Realeza

Capítulo 60 – Realeza

SEXAGÉSIMO CAPÍTULO

Cena 1- Mansão Sales Couto de Sá- Dia.
Simone discute com Roberto. E Michele exige explicações do companheiro.

Michele: Meça as suas palavras para falar da gente, sua louca, retardada.
Simone: Viu só, César? – Ele se aproxima dela. – Esse homem não vale um centavo. Foi ele quem me internou injustamente naquele lugar.
Roberto: Injustamente não, pois como você pode ver… essa mulher é uma louca. Aliás, quem é ele?
Simone: Ele é meu namorado, e em breve seremos marido e mulher. – Ela sorri. – O César substituiu aquele diretor ridículo, que deixou que você me internasse ilegalmente.
César: O que é que o dinheiro não faz, não é meu caro? Tenho certeza que você gastou uma nota preta com o antigo diretor para que ele internasse a Simone. Pois saiba que o que fez é crime.
Roberto: Estou pouco me importando se foi crime ou não. Quando você estiver casado com ela, verá porque fiz o que fiz.
Simone: Graças a Deus que o César substituiu aquele louco como diretor, e viu que eu estava internada lá injustamente. Acabamos nos envolvendo, e ele conseguiu me tirar de lá. Parece que o seu plano estapafúrdio chegou ao fim, Roberto.
Roberto: E o que é que você está fazendo aqui? Não tem mais o que fazer não? Vão cuidar da vida de vocês.
Simone: Eu vim aqui para saber aonde está a minha filha e a minha mãe, e saiba que se você não falar…
Roberto: Você fará o que? Vai me matar? Depois têm a audácia de dizerem que você não é louca.
Simone: Louco é você, que expulsou a sua filha da casa, internou a sua esposa e também a sua sogra. E tudo isso por causa da bastarda e de uma prostituta que você diz amar muito.
Michele: Olha aqui o sua… – Ela avança em Simone, mas Gaby intervém. – Só para te deixar informada, eu não sou mais prostituta.
Simone: Estou tão feliz por você. – Ela fala ironicamente. – Agora, por favor, diga-me aonde estão minha filha e minha mãe, caso contrário eu serei obrigada a chamar a polícia para você.
Roberto: O número de celular da sua filha continua o mesmo. Por que não liga para ela? Seria bem mais prático do que vim até aqui para arruinar a minha noite.
Simone: Foi bom vim e ver como andam as coisas por aqui. E parece que tudo está indo de mal a pior. – Ela sai acompanhada de César.
Roberto: Louca, completamente louca. – Michele o olha de braços cruzados. – O que foi?
Michele: Você mentiu para mim. Não foi uma separação amigável como havia me dito. Você expulsou a sua filha e internou as outras duas. – Ela fala com os olhos cheios de lágrimas.
Roberto: Eu posso te explicar tudo.
Michele: Eu não quero que você me explique nada. – Ela fala revoltada. – Chega, cansei. Não posso ficar com um homem que mente para mim. – Ela sai correndo e sobe a escada.
Roberto: Michele, vamos conversar, eu posso te explicar tudo.
Gaby: É melhor você falar com ela depois. Deixa que eu dou um jeito de acalmar ela.

Cena 2- Mansão Garcia de Albuquerque- Dia.
Marillu espera que Carlos Henrique apareça, e relembra boa parte de sua vida. Rogério fica escondido.

Marillu: Fica ai. Tenho certeza que ele aparecerá. – Ela fala para Rogério, que se esconde atrás de um objeto de enfeite grande. – Está ótimo, ele não te verá ai.
Rogério: Você tem certeza que ele virá? Se nós ficarmos aqui de bobos? Ele pode não aparecer.
Marillu: Duvido muito. Ele com certeza deve vigiar esta casa para se certificar que o meu filho e eu não a colocamos à venda.
Rogério: Então foi por isso que você colocou a placa de vende-se quando nós chegamos. – Ele conclui. – Mas e se ele não passar por aqui hoje?
Marillu: Pode não passar hoje, mas um dia ele irá passar. – Ela fala irritada. – Agora eu vou sentar ali no sofá, e você fica quieto ai. – Ela se senta no sofá. – E aqui estou eu novamente. – Ela olha fixamente para a mesa central.
(FLASHBACK)
Severino: Você vai mesmo fazer isto comigo, Marillu? Quer dizer, você e o meu irmão foram capazes de me trair?
Marillu: Aceita, Severino, aceita. – Ela fala de malas prontas. – Como eu te disse, foi por isso que ele fugiu, e eu estou indo encontra-lo. Adeus, cuide bem do nosso Ivan. – Ela sai.
(FIM DO FLASHBACK)
(FLASHBACK)
Marillu: Eu estou grávida, Carlos Henrique. – Ela chora, mostrando o exame de farmácia para o rapaz. – Meus pais me botaram para fora de casa, e eu não tenho para onde ir.
Carlos Henrique: Você tem certeza que esse filho é meu? Eu não me lembro de nada daquela noite, nem sei se usamos camisinha ou não.
Marillu: Provavelmente não, já que você foi o único com quem transei durante esses dois meses. – Ela mente. – Este bebê é mesmo seu.
Carlos Henrique: Tá, eu vou acreditar em você. Até porque se você é amiga da Marisa, então tem uma boa índole. Pode ficar calma, que eu irei assumir a criança, e você pode ficar aqui em casa.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Depois de anos casados, descobri a sua outra face, a face do mal.
(FLASHBACK)
Carlos Henrique (Ao celular): Alan, preciso que você fique bem atento ai. É que não vai ser possível que eu esteja presente no horário que eles forem fazer a entrega. – Marillu escuta tudo atrás da porta. – É… isso… vai chegar uma tonelada de cocaína. Fica esperto para não dar bandeira. É como eu sempre digo: quem trabalha com tráfico de drogas ilegais, tem que saber não dar bandeira. – Marillu fica surpresa ao ouvir aquilo.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: O tempo passou, e surpreendentemente a verdade veio à tona.
(FLASHBACK)
Carlos Henrique: Eu quero que você me explique isto daqui, se é que tem explicação para uma coisa dessas. – Ele joga o resultado do exame de DNA na cama e ela apanha.
Marillu: Você fez um exame de DNA escondido de mim? Por que fez isso Carlos Henrique? Quando eu te disse que estava grávida você nem se importou em saber se ele era mesmo o seu filho.
Carlos Henrique: É que alguém abriu os meus olhos sobre você. Fiquei sabendo até que sempre foi apaixonada pelo Alberto, se não me engano… desde a adolescência, sério isso?
Marillu: Como foi que você ficou sabendo? – Ela estranha. – As únicas pessoas que sabiam era o Alberto, Marisa e eu. A Marisa está em Barcelona, eu nunca mais toquei no assunto, e o Alberto prometeu que nunca iria falar nada para ninguém.
Carlos Henrique: Não importa como fiquei sabendo, o que importa é que eu tenho as minhas fontes. E foi por isso que peguei um fio de cabelo do Frederico e outro meu, fiz o DNA e ai está o resultado.
Marillu: Tem certeza que vai ligar para isto agora? O Frederico já tem seus vinte e três anos, não é mais nenhuma criança.
Carlos Henrique: E por isso será menos difícil para ele. – Ele sorri sarcasticamente. – Além de contar toda a verdade para o seu filhinho, eu quero que vocês saiam da minha casa.
Marillu: Ah, mas eu não saio mesmo. Só saio se for para a delegacia. – Carlos estranha. – Isso mesmo, vou lá fazer uma queixa contra a sua empresa, que anda traficando drogas ilegais.
Carlos Henrique: Como foi que você ficou sabendo disso?
Marillu: “Não importa como fiquei sabendo, o que importa é que eu tenho as minhas fontes”. – Ele fica vermelho de raiva, e ela ri sarcasticamente. – Então iremos trocar o seu silêncio pelo meu silêncio? – Carlos Henrique engole seco com muita raiva.
(FIM DO FLASHBACK)
(FLASHBACK)
Marillu: Você tem certeza que ele não está por aqui, Pierre? Ele saiu de casa e disse para a empregada que viria para cá.
Pierre: Ele até veio, dona Marillu. Mas não se encontra mais, pois saiu com o monsieur Alberto.
Marillu: Você sabe me dizer para onde eles foram?
Pierre: Sei que não é da minha conta, mas acabei escutando que eles iriam se encontrar com outro homem. Parece que o seu Carlos está interessado em vender a empresa, não é? E o monsieur Alberto tem um amigo que pretende compra-la.
Marillu: Como é que é?
(FIM DO FLASHBACK)
(FLASHBACK)
Delegado: E o que a senhora gostaria?
Marillu: Gostaria de fazer uma queixa contra o meu marido. Descobri que ele está envolvido com tráfico de drogas.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Toda vez que relembro esta história, a angustia aumenta ainda mais.
Rogério: Está falando sozinha, Marillu? – Ele grita de seu esconderijo.
Marillu: Só trocando umas ideias com os meus botões.

Cena 3- Clube Realeza- Dia.
Maria Luiza se explica para Jonathan, e Maria Letícia demite o rapaz.

Maria Luiza: Com certeza você já deve ter tomado conhecimento do meu vídeo intimo que está rolando na internet.
Jonathan: Pode ter certeza que não se fala em outra coisa aqui no clube. – Ele é grosseiro. – E presumo que você tenha vindo tentar se explicar, não é?
Maria Luiza: Você precisa me escutar, Jonathan. Eu estava sendo ameaçada, e acabei ferrando a minha situação mais ainda.
Jonathan: Ameaçada? Por quem? Por que você não me disse isso antes? Deixou toda essa merda acontecer para somente depois… – Ele perde as palavras.
Maria Luiza: Tudo começou quando você e a Melissa estavam tendo um caso. Eu saí com um cara, e acabei me envolvendo em uma briga polêmica, que renderia muitas notícias para as revistas de fofocas.
Jonathan: Então você quer me dizer que isso começou antes de nos acertarmos?
Maria Luiza: Em parte sim. Com medo de que me expusessem na mídia, cobrei que minhas fotos fossem apagadas de todos os celulares presentes lá na boate. Mas o dono do local havia tirado algumas fotos, e não as apagou. Com o passar do tempo, ele voltou me ameaçando.
Jonathan: Por que você não me disse isso antes, Maria Luiza? Por que só agora?
Maria Luiza: Ele me ameaçou, Jonathan. E me obrigou a se encontrar com ele, se eu não fosse… ele não iria pestanejar, enviaria a foto para a internet sem remorso. Foi então que fiz o que ele me pediu, porém, quando cheguei lá ele… ele quis que eu fizesse mais do que o combinado.
Jonathan: Então você não sabia que estava sendo gravada, é isso?
Maria Luiza: Claro que não, se eu soubesse você acha que esse vídeo estaria circulando por ai? Claro que não.
Jonathan: Só pode ter sido esse desgraçado que enviou o vídeo, e ele vai nos pagar por ter te exposto desta forma.
Maria Luiza: Isso quer dizer que você me perdoar?
Jonathan: Te perdoar do que? Você foi a vítima desta história toda. – Maria Letícia chega elegantemente.
Maria Letícia: Bom dia. – Ela fala com a voz firme. – Como andam as coisas por aqui?
Maria Luiza: O que é que você quer?
Maria Letícia: Hm! Eu estava mesmo querendo falar com você. – Ela fala para Jonathan. – Não precisamos mais dos seus serviços. Então… você está demitido.
Maria Luiza: Como é que é? Você não pode fazer isso com ele.
Maria Letícia: Até aonde eu sei, sou eu a dona deste clube, não você. – Ela sorri. – E vocês voltem a trabalhar, se não quiserem ter o mesmo destino que esse moço aqui. – Ela caminha para a saída, e Maria Luiza vai atrás dela.
Maria Luiza: Para de palhaçada. O Jonathan é um ótimo funcionário, e não merecia ser demitido, você sabe disso.
Maria Letícia: Eu não lhe disse que aqui se faz aqui se paga? Você sujou ainda mais o nome da família, e eu fui obrigada a demitir o seu namoradinho, ou devo dizer o corno? – Ela vai embora.
Jonathan: Fica calma, Malu, tudo vai se resolver. – Ele surge trás dela.
Maria Luiza: Eu fui a culpada por você ter sido demitido, e darei um jeito nisso.

Cena 4- Mansão Corte Real- Dia.
Pierre se incomoda com os latidos incessantes dos cachorros e vai ver o que está acontecendo, mas a porta está trancada.

Pierre: Não, a Maria Letícia brigou com a filha por outro motivo. Não teve nada a ver com o seu filho, ao menos ainda.
Regina: Menos mal. – Ela fala com a mão no peito. – E por que foi que elas quebraram o pau ontem?
Pierre: Pelo que eu escutei, parece que está circulando um vídeo íntimo de Maria Luiza na internet.
Regina: Como é que é? Você tem certeza que o meu filho não está nesse tal vídeo com ela?
Pierre: Acho que sim. Pois a megera gritou em alto e bom som que a menina estava de caso com um estranho. E o seu filho já não é mais nenhum estranho para ela.
Regina: É, você tem razão. – Os cachorros latem. – Mas será o benedito? Esses cachorros estão com o que hoje, hein? Não param de latir.
Pierre: Verdade, eles haviam parado, mas voltaram a latir novamente. Vou ver o que está acontecendo. – Ele vai até o quartinho os estão os cachorros. Pierre gira a maçaneta, mas a porta está trancada. – Ué, esta porta nunca fica trancada. O que será que está acontecendo? – Ele fica intrigado. – Tem alguém ai? Oi, alguém? – Ele espera por resposta, mas não a tem. – Acho melhor eu voltar para o trabalho. – Ele volta para a cozinha.
Regina: E ai? O que é que eles têm? São as pulgas? – Ela ironiza.
Pierre: Não sei, nem consegui entrar lá. A porta está fechada, e eu gostaria de saber o porquê, já que nunca esteve trancada antes. – Ele desconfia.
Regina: Deve ter sido ordem da “rainha”. – Ela fala com cara de nojo.

Cena 5- Mansão Garcia de Albuquerque- Dia.
Depois de algum tempo, Carlos Henrique surge no local ameaçando Marillu. Rogério o surpreende pelas costas.

Marillu: Ai meu Deus, que tédio. – Ela caminha de um lado para o outro. – Será que aquele idiota não vem?
Rogério: Calma, Marillu, calma. Já estou morrendo de cansaço aqui, mas vamos esperar só mais um pouco. – Ele cochicha.
Marillu: Estou cansada de esperar. – Ela se joga no sofá.
Carlos Henrique: Esperar por quem? Por mim ou por alguém que compre esta mansão? – Ele surge furioso. – Você e seu filhinho estão vender a minha casa mais uma vez, não é? Já não falei que sem a minha permissão vocês não devem fazer nada?
Marillu: Calma, Carlos. Só coloquei aquela placa lá fora, porque eu sabia que mais cedo ou mais tarde chamaria a sua atenção.
Carlos Henrique: Então você quer falar comigo? – Ele estranha. – Não disse que iria depositar o meu dinheiro na minha conta? Até agora estou esperando, mas acho que já cansei de esperar. – Ele a pega pelo braço. – Vamos fazer isto agora.
Marillu: Para, você está me machucando, seu louco. – Rogério surge por traz dele, com uma arma em punho.
Rogério: Larga a moça, seu canalha. – Ele grita e Carlos Henrique se assusta. – Quietinho se não eu atiro.
Carlos Henrique: Você não foi capaz de fazer isso comigo novamente, Marillu. – Ele fala sem acreditar, com as mãos para o alto. – Pois saiba que quando eu sair, não terei dó em matar você.
Marillu: Isto é, se você sair de lá algum dia. – Ela caçoa da cara dele. – Agora a polícia vai ficar esperta com você, queridinho. Por mais que você morra de verdade, será enterrado lá mesmo.
Rogério: Vira de costas. – Ele ordena, algemando Carlos. – Fim do jogo, Carlos Henrique Garcia de Albuquerque.
Carlos Henrique: Isso não vai ficar assim, Marillu, não vai. – Ela acena feliz. – Sorria enquanto pode.
Marillu: Adeus, querido. – Ela o manda um beijo.

Cena 6- Clube Realeza- Dia.
Severino pede para que Marisa lhe dê as cópias da papelada. Maria Letícia surge e fala que os sócios votaram para que a SDP volte. Além disso, esfrega na cara da ex cunhada que com a sua volta o número de sócios voltou a subir.

Severino: Marisa, ainda bem que te encontrei por aqui. – Ele entra cansado na sala dela. – Preciso muito falar contigo.
Marisa: No que eu posso te ajudar? – Ela fala ao analisar alguns papéis. – Sente-se um pouco, parece estar cansado.
Severino: É que talvez eu tenha descoberto o que a Maria Letícia fez para fazer com que a Maria José assinasse aqueles papéis. Preciso apenas que você me dê aquelas cópias para que eu possa analisar.
Marisa: E o que foi que a louca fez? – Ela se levanta, e vai até a outra extremidade da sala. – Aqui está.
Severino: Pelo que me ocorreu, ela deve ter envolvido o meu nome nisto tudo. Tenho quase certeza que tenha meu nome nestes papéis, e foi por isso que a José assinou.
Marisa: Hm! Então ela foi enganada. Mas como foi que a Maria Letícia conseguiu passar a pena nela desta forma?
Severino: Parece que ela teve a ajuda do mordomo. Foi ele quem entregou a papelada para que a Maria José assine, e ainda envolveu o meu nome em todo este golpe.
Marisa: E como foi que você ficou sabendo disso?
Severino: O motorista do Alberto ficou sabendo do acontecido, pois o mordomo também envolveu o nome dele nesta história. – Ele olha para os papéis. – E se a Maria Letícia usou o meu nome nestes papéis indevidamente, ela que me aguarde.
Marisa: Pretende meter um processo naquela vaca? Se for, pode contar comigo.
Severino: Primeiro eu tenho que me certificar de que ela tenha mesmo colocado o meu nome nestes papéis. Caso ela não tenha colocado, apenas falou que eu os havia deixado para a José assinar, e isto não é o suficiente para que ela possa ser processada.
Marisa: Até porque com o seu nome no papel, fica mais fácil de você provar que ela o usou indevidamente. Agora se ela só induziu o mordomo a tocar no seu nome, não terá muita serventia.
Severino: Exatamente isso. Eu vou ter que levar isto para casa, pois preciso analisar com calma. – Maria Letícia entra no lugar.
Maria Letícia: Acabei de verificar as urnas, e os sócios aprovaram a volta da SDP. Engula essa, cunhadinha.
Marisa: Eu até iria conversar com você sobre isso. E mesmo que a maioria dos votos fossem contra, pensei em trazer de volta a SDP. Até porque é algo que acompanha o clube desde o início. – Ela é fingida.
Maria Letícia: Bom saber que finalmente caiu em si. Mas agora que a SDP está de volta, nada mais justo que estrear com uma bela campanha social sobre a água.
Severino: Desculpem-me ser intrometido, mas gostei bastante da ideia. – Ele lança um olhar para Marisa. – Nesta crise da água, é sempre bom nos esforçarmos para economizar.
Maria Letícia: Pediremos doações para ajudarmos a SABESP nas construções para a canalização da água. Pois há muitos lugares que desperdiçam água extremamente com os canos furados, e tudo o mais.
Marisa: Estou gostando de ver, Maria Letícia. Sabe que não vou muito com a sua cara, mas serei obrigada a dar o meu braço a torcer. – Ela mente.
Maria Letícia: Para você vê que eu não sou somente um rostinho bonito. E por falar nisso, você viu que com a minha volta os números de sócios aumentaram? Ao contrário do que acontecia quando aquela travesti comandava isto aqui.
Marisa: Acredito que você mereça uma salva de palmas, mas infelizmente nada é perfeito, e eu não gostei muito do que fez com a Malu.
Maria Letícia: Marisa, não envolva a vida familiar, com o trabalho, ok? O que acontece fora deste clube, deve ser resolvido fora dele.
Marisa: Se você prefere assim.

Cena 7- Asilo- Tarde.
Tiago se revolta contra Célia por Antonella ter enviado o vídeo intimo dele para internet. Ela diz que não tem culpa, e ele acaba a ajudando a fugir.

Tiago: Célia, preciso falar algo urgente com você. – Ele a puxa pelo braço. – Fiquei muito decepcionado com o que a sua neta fez.
Célia: Eu também preciso falar algo muito sério com você, mas o que foi que a Antonella aprontou?
Tiago: Ela enviou o vídeo que filmei. Agora todos já sabem que transei com a Maria Luiza.
Célia: E isto não é bom? Todos os homens do país sabem que você pegou a patricinha mais cobiçada da alta sociedade.
Tiago: Muito pelo contrário. Agora ela pode me processar por danos morais, por uso indevido da imagem dela, e com certeza ela não vai deixar isso barato.
Célia: E você está com medo daquela cocótinha? Ah, me poupe, Tiago. Aquela menina não fará nada contigo, fica tranquilo.
Tiago: Mesmo assim, a sua neta não devia ter feito aquilo. Eu só gravei o vídeo para me recordar sobre como foi bom transar com aquela gostosa, nada mais.
Célia: Ah, você gravou porque quis, e eu não tenho culpa pelo que a minha neta fez. Agora eu preciso que você me ajude.
Tiago: O que tá pegando?
Célia: O que tá pegando é que está vindo um fornecedor do asilo. E eu quero muito fugir daqui, não há oportunidade melhor do que esta.
Tiago: Como é que você sabe que está vindo um fornecedor para cá? Até aonde eu sei, os funcionários deste asilo nem falam com os pacientes.
Célia: Como eu fiquei sabendo? Não importa, o que importa é que eu sei.
(FLASHBACK)
Antonella: Nada mais justo. Mas se ele tiver muito envolvido com a patricinha, lamento em informa-lo que não durará por muito tempo.
Célia: Parece que ele só queria transar com ela, nada mais. Mas, do que é que você está falando?
Antonella: Enviei para a internet o vídeo deles transando, mas foi sem querer. – Ela é cínica. – Sei que a Malu me ajudou a encontrar você, porém, o mundo não pode ser privado de um vídeo picante daqueles. Além de tudo, Maria Letícia vai adorar saber que a filha está seguindo os mesmos passos que a mãe: uma prostituta nata.
Célia: Por que fez isso, hein Antonella? A menina nos ajudou bastante, poxa. Não podíamos sacanear ela desta forma.
Antonella: O que está em jogo é a sua vida, vovó. Não podemos deixar uma oportunidade dessas passar.
Célia: Que oportunidade?
Antonella: Quando eu cheguei, ouvi o pessoal falando que amanhã virá um fornecedor fazer entregas. E a força masculina é sempre bem-vinda numa fuga.
Célia: Não entendi absolutamente nada.
Antonella: O Tiago vai voltar, por eu ter enviado o vídeo dele. Pode ter certeza que ele voltará revoltado com o que eu fiz, e sobrará para você. Mas é ai, que a senhora irá contornar a situação e fazer com que ele lhe ajude na sua fuga.
Célia: Hm! Agora as coisas estão começando a fazer sentido.
Antonella: Você pedirá para que ele lhe ajude se passando pelo fornecedor, e assim vocês fugirão para este local aqui. – Ela entrega um papel para Célia. – Eu estarei à sua espera.
(FIM DO FLASHBACK)
Tiago: Mas isso é muito arriscado, Célia. E além do mais, o que ganharei em troca? Já consegui o que tanto queria.
Célia: Pois saiba que se você não me ajudar, arruinarei a sua vida. Você sabe muito bem que aquele vídeo pode acarretar sérias consequências para ti.
Tiago: Já estou ferrado e mal pago. Se você não destruir a minha vida com aquele vídeo, a Maria Luiza o fará.
Célia: Mas como você sabe, eu sou amiguíssima da família dela, e posso dar um jeito nesta situação.
Tiago: Sério que você conversaria com ela para que não me processasse?
Célia: Claro que sim, querido. – Ela o beija no rosto. – Eu gosto muito de você, sabia?
Tiago: Tá bom, tá bom, eu te ajudo. – Ela sorri.

Cena 8- Praça- Tarde.
Antonella corre ao encontro de Simone. Rola algo muito emocionante entre as duas, e ela fala sobre o seu plano para tirar Célia do asilo. Antonella acaba passando mal.

Antonella: Eu nem acredito numa coisa dessas. – Ela está no banco, mexendo as pernas ansiosamente. – Minha mãe está de volta, ai meu Deus. Ainda bem que ela conseguiu sair daquele lugar horrível. – Uma lágrima salta de seu olho. – Quando escutei a voz dela no celular, nem pude acreditar que…
Simone: Antonella. – Ela grita bem alto. A moça se levanta e vira em direção a mãe. – Minha filha. – Ela fala chorosa.
Antonella: Mãe. – As duas correm uma em direção a outra. Uma corrida lenta, cheia de emoção e carregada de sentimentalismo. – Mãe. – As duas se abraçam forte, sem acreditarem no que está acontecendo.
Simone: Ai, minha filha. Estava morrendo de saudade de você, meu amor. – Ela enche o rosto da moça de beijos. – Como Deus é bom, é maravilhoso.
Antonella: Não consigo acreditar que você está aqui. – Ela toca a mãe. – Se isso for um sonho, não quero acordar nunca mais. – Elas se abraçam forte e choram muito.
Simone: E sua vó? Você tem tido notícias dela?
Antonella: Eu consegui descobrir aonde a vovó está, e melhor do que isso… já providenciei a saída dela daquele lugar horrendo. Agora nós precisamos ir, pois pedi para que ela me encontrasse na casa de um amigo.
Simone: Mas o Roberto sabe do que você fez?
Antonella: Não, e nem deve. Armei algo bem engenhoso para que a vovó conseguisse fugir daquele asilo sem ser percebida. Quando se derem por conta, ela não estará mais lá.
Simone: Você é muito esperta, meu anjo. – Ela a beija na testa. – Agora vamos, antes que fique tarde demais.
Antonella: Pera ai. – Ela leva as mãos até a cabeça. – Estou me sentindo um pouco zonza. – Ai que dor.
Simone: Você está se alimentando corretamente? Senta aqui, vem. – Ela apoia a filha para que ela se sente no banco.
Antonella: Ai, mãe. Eu acho que vou… – Ela desmaia nos braços de Simone, que se desespera.
Simone: Não. Tudo estava muito bom para ser verdade. Antonella, fala comigo, Antonella.

Cena 9- Cobertura Queiroz Galvão- Tarde.
Frederico assiste ao noticiário aonde estão falando de Carlos Henrique. Leonardo estranha o comportamento do rapaz, que sai de cabeça quente. Luciana alerta o filho.

Tevê: O tão aclamado empresário Carlos Henrique Garcia de Albuquerque, foi encontrado vivo. E parece que a sua morte não passou de um golpe para fugir da prisão. O jornalista Adalberto Gonçalves irá nos esclarecer melhor o que está acontecendo. Boa noite, Adalberto!
Leonardo: Eu me lembro de quando este homem foi preso. Acho que já tem uns dois ou três anos, não é? Ele era dono de uma empresa de bebida alcoólica muito famosa. Nesta época a minha família ainda era pobre, não tínhamos ganhado na mega-sena ainda.
Frederico: Sim, ele era mesmo muito poderoso. – Ele fala com raiva, prestando atenção no noticiário.
Tevê: Ele foi preso no início desta tarde, Ana, e dará entrevista em algumas horas. Estaremos aqui para acompanhar tudo de pertinho.
Frederico: Desgraçado, salafrário, imbecil. – Leonardo estranha a reação dele. – Deveria estar morto debaixo de sete palmos.
Leonardo: Que rancor todo é este, meu amor? Isto não é bom, sabia? Pode lhe causar rugas.
Frederico: Tô pouco me importando com rugas. – Ele se levanta irado. – Eu preciso dar uma volta, se não vou acabar explodindo.
Leonardo: E para onde você vai? O que está acontecendo Fred?
Frederico: Não é da sua conta, depois nós conversamos. – Ele sai, completamente irritado.
Leonardo: O que foi que deu nele, gente? Que estranho.
Luciana: Só você que não percebeu ainda: está casando com um louco e não sabe. – Ela surge.
Leonardo: Mãe, não vai começar, vai? Sei que foi estranha a reação do Frederico, mas… ele deve ter uma explicação para isto.
Luciana: Claro, ele sempre tem uma desculpa na ponta da língua. Só você não vê que ele tem resposta para tudo que faz de errado.
Leonardo: Vamos parar, mãe. Não admito que você fale mal dele pelas costas. Por que não diz isso diretamente para ele?
Luciana: Eu estou apenas tentando abrir os seus olhos, mas acho que você passou uma cola muito resistente. Então quando conseguir abrir os seus benditos olhos, nós conversamos.
Leonardo: Louca, a senhora está ficando louca.

Cena 10- Cobertura de Severino- Tarde.
Marillu fala sobre Carlos Henrique ter sido preso. Severino diz que não dá outra coisa nos jornais, e continua analisando a papelada. Célia surge no local.

Marillu: Finalmente atrás das grades de novo. E agora ele mofará lá no presídio. – Ela pula de alegria. – Espero que estraçalhem ele lá dentro.
Severino: Está saboreando o sabor da vingança, não é? – Ele lê a papelada. – Também quero que ele fique preso para o resto da vida dele.
Marillu: Ai, Severino. Se não fosse por você, acho que estaria perdida. – Ela se senta ao lado dele. – Se não tivesse me ajudado com aquele dinheiro, acho que estaria morando debaixo duma ponte.
Severino: Duvido muito. Você teria usado o dinheiro do Carlos Henrique, isso sim.
Marillu: É, acho que eu não iria resistir. Por falar nisso, acho que chegou a hora de desfrutar deste maldito dinheiro.
Severino: Para começar, você vai me pagar pelo prejuízo que me deu. Pois gastei toda a minha economia contigo.
Marillu: Pense por outro lado, imagine que você estava ajudando o seu próprio filho a sobreviver. Se não fosse pelo seu dinheiro, Frederico estaria no fundo do poço junto comigo.
Severino: É, nisto eu não posso descordar. E parece que hoje as emissoras tiraram o resto do dia para falarem sobre o seu ex marido, só dá ele nos jornais e telejornais.
Marillu: Está voltando a ficar famoso. – Ela caçoa. – Eu que não queria esta fama. – Ela se aproxima de Severino. – Acho que agora eu posso pensar mais em mim.
Severino: Depois da tormenta, vem o sol radiante. – Ele para de ler. – Talvez seja mesmo a hora de você pensar em ti, se bem que nesse tempo todo você só pensou em você. Ou vai me dizer que entrou numa fria dessas sem querer?
Marillu: É, de certa forma eu estava mesmo só pensando no meu próprio umbigo. – Ela se aproxima ainda mais dele. – Mas está na hora do meu coração voltar a saber o que é amar.
Severino: Do que você está falando, hein?
Marillu: Estou falando disso. – Ela o beija. A campainha toca os interrompendo. – Droga, visita numa hora dessas, ninguém merece.
Severino: pode deixar que eu atendo. – Ele abre a porta. – Olá, o que a senhora gostaria?
Célia: Eu gostaria de falar com a minha neta, a Antonella. – Marillu a avista de longe.
Marillu: Célia? És tu? – Ela fala surpresa. – Quanto tempo.

Cena 11- Mansão Corte Real- Tarde.
Pierre conclui que não foi coisa de sua cabeça, e que foi mesmo Carlos Henrique quem matou Alberto. Maria Letícia vê algo bom na volta de Carlos.

Pierre: Então esse homem está mesmo vivo. – Ele deixa a xícara cair. – Não consigo acreditar.
Maria Letícia: Olha só o que você fez, seu inútil. Se tiver manchado o meu tapete… você se verá comigo, seu mordomo de merda. – Ela repara em Pierre, que está incrédulo. – Anda, Pierre, vá pegar um pano para limpar isso.
Pierre: Ele não morreu, madame. O desgraçado está mesmo vivo. – Ele fala completamente absorto.
Maria Letícia: E o que é que você tem a ver com isso? Esse homem já foi muito amigo da minha família, mas quando descobrimos que ele se envolvia com tráfico de drogas, tratamos de nos afastar. Ele não nos importa mais.
Pierre: Se lembra que ele ia vender a empresa? Fui eu quem contou para a mulher dele, mas não sabia o que ele estava tramando.
Maria Letícia: Hm! Então foi você. – Ela sorri. – Tem culpa no cartório, hein! Mas não foi o único em fazer revelações devastadoras. Eu também o contei sobre a paixonite da mulher dele pelo meu marido, e plantei uma pulguinha atrás da orelha do desgraçado sobre a paternidade do Frederico.
(FLASHBACK)
Marillu: Eu sempre te amei, Alberto. Desde quando ainda era bem jovem, mas tudo não passou da minha imaginação, não é? Agora você é casado e pai de dois filhos.
Alberto: Desculpe não poder corresponder ao seu amor. Eu tenho uma amizade muito forte com o seu marido, e fora que sou casado. – Maria Letícia escuta toda a conversa.
Maria Letícia: Miserável. Bem que eu desconfiava que ela gostasse do banana do Alberto. Desgraçada. – Ela fala para si mesma. – Você não vai atrapalhar os meus planos não, queridinha.
(FIM DO FLASHBACK)
(FLASHBACK)
Maria Letícia: Ela falou com todas as letras. A sua mulher sempre foi apaixonada pelo meu marido, desde adolescente. Parece até que entrou num curso que a Marisa frequentava, só para tentar se aproximar dele.
Carlos Henrique: Como é que é? E eu pensando que ela me amava. E o que foi que o Alberto disse a ela?
Maria Letícia: Ele falou a verdade: que me ama muito. Ela ficou sem chão, mas acabou aceitando. Se eu fosse você, ficava de olhos bem abertos, pois agora que descobri quem realmente é a sua mulher… desconfio que ela tenha pulado a cerca antes.
Carlos Henrique: Você acha que o Frederico pode não ser o meu filho?
Maria Letícia: Isto só um teste de DNA pode dizer.
(FIM DO FLASHBACK)
Maria Letícia: Nem sei se ele fez mesmo o exame, mas deve ter feito. Agora, chega de papo, vai logo pegar o pano.
Pierre: Minha rainha, então eu não estou ficando louco. – Ele treme de medo. – Eu vi. Era mesmo o Carlos Henrique.
(FLASHBACK)
Alberto cai escada a baixo, Pierre chega bem na hora e o vê rolando degrau por degrau.
Pierre: O que foi que você fez? – Ele diz, olhando para o alto da escada. – Você matou o monsieur Alberto… mas você está morto. – Ele fala sem acreditar.
Carlos Henrique: Tudo não passa da sua imaginação, Pierre. – Pierre esfrega os olhos, e ao abri-los não vê mais ninguém, apenas Alberto ensanguentado. – Estou ficando louco… o monsieur Alberto se jogou escada abaixo, foi isso o que aconteceu. – Ele vai em direção a cozinha.
(FIM DO FLASHBACK)
Pierre: Eu pensei que estava vendo coisa, pois ele havia morrido. E depois comecei a pensar que tinha visto ele por culpa, culpa de tê-lo entregado sem querer para a mulher dele.
Maria Letícia: Então, foi o Carlos? – Ela fala boquiaberta. – Foi ele quem matou o Alberto. – Ela sorri, feliz. – Gente, ele só pode ter feito isso por causa… da paixão que a Marillu sentia pelo pamonha. Ela o entregou para a polícia, e ele matou o Alberto anos depois como vingança.
Pierre: Só pode ter sido isso o que aconteceu. – Ele concorda. – Ele está vivo, ele está vivo.
Maria Letícia: Não estava dando a mínima para a volta dele, mas agora que você me contou isso… as coisas mudaram completamente. – Ela não para de sorrir. – Ele é como eu, e isso é bom, muito bom.

Cena 12- Cobertura de Marisa- Tarde.
Melissa e Marisa falam sobre a volta de Carlos Henrique, e as duas recordam o caso do rapaz.

Marisa: Nossa, que cara de pau. Ele foi capaz de forjar a própria morte para se livrar da pena.
Melissa: Ele era muito amigo do tio Alberto, não é? Não só dele como de toda a nossa família.
Marisa: Claro, o Carlos era nosso fornecedor. Depois do escândalo, que ele acabou sendo preso… é que as coisas mudaram.
Melissa: Também pudera. O cara traficava drogas e tudo o mais, vocês fizeram certo em se afastarem dele.
Marisa: Coitada da Marillu, deve estar bastante assustada com a volta dele. Até porque foi ela quem o entregou para a polícia da outra vez.
Melissa: Me lembro daquela história que a senhora me contou. – Ela sorri. – A Marillu alimentava um amor platônico pelo tio Alberto desde a adolescência. A Maria Letícia não deve ter aprovado isso não.
Marisa: Nem sei se a Maria Letícia tomou conhecimento disso. Só sei que a Marillu sofreu com esse amor.
Melissa: Eu a entendo. É tão ruim amar e não ser amado. – Ela abaixa a cabeça. – O pior é você não estar apaixonada por ninguém, e consequentemente ninguém está apaixonado por você.
Marisa: Acho que você está comparando a história da Marillu com a sua, não é? – Ela sorri. – Não fica assim, filha. Um dia você vai encontrar alguém que te ame muito.
Melissa: Se a senhora está dizendo, quem sou eu para contrariar.
Marisa: Agora, voltando ao caso Carlos Henrique. Acredita que fui eu quem o apresentou para a Marillu?
Melissa: Como é que é? Não sabia desse teu lado… cupido. – Elas sorriem.

Cena 13- Cobertura de Severino- Noite.
Simone agradece Marillu e Severino por terem abrigado Antonella. Ela e Célia vão embora. Frederico chega logo após, cheio de fúria.

Marillu: Então quer dizer que você veio falar com a Antonella, você vai leva-la consigo?
Célia: Na verdade, nem eu sei direito o que vai acontecer a partir de agora. Somente quando ela chegar que nós saberemos.
Marillu: Se bem conheço a Antonella, ela vai é pedir para que você deixe a vó vim morar conosco. – Ela cochicha para Severino.
Severino: A senhora aceita tomar uma água, um suco? Ou comer algo?
Célia: Eu acho que vou aceitar sim. Estou faminta. – Ela é sincera. A campainha toca.
Marillu: Eita que hoje isto daqui está movimentado. – Ela abre a porta. – Simone? O que é isso? A família Sales Couto de Sá resolveu aparecer em peso aqui? – Ela brinca.
Simone: É, que a Antonella me disse que a mamãe estaria aqui. – Célia se levanta e vai até a porta.
Célia: Filha, que saudade. – Ela a abraça forte. – Que bom ver que você está bem. E por que a Antonella não veio contigo?
Simone: A Antonella passou mal, e acabei levando ela para um hospital. Ela me disse que eu encontraria a senhora aqui, e vim correndo.
Marillu: Gente, mas o que é que está acontecendo com vocês? Faz tanto tempo que não se veem assim?
Simone: É uma longa e complicada história, Marillu. – Ela é sensata. – E eu gostaria de te agradecer por ter abrigado a minha filha durante esse tempo que estive ausente.
Marillu: Imagina, foi um prazer imenso ajudar a Nella. – Ela é falsa. – você sabe como sempre gostei dela, né?
Severino: Marillu foi como uma verdadeira mãe para a Antonella, né meu amor? – Ele fala com tom de voz cínico.
Simone: Você deve ser o Severino. Ela também pediu para que lhe agradecesse. Gente, muito obrigada mesmo, de coração.
Severino: Que é isso, foi uma satisfação imensa ter ajudado a sua filha.
Simone: Agora, nós precisamos ir mamãe. A Antonella ainda está internada, já está melhor, mas ainda continua lá.
Marillu: Estimo melhoras para ela, espero que fique bem logo.
Célia: Com fé em Deus ela irá ficar bem rápido. – Elas vão embora. Marillu se joga no sofá.
Marillu: Será que agora podemos voltar de onde paramos?
Severino: por acaso você está falando daquele… – Ele senta perto dela. – Beijo? – Os dois se beijam, mas são interrompidos pela campainha novamente. – Mas será o Benedito? O que aconteceu com esse povo hoje, hein? – Ele abre a porta e Frederico entra com tudo.
Frederico: Tenho certeza que você está envolvida com a prisão de Carlos Henrique, não é?
Marillu: Frederico, eu…
Frederico: Você não vai ficar com toda aquela herança só para ti. Também sou merecedor de boa parte daquela grana, até mais que você.

Cena 14- Cobertura de Marisa- Noite.
Celso conta para Marisa que Maria Letícia matou Marcelo.

Marisa: Celso. – Ela revira os olhos. – Já não é mais nenhuma surpresa receber a sua visita. Mas sempre que você vem aqui, tem algo contra a Maria Letícia para falar.
Celso: Desta vez eu vim para me redimir com você. – Ele entra e se senta. – Eu sei que errei em te enganar, e que se tivesse em seu lugar… nunca me perdoaria. Mas você tem um coração bom, e acho que será incapaz de dizer um não para mim.
Marisa: Desculpe, Celso. Mas não estou disposto em passar pelo mesmo de antes. – Ela se senta e cruza as pernas. – Eu confiei em você uma vez, e acabou que fiquei muito decepcionada por ter me traído com Maria Letícia.
Celso: Eu te prometo que desta vez será diferente. Só preciso que você me dê mais uma chance, somente uma para que eu faça valer a pena.
Marisa: Como eu posso ter certeza que você não está mais de conluio com aquela maldita? Você pode me dizer mil vezes, que eu não vou conseguir acreditar. Preciso que você me prove que é digno de uma segunda chance.
Celso: Tudo bem. Se é uma prova de fidelidade que você quer, é isto que vai ter. – Ele senta mais próximo da moça. – Tem algo sobre ela que eu pensei em não te contar, mas acho que você precisa saber do que a sua ex cunhada foi capaz.
Marisa: O que foi que ela aprontou?
Celso: A Maria Letícia matou o Marcelo, Marisa. Foi ela quem matou o próprio filho, o seu sobrinho. – Marisa fica pálida.

CONTINUA…

https://www.youtube.com/watch?v=_1LJz_f7NaM

4 thoughts on “Capítulo 60 – Realeza

  • Chocado, depois de um hiatus voltei a ler a web e pelo visto ela não perdeu o fôlego mesmo, Celso contou pra Marisa da verdadeira culpada pela morte do Marcelo, o que será que ela fará? A volta do Carlos Henrique abalou as estruturas mesmo, todos comentando o retorno do homem, e o Frederico ficou furioso. Célia conseguiu sair do asilo \o/ mas o que foi isso que aconteceu com a Antonella gente? Será que ela tá doente ou foi apenas um mal-estar? Pierre mal desconfia que os cachorros estão latindo por conta da Daniele. Até quando a pobre ficará lá? Vou ler os próximos capítulos!

    • Entendo bem como é essa coisa de hiatus quando estamos escrevendo uma web kkk deixamos todo o fôlego reservado para a reta final hehe! O Celso está investindo pesado na Marisa, ela que fique bem esperta com esse calhorda. E o que ela fará? Só Deus sabe kk
      O Carlos Henrique voltou CAUSANDO, sem tirar nem por. Ele voltou para levantar a poeira. E o Fred ficou mesmo muito furioso.
      Finalmente Célia está de volta, firme e forte haha.
      Será que a Anta está passando por algo grave? Deus queira que não, tadinha 🙁
      Sabe de nada inocente! Tomara que o Pierre descubra logo, e que ajude a nossa mocinha. Até quando Matia Letícia quiser, ou até quando ela conseguir fugir 😯 Obrigado por comentar, Victor 😀

  • Eita que Celso tá investindo pesado nessa reconquista enganosa a Marisa, já até contou sobre a morte do Marcelo, quer dizer sobre o assassino do Marcelo no caso Maria Letícia!!!!
    Ainda bem que o Jonathan foi compreensívo com a Maria Luiza, mas a Maria Letícia tinha que deixar sua marca e demitiu o rapaz…. 😥
    Pierre tira suas conclusões e descobre que quem matou o Alberto foi na verdade o Carlos Henrique, que sobe no conceito da rainha má. E por falar em Pierre ele quase descobre o verdadeiro paradeiro da Daniele, foi por um triz.
    E a prisão do Carlos Henrique está repertucutindo geral, já está tendo até briga pelo dinheiro do marginal? Vish, Frederico e Marillu se pegando de odio credo.
    Simone, Antonella e Célia o trio está formado de novo, e Simone já chegou afrontando Roberto, a coisa tá esquentando….. geral! 😛 E por falar em ANTONELLA o que será que aconteceu com ela para passar mau assim? MISTÉRIOS!!!!
    A história se encaminha para o fim 🙁 mas o bom é ver tudo se resolver hehe 😀

    • Celso está usando de todos os recursos possíveis para ganhar a confiança de Marisa, mas tudo está sendo autorizado pela rainha má!!
      Pois é, Maria Letícia não é flor que se cheire… capaz de quem cheirá-la morrer asfixiado. Coitados do Jonathan e da Malu. Ain meu coração!! 🙁
      Pierre achou que estava ficando louco, mas está muito bem da mente: foi mesmo o Carlos Henrique quem matou o Alberto. Gentem, a rainha aprovou o que o canalha fez, e isso não é bom!! Quase, quase, se ele desse mais um passinho, conseguiria descobrir hehe!!
      Carlos Henrique foi preso, mas o seu rico dinheirinho ficou nas mãos de Marillu, porém, ela não é a única interessada nessa grana… Frederico foi com tudo para cima da mãe.
      O trio está de volta, mas será que ainda vão aprontar juntas ou já passaram dessa fase? Simone não é nada fraca, queriaaado u.u kkk Tá tão quente que logo mais pega fogo 😯 Veremos o que aconteceu com a Anta, espero que não seja nada grave… afinal, ninguém merece uma coisa dessas, mesmo que a pessoa seja má!!
      Mistérios que não param de surgir, mas que logo serão desvendados.
      A história está se acabando aos pouquinhos… e ainda há bastante coisa para rolar. O que será que vai rolar nos próximos 15 capítulos restantes? É o que saberemos em breve. Obrigado por comentar, Wagner 😀

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