Realeza

Capítulo 73 – Realeza (Antepenúltimo capítulo)

SEPTUAGÉSIMO TERCEIRO CAPÍTULO

Cena 1- Rua- Noite.
Celso cai duro no chão. Marisa e Melissa se abraçam chorando.

Celso: Desgraçada, miserável. – Ele cai lentamente no chão. – Nós ainda vamos nos encontrar, Marisa, tenha certeza disso.
Marisa: Eu nunca mais verei você, seu trate. Enquanto você estará queimando no inferno, eu estarei feliz lá no céu. – Ela cospe na cara de Celso.
Celso: É o que nós vamos… ver. – Ele fala com dificuldade. Celso morre, e Melissa se aproxima correndo.
Melissa: Mãe, e agora? O que nós vamos fazer?
Marisa: Vamos agir com a verdade, minha filha. O Celso queria te matar, e eu agi em sua defesa. Não se preocupe, pois nós iremos sair dessa ilesas.
Melissa: Ai, mãe. Se você não tivesse vindo, não sei nem o que seria de mim. Mas a senhora não ia até a polícia entrega-lo?
Marisa: Estamos em um mundo globalizado, Mel. Foi por isso que liguei para a delegacia, e solicitei que viessem até aqui.
Melissa: Então eles devem estar a caminho. – Ela olha para o corpo de Celso. – Um vigarista a menos neste mundo.
Marisa: Graças a mim. – Elas se abraçam. – Não que eu tivesse planejado matar ele, mas… era ele ou eu. – Ela começa a chorar.
Melissa: Calma, mãe. Nós precisamos ter calma agora. – Elas ficam abraçadas, chorando.

Cena 2- Mansão Sales Couto de Sá- Noite.
Antonella vai até o local e dá de cara com Daniele, as duas brigam por causa do dinheiro de Roberto.

Antonella: Pai? Pai? Você tá ai? Ou é mesmo verdade o que a vovó falou? – Ela grita, falando sozinha. – Pai? – Ela se vira e dá de cara com Daniele.
Daniele: O que você está fazendo aqui? – Ela pergunta surpresa. – Ainda mais à procura do nosso pai.
Antonella: Eu só vim confirmar o que fiquei sabendo, se ele tinha mesmo sido preso como a minha avó havia dito.
Daniele: Sim, o nosso pai foi levado em cana. Mas não precisa se preocupar, pois ele está bem.
Antonella: E quem disse que estou preocupada com ele? Por mim que ele morra lá na onde ele está. Estou cagando e andando para aquele bosta.
Daniele: E por que foi que você veio então?
Antonella: Querendo ou não, ainda sou filha dele. E se o desgramado foi mesmo preso, o dinheiro dele deve estar sem dono. Eu posso administrar tudo muito bem.
Daniele: Não foi à toa que eu fiz faculdade de administração, querida. Pode deixar que eu saberei cuidar muito bem de todo o patrimônio do meu pai.
Antonella: Você tá pensando o que? Não é a única herdeira dele não, bonitinha. Eu também tenho os mesmos direitos que você.
Daniele: Pouco me importa os seus direitos, Antonella. Quero que você se exploda. Já teve muita coisa durante toda a sua vida, agora é a minha vez de ter tudo o que não tive.
Antonella: Sabia que no fundo, no fundo, você não passava de uma interesseira.
Daniele: Todos nós temos lá o seu interesse em algo. Eu não estava nem um pouco interessada no dinheiro do Roberto, mas já que está a minha disposição… o que posso fazer é usufruir dele.
Antonella: Se você pensa que vai ficar com tudo para você, e eu não direi um “a” por isso, está muito enganada.
Daniele: Pelo amor de Deus, Antonella. Vá caçar o que fazer, garota. O papai te expulsou de casa, o que é que você ainda quer por aqui?
Antonella: Eu me humilho, não tem problema. Desde que eu ganhe a minha parte do dinheiro.
Daniele: Sonhar é bom, e o melhor: é de graça.
Antonella: O problema é que não sou eu quem está sonhando. – Elas se encaram. – Você só ficará com todo esse dinheiro para si, quando passar por cima do meu cadáver.

Cena 3- Cobertura Queiroz Galvão- Noite.
Rogério vai até o local saber o que pretendem fazer com o caso de Riginaldo. Leonardo pede para que o caso seja arquivado, mas Luciana, interessada no delegado, diz que ele deve pedir depoimento a Frederico.

Rogério: Boa noite. – Ele mostra o distintivo. – Não sei se ainda se lembra, mas eu sou o delegado responsável pelo caso do seu marido.
Luciana: Como poderia me esquecer de um homem tão belo como o senhor? – Ela fala dando em cima dele. – Entre, por favor.
Rogério: Primeiramente, o senhor está no seu. A senhora pode me chamar de você, ok? E desculpe-me pelo incômodo, mas é que eu precisava muito falar contigo sobre o caso do Riginaldo.
Luciana: Eu pensei que já havia sido arquivado. – Leonardo e Cléber surgem no local.
Rogério: Estamos prestes a fazer isso, pois ninguém voltou mais lá para falar sobre o assassinato. Porém, decidi vim aqui primeiro para saber se há algo que ainda possamos fazer.
Leonardo: Desculpe a minha intromissão, mas eu acho melhor que seja arquivado mesmo. Não tem porquê deixarmos o caso em aberto, já que não há mais nada a ser esclarecido.
Cléber: Vocês só foram à polícia para prejudicar o Frederico, não é? – Ele cochicha no ouvido do namorado.
Leonardo: É. Eu estava com tanta raiva dele que agi sem pensar. Mas agora não tem motivos para continuarmos com isso, já que ele agiu em legítima defesa, e eu não tenho mais interesse nenhum em prejudica-lo. – Ele cochicha de volta.
Rogério: Então tudo bem. – Ele se levanta. – Irei arquivar o caso.
Luciana: Já vai? – Ela se levanta num pulo. – Está tão cedo. Fica mais um pouco. Você não quer jantar conosco?
Rogério: Adoraria, mas o serviço me espera. Tenho que ir, pois tenho uma cadeia para cuidar.
Luciana: Calma, você nem ouviu o que eu tenho para falar sobre o caso ainda. – Ela se senta cruzando as pernas, tentando atrair a atenção dele.
Rogério: Mas não disseram que queriam arquivar o caso?
Luciana: Isto foi o meu filho quem disse. Porém, quero que você tome o depoimento de um homem, o assassino do Riginaldo.
Rogério: Então a senhora sabe quem matou o seu marido?
Luciana: Sei, claro que sei. Acho que não dei detalhes suficientes quando fui abrir o boletim de ocorrência, mas agora estou disposta a colocar tudo em panos brancos.
Leonardo: Mãe, não há necessidade disso. Você sabe muito bem o que…
Luciana: Eu quero que você tome o depoimento de Frederico Garcia de Albuquerque, o homem que matou o meu marido. Ah, e me mantenha informada sobre tudo que ele lhe disser. Pode vim até aqui pessoalmente.
Leonardo: Não dê ouvidos para ela, seu delegado. – Rogério olha para as pernas de Luciana, que não para de se exibir. – Pode arquivar o caso, pois sabemos que o Frederico fez o que fez em legítima defesa.
Luciana: Para com isso, Léo. Deixa eu conversar com o rapaz. – Ela fala se aproximando de Rogério.
Rogério: É impressão minha ou a senhora está dando em cima de mim? – Ele fala com um sorriso no rosto.
Luciana: Não só em cima, como também na direita, na esquerda, em baixo… eu te quero todinho para mim. – Ela o pega pelo pescoço e Rogério se afasta.
Leonardo: Mãe, o que é isso? – Ele fala sem graça. – Deixa o moço em paz.
Rogério: Tenham uma boa noite. – Ele vai embora.
Luciana: Olha só o que você fez, Leonardo. Espantou o gatão. – Ela fala se jogando no sofá, como uma criança birrenta.
Leonardo: Gente, tudo isso é fogo? – Ele pergunta olhando para ela. – Quase que arrancou o pescoço do cara.

Cena 4- Apartamento de Lilla- Noite.
Lilla lamenta que o dinheiro dela esteja acabando. Ela fica desesperada, e diz que terá de voltar a ser prostituta.

Lilla: Ai que droga. Eu não soube usar o dinheiro com consciência… agora irei para a pindaíba novamente. – Ela se joga no sofá revoltada. – Não acredito que serei obrigado a me prostituir novamente para ganhar dinheiro. – Ela começa a ficar desesperada. – Que merda, estava tão bom esta vida de rica. Por que que Deus não me fez nascer uma patricinha? E o pior de tudo nem é isso, mas sim… aonde é que eu vou morar? – Lilla anda de um lado para o outro, visivelmente nervosa. – Pensa Lilla, pensa. Deve ter algo que você possa para ajudar a si própria. Talvez seja só preciso que você pense numa solução para tudo isso. – Algo parece surgir em sua mente. – Gente, eu podia procurar pelo Pierre. Ele me passava um ar de ser meio bobo, com aquele sotaque francês dele… não custa tentar. – Ela leva a mão ao queixo. – Se bem que a Maria José está no pedaço, e deve ter demitido ele por ter ajudado Maria Letícia a golpear ela. Aonde eu posso encontrar aquele paspalho?

Cena 5- Mansão Corte Real- Dia.
Maria José acorda e se depara com um bilhete de Bartolomeu. Michele e Gaby tentam confortar a travesti.

Maria José: Ai. – Ela se espreguiça. – Dormi como uma pedra. – Ela passa a mão pela cama e encontra uma carta. – O que significa isto? – Ela abre a carta. – De Bartolomeu para Maria José. O que será que ele me aprontou agora? – Ela começa a ler a carta, e ao terminar dá um grito bem alto. – Eu não acredito que ele fez isso comigo, não acredito.
Michele: O que foi José? Por acaso você viu alguma assombração?
Gaby: Um ladrão invadiu o seu quarto? – Ela olha todo o local. – Anda amiga, desembucha.
Michele: Respira, José, respira e fala o que aconteceu.
Maria José: Ele foi embora. – Ela dá a carta para Michele. – o Bartolomeu voltou para o Mato Grosso. – Ela chora.
Gaby: Mas o que…? – Ela pega a carta da mão de Michele e lê. – Não pode ser. Como ele foi capaz de fazer isso contigo?
Maria José: É tudo culpa minha, se eu tivesse aceitado o pedido de casamento dele… ele estaria aqui agora.
Michele: Não se culpe, José. Você não tem culpa por ele ser um cabeça dura. Se você não estava pronta para se casar, não ia fazer isso só porque ele queria.
Maria José: Mas eu o amava tanto, Michele. Sei que tinha pouco tempo que eu o conhecia, mas já tinha ele como o meu companheiro para vida toda.
Gaby: Se é assim, por que você não casou com ele de vez?
Maria José: Porque eu tinha medo de não conhecer ele o suficiente, pois se eu me casasse com ele… teria que aceitar as diferenças que poderiam haver entre nós, sem falar em outras divergências que poderiam surgir com a nossa convivência.
Michele: Eu entendo. O seu coração dizia que o conhecia bem, mas a sua cabeça falou que era o contrário.
Maria José: E eu não soube a quem dar ouvidos, mas acabei seguindo a razão e deixando a emoção de lado. – Ela chora.
Gaby: Calma, José. Você é uma leoa, e precisa ser forte. Amanhã é o seu aniversário, e não ficará nada bem você passar essa data tão importante com essa cara de tristeza.
Maria José: Pouco me importa meu aniversário, eu só queria amar e ser amada. Mas parece que pessoas como eu não tem direito ao amor, não é?
Michele: Não fica assim. Talvez Deus tenha tirado o Bartolomeu do seu caminho porque ele não era o par certo para você.
Maria José: Ou talvez porque eu deva morrer só, sem nenhum companheiro que fique ao meu lado até a morte chegar. – Ela chora inconsolavelmente.

Cena 6- Cobertura de Marisa- Dia.
Maria Luiza fica chocada com tudo que Marisa e Melissa lhe conta.

Maria Luiza: Ontem eu nem vi a hora que vocês duas chegaram. Aonde estavam?
Marisa: Nós estávamos em apuros, Malu. Melissa e eu estávamos entre a vida e a morte.
Maria Luiza: Sério? Mas como foi que isso aconteceu?
Melissa: O Celso. Ele estava prestes a me matar, quando a minha mãe surgiu por detrás dele. Ela foi a minha salvação.
Maria Luiza: E o que foi que vocês fizeram com o canalha? O entregaram para a polícia?
Marisa: Na verdade, ele e eu começamos a brigar pela arma. Acabei apertando o gatilho, e ele morreu. – Maria Luiza fica chocada.
Maria Luiza: A senhora matou o Celso? Pelo menos foi em legítima defesa.
Melissa: Foi uma sensação tão ruim, você não sabe o quanto eu fiquei desesperada com aquilo tudo.
Maria Luiza: Imagino que não tenha sido nada fácil. Mas vocês precisarão superar esta situação.
Marisa: Nós vamos ir até a polícia, iremos relatar o que aconteceu… e que seja feita a vontade de Deus.
Melissa: E tem mais. – Ela se senta. – Malu, eu descobri mais coisas sobre o passado da sua mãe. Coisas que você tem de saber, pois querendo ou não é filha dela.
Maria Luiza: O que foi que aquela louca aprontou desta vez? Quer dizer, o que mais que ela aprontou que eu não sei?
Marisa: Melissa, é melhor não.
Melissa: Nada disso, mamãe. Ela merece ficar por dentro da história, a Malu merece saber o que aconteceu.
Maria Luiza: O que foi gente? Vocês estão me deixando preocupada.
Melissa: Aquele bebê que a sua mãe deu a luz, aquele que nasceu morto. – Ela diz se recordar. – Então, é que ele não tinha morrido… a sua mãe mentiu, porque não estava grávida do seu pai, mas sim do pai dela.
Maria Luiza: O que?
Melissa: O seu avô abusou da sua mãe. Maria Letícia foi abusada pelo próprio pai, e acabou engravidando de um menino, que ele identificou como Kevin. – Maria Luiza perde o ar.
Maria Luiza: Kevin? – Ela parece delirar. – O mesmo nome que o irmão adotivo do Jonathan?
Melissa: Sim, Maria Luiza. Nós estamos falando da mesma criança. A sua mãe deu o menino para a família do Jonathan, para que eles cuidassem do bebê em sigilo absoluto. Mas ele acabou morrendo, sem nem ao menos completar um ano. Porém, sua mãe não sabe qual foi a causa da morte dele.
Maria Luiza: Pois eu sei. – lágrimas escorrem o seu rosto. – Foi o Jonathan. Ele matou o bebê.
Melissa: Como é que é?

Cena 7- Apartamento de César- Dia.
Célia apresenta Tiago a Simone e César. Antonella fica revoltada.

Célia: Como é somente de manhã que eu consigo encontrar todos reunidos, resolvi trazer o meu namorado para que vocês conhecessem. Se bem que a Antonella já o conhece a algum tempo.
Tiago: Bom dia, pessoal. – Célia o puxa para que eles possam se sentar à mesa junto com os outros.
Simone: Olá, é um prazer inenarrável conhece-lo. Se bem que eu acho que já tenho conheço de cor e salteado, pois a mamãe só sabe falar de você agora.
Célia: Só falo porque não é todo dia que namoro um gato desses.
César: Seja muito bem-vindo à família rapaz. – Eles se cumprimentam com um aperto de mão. – Espero que você se acostume com a maluquice que paira por aqui. – Ele brinca.
Antonella: Ah, como o amor é lindo. Ainda mais quando ele acontece através da chantagem. – Ela sorri cinicamente.
Célia: Chantagem? Quem está chantageando quem aqui? Deixa de ser recalcada, Antonella. O que há entre nós é amor, um amor puro e verdadeiro.
Tiago: A Célia e eu nos amamos de verdade, e você já deveria ter se conformado com isso.
Antonella: Olha a sua idade. Poderia ser neto dela, ou até mesmo filho. Será que vocês não percebem o quão são ridículos?
Tiago: Além de golpista é preconceituosa, que horror! Você me surpreende cada vez mais, queridinha. Mas sinto lhe informar que quando há amor, a idade não importa.
Antonella: É o que veremos. – Eles se encaram.
Tiago: E se eu fosse você, ficava bem espertinha, pois quando menos esperar a justiça pode vim atrás de você.
Simone: Como é que é? O que você deve para a justiça, Antonella? – Ela pergunta assustada.
Tiago: Não está sabendo, senhora? A sua filha usou da imagem dos outros de forma indevida. Postou um vídeo na internet sem a permissão de quem o fez.
Antonella: Cala a sua boca. E você pode ter certeza de que se eu cair, a sua namoradinha cai junto comigo.
Tiago: A Célia não tem nada a ver com isso. Foi você quem fez a sujeira.
Antonella: Larga a mão de ser trouxa. – Ela olha para a Célia. – Ele só está com você porque salvou a vida dele, impedindo que a Maria Luiza o processasse. Depois ele vai dar um belo chute na sua bunda.
Simone: Antonella! Isto são modos? – Ela fica escandalizado com o vocabulário da filha. – Foi esta a educação que eu te dei?
Antonella: Desculpa, mãe. É que eu estou farta disso tudo, farta. – Ela se levanta. – Não vejo a hora de pegar o dinheiro do meu pai e sumir no mundo.
Célia: Calma, minha neta. Você não pode passar nervoso, esqueceu que está grávida? – Ela é falsa.
Simone: Que dinheiro do seu pai? Por acaso ele morreu? Faça-me o favor, não é Antonella.
Antonella: Ele não morreu, mas está preso. Se a Daniele pode cuidar do dinheiro dele, eu também posso. Não só posso, como vou.
Simone: Então você está disposta a entrar numa disputa com a Daniele novamente? Será que você não viu do que aquela suburbana é capaz?
Antonella: Ela pode ser ruim, mas eu sou péssima. E saiba que não irei desistir até que eu tenha posse daquele dinheiro. – Ela entra em seu quarto e bate a porta com força.
Célia: Você precisa ter uma conversa séria com essa menina. É assim que ela pretende ser mãe?

Cena 8- Casa de Regina- Dia.
Nelson fala para Regina que nunca desistirá de ter o amor dela. Jonathan e Rafael a incentivam.

Nelson: Não deu outra coisa no noticiário ontem. Maria Letícia sendo presa vai ser a notícia da semana, pode ter certeza disso.
Regina: É, parece que agora a megera caiu de uma vez por todas. Não tem mais para onde ela correr.
Nelson: Bom para nós, que não teremos mais que aturar a arrogância daquela maluca.
Regina: Não é você quem prefere ela à Maria José? Você e o Pierre viviam dizendo que preferiam serem demitidos do que servirem uma travesti. Como se fossem superiores aos travestis.
Nelson: É, talvez eu prefira a Maria José. A Maria Letícia era muito chata, e vivia pegando no meu pé. Desde quando fui contratado que ela é assim… desprezível.
Regina: Já é um bom começo: admitir que a Maria José é melhor que a Maria Letícia. – Jonathan e Rafael conversam um pouco distante deles.
Nelson: Ganhei uns créditos com você por causa disso? Pois se for assim, irei me desfazer em elogios para a Maria José. Quem sabe assim você aceita namorar comigo.
Regina: Desencana, Nelson. Eu não quero nada com você, nem nunca vou querer.
Jonathan: Ué, mãe. Por que você não quer dar uma chance ao Nelson? Ele é um cara legal. – Ele se intromete de longe.
Rafael: Também apoio, mãe. Já está mais do que na hora da senhora desencalhar e deixar de se preocupar com a vida amorosa dos seus filhos.
Regina: Mas que audácia é esta de vocês? Ninguém os chamou aqui na conversa, ok? – Ela é grossa.
Jonathan: Já ouviu falar que chumbo trocado não dói? A senhora vive se intrometendo em nossas vidas, nada mais justo que façamos o mesmo.
Nelson: Eu concordo com os meninos. Apoio totalmente a ideia de você me dar uma chance. Até porque eu nunca irei desistir de ter o seu amor.
Regina: Pois então você vai morrer esperando, bonitinho. Como eu já disse: não tenho, nem nunca vou ter nada com você.
Nelson: Tenho certeza que tu não vai resistir os meus encantos por muito tempo.
Rafael: É isso ai, Nelson. É só persistir que ela vai acabar aceitando. – Ele brinca.
Nelson: Saiba que eu serei bem insistente Rê. – Ele fala com um sorriso no rosto.
Regina: Gente, vamos embora. Se não formos logo, iremos nos atrasar. – Ele diz pegando a bolsa. – Vamos, vamos, vamos. Cada um para o seu trabalho.
Nelson: Ei, não pense que você vai conseguir desviar o assunto não. – Ele pega Regina pelo abraço. – Eu estou me declarando para você, e exijo ao menos uma resposta sensata.
Regina: Tudo bem. Eu não quero nada contigo, Nelson, pois nunca irei superar a falta que o Dalton me faz. – Ela se solta e sai.
Jonathan: É só ter um pouquinho de paciência, Nelsão. Logo mais ela vai acabar aceitando, a dona Regina se faz de durona mas tem o coração mole. – Eles saem.

Cena 9- Mansão Corte Real- Dia.
Clotilde pede ajuda financeira para Maria José, e diz que o seu trabalho foi realizado com sucesso.

Maria José: E ai, Clotilde? O que é que tá pegando? Por acaso aconteceu alguma coisa? – Ela fala descendo a escada.
Clotilde: Não é nada demais. Queria até aproveitar para lhe pedir desculpas por estar aqui a esta hora da manhã. – Ela fala sentada em sua cadeira de roda.
Maria José: Que é isso, imagina. Depois de você ter me ajudado com aquela pilantra, saiba que tem muito crédito comigo.
Clotilde: Que bom saber disso. Até por que eu vim aqui pois preciso mesmo da sua ajuda.
Maria José: Pode falar, se estiver ao meu alcance é claro que irei ajuda-la.
Clotilde: Então, é que o meu dinheiro foi todo embora por causa dessa minha paraplegia. Agora estou com uma mão na frente e outra atrás.
Maria José: E você quer que eu te ajude. – Ela conclui. – É só dizer o quanto precisa, pois agora eu tô podendo. – Ela brinca.
Clotilde: Eu preciso de mais ou menos cem mil reais. – Ela fala sem graça. – Mas pode ter certeza de que quando a minha situação melhorar…
Maria José: Olhe lá o que você vai dizer. – Ela a repreende. – Darei esse dinheiro de coração para você. Não ficará nenhuma dívida pendente entre nós, muito pelo contrário.
Clotilde: Sério? Eu nem sei o que seria de mim se não fosse você. Abaixe aqui para eu te dar um abraço. – Maria José se abaixa e as duas se abraçam.
Maria José: O que é que você pretende fazer agora que finalmente conseguiu levar a Maria Letícia em cana? Tem algum plano para o futuro?
Clotilde: O meu trabalho foi realizado com sucesso. Ela quis me derrubar, mas acabou caindo primeiro. Agora eu só quero viver cada dia da minha vida intensamente, bem longe daqui.
Maria José: Está certa. Quanto mais longe estiver do perigo, melhor será. – Ela sorri.
Clotilde: Mas você não me parece nem um pouquinho contente, nem parece que vai completar mais um ano de vida amanhã. – Ela repara em Maria José.
Maria José: Como é que você sabe que eu faço aniversário amanhã? – Ela estranha. – Não me recordo de ter dito nada a você.
Clotilde: Ah, não há nada sobre você que eu não saiba. – Ela tenta disfarçar. – Mas o que é que tá acontecendo contigo?
Maria José: Problemas amorosos. – Ela fala triste.

Cena 10- Presídio- Tarde.
Maria Letícia consegue fugir da cadeia, com a ajuda de uma policial. Ela fica sem entender nada, e a surpresa é maior quando um carro para em sua frente.

Policial: Ei, você ai. – Ela chama por Maria Letícia, que está sozinha em sua cela. – Venha até aqui.
Maria Letícia: O que é que você quer comigo? – Ele fala desconfiada.
Policial: É você quem se chama Maria Letícia, não é?
Maria Letícia: Sim, sou eu. Por quê?
Policial: Porque chegou a hora de você dar tchau para essa sua vida medíocre. Eu vim salvar a sua vida.
Maria Letícia: Oi? Acho que não entendi direito. Como é que você vai salvar a minha vida?
Policial: Tirando você daqui, ué. – Ela abre a cela. – Escute bem o que vou te dizer. Nós vamos trocar as nossas roupas, e você vai sair daqui se passando por mim, entendeu?
Maria Letícia: E por que é que você está fazendo isso por mim?
Policial: Porque eu sou humana, e como qualquer humano eu adoro dinheiro.
Maria Letícia: Então você está sendo paga para me tirar daqui? É isso mesmo que eu entendi?
Policial: Não vamos prolongar muito a nossa conversa não. Tira logo essa roupa. – Pouco tempo depois, Maria Letícia aparece fora da prisão.
Maria Letícia: É, Maria Letícia, conseguimos sair deste purgatório. Mas afinal, quem pagou aquela mulher para me libertar? O Celso não tem dinheiro nem para comprar uma bala, então… – Um belo carro branco para em sua frente. – Você? – Ela fica surpresa.

CONTINUA…

4 thoughts on “Capítulo 73 – Realeza (Antepenúltimo capítulo)

  • Quem pagou pra tirar a Maria Letícia da prisão? Eis a questão, pois Celso felizmente não se encontra mais vivo. Brava atitude da Marisa, claro que sem querer, ela acabou se livrando desse crápula. Se ela tivesse morrido, seria bem mais triste 🙁 E a Antonella entrou em uma verdadeira guerra com a vó por conta do Tiago, vamos ver onde isso vai chegar.
    Eu falei pra Maria José aceitar esse pedido, pois bem, ficou sozinha. Ai, esses personagens tão precisando ouvir umas dicas dos leitores haha

    • Quem? Quem? Quem? Realmente, o Celso não tem como ser. Também amei que a Marisa tenha matado o Celso, ele mereceu!! Com certeza, seria bem mais triste. Pois é, Antonella está em conflito com a avó, quem se sairá vencedora?
      Verdade, agora não tem mais volta, José 🙁 Acabou perdendo o Bartolomeu de vez. Concordo, Victor… eles são muito cabeça dura kkk Obrigado por comentar 😀

  • Uma pergunta paira na minha mente, quem pagou para que tirassem a Maria Letícia da prisão? Tó curioso!!!
    Coitada da José, está sofrendo agora sem o Bartolomeu, será que tem volta?
    Agora Antonella e Daniele irão brigar pelo dinheiro de Roberto, é isso? Mas gente kkkk
    Celso se foi dessa pra uma pior, sabia que ele não ia se safar desta, espero que a Marisa não seja considerada culpada. E olha a cara da Malu ao descobrir que o menino Kevin que o Jonathan matou era o seu irmão 😮 que história em?
    E a Lilla não cansa mesmo, já que ir atrás do Pierre, será que ele vai lhe dar atenção?
    Luciana está pegando a mesma posição da Célia? Com um fogo desse quase queima a roupa do Rogério kkkk isso tudo é falta de homem rsrs.
    Célia apresentado o NAMORADO a família hahaha, essa velha não é mole não.

    São as emoções finais de Realeza, e está ótima!!!!! 😀

    • Gente, quem foi o louco(a) que fez isto? Ah, fica até difícil de supor alguém já que o Celso está morto.
      Tadinha, não gosto de ver a protagonista triste, dá uma dor tão grande no peito 🙁 Espero que tenha volta.
      Estão brigando pelo dinheiro dele, sendo que o homem nem morreu ainda. Só Deus na causa!!
      Ah, não queria que isto acontecesse com o Celso, ele era tão bom kkkk Se ferrou, amei <3 Também espero que não culpem a Marisa por isso… sem dizer que foi em legítima defesa.
      A Malu ficou estupefata com esta história, até eu fiquei :O Uma história e tanta!!
      A Lilla é uma interesseira, se ela está procurando o Pierre é por puro interesse… bandida.
      Realmente, as duas estão com um fogo enorme debaixo da saia, que horror!! E concordo totalmente contigo: é falta de homem. kkk
      Vai brincando com a senhorinha trambiqueira hehe, com ela ninguém pode.
      Obrigado por comentar, Wagner 😀

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