Criminal Secrets

Criminal Secrets – Capítulo 8 (Um dry martinni) Últimos Capítulos

Capitulo 8.                         (Um dry martinni.)

Participações especiais.

Flávio (45)- Pai de Mario.

Elizabeth (42)- Mãe de Mario.

Cena 1/Rio de Janeiro/Manhã.

Delegacia.

Na sala do delegado, ele conversa com Anderson.

Delegado: E quando você chegou em casa ele já estava morto?

Anderson: Sim senhor. Dois tiros no peito e um na cabeça. Foi à cena mais difícil de ver em toda a minha vida.

Delegado: Eu sinto muito por você.

Anderson: Vocês conseguiram alguma pista de quem fez isso? Eu quero essa pessoa presa. Eu sou muito bom no meu trabalho. Eu posso ajudar vocês.

Delegado: Senhor Norton, deixa a policia faz o trabalho dela.

Anderson: Claro. Me desculpe. Mas eu quero muito que quem matou o Mario pague. Vocês olharam as imagens de segurança do prédio. Com certeza a câmera pegou alguma coisa.

Delegado: Senhor Norton.

Anderson: Eu preciso saber delegado. Era o melhor amigo. Ele foi morto na minha casa. Pode ter sido um engano. Aqueles tiros podiam ser pra mim. O senhor conhece o meu trabalho.

Delegado: As imagens foram apagadas. Quando pegamos a imagens ela já tinha sido apagadas.

Anderson: Droga. Quem foi isso foi profissional. Mas quem?

Delegado: Estamos trabalhando pra descobrir isso.

Anderson: Por favor, me mantenha informado. Eu preciso ir pro velório agora.

Anderson sai da delegacia.

Cena 2/Rio de Janeiro/Manhã.

Velório.

Na capela, o corpo de Mario é velado. O caixão arrumado. Muitas coroas de flores pela sala. Anderson do lado do caixão. Mag e Julio chegam à capela e vão até Anderson. Mag abraça Anderson.

Mag: Eu sinto Andy. Eu nem sei o que dizer nessa hora. Essa brutalidade.

Anderson: Até agora eu não consigo acreditar que isso aconteceu. Por que fizeram isso com ele?

Mag: Foi assalto?

Anderson: A polícia não tem as respostas ainda.

Julio: Eu sei que não somos amigos, mas eu nunca desejei isso pro Mario. Eu sinto muito.

Anderson: Obrigado, Julio.

Os pais de Mario entram na capela e vão direto ao caixão.

Elizabeth: Meu filho. Por que isso foi acontecer? Meu Deus. Por que o senhor permitiu isso?

Flavio: Meu filho…

Elizabeth vai pra cima de Anderson.

Elizabeth: Tudo isso é culpa sua. Sua culpa. Acha que pode brincar de detetive e fazer essas loucuras que você e chama de emprego. Você matou meu filho. Sua culpa.

Anderson: Eu não tive culpa dona Elizabeth.

Elizabeth: Culpa sua sim. O tipo de gente que você se envolve nesse seu trabalho. Pessoas perigosas. Se você queria se ferrar na vida, devia ter feito isso sozinho e não levar meu filho junto.

Flavio: Está bem, Elizabeth. Já chega. Vem, vamos lá pra fora respirar um pouco.

Elizabeth: Eu quero ficar perto do meu filho.

Flavio: Você vai ficar perto do seu filho, mas antes nós vamos lá fora tomar uma água, respirar um pouco. Pra você se acalmar.

Elizabeth: Meu filho está morto. Você acha mesmo que eu vou me acalmar?

Flavio: Por favor, Elizabeth. Chega de confusão.

Os dois saem da capela.

Anderson: Eu sou o culpado do Mario ter morrido?

Julio: Talvez.

Mag: Julio, para de falar besteira. Claro que não Andy. Isso foi uma fatalidade. Você não teve culpa de nada. Não se culpe por isso.

Cena 3/ Rio de Janeiro/Manhã.

Cemitério.

O caixão de Mario sai da capela com 4 homens segurando as alças. Atrás do caixão, os pais de Mario e os amigos caminham até a cova. Uma caminha triste. Ouvia-se choro e lamentações. Eles chegam até a cova de Mario, o coveiro desse caixão até o fundo da cova. Elizabeth e Flavio jogam flores no caixão. O coveiro começa a enterrar o caixão. Anderson se aproxima de Elizabeth.

Anderson: Dona Elizabeth, a senhora está certa. Talvez o Mario tenha sido assassinado por minha culpa. E eu odeio que isso pode ser verdade. E eu não consigo me perdoar por isso. E eu queria pedir perdão pra senhora e pra você Flávio. Eu lamento muito que isso tenha acontecido com o Mario. Se eu pudesse voltar no tempo eu faria de tudo pra impedir isso. Eu ate trocaria de lugar com ele agora se eu pudesse mudar as coisas.

Elizabeth: Suas desculpas e lamentações não vão trazer meu filho de volta.

Elizabeth sai andando.

Flávio: Ela está sofrendo. Culpando Deus e o mundo. Você não teve culpa.

Flavio vai atrás de Elizabeth. Mag abraça Anderson.

Mag: Você está bem?

Anderson: Não.

Os amigos e familiares de Mario vão deixando o cemitério aos poucos. Ficando apenas Anderson em frente à cova. Eduardo, Gabriela e Pedro chegam até Anderson.

Eduardo: Cadê todo mundo? Cadê o caixão?

Gabriela: Já enterrou?

Pedro: Desculpe Andy. Nós tentamos chegar a tempo. Mas você sabe como é o transito e…

Anderson: Não faz diferença. Vocês nunca se importaram comigo mesmo.

Anderson sai andando.

Cena 4/ Rio de Janeiro/Tarde.

Apartamento de Andy.

Na sala, Anderson entra no apartamento, em seguida Eduardo, Gabriela e Pedro entram.

Gabriela: Você está bem filho? Você quer que eu faça alguma coisa pra você? Um chá pra você se acalmar um pouco.

Anderson senta no sofá: Eu to bem.

Pedro: Você quer alguma coisa? Sei lá. Você quer que tire as coisas do Mario daqui. Não deve ser bom você ficar aqui com as coisas dele.

Eduardo: Acho que ficar nesse apartamento não é bom. Ele morreu aqui. Onde foi, Andy? Eu não quero encostar. Eu tenho nojo dessas coisas.

Anderson: Nojo?

Pedro: Pai, para com isso. Vamos falar de coisa seria. O que você descobriu com o tal de Bruno?

Eduardo: Estamos loucos querendo saber o que aconteceu.

Anderson: Agora sim. Agora as coisas estão fazendo sentido. Vocês não vieram aqui me dar o apoio de vocês. Claro que não. Isso nunca aconteceu. Porque isso ia acontecer agora. Vocês nunca se importaram comigo ou gostaram do Mario.

Gabriela: Você está entendendo errado, filho.

Anderson: Eu quero vocês fora da minha casa agora.

Eduardo: Oi?

Anderson: FORA!

Cena 5/ Rio de Janeiro/Tarde.

Apartamento de Mag e Julio.

Na sala, Mag e Julio conversam.

Mag: Muito estranho essa morte do Mario, você não acha?

Julio: Estranho não. Acho suspeito.

Mag: Você acha que foi assalto. Eu acho que pode ter sido, ou até mesmo vingança de algum desses caras que o Andy resolve os problemas. Nem sempre as pessoas são normais. Ele se envolve com pessoas perigosas. Talvez a Elizabeth tenha razão. Credo.

Julio: Você acha mesmo? Você consegue desviar os fatos na sua cara assim?

Mag: Do que você está falando?

Julio: Pra mim. Quem matou o Mario foi o Anderson. E agora está fazendo esse joguinho de ser inocente.

Mag: Como que você consegue ser tão estúpido. Você não consegue respeitar nem o luto das pessoas.

Julio: Ele não me engana Mag. Ele é um assassino. Ele me perguntou como se livrar de um corpo. E não me falou quem era ou por que. Eu tinha o direito de saber isso. Mas ele não disse. Ele te contou? Você perguntou mais de uma vez.

Mag: Na verdade ele não me explicou. Mas não acredito que ele fez isso. Não acredito.

Julio: Ou não quer acreditar. Eu acho que o Mario descobriu algo serio Anderson e ele o matou pra silenciá-lo.

Cena 6/ Rio de Janeiro/Noite.

Apartamento de Anderson.

No quarto de Mario, Anderson entra no quarto e olha as coisas ao redor do quarto. Anderson vai até o guarda-roupa e abre, ele olha as roupas com cuidado e pega uma camisa de moletom. Anderson deita na cama de Mario e abraça o moletom e depois o cheira.

Flash Back.

Noite chuvosa. Sentados no chão da sala, Anderson e Mario tomam vinho juntos.

Anderson: Você realmente tinha razão. Esse vinho é muito bom. Qual é mesmo?

Mario: Vinho Catena Cabernet.

Anderson: Maravilhoso.

Os dois se olham.

Anderson: Eu queria te pedir desculpas pelo que aconteceu aquele dia.

Mario: Quem teve o namoro destruído foi você. Acho que eu que devia pedir desculpas.

Anderson: A gente bebeu alem da conta aquele dia e…

Mario: Igual hoje?

Mario passa a mão no rosto de Anderson.

Anderson: Mario… Por favor.

Mario: Por quê? Foi ruim? Eu sei que não foi. Você gostou.

Anderson levanta: Aquilo foi um erro.

Mario se levanta: Um erro? Sua cara não parecia um erro aquele dia. A gente se dá bem juntos

Anderson: Aquilo foi um erro.  Não existe “a gente”.

Mario: Andy…

Anderson: Eu não sou gay.

Anderson vai pro quarto.

Deitado na cama de Mario e perdido nas suas lembranças. Anderson é interrompido pelo som da campainha.

Cena 7/ Rio de Janeiro/Noite.

Apartamento de Anderson.

Na sala, sentados no sofá, Mag e Anderson se abraçam.

Mag: Eu fiquei preocupada com você. Eu vi seus pais chegando ao velório. Eu lembrei que você me disse uma vez que eles são péssimos e vocês não se dão bem. Achei que eles estariam aqui.

Anderson: Expulsei-os daqui. O que eu menos quero são eles aqui. Bando de urubus sobrevoando a carniça.

Mag: Você já decidiu o que você vai fazer? Eu falo em relação às coisas do Mario.

Anderson: Nem pensei nisso ainda. Mas o que eu pensei foi que eu vou fazer de tudo pra encontrar quem matou o Mario e eu vou fazer essa pessoa pagar muito caro.

Mag: Você gostava muito do Mario, não é?

Anderson: Mag…

Mag: Não se preocupe. Eu vou confessar pra você. Depois desse tempo todo. Depois de 1 ano que aquilo aconteceu que eu posso dizer que eu o perdoei.

Anderson: Eu era completamente apaixonado por ele. E não aceitava isso.

Mag: Você demorou um ano pra aceitar.

Anderson: Você demorou um ano pra perdoar.

OS dois se abraçam.

Cena 8/ Mangaratiba/Noite.

Casa dos Norton.

Na sala, Eduardo, Gabriela e Pedro entram em casa, as luzes estão todas apagas. Pedro passa a mão na parede pra encontrar o interruptor e acende as luzes. Os três se assustam ao ver Anderson sentado no sofá.

Eduardo: Que susto. O que você está fazendo aqui?

Anderson: Estão se assustando atoa. Dizem que isso é consciência pesada.

Gabriela: Aconteceu alguma coisa?

Anderson: Aconteceu sim. O Mario está morto.

Pedro: Você era apaixonado por ele. Agora as coisas fazem sentido. Aquela história de curiosidade com o vizinho era desculpa. Você sempre foi gay.

Anderson: Meu irmão. Confia em mim. Minha sexualidade é o que menos importa agora. Vocês têm outra coisa pra se preocuparem.

Eduardo: Nós devemos nós preocupar com o que?

Anderson: Comigo. O Mario morreu porque ele descobriu quem matou a Verônica. E ele ia me falar. Eu não sei como fizeram isso, mas descobriram essa informação. Mas eu vou fazer o assassino pagar muito caro.

Gabriela: E você está nos acusando?

Anderson: Eu só vim avisar mesmo. Eu vou fazer picadinho de quem fez isso. E eu tenho dó de vocês se tiverem alguma coisa a ver com isso.

Anderson sai da casa.

Cena 9/Noite.

Bar.

Anderson entra no bar e vai até o balcão do bar.

Flash back.

No balcão do bar, Anderson sentado no banco com o jornal na mão. Mario entra no bar e vai até o balcão.

Mario: Anderson?

Anderson: Mario?

Os dois apertam as mãos se cumprimentando.

Anderson: Tudo bem? Confesso que eu achei estranho você marcar aqui no bar pra olhar o apartamento.

Mario: Na verdade você me ligou um pouco em cima da hora. Eu só quis aproveitar que meus amigos e eu íamos vir aqui no bar. Eles só estão um pouco atrasados.

Anderson: Entendi. Então vamos resolver isso rápido, pra não atrapalhar sua noite. Qual o preço? Eu tenho umas economias, mas não to trabalhando ainda.

Mario: Vamos conversar sim. Mas eu vou beber. Você quer pedir alguma coisa?

Anderson: Pode ser.

Mario: Por favor, um dry martinni.

Anderson: Dois.

O barman chega perto de Anderson e o interrompe nos pensamentos.

Barman: Pra você?

Anderson: Um dry martinni.

Cena10/Rio de Janeiro/Manhã.

Apartamento de Anderson.

No quarto, Anderson dorme na cama e acorda com o som da campainha. Anderson acorda assustado.

Na sala, Anderson abre a porta e vê um oficial da justiça.

Anderson: Oi, eu posso ajudar?

Oficial: Por favor, assine essa confirmação que você recebeu a intimação.

Anderson: Que intimação é essa?

Oficial: Intimação pra você depor no desaparecimento de Verônica Vaz.

Anderson se assusta.

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