Formas de Amar

Formas de Amar – Qual a sua forma de Amar?

Formas de Amar.

 

O amor é o sentimento que move o mundo.

 

Existem pessoas que amam o poder, o dinheiro. Outros que amam o próximo, que está disposto a te ajudar sem ter nada em troca. Existe o amor de pais para os filhos, de filhos para os pais. Há aqueles amores que sobrevivem ao tempo, que mesmo separados ele continua ali, firme e forte. Têm amor que mesmo sofrendo pancadas da vida continua ali intacto.

O amor é o sentimento mais ambíguo do ser humano. Amor pode te deixa feliz, mas também te pode deixa triste. Ele te faz sorrir de felicidade e também chorar de tristeza. Amor te levanta e também pode te derrubar. Ele te leva nas  alturas e pode te levar para o fundo do poço.

Mesmo sabendo que o amor é tão delicado e te proporciona sensações diferentes, ele é o sentimento mais especial, mais completo. É o sentimento que nós procuramos nos outros e queremos receber deles.

Amor. Amar. Ame.

 

 

Maria passa por mais uma fase delicada da vida. Ela que tinha um noivado praticamente perfeito, com um homem honesto, bem sucedido, bonito e completamente confiável. Mas ela viu seu mundo virar de cabeça para baixo quando ela conheceu Cesar. O tipo certo de garoto errado. Cesar sempre foi aquele malandro que sempre quis se dar bem, ter dinheiro e conforto, mas sem precisar trabalhar pra isso. Porque então uma mulher com o noivo perfeito iria trocar ele por um moleque totalmente errado? Mas quem disse que o amor  usa a razão pra agir?

 

O amor começa de jeitos inexplicáveis.

Na porta da casa de Cesar, ele e Maria conversam.

Cesar: Eu fiquei feliz em saber que você não é tão superficial, e pede desculpas pelos seus erros.

Maria: Eu vou aceitar isso como um elogio.

Cesar: Eu só não entendi como você descobriu onde eu moro.

Maria: Foi a empresa da minha família que contratou o Buffet, foi só dar 2 telefonemas.

Cesar: Muito esperta você.

Maria: Você já aceitou minhas desculpas eu posso ir embora me paz.

Os dois se olham, começando a sentir empatia um pelo outro.

Cesar: Você poderia me dar um abraço?

Maria olha desconfiada.

Cesar: Em sinal de amizade que não existe rancor em nenhum dos lados.

Maria: Esta bem.

Maria e Cesar se abraçam.

Na calçada.

Maria caminha em direção a seu carro, encostado no canto da rua, Cesar vai atrás dela.

Cesar: Espera, espera Maria. Me escuta, eu não tive nada com essas fotos. Eu nem sabia que você ia vim aqui, como eu ia fazer pra tirar essas fotos?

Maria para de caminhar e vira de frente pra Cesar.

Maria: Eu não sei, não faço ideia, mas por sua causa essa confusão começou, eu quero me afastar de você, nuca mais te ver na minha vida.

Cesar: Não fala isso.

Maria: Eu não vou continuar aqui com você, vou embora antes que você apronte mais uma.

Maria caminha em direção ao carro, Cesar segura seu braço e a puxa.

Cesar: Espere, eu não tive nada com isso, acredite em mim.

Os dois se olham fixamente e percebem um sentimento diferente surgindo entre os dois, no impulso Cesar que estava segurando o braço de Maria, a puxa e a beija.

No elevador.

Os dois sentados.

Maria: Eu preciso sair daqui, não aguento mais.

Cesar: Calma, a energia vai voltar logo.

Cesar olha pra Maria: Você acredita que eu penso naquele beijo ate hoje?

Maria: Eu não quero falar disso.

Cesar: Eu penso nesse beijo todo dia. Eu nunca pensei em alguém como eu penso em você.

Maria levanta e fica de costas pra Cesar: Eu já disse que não quero falar sobre isso.

Cesar levanta: Me responde então. Você não pensou nesse beijo nem uma vez?

Maria: Não, nem um dia. É algo que eu já esqueci.

Cesar: Impossível que aquele beijo mexeu tanto comigo e não mexeu com você, eu duvido.

Maria: Problema seu.

Cesar: Então fala pra mim que aquele beijo não mexeu com você, mas fala olhando nos meus olhos.

Cesar vira Maria pra frente dele, os dois ficam frente a frente se olhando.

Cesar: Fala olhando nos meus olhos que não sentiu nadinha, fala.

Os dois se olham.

Maria: Seu olhar é tão estranho, eu consigo me perder dentro desse olhar penetrante, mas ao mesmo tempo me dá medo, um arrepio, uma sensação estranha.

Cesar: Você não tem ideia de como eu estou me segurando pra não te beijar agora.

Os dois se encaram mais um pouco e se beijam, se entregando ao sentimento que nem eles mesmos conseguiam explica.

 

O relacionamento perfeito.

Na rua em frente o prédio onde Maria mora.

Dentro do carro parado em frente o prédio, Maria e Ricardo se beijam.

Maria: Essa mancha no meu vestido me tiro muito do serio, eu não me reconheci, fiquei igual àquelas garotas mimadas, eu sempre detestei esse tipo de coisa.

Ricardo: A festa era importante pro seu pai, você só queria que tudo desse certo, foi só isso, agora vem cá, me da mais um beijo.

Os dois se beijam,

Maria olhando nos olhos de Ricardo: Eu te amo tanto, você é muito importante na minha vida.

Ricardo: Nossa, por que uma declaração dessas há essa hora?

Maria: Me deu vontade de dizer que eu te amo.

Ricardo beija Maria e com um sorrisinho safado no rosto: Nós podíamos terminar essa conversa lá em cima, no seu apartamento.

Maria: Eu adoraria, mas esta tarde e amanha bem cedo você e meu pai vão viajar pra fechar um contrato, que você me contou e eu não quero atrapalhar. Toda vez que você dorme aqui em casa você perde o horário, então hoje não. E eu sei que você vai tentar me convencer do contrário, você é advogado, e muito bom nisso, então eu já estou saindo do seu carro sem ouvir o que tem a dizer, beijo, e eu te amo.

No apartamento de Ricardo.

Na mesa do jantar. Maria e Ricardo jantam juntos.

Ricardo pega a taça: A você.

Maria: A nós.

Os dois brindam.

Maria: Eu estou tão feliz que nos estamos bem, sem brigas, sem nada.

Ricardo: Não vamos brigar mais, por nada.

Maria: Eu te amo.

Ricardo: Eu também te amo.

Os dois se beijam.

Não existe nada relacionamento perfeito.

Na sala de Ricardo, os dois continuam a discussão.

Maria nervosa: Cala a boca, nunca mais insinue isso de novo, dizer que eu fingi que teve assalto pra encontrar com alguém. Você me respeite.

Ricardo: Você me respeitou por um acaso?

Maria: Eu não fiz nada. Esse cara da foto é o garçom que trombou em mim na festa e sujou meu vestido. Na festa eu achei que ele tinha feito de propósito, fiquei super nervosa e fiz a dona do Buffet demitir ele lá na festa. Só que hoje de manha a tia Tânia esteve lá em casa e me falou que foi um acidente, que ele não teve culpa. Eu fui até a casa dele pra me desculpar com ele, não fiz nada demais. Por favor, acredita em mim.

Ricardo: Você acha que eu sou bobo? Pedir desculpas não precisa de abraço igual esse da foto.

Ricardo joga o celular em cima da mesa e começa a tirar a aliança do dedo, Maria segura à mão dele.

Maria desesperada: Não. Por favor. Ricardo não faz isso, você ta nervoso, não ta raciocinando direito, não faz isso comigo, eu te amo, por favor.

Ricardo olha com raiva pra Maria, e desiste de tirar a aliança e sai da sala, deixando Maria sozinha, Maria senta no sofá e chora.

No elevador.

Os dois se olham.

Maria: Seu olhar é tão estranho, eu consigo me perder dentro desse olhar penetrante, mas ao mesmo tempo me dá medo, um arrepio, uma sensação estranha.

Cesar: Você não tem ideia de como eu estou me segurando pra não te beijar agora.

Os dois se encaram mais um pouco e se beijam, se entregando ao sentimento que nem eles mesmos conseguiam explica. Nesse instante a energia volta no prédio e a porta do elevador se abre. Ricardo do lado de fora do elevador que esperava pra subir vê os dois se beijando.

Ricardo nervoso: Que palhaçada é essa?

Maria e Cesar assustados se separam e encaram Ricardo.

Ricardo parte pra cima de Cesar. O golpeia com dois socos, Maria desesperada grita.

Maria: Para Ricardo, Ricardo, socorro alguém.

Maria vai pra cima de Ricardo tentando separar a briga e segura o braço de Ricardo por trás dele, Ricardo a empurra e Maria cai no chão. Cesar da um soco em com a mão direita em Ricardo e tenta da outro soco com a mão esquerda, Ricardo se defende com o braço direito e da um soco em Cesar com o esquerdo, Cesar cai no chão.

O porteiro Jose chega na porta do elevador e segura Ricardo.

Jose: Calma cara, ninguém vai brigar aqui, não.

Cesar levanta: Agora é minha vez.

Maria entra na frente: Para, ninguém mais vai brigar aqui, entenderam?

Ricardo: Então a foto era uma armação? Uma montagem? Eu sou burro, isso que eu sou, um burro de acreditar em você.

Ricardo sai do prédio, e Maria vai atrás.

Na calçada, Ricardo caminha em direção ao carro e Maria vai atrás.

Maria: Ricardo espera. Me ouve, por favor, eu posso explicar. Não é isso que você ta pensando.

Ricardo: Chega Maria, eu já fui feito de palhaço demais, volta lá pro seu amante.

Maria: Ele não é meu amante. Se você se acalmar e me deixar explicar vai entender tudo.

Ricardo: Guarda suas explicações e suas mentiras para o próximo trouxa que quiser acreditar em você, eu estou fora.

Ricardo tira a aliança joga no chão e entra no carro e arranca.

Maria entra no prédio triste, e vê Cesar vindo em sua direção.

Maria: Se afasta de mim. Eu não quero te ver mais. Eu não quero saber da sua existência, finge que eu não existo.

Maria entra no elevador, a porta se fecha e Maria chora.

 

No meio de um turbilhão de emoções que Maria estava sentindo a única certeza que ela tinha era que seu coração estava ocupado por dois homens.

No apartamento de Joice e Edu.

Joice e Maria conversam no sofá.

Maria: E depois desse dia que ele me sujou na festa nos tivemos encontros e desencontros, milhares.

Joice: Até que você ficou presa dentro do elevador com ele e se beijaram, e Ricardo te flagrou e percebeu que você é uma periguete.

Maria: Periguete não.

Joice: Estou brincando, só uma safadinha. Mas seja sincera comigo, você ia casar com o Ricardo pensando no Cesar?

Maria: Sim, não, Talvez.

Joice: Se decida mulher.

Maria: Eu não sei, eu não sei o que eu sentia, eu não sei o que eu sinto agora, eu estou muito confusa. Eu tenho certeza do amor do Ricardo por mim, e do meu amor por ele. Mas de repente o Cesar chega e me bagunça tudo.

Joice: Quem dera eu ter dois boys pra mim. Tenho só aquele encosto do Edu pra me atazanar.

Maria: Eu to falando serio.

Joice: Você sabe diferenciar os sentimentos de um e do outro? Ou melhor, você sabe qual sentimento é o mais forte?

Maria: Não tem como medir, não tem como eu te falar qual é o mais forte e o mais fraco. São dois sentimentos completamente diferentes. O Ricardo é um adulto, um homem sério, trabalhador cheio de responsabilidades, com uma carreira. Ele me põe no eixo, no caminho certo. Já o Cesar é um meninão, que acha que é o cara, quer curtir a vida, peitar todo mundo resolver as coisas no braço, acha que só ele tem razão, ele me faz querer viver uma vida diferente, algo que ás vezes eu não sou, mas que eu quero ser.

Joice: Eu pegava os dois.

As duas começam a rir.

Na boate.

Paula e Maria conversam no balcão.

Maria: Ver vocês dois ontem jantando juntos, brindando com aquela felicidade. Nossa, morri de ciúmes por dentro. Se eu tivesse uma arma naquela hora você não estaria aqui.

Paula: Que horror.

Maria: Eu estou brincando.

Paula: Eu sei. Mas o desconforto não foi exclusividade só sua. O Ricardo ficou bem mexido com a sua presença lá no restaurante.

Maria: Para. Olha para você. Linda. Quem ia ficar incomodado com a ex tendo um mulherão igual você na mesa.

Paula: O Ricardo. Ele é louco por você. Ele te ama de tal maneira que eu tenho um pouquinho de inveja. Mas só pouquinho. E da pra ver nos seus olhos que você também é louca com ele. Quer um conselho? Procura por ele.

Maria olha pra Paula sem entender.

Maria: Você ta de sacanagem com a minha cara? E vocês dois?

Paula: O Ricardo é um cara fantástico, um gostoso. Mas ele te ama. É ótimo ficar com ele, mas nosso lance não ia render por muito tempo.

Maria: O Ricardo não quer me ver nem pintada de ouro. E eu não o culpo.

Paula: Você quer me contar o que aconteceu?

Maria: Sabe quando sua vida esta ótima? Você esta com um cara bacana, um relacionamento sólido. Eu não tinha duvida nenhuma sobre meu amor pelo Ricardo. Até que de repente sem mais nem menos o Cesar apareceu na minha vida. Eu não pensei que um mal entendido em uma festa ia fazer minha vida virar de cabeça para baixo igual aconteceu.

Paula: Você e o Cesar começaram a se encontrar escondidos?

Maria: Não, isso nunca aconteceu. Se o Ricardo te disse isso, ele está enganado.

Paula: Ele nunca me disse, eu fiz uma suposição.

Maria: O Cesar e eu começamos a nos encontrar sim, mas nada combinado, coincidência da vida ou até mesmo ele forçando esses encontros sem eu perceber. Pra ser muito sincera eu não sei quando ou onde, mas às vezes eu me pegava pensando no Cesar. Quando eu fui perceber eu já estava totalmente envolvida com o Cesar. Ele então se mudou para o mesmo prédio que eu moro e um dia nós ficamos presos no elevador. Eu sou de carne e osso, eu erro. E naquele momento aconteceu um beijo e por ironia do destino o elevador se abriu e o Ricardo estava do lado de fora.

Paula: Não brinca. Que azar.

Maria: Foi um dos piores erros que eu fiz na vida.

Paula: Você estava envolvida com o Cesar, eu entendi isso. Mas e o Ricardo, você não sentia mais nada por ele?

Maria: Eu sempre amei o Ricardo, eu continuo amando o Ricardo. Mesmo não tendo duvida nenhuma do meu sentimento pelo Ricardo as coisas aconteceram. Eu não sei expressar o que eu sentia pelo Cesar, eu sei que foi um sentimento forte inexplicável.

Paula: Gata, ter o coração divido é terrível. Olha que ironia, você tinha dois boys e agora está sem nenhum.

Maria: Como dizem: O mundo da volta. Eu preciso é de mais uma tequila.

Paula: Desce mais duas tequilas aqui.

 

 

Ter o coração dividido não é fácil pra ninguém, nem mesmo pra Maria. Mas tudo está preste a se resolver nas emoções finais dos últimos capítulos de Formas de Amar.

E ai, pra quem vai sua torcida? Quem é o verdadeiro amor de Maria?

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