Corujas sem Asas - Temporada 2

Corujas Sem Asas 2×17 – O Coliseu

Cartaz 02- Corujas Sem Asas - 2ª Temporada

“Corujas Sem Asas”

uma web-série de Pedro Paulo Gondim

2ª temporada || Episódio 17*

*ESTE EPISÓDIO É MAIS CURTO PARA GUARDAR O MELHOR PARA OS FINAIS!

https://youtu.be/j1kjMwBpRqI

“O Coliseu”

Estados Unidos, Nova York. Ilha Irmãos do Norte. [Madrugada].

Thiago: [andando] Não é muito assim…

Naklada: …Arriscado? [sorri] Não seja bobo! Vamos vencer essa guerra!

Thiago: Seus poderes também voltaram, criatura? [olha-o debochadamente]

Comansavá: [acalorado] Sim, mas não sei se isso vai ser fácil.

Naklada: [anda até ele; toca em seus ombros] Filho, eu garanto que a Terra é um ótimo lugar a ser explorado. [rodeia-o e sorri ao chegar à sua frente] Libertar as duas Sombras sempre foi um sonho meu.

Thiago: [duvidoso] Desde quando?

Naklada: Ah, desde que eu soube da vinda da energia das trevas até a Terra. [sorri] Mas então… Está de acordo em juntar-se à nós?

Thiago: Claro! Mas vou ficar aqui mesmo na ilha. Gosto daqui. Sinto-me em casa!

Comansavá e Naklada riem. Thiago lhes dá um amuleto feito de bronze. Ele diz que era de sua avó, até ela morrer em um incêndio florestal.

Comansavá: E isso foi a pouco tempo? [preocupa-se]

Thiago: Não muito. [coça a cabeça; anima-se] Ah, foi no século XV A.C.!

Naklada: [tristonha] Morreu jovem!

Comansavá acha aquilo tudo uma loucura. Pergunta a Thiago para que serve o amuleto. Naklada levanta o objeto.

Thiago: É um tipo de proteção espírita. Vários demônios estão ligados à esse amuleto. Quando quiserem… [estrala os dedos; algo cai em sua mão] Peguem esta folha e leia o feitiço de cima.

Naklada: [lendo atenta] E esse último aqui? [aponta]

Thiago: Esse é tipo um botão “reset”. Isso transforma os demônios em almas de luz. Não use se você quiser dominar o planeta.

Eles riem. Naklada e Comansavá agradecem e se despedem de Thiago. Os feiticeiros hanisinedianos desaparecem em uma fumaça marrom.

Europa, Itália. Coliseu de Roma [Madrugada]

Ximirica avista vários guardas rondando o local. Com algumas palavras, um rebanho furioso de vacas e touros saem de um restaurante próximo, indo na direção dos medrosos guardas, os quais correram em disparada.

Ele entra por um dos portões, anda tranquilamente pelo labirinto de corredores. Sobe vários degraus até chegar à mais alta das arquibancadas. No centro da arena, Naklada e Comansavá chegam na fumaça negra.

Ximirica: [gritando] Estou aqui!

Naklada: [também grita] De onde veio essa sua “brilhante ideia”?

Ximirica: [nervoso] Tudo bem, já vou descer!

Comansavá bate palmas e várias tochas se acendem. Ximirica joga-se um feitiço e aparece ao lado de Naklada e abraça-a. A feiticeira empurra-o, começa a dizer um feitiço, mas é impedida por Comansavá.

Ximirica: [olha-a com medo] Não precisa de tanto escândalo. Viemos aqui para achar Sombra, não foi?

Sirenes são ouvidas pelos feiticeiros. Eles correm e se escondem no 1º piso do subsolo da arena. Depois de pularem alguns obstáculos, eles acham um túnel um pouco estranho para algo terrestre.

Comansavá: [tenso] Será que esse coliseu tem alguma sala de luz vermelha?

Naklada: [empurra-o] Pode ir na frente filhinho!

Comansavá: [vira-se] Pare de ser louca pelo menos uma vez! [diz algo; uma bola de fogo aparece na palma de sua mão ao virá-la] Vamos conquistar o planeta.

Ximirica: [corre e para na frente dela] Espere! Naklada, queria lhe perguntar sobre os nuilloppahs. Não os vi desde que embarcamos no navio.

Naklada bate um pé três vezes. Do chão, um cajado com uma gigante bola de cristal aparece. Uma fumaça azul começa a agitar-se e forma a imagem de um navio. Comansavá se irrita e diz que se arrepende mais uma vez de tê-los criado. O feiticeiro pega uma pequenina flauta em seu bolso e assopra. Os bichos chegam correndo e Comansavá pede ao nuilloppah chefe para abaixar-se. Ao esfregar suas mãos e colocá-las no azulado, o nuilloppah congela.

Hotel “Hivrúsio”. 17º andar. Quarto 12 [Madrugada]

O quarto simples apresenta um banheiro, o qual tem duas pias, um espelho horizontal, uma ducha com duas torneiras (uma para água quente, outra para fria) e vários sabonetezinhos espalhados por uma bancada.

Há dois beliches no quarto. Em uma delas, Heitor dorme em cima e Douglas embaixo. Na outra, Matheus dorme na de baixo e Vinícius na cama de cima.

Ybanô está acordado. Na pequena varanda, ele está olhando para a lua cheia. Sorrindo, pega um livro de feitiços que pegou numa biblioteca enquanto estava vindo para o hotel, o qual todos concordaram passar a noite, pois estavam muito cansados, com sono e preocupados.

Ybanô: [meio tristonho] Só espero que os guardiões tenham sorte. Seria uma catástrofe se a Terra fosse dominada pelas Sombras. [olha para a lua] Lembro-me de quando as corujas queriam muito ter asas. Escapei um pouco daquela “mocréia” e fui à Corujiah. Conversei com Jerlo e Djuly e eles aceitaram “dar” asas para que eu pudesse concedê-las a todas as corujas que nasceram sem asas. Aliás, onde será que elas estão? Eram pra estar com Futuro! Contudo, fico ainda mais triste lembrando que Destino soube disso e disse que não se deve interferir num “nascimento mágico”. Como penalidade…

Ybanô tira sua camisa, revelando um grande par de asas bastante danificado. Ele acaricia-as por algum tempo. Depois, coloca sua camisa de volta em si.

Ybanô: [debruça-se] Considero isso como penalidade, pois… A cada vez que lanço um feitiço, perco uma pena. Não sabia disso até testar de frente para um espelho em Hanisined. As minhas são bem diferentes das dos guardiões. As asas deles contêm magia universalitílica, dando-lhes vastos poderes ilimitados. É uma pena que não tenhamos mais tempo para treinos. Se eles não se unirem durante o ataque dos “vilões”, isso acabará afetando o mundo inteiro.

Douglas: [cabisbaixo] Sua história é bem triste.

Ybanô: [vira-se assustado] Há quanto tempo está aí?

Douglas: Não muito. [sorri; aperta-lhe uma mão] Mas não fique triste. Há esperança de que vamos ganhar! Pelo que Futuro disse, num piscar de olhos iremos ao Coliseu de Roma pela manhã. [vira-se; caminha; para e vira-se novamente] Espero que seus últimos feitiços sejam úteis para todo o mundo!

Europa, Itália. Coliseu de Roma [Madrugada]

Comansavá, com uma bola de fogo, descongela o nuilloppah chefe. Ele pede desculpas ao feiticeiro, mas tem uma explicação convincente. Comansavá grita e mostra a imagem do navio.

Chefe: É que… [olha para o chão e se abraça] Alguns nuilloppahs foram mortos enquanto vocês lançavam feitiços por todo o navio. Saí e fui com as “anti-asas” até uma floresta próxima. Lá, encontramos duas surpresas que estavam nos bisbilhotando.

Naklada: [olha-o com suspense] É alguém que quer nos prejudicar?

Chefe: Eu não diria muito bem “alguém”. [assovia alto] Seria mais como… isso!

Ximirica: [surpreso] Aqueles são… De verdade?!

Chefe: [sorrindo] Sim, Ximi! São Jerlo e Djuly!

O passaredo de anti-asas leva em suas cabeças outras duas corujas. Jerlo e Djuly estão amarrados com fortes cordas de pratas, que por sinal é a maior fraqueza delas. Naklada sorri e abraça o nuilloppah, também se curvando às anti-asas.

Comansavá diz que a forte luz está ficando um pouco mais forte. Ximirica diz que vai ficar e vigiar as “sem asas”, as quais se debatem fortemente.

Naklada e Comansavá andam e chamam uma das anti-asas e nuilloppah chefe para lhes fazer companhia. Ximirica acena dizendo “tchau”!

Os feiticeiros entram no túnel e continuam o caminho. As rochas cheias de registros sobre civilizações antigas encantam Comansavá.

Ele para um pouco para admirar e Naklada lança-lhe um feitiço, o qual faz o pobre homem começar a se debater nas rochas.

Sua testa começa a sangrar e Naklada para. Comansavá se levanta apressadamente, esbofeteia a feiticeira e, em um pequeno gesto com as mãos, sua face volta ao normal.

Naklada: [com a mão ao rosto] Que mão pesada!

Comansavá: É por isso que sou forte! [sorri] Ande!

Naklada: [faz uma bola de fogo] Você quer realmente brigar comigo?

Comansavá: É claro que sim! [faz uma bola de água] Feliz?

Naklada: Nem um pouco! [empurra-o; ele cai; levanta-o] Me acalmei. Vamos!

Ao adentrarem mais à fundo no local, uma longa escada em espiral é vista. Naklada tenta usar um feitiço, mas Comansavá segura seu braço.

Comansavá: [olhando-a com repressão] Seja mais discreta!

Naklada: Está bem! [ele solta seu braço] Obrigada.

Após descerem todos aqueles degraus, um forte clarão quase os cegou. Comansavá permitem que façam um pequeno feitiço.

Quando há redução dessa horrível luminosidade, os dois ficam chocados com o que veem.

Do lado esquerdo, no chão e presa numa forte camada universalitílica de magia, Sombra está desmaiada. Do lado direito, nas mesmas condições, Luz está desmaiada e de bruços.

Naklada: [sorri] Thiago fez um bom trabalho pegando isso de Ybanô! [estala os dedos; a adaga aparece em suas mãos] Aqui está!

Comansavá: [olha para a esquerda] Vamos libertar Sombra e espalhar o caos pelo mundo? Estou esperando isso há séculos!

Eles andam em direção à proteção mágica. Naklada não sabe o que talvez pudesse conter a magia necessária.

Mais uma vez, Thiago ajuda-os, mesmo de longe. Comansavá se lembra do amuleto. Enquanto Naklada pega o papel com as palavras, ele segura em sua mão o objeto. Com uma rápida troca de sorrisos maquiavélicos, eles recitam juntos:

“Onde eis que me arde à alma, de seu ser louva a luz. Em sentindo oposto ao caminho do brilho, venha-me agora, ó bela escuridão”.

Um intenso raio negro sai do amuleto direto à barreira universalitílica. Ela começa a rachar e criar vários buracos. Por fim, a barreira estoura, fazendo os feiticeiros irem ao chão com tamanha força do vento.

Sombra se levanta levemente, um pouco assustada com tudo aquilo. Naklada ajuda Comansavá a ficar em pé. Os três se encaram por alguns instantes.

Sombra: [olhos semiabertos] Tem certeza de que não “salvaram” a pessoa errada?

Naklada: [sorrindo] Com certeza. Não somos os guardiões das asas que vieram para proteger e salvar Luz! Alguns nos chamam de… vilões! Também estamos procurando a Sombra da Terra para que possamos, assim… dominar o planeta!

Sombra: [feliz] Vejo então que não fizeram a escolha errada.

 

NESTA QUINTA (17)…

Ybanô: Feliz aniversário!

É UM DIA DE ALEGRIA!

Ybanô: Hoje é o aniversário de todos os netos.

COM MUITAS CONFUSÕES…

Sophia: Eu devia arrancar todos os seu fios de cabelo!

E MAIS UMA MORTE.

Sombra: Só precisamos de… um coração de luz!

Corujas Sem Asas – 2×18 “Aniversariantes” – Quinta – 18h – no SdW!

https://youtu.be/JcBpoXZT9Tk

 

Pedro Paulo Gondim

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