Eventyr

Eventyr – Capítulo 16

Assim que saímos do albergue, pedi para o que Alexis deixou escapar sobre os cristais não nos prejudicar. Mas algo me dizia que não era seguro confiar naquela aspirante à bruxa da Elma. Pegamos um navio – outra vez – e seguimos para Zoira. Neandro disse que a distância de Padja para Zoira era bem menor em consideração a de Nebro para Cecia.

Nicardo conseguiu trocar uma parte das jóias por crímatos. Não sei como ele conseguiu trocar tanto dinheiro sem que desconfiassem, mas para evitar confusão compramos passagens de 3ª classe.

– Zoira é um reino “tropical” igual à Padja? – perguntei a Neandro.

– Muito pelo contrario! – ele se espantou, como se minha pergunta fosse extremamente absurda. E realmente era – Zoira é o reino das águas, onde o frio é predominante. O inverno de lá é rigoroso, mas atrai muitos turistas, pois é o único lugar onde neva.

– E nós ficaremos em Zoira vestidos assim? – perguntei assustada.

– Obviamente não! – ele sorriu – Nossa primeira parada será em uma loja de roupas.

– Oba! – comemorei, mas… BOOM, acabei tropeçando e caindo de cabeça no chão.

– Você está bem? – Neandro estava preocupado.

– Sim! – passei a mão na cabeça – Acho que sim.

De todas as noites que passem no mundo de Monterra, sem dúvidas essa foi a pior. O colchão era horrível, os travesseiros eram horríveis, até os lençóis eram horríveis. Mas o que poderíamos esperar de um quarto de 3ª classe?. Acordei no dia seguinte acabada.

Quando chegamos a Zoira tive uma agradável surpresa. A cidade era simplesmente linda!

As ruas eram feitas de uma pedra transparente e abaixo de nós, a água. Podíamos até ver peixes nadando. As casas eram todas feitas de pedras azuladas que pareciam reforçar ainda mais o clima frio. Haviam varias árvores de tronco azul e folhas brancas e uma diversidade incrível de flores. As casas tinham canteiros de rosas brancas e o simples fato de olhar para elas já trazia uma paz imensa.

As pessoas vestiam modelos belíssimos, verdadeiros trajes de frio o que fez eu me lembrar que ainda estava com a mesma roupa velha de sei lá quanto tempo – por isso estava tremendo até os queixos.

– Vamos! – Neandro apontou para um homem com uma bonita carroça. Era um taxista.

– Imagino que desejam ir para a Loja Juvenca?! – o taxista perguntou sorridente.

– Não! – Neandro devolveu o sorriso – Iremos para a Náiade, por favor!

– Tens certeza? – o taxista perguntou assustado.

– Absoluta!

Seguimos para a tal loja Náiade e eu ficava cada vez mais encantada com o reino de Zoira. Especialmente pelas pessoas que estavam ali, elas eram tão simpáticas e agradáveis de se olhar. A maioria tinha uma coloração meio branca e azulada, pode ser estranho a primeira vista, mas o sorriso deles é tão encantador que logo isso vira um pequeno detalhe. Os cabelos – em sua maior parte azuis escuro ou marinho – eram extremamente lisos e seus olhos eram azuis cinzentos e todos puxados, feito olhos de asiáticos, parecendo guardar todo o oceano em duas pequenas esferas. Seus rostos eram afilados e bonitos e em seus pescoços, quase disfarçadamente, havia guelras semelhantes as de um tubarão, o que me fez pensar que eles deveriam se dar muito bem debaixo d’água.

Paramos em frente a uma bela loja com um design elegante demais para ser uma loja popular. A pequena grande loja fazia lembrar um castelo, em miniatura. Por dentro também era extremamente elegante e muito luxuoso.

– Príncipe Neandro! – um dos funcionários veio nos atender – Quanto tempo não nos visita?

– Realmente Turin, faz um bom tempo que não passo por aqui. – Neandro parecia bem a vontade.

– Mas o que aconteceu com o senhor? – ele parecia espantado com a nossa aparência. Não podia culpar-lo.

– Digamos que estamos nos metendo em encrencas demais! – ele sorriu – Ah, claro, conhece meu irmão, Alexis?

– Então esse é o famoso Alexis? – ele parecia encantado – Imaginei que fosse mais novo. Já completou a maior idade?

– Quanta insolência fazer esse tipo de pergunta a mim! – Alexis estava voltando a ser o que era antes.

– Ele recebeu a permissão de viajar comigo! – Neandro pareceu querer desfazer a arrogância de Alexis. – Esses são meus amigos, Nicardo e Beatriz!

– Será uma grandíssima honra atender aos amigos do príncipe Neandro e ao seu irmão mais novo. – Turin fez um sinal para outro funcionário que nos levou até uma sala com bancos.

– O que desejas príncipe Neandro? – Turin fez gestos estranhos para duas moças – Por acaso é alguma festa ou apenas compras para uso pessoal?

– A situação é essa meu caro Turin – Neandro colocou a xícara na bandeja que havia sido posta em cima de uma mesa – Nós, por razões de distração, acabamos perdendo todas as nossas malas em uma viagem de Cecia até Padja e agora estamos precisando refazer nosso guarda roupa.

– Sim, compreendo. – Turin alisou sua roupa.

Não demorou muito e Turin voltou com várias aráras de roupas repletas dos mais lindos modelos que já havia visto. A maioria eram de roupas de inverno, mas havia algumas roupas para o verão e todas eram lindas.

Assim que saímos da loja, um susto. Alguém, correndo feito louco vestindo um sobretudo azul com um capuz, tropeçou em mim. Era uma gratota. E estava completamente apavorada.

A garota era uma zoiriana. Tinha um longo cabelo azul marinho levemente encaracolados – diferente da maioria – que estavam presos em uma presilha de golfinho. Seus olhos puxados tinham um azul cinzento tão belo que não parecia de verdade. Sua pele branca estava um pouco avermelhada e suas guelras demonstravam que ela estava bem ofegante.

– Por favor me ajudem! – ela pediu. – Tem três… Três bandidos… Tem três bandidos correndo atrás de mim.

– Rápido, por aqui! – Neandro pegou a menina e colocou dentro do taxi que havíamos chamado. – Nos leve para o Hotel Halias! Rápido!

O taxista “acelerou”. A garota estava extremamente assustada e não parava de olhar para trás. Quando ela notou que estava sem a capuz se assustou e colocou de volta na cabeça. A garota começou a respirar profundamente e pareceu começar a se acalmar.

– Eles te fizeram alguma coisa? – Nicardo perguntou.

– Não… Eles não me fizeram nada! – ela ainda estava um pouco ofegante.

– Te levaram alguma coisa? – perguntei.

– Não, não… Eu… Eu… Eu consegui ser rápida! – ela respondeu pondo a mão no peito.

– Está tudo bem então? – Nicardo perguntou.

– Sim… Agora está! – ela realmente parecia estar melhor. – Muito obrigada, não sei nem como agradecer.

– Dizer o seu nome é um bom começo! – Alexis riu.

– Hã? Meu nome? – ela pareceu se assustar – Bem… Ahn… Meu nome é… Selena! Isso, meu nome é Selena!

– Tudo bem, Selena, estava indo para algum lugar em especial? – Neandro perguntou.

– Estava!… Digo… Não… Quer dizer… Estava, sim eu estava! – começava a desconfiar dessa Selena.

– E para onde estava indo? – Neandro perguntou – Podemos te levar!

– Ficariam chateados se eu dissesse que não posso contar a vocês? – ela fez uma careta e sorriu. Ela tinha um belíssimo sorriso.

– Sim! – Alexis respondeu birrento – Você tem o dever de di…

– Desculpe o meu irmão! – Neandro estava tapando a boca de Alexis – Ele é um pouco falador e as vezes até um tanto… Arrogante.

– Entendo! – ela sorriu.

– Olhando o seu rosto… Você me faz lembrar alguém. – Neandro fitava o rosto de Selena – Talvez se seus cabelos… Não, não, não! Impossível!

– Creio que seja mesmo impossível, seu rosto não me é nenhum pouco familiar. – Selena sorriu.

Nicardo olhou para Neandro e os dois pareciam estar conversando com olhares. Nicardo assentiu alguma coisa e Neandro deu de ombros.

– Alexis, poderia nos dizer a próxima pista? – Neandro tirou a mão da boca de Alexis.

Alexis bufou, limpou a boca e depois tirou, com um pouco de raiva, as anotações do bolso e estendeu no colo.

– Coberto de água eu nasci, coberto de água morrerei. Meu mundo é escondido e apenas para quem é digno eu mostrarei. – Alexis franziu a testa.

– Mas que coisa confusa! – disse eu – Quem escreve essas coisas mesmo?

– Espere! – Selena deixou o capuz cair – Coberto de água eu nasci, coberto de água morrerei?

– Você sabe onde é? – Alexis perguntou.

– Senhor, sabe onde fica o Vale Tirza? – Selena perguntou para o motorista.

– Sim senhorita! – ele respondeu.

– Então nos leve para lá! – Selena parecia já saber. – Ele está falando da Caverna das Águas!

– Caverna das Águas? – perguntei para mim mesma.

– É um lugar sagrado para os zoirianos. – ela contou – Fica ao noroeste de Zoira. Existe uma velha canção zoiriana que fala sobre esse lugar e um dos fragmentos desta canção é justamente esse “Coberto de água eu nasi, coberto de água morrerei”. – ela cantarolou.

– Mas lugares sagrados não são de conhecimento apenas das famílias reais? – Neandro estava intrigado.

– Sim. – ela parecia sem jeito – Mas… Eu sou uma garota sortuda, já entrei e sai do castelo várias vezes sem ser pega e pude ouvir histórias e canções como essa.

– Por acaso você é uma assaltante? – Alexis perguntou assustado

– Não! – ela gritou – Apenas… Tenho uma amiga que mora lá.

– Muito estranho. – ouvi Nicardo sussurra.

Explicamos toda a nossa história para Selena. Alexis não havia gostado muito da idaia, mas Nicardo garantiu que ela era confiável, e como ele consegue enxergar as verdadeiras intenções das pessoas, não tínhamos motivos para desconfiar.

Chegamos até uma região arenosa. Chegava a parecer uma parte perdida de Padja de tão seca. Cheguei a duvida que estávamos no lugar certo. Tudo o que tinha naquele vale eram várias crateras, uma montanha e uma imensa pedra na montanha, como se quisesse tapar algo – como uma entrada para uma caverna.

– É aqui? – perguntei.

– É aqui! – ela respondeu chegando perto da pedra.

– Ótimo! – Alexis se irritou – Como vamos retirar essa pedra da entrada? – sua voz ecoou de tão alto que ele gritou.

– Com licença? – Selena se aproximou um pouco mais da pedra

Ela fechou os olhos e começou a falar em um idioma que eu nunca havia ouvido. Parecia uma mistura de mandarim com fala alienígena. Tentei decifrar o que ela estava fazendo, mas não demorou muito para descobri.

A pedra moveu-se sozinha do lugar, abrindo a passagem para a entrada da caverna. Ainda não conseguia entender por que chamavam de “Caverna das Águas”, mas achei que isso não tinha importância.

– Vai-me dizer que aprendeu isso nas suas “visitas” ao castelo? – Alexis perguntou.

– Sim. – Selena não parecia muito confiante na resposta.

Entramos na caverna e a rocha voltou para o lugar. A escuridão tomou conta de toda a caverna, não estava conseguindo enxergar absolutamente nada.

–Alexis você está ai? – perguntei.

– Claro que estou! – ele respondeu.

– Espere. Você está na minha frente? – perguntei – Então quem está atrás de mim?

– Sou eu, Nicardo! – ele respondeu.

– Ei, o que você está fazendo atrás da Beatriz? – Alexis começava os seu ataques de ciúmes – Pode sair daí agora!

– Ei quem pisou no meu pé? – ouvi a voz de Neandro.

– Ai, desculpe, fui eu! – Era a voz de Selena.

– Será que não tem nada para fazer a luz? – era a voz de Alexis

– Quiiiiiribiii xiu uwan!!! – uma voz desconhecida.

– Aaahhh! – eu e provavelmente todos os outros, exceto Selena.

As luzes voltaram e um ser de pouco mais de 1 metro estava a nossa frente. Era um ser de orelhas grandes e arredondadas, pareciam orelhas de elefante. A pele era branca e rosada e tinha um tipo de nadadeira junto aos braços. Seus olhos eram grandes, feito os de peixe, mas seus lábios eram como de humanos. Ele vestia apenas um cinto, algo que parecia uma pequena saia e um bracelete dourado.

Selena e o ser ficaram conversando por um tempo naquela língua esquisita. Pareciam se conhecer. Até deram uma leve gargalhada em certo momento da conversa, o que me fez pensar se Selena estava falando sobre o motivo de estarmos ali.

– O que está acontecendo? – olhei para Nicardo na esperança de ele entender o que se passava.

– Eu não faço a mínima idéia! – ele respondeu – A única coisa que sei é que eles já se conhecem há tempos.

Selena continuou a conversa agora em um tom mais sério. Ela olhou para nós e o ser fez o mesmo. Em um determinado momento da conversa o ser pareceu gargalhar, mas quando viu que Selena ainda estava seria, parou e depois de falar alguma coisa entrou.

– Por um acaso isso que acabou de acontecer foi uma… Conversa? – perguntei.

– Ah sim, foi! – Selena sorriu.

– E o que o… A… O que aquilo disse? – perguntei.

– “Aquilo” se chama Quantos, ele é um Aqua. – Selena respondeu.

– Um Aqua? – perguntei.

– São os seres sagrados de Zoira. – ela sorriu – São um dos únicos que não foram extintos. Eles originaram o povo de Zoira. São uma raça avançadíssima, assim como todos os Enides.

– O que são Enides? – me senti extremamente burra neste momento.

– Enides são os seres que habitavam o reino de Nebro e os continentes do sul antes de Basílio chegar. – Alexis respondeu. – Todos os continentes tem uma raça de Enides, mas a maioria está extinta.

– E os poucos que vivem, estão escondidos! – Nicardo completou.

– Muito me admira os Aquas terem conseguido sobreviver tantos anos! – disse Neandro.

– Mas o preço e viver escondido. – Selena parecia triste. – Eles disseram que eu preciso conversar com o rei para conseguir o cristal, mas eu tenho que ir sozinha.

– Por quê? – Alexis perguntou.

– Por que… Porque eu sou a única zoiriana. – Selena pareceu ofendida.

Neandro desconfiou, mas – acredito que assim como eu – ele achou que era uma razão plausível, visto que se tratava de um povo que vive ameaçado de extinção. Era mais que compreensível que eles só confiassem em zoirianos.

Selena foi acompanhada por um dos Aquas até um grande corredor onde uma porta enorme se abriu. O que se revelou depois da porta foi surpreendente.

Era um enorme rio e uma enorme cachoeira. Haviam varias rochas e pequenas montanhas e uma ponte feita de madeira que levava até outra grande porta. Vários Aquas brincavam na água e outros pulavam do alto da cachoeira. Era uma das visões mais lindas e relaxantes que já havia presenciado. A água era tão limpa que parecia de mentira e tocavam uma música deliciosamente contagiante.

A música era lenta e agitada ao mesmo tempo, tinham tambores, harpa e um tipo de instrumento que fazia sons cristalinos. Era tão relaxante quanto o ambiente, estava tudo em extrema perfeição.

– Vocês fiquem aqui, eu volto logo! – Selena foi levada até a outra porta.

– Eu irei dar uma olhada por ai. – Nicardo saiu para explorar o lugar.

– Eu te acompanho. – Neandro também saiu. Isso era muito estranho.

Ficamos eu e Alexis “sozinhos” no meio de vários Aquas. Por alguns minutos tudo o que se pode ouvir eram “zuiiii quiii” ou “fa quibriiii” ou qualquer coisa do tipo.

– Alexis? – disse subindo em uma rocha de uns quase dois metros.

– Sim? – ele respondeu serio.

– Eu fiquei muito desesperada quando achei que você tinha morrido.

– Eu? Morrido? – ele estranhou.

– Na floresta de dois gumes! – lembrei-o.

– Ah, sim! – ele ficou vermelho – Sabe que ainda não me lembro direito do que aconteceu.

– Se… E se… E se por acaso eu morresse? – fui logo ao assunto.

– O que você está dizendo menina? – ele se assustou.

– Se eu morresse…

– Você não vai morrer! – ele pareceu zangando.

– Mas se eu morresse… Você iria se desesperar ou ficar triste?

– Olha aqui, você não vai…

Antes que ele pudesse completar a frase, escorreguei da rocha e cai em direção ao rio. Ouvi vários Aquas gritando “Quan, quan!” e depois tibum, cai dentro do rio. Não sei dizer se eu realmente escorreguei ou se me joguei, mas o que eu realmente queria saber eu acabei descobrindo com isso.

Alexis se jogou no rio e me pegou no colo. Lembro-me de estar um pouco assustada e ele desesperado demais, então aconteceu. Foi tão de surpresa que nem pude acreditar que realmente estava acontecendo. No meio daquela água fria, um beijo ardente aqueceu meu corpo e me trouxe de volta a superfície revigorada. Ouvi uns “Quiiiis, quiiiis” vindo dos Aquas, mas tudo o que eu conseguia pensar era em Alexis e em seus lábios na minha boca.

Não sei se ficamos muito tempo nos beijando, mas sabia que havia sido tempo o suficiente para mexer com todo o meu corpo. Meu coração estava acelerado, minha respiração também estava mais rápida e meu corpo estava ficando em chamas. Quando o beijo terminou e senti o hálito fresco de Alexis no meu nariz, já estávamos de volta à superfície e nadando para fora d’água.

– Eu sabia! – eu disse – Você gosta de mim!

Alexis me olhou com cara feia. Acho que havia falado um pouco mais do que eu deveria. Isso não foi nada bom.

– Então você fez tudo isso de propósito? – Alexis ficou zangado e me soltou.

– Não! – fui atrás de Alexis – Espera! Você entendeu tudo errado!

– Não, eu entendi perfeitamente! – ele tentava dar passos dentro d’água.

– Não foi isso! – me desesperei – Espere. Alexis. Vamos conversar, espere!

– Mas o que aconteceu? – Neandro perguntou quando viu nós dois voltando completamente molhados.

– Nada! – Alexis respondeu furioso.

– Ahã, sei… – Neandro desconfiou.

Neste mesmo momento outra pessoa apareceu furiosa. Era Selena que saia da sala do rei. Pelo seu rosto as coisas pareciam ter sido péssimas.

– Vocês não vão… O que aconteceu com os dois? – Selena se assustou.

– Kiribi a quiiiis, kiribi a quiiis! – alguns Aquas começaram a falar. Selena ficou vermelha.

– Acho que caíram na água! – Nicardo segurou uma gargalhada.

– Não importa! – Selena voltou a ficar com raiva – Infelizmente o cristal não está mais aqui.

– O que? – todos falamos juntos.

– Como assim? – Alexis, que já estava nervoso, ficou ainda mais nervoso.

– O cristal já foi levado por outra pessoa! – ela respondeu.

– E quem seria? – perguntei

– Berlo, o rei de Zoira!

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