Meu Rio

MEU RIO – Capítulo 16

[Tijuca – Rio de Janeiro – Tarde]

MAXWELL – Valeu mano, obrigadão por me passar as matérias da faculdade.
FÁBIO – Ver se vai nas aulas, siow.
MAXWELL – Pow cara, se elas não fossem tão chatas eu até iria, agora tenho que ir.
FÁBIO – Vai nessa.
MAXWELL – Talvez eu apareça essa semana.
FÁBIO – Na hora.

Maxwell pega a moto e sai em direção a Madureira.

MAXWELL – (na moto, olhando para a mulher) Nossa que morena é essa.

O irmão de Ricardo escuta os freios de um carro e tenta desviar, mas é atingido, arremessado e cai desacordado no chão.

Uma multidão se forma ao redor de Maxwell, alguns tenta ajuda-lo.

LIA – Não mexam nele. Ele pode ter fraturado a coluna, mexer nele pode piorar a situação, já liguei para o Samu.
HOMEM – Temos que ver se tem alguma documentação, um número de algum familiar.
LIA – Deixa que no hospital vão verificar e ligar.

***

[Madureira – Rio de Janeiro – Casa de Beatriz – Sala – Tarde]

Beatriz estava dormindo no sofá.

BEATRIZ – (Assustada) Maxwell!
ANITA – Algum problema dona Beatriz?
BEATRIZ – Aconteceu alguma coisa com o meu filho, cadê o Ricardo, chama ele.
ANITA – O Ricardo saiu e o Senhor Teodoro ainda não voltou.
BEATRIZ – Pega meu celular, liga para o Maxwell.
ANITA – Claro, só um momento.

Anita liga para Maxwell.

ANITA – Só está dando desligado.
BEATRIZ – Alguma coisa aconteceu, continue tentando.

***

[Tijuca – Rio de Janeiro – Tarde]

SOCORRISTA 1 – Abram espaço, deixem a gente fazer nosso serviço.
SOCORRISTA 2 – Ele não tem nenhum sangramento visível, mas a viseira do capacete quebrou e tem um inchaço na parte dos olhos. O batimento cardíaco tá normal, a pressão arterial tá boa.
SOCORRISTA 1 – Ok, vamos colocá-lo na maca e levá-lo para o hospital.
LIA – Com licença, pra qual hospital vão levá-lo?
SOCORRISTA 1 – Para o São Francisco.
LIA – Obrigada! (se afasta)
SOCORRISTA 2 – Vamos levantar ele e colocar na maca, 1, 2, 3…

Lia olha para o chão e ver um celular, pega, liga o aparelho e ver que é de Maxwell, tenta encontrar na agenda o número de algum parente, até que encontro o telefone da casa, clica para telefonar.

LIA – Alô!
ANITA – Sim, quem fala?
LIA – Aqui é Marília, esse telefone é de um rapaz que mora ai, ele sofreu um acidente de moto.
ANITA – Isso é um trote? Porque se for é péssimo.
LIA – Não, não é trote, eu não sei o nome dele, só sei que foi levado para o Hospital São Francisco aqui na Tijuca.

A ambulância sai com a sirene tocando.

LIA – Escutou a sirene?
ANITA – Sim, vou informar os pais dele. Obrigado (desliga)
BEATRIZ – (descendo as escadas) Quem era? Alguma notícia do Maxwell?
ANITA – Era uma mulher dizendo que um dos homens dessa casa sofreu um acidente de moto, deve ser trote.
BEATRIZ – E se não for? Eu estou com aperto no coração, liga para o Ricardo.
ANITA – Claro, só um momento. (Liga do telefone) Ricardo é a Anita, tudo bem?
RICARDO – Tá sim, algum problema?
ANITA – Você tem notícias de seu irmão?
RICARDO – Não, ele me pediu a moto emprestada, disse que tinha umas paradas pra resolver.
ANITA – Sua mãe está aflita, mas obrigado, qualquer coisa aviso. (desliga) Ele ta bem, mas emprestou a moto para o Maxwell.
BEATRIZ – A mulher que ligou disse o nome do hospital pra que foi levado?
ANITA – Hospital São Francisco, na Tijuca.
BEATRIZ – Eu vou lá, não vou ficar aqui nessa aflição.
ANITA – Eu vou com a senhora, não vou deixar dirigir sozinha nesse estado.
BEATRIZ- Obrigada, então vamos.

***

[Aeroporto do Galeão – Rio de Janeiro – Tarde]

MARCELO – (No telefone) Alô, Dona Susana?
SUSANA – Oi meu filho.
MARCELO – Desembarquei agora e daqui a pouco estou aí no hotel.
SUSANA – Que bom, vou preparar um lanche para você.
MARCELO – Não precisa, eu como no restaurante do hotel.
SUSANA – De maneira alguma, eu faço questão.
MARCELO – Então até daqui a pouco, desde já obrigado.

***

[Madureira – Rio de Janeiro – Tarde]

No carro.

ANITA – A senhora tem certeza que não quer que eu ligue para o senhor Teodoro?
BEATRIZ – Melhor nos certificarmos que é mesmo o Maxwell para depois avisarmos, se for noticia falsa não criamos alvoroço.
ANITA – Tudo bem.

Beatriz avista Susana atravessando a rua com algumas sacolas, pisa no acelerador.

ANITA – Dona Beatriz está correndo demais.
BEATRIZ – Foi só essa desgraçada aparecer que voltou a tudo dar errado na minha vida, vou acabar com ela agora. (Acelera)

Anita olha para frente e ver a sua mãe atravessando a rua.

ANITA – Não, pare! (tenta fazer com que Beatriz desacelere) você vai atropelar a senhora (começa a buzinar).

Susana olha para o carro vindo em sua direção e corre para a calçada.

ANITA – Você tá ficando louca?
BEATRIZ – (Diminuindo a velocidade) Era o que eu deveria ter feito a muito tempo, essa mulher acabou com a minha vida.

***

[Hospital São Francisco – Tijuca – Rio de Janeiro – Tarde]

BEATRIZ – Por favor, chegou algum jovem vítima de um acidente de moto?
ATENDENTE – Sim, nós não sabemos no nome dele. Os documentos devem ter caído na hora do impacto com o carro.
BEATRIZ – Eu posso vê-lo? Pode ser meu filho.
ATENDENTE – Só um momento vou verificar com o médico se você pode fazer o reconhecimento.
BEATRIZ – Tudo bem.
ANITA– (aproximando-se) Trouxe um pouco de água.
BEATRIZ – Obrigada.
ATENDENTE – Estão limpando os ferimentos, a senhora pode ir até lá.
BEATRIZ – Obrigada.
ATENDENTE – A senhora pega esse corredor e entra na terceira porta.
BEATRIZ – Tudo bem. Agradecemos.

As duas se dirigem a sala e quanto mais perto se aproximavam, mais o coração dela ficava apertado. Quando entram na sala os olhos de Beatriz vão direto para seu filho, as lágrimas escorrem pelo rosto, se aproxima do filho.

BEATRIZ – Meu filho, o que aconteceu? (Chora)
MÉDICO – Parece que ele atravessou um sinal vermelho e um carro acabou batendo.
BEATRIZ – Mas como ele tá?
MÉDICO – Agora ele está sedado, já fizemos uma tomográfica e não teve nenhum dano no cérebro. O que nos preocupa é esse ferimento nos olhos, acho que ele terá que fazer uma cirurgia, com o impacto os vasos sanguíneos foram afetados e está levando pouco sangue aos olhos e se não for revertido pode causar cegueira.
BEATRIZ – (Chora) Ele vai ficar cego? Por favor, não deixa que um filho fique cego.
MÉDICO – Se tudo der certo, não.
BEATRIZ – Doutor, eu posso transferir ele para outro hospital, que a família frequenta?
MÉDICO – Pode, mas tem que ser rápido, quanto mais tempo perdemos, pior será para ele.
BEATRIZ – Claro, eu vou dar uns telefonemas para isso ser o mais rápido possível.

***

[UFRJ – Rio de Janeiro – Tarde]

PROFESSOR – Então alunos para a próxima aula vamos discutir o texto que está na xerox. Estão dispensados.

Todos saem da sala. Leonardo pega a mochila e vai ao banheiro, em um dos boxes, ele abre a mochila tira um litro de vinagre de dentro e bebe um pouco.

LEONARDO – Que coisa ruim, mas vai me ajudar a emagrecer.

***

[Joalherias Meu Rio escritório – Rio de Janeiro – Tarde]

TEODORO – (no celular) Me explica direito, que acidente foi esse?
BEATRIZ – Eu sei lá, só sei que ele atravessou um sinal fechado e bateram nele, eu vou pedi a transferência para o hospital São Miguel na Gávea, já telefonei para o Fernando e ele já está mandando uma ambulância para cá.
TEODORO – Tudo bem, encontro você lá… (Desliga, depois disca o ramal da secretária) Dona Elizabeth, cancele todos os meus compromissos de hoje e amanhã.
ELIZABETH – Tudo bem, aconteceu algo?
TEODORO –Meu filho sofreu um acidente, estou indo para o hospital.
ELIZABETH – Espero que não tenha sido nada grave.

***

[Hospital São Miguel – Gávea – Rio de Janeiro – Tarde]

FERNANDO – Dona Beatriz, seu filho já está na sala de cirurgia, posso lhe garantir que o melhor medico do país está cuidando dele.
BEATRIZ – Obrigada pelo o que o senhor está fazendo.
FERNANDO – Ora, vamos deixar o senhor de lado, somo amigos, pode me chamar apenas de Fernando. Seu marido?
BEATRIZ – Ele tá vindo para cá, Dona Helena está bem?
FERNANDO – Sim, ela vem se recuperando dos traumas, você deve ter ficado sabendo sobre o que aconteceu com o Tony, a violência que ela sofria dentro de casa, do sequestro da minha filha e do final com três mortes.
BEATRIZ – Imagino o quanto traumático que foi, seus filhos estão bem?
FERNANDO – A Cristiana começou a fazer direito na UFRJ, já o Gabriel parece que ficou mais responsável agora.
BEATRIZ – Ainda bem que estão todos bem.
RICARDO – (chega e vai abraçar Beatriz) Mãe o que foi isso?
BEATRIZ – Calma, ele já está sendo operado, vai ficar tudo bem. Lembra do Fernando?
RICARDO – Claro, tudo bom? (Apertando a mão)
FERNANDO – Sim, obrigado. Não querem ir até a cafeteria do hospital?
BEATRIZ – Claro, não adianta nada ficarmos aqui, esperamos o Teodoro lá.

***

[Galpão 64 – Zona portuária – Rio de Janeiro – Tarde]

EUPÁTRIDA – (No telefone) Hoje à noite?
BASILEU – Sim, precisamos ver a questão daquela garota, que ainda é uma ameaça para nós, além disso, preciso organizar uma coisa, então deixe as escravas no alojamento.
EUPÁTRIDA – Tudo bem. Mais alguma coisa?
BASILEU – Não.

***

[Rio de Janeiro – Madureira– Casa de Leonardo -Noite]

LEONARDO – Boa noite.
DONA ROSA – Ôh meu filho, que bom que chegou, estou colocando a janta nesse instante.
LEONARDO – Eu to sem fome mãe, e com um pouco de dor de cabeça, vou para o quarto, se não se importa.
DONA ROSA – Ta bom, mas não durma sem comer.
LEONARDO – Ta bom (pega um copo d’água na geladeira) venho comer sim. (vai pro quarto)

Leonardo retira o remédio da bolsa e toma, em seguida pega o vinagre e toma um pouco.

***

[Gávea – Rio de Janeiro – Hospital São Miguel – Noite]

O doutor se aproxima.

TEODORO – E então doutor alguma notícia?
DOUTOR – A cirurgia ocorreu bem, daqui a alguns dias, no máximo um mês, ele vai retomar a visão, mas por enquanto ele está cego.
BEATRIZ – Não, meu filho (chora e se agarra ao marido).
TEODORO – Calma, é temporário. Ele vai voltar a enxergar.
RICARDO – Doutor, quando vamos poder vê-lo?
DOUTOR – Apenas amanhã, agora ele está sedado, não há necessidade de ficarem aqui.
BEATRIZ – Mas vou ficar, não arredo daqui enquanto ele não sai comigo.
RICARDO – Mãe, vai para casa, toma um banho.
BEATRIZ – Minha decisão já está tomada.
TEODORO – Eu vou ficar com ela então.
RICARDO – Eu vou para casa e amanhã cedo estou de volta.
TEODORO – Vai para a empresa, meu filho. Não tenho cabeça e alguém precisa estar lá.
RICARDO – Tudo bem, mas me mantêm informado.
ANITA – (Aproximando-se) Você pode me dar uma carona?
RICARDO – Claro.

***

[Madureira – Rio de Janeiro – Restaurante do Hotel – Noite]

MARCELO – A Anita não apareceu mesmo?
SUSANA – Ela me telefonou e disse que houve um acidente, com o filho do patrão dela. Já disse para ela não se misturar, mas não me escuta.
MARCELO – Anita, Anita (respira fundo) Onde ela ta trabalhando?
SUSANA – Em uma casa de rico aqui em Madureira, depois te mostro. Marcelo, sinceramente acho que ela não vai voltar para o Maranhão, ela sempre foi independente, solta.
MARCELO – Eu quero pelo menos ter a chance de conversar com ela.
SUSANA – Eu pelo menos só tive com ela uma vez.
MARCELO – Ta errado, a senhor é mãe.
SUSANA – Sou mãe, mas os filhos não são para a gente. Ta ai você, saiu de casa cedo para fazer sua vida.
MARCELO – É, mas sempre dou notícias a ela, e a ajudo como posso. Ela tem que procurar é dar valor para a senhora, vive querendo saber quem é um pai que nunca apareceu e a senhora que sempre esteve ao lado dela, ela não valoriza.
SUSANA – Como o tempo ela vai aprender, ele é um ótimo professor. Marcelo, se não se importar vou subir para o meu quarto não estou me sentindo bem.
MARCELO – Claro, quer que eu a acompanhe?
SUSANA – Não precisa, aproveite a cidade, você também está de férias.
MARCELO – É, talvez eu dê uma volta.
SUSANA – Boa Noite.
MARCELO – Boa noite.

***

[Gávea – Rio de Janeiro – Hospital São Miguel – Noite]

TEODORO – (No celular) Ele tá no quarto agora, mas a visão só com o tempo, nem sei como ele vai reagir quando souber.
SUSANA – E ele ainda não sabe?
TEODORO – Ainda não, mas acredito na recuperação dele.
SUSANA – Deve estar sendo barra.
TEODORO – Está, principalmente para a Beatriz.
SUSANA – Mãe sempre sofre mais pelos filhos. Entendo como ela deve estar abalada.
TEODORO –Você bem que pode visitar-nos, aproveitar esse momento para fazer as pazes.
SUSANA – Eu não sei, acho que vai ser pior. Teo, deixe as coisas como estão, aquela história, aquela vida que tínhamos, passou.
TEODORO –Tente, pelo menos uma vez.
SUSANA – Vou pensar, não prometo nada.
TEODORO – Vou desligar antes que a…
BEATRIZ – (pegando o celular) com quem você tá falando? (olha o nome no visor) Eu não acredito Teodoro, não acredito.
SUSANA – Alô? Teo? (desliga)
BEATRIZ – Eu já te disse que não tenho vocação para ser corna.
TEODORO – Larga de tuas besteiras Beatriz, eu te amo, tu sabe disso, a Susana não concorre com você, eu só quero que vocês se entendam.
BEATRIZ – Isso nunca vai acontecer? Entendeu? NUNCA!

***

[Zona Portuária – Rio de Janeiro – Galpão 64 – Noite]

EUPÁTRIDA – (falando com outros homens) Eu não quero nenhuma das escravas aqui, leve todas para o alojamento, o Basileu não pode ser reconhecido.
CAPANGA – Tudo bem.

Gabriela estava escutando a conversa enquanto limpava a sala.

EUPÁTRIDA – Leve logo elas, vamos.
CAPANGA – Tá certo. (leva as garotas para o alojamento)

O Eupátrida termina de preparar o espaço para a reunião.

No alojamento.

GABRIELA – Eu escutei que é hoje que a chefia vem hoje, então é a nossa oportunidade de sair daqui.
LUANA – Como assim?
GABRIELA –Você vai fingir que está passando mal, mas muito mal mesmo, como vão está prestando atenção na chefia, quem vai ter que prestar socorro é um desses guardas, quando eles entrarem atacamos eles ao mesmo tempo, depois pegamos as armas e fugimos.
LUANA – Você acha que vai ser fácil assim?
GABRIELA – Improvisamos então, se for necessário faremos até a chefia de refém.

***

[Madureira – Rio de Janeiro – Casa de Beatriz – Noite]

RICARDO – Você quer jantar alguma coisa?
ANITA – Eu vou fazer só um lanche e depois ir dormir.
RICARDO –Acompanho você

Na cozinha.

ANITA – Como você tá? (comendo o sanduiche)
RICARDO – Confuso, um pouco culpado?
ANITA – Culpado porquê?
RICARDO –Eu que emprestei a moto para o meu irmão, se eu tivesse dito não ele não estaria no hospital agora.
ANITA – Deixe de coisa, você não poderia imaginar o que iria acontecer, não se culpe, foi coisa do destino.
RICARDO – Mesmo assim, ele é inconsequente.
ANITA – Logo, logo ele vai estar em casa e ficará bom. Agora você deve descansar.
RICARDO – Melhor mesmo. A Pilar nem apareceu né?
ANITA – Será que ela está sabendo?
RICARDO – Acho que não, vou ligar para ela.
ANITA – Primeiro tome um banho relaxante, depois ligue para ela, não vai adiantar nada ela vir para cá.
RICARDO – Tem razão. Obrigado por ter ido com minha mãe até o hospital.
ANITA – Não podia deixar ela sozinha, isso afeta muito o emocional.
RICARDO – Obrigado, eu vou subir (pega o prato que estava comendo)
ANITA – Pode deixar o prato que eu lavo.
RICARDO – Agradeço, boa noite.
ANITA – Para você também.

***

[Zona Portuária – Rio de Janeiro – Galpão 64 – Noite]

EUPÁTRIDA – É um prazer recebê-lo aqui. (Acolhendo o Basileu)
BASILEU – Não precisa disso, ah e é recebê-la. Agora que estamos cara a cara pode me chamar pelo meu nome, Joana Araribe, mas só quando estiver na minha presença e de forma segura, ao contrário ainda sou o Basileu.
EUPÁTRIDA – Claro, vamos, sente-se (puxando a cadeira).
JOANA / BASILEU – Obrigado.
EUPÁTRIDA – Mas, ainda não entendi o motivo que a trouxe aqui.
JOANA / BASILEU – É bem simples, você não está dando mais conta de administrar isso aqui. Depois que aquela garota escapou estamos correndo muito risco, incompetência da segurança deste local.
EUPÁTRIDA – Estou movendo céu e terra para achá-la, mas tenho certeza que ela não nos causará problemas.
JOANA / BASILEU – Como você sabe que não? Enfim eu já dei um jeito e descobri onde ela está. Amanhã mesmo vamos trazê-la de volta.
EUPÁTRIDA – Como conseguiu?
JOANA / BASILEU – Pedi a um detetive, que está trabalhando no caso de minha filha, para cuidar disso e ele localizou, ela está trabalhando nesse endereço (pega o papel na bolsa e entrega ao Eupátrida), pronto, mas não vá ser muito esparroso.
EUPÁTRIDA – Tudo bem. Bom ter uma mulher de fibra como a senhora.
JOANA / BASILEU – Tive que aprender a ser, a vida me ensinou, primeiro a minha filha foi roubada, tive que sair lá do Maranhão atrás dela, até encontrar o Augusto, com quem me casei, depois da morte dele, a um mês, tive que assumir tudo isso, mas nunca me esqueci da minha filha, de minha Maria Tereza.

Lucas Serejo

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