece e vasculhem o galpão, ninguém sai daqui.

Os policiais vasculham o galpão e encontram uma porta. Giram a maçaneta e abrem a porta.

DELEGADO – Paradas ai

Lucas Serejo

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