Menina Flor

Capítulo 47 – Menina Flor (Últimas Semanas)

Capítulo 47

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Marina, animada: Espera, eu acabo de ter uma ideia.
Filipe: Qual?
Marina: Antes de dizer a verdade eu preciso me aproximar daquela casa, eu preciso conhecer aquelas pessoas, saber que tipo de gente eles são e o que eu vou enfrentar.
Filipe: Tá e como você pretende fazer isso?
Marina: Me passando pela minha irmã!
Filipe: Você vai fazer o quê?
Marina: Eu sei que parece loucura, mas é minha única opção.
Filipe: Marina, eu não sei se isso é uma boa ideia, e se de repente vocês duas se esbarrarem?
Marina: É precisamente pra isso que eu vou quere a sua ajuda.
Filipe: Minha ajuda?
Marina: Eu quero que você fique o dia inteiro de olho na Malu, e enquanto eu estiver lá na fazenda você não pode deixar ela ir pra lá. Não vai ser difícil arrumar um pretexto pra isso, afinal, você são “irmãos”.
Filipe: Ah Marina, eu não sei não, não tô gostando do rumo que essa história tá tomando.
Marina, dando beijos em Felipe: Vai queridinho, faz isso por mim, você não me ama?
Filipe: Ah, esse tipo de chantagem é golpe baixo.
Marina, dando mais beijos: Por favor, vai, me ajuda nessa.
Filipe: Tá tudo bem, pedindo desse jeito, mas eu quero ganhar algo em troca.
Marina: Pode pedir o que quiser.
Filipe dá um beijão em Marina, a pega em seus braços e a leva até a cama como numa noite de núpcias. Os dois se deitam juntos e começam a trocar muitos beijos e carícias.

Floricultura Botão de Rosa.
Malu: Muito bem gente, e as vendas como estão indo?
Joana: Vai tudo perfeitamente, chefa.
Malu: Chefa?
Fábio: É né Malu, você agora é a nossa patroa, não é verdade?
Malu: Ah gente, eu continuo a mesma.
Joana: Diz isso por modéstia, você bem que tá contente agora que nós somos seus empregados.
Malu: Que? Mas quanta besteira.

Noite. Hotel da cidade. Quarto de Marina. Marina pega o telefone e liga para a fazenda.
Marina, no telefone: Alô, quem fala?
Miguel, do outro lado da linha: Alô, aqui é Miguel Aguiar Cordeiro.
Marina: Boa noite Miguel, aqui quem fala é a Malu.
Miguel: E aí Malu, tudo bem?
Marina: Tudo. Miguel, eu estava querendo conversar com você, será que posso ir até aí na fazenda?
Miguel: Claro, se quiser pode jantar conosco.
Marina: Ótimo, em um minuto chego aí.
Marina diz isso e desliga o telefone.
Filie: Ainda acho que isso é loucura.
Marina: Por quê? Eu duvido que minha irmãzinha resolva ir até a fazenda agora de noite.
Filipe: Mesmo assim, você mal conhece esse Miguel, por que quer se aproximar dele?
Marina: Porque parte da herança que ele recebeu é minha, e eu quero conhecer esse rapaz que é tão amigo da minha irmã e foi um filho tão perfeito pro meu papai.
Filipe: Marina, Marina, às vezes você e sua mãe são tão misteriosas que me deixam de cabelos arrepiados.
Marina se aproxima de Filipe e desliza sua mão sobre seu peitoral, arranhando-o: Pois é, eu sei bem como te deixar arrepiado né honey?
Filipe: Você quer me enlouquecer, né?
Marina: Pois é querido, agora com licença que tem gente me aguardando.

Fazenda Aguiar Cordeiro. Marina chega para o jantar.
Marina vai entrando, encantada: Boa noite, que casa bonita.
Miguel: E aí Malu, o que você queria falar comigo?
Marina: Eu? Ah, claro! Posso me sentar?
Miguel, sentando-se no sofá: Óbvio, a vontade!
Marina: Muito bem senhor Miguel…
Miguel: Opa, opa, espera aí, que negócio é esse de senhor?
Marina: Qual o problema, você não é como meu patrão?
Miguel: Sim, mas como você mesma diz o tempo todo nós como irmãos, você não precisa usar toda essa formalidade comigo.
Marina, sorrindo disfarçadamente: Perdão, eu estava brincando.
Miguel: Hum, você brinca com tudo. Mas me diga, o que veio fazer aqui há essa hora?
Marina: Bem, eu estou com certas dúvidas em relação a parte da herança que recebi do senhor Rafael e eu queria que você me explicasse um pouco mais detalhadamente sobre isso porque eu sinceramente estou confusa.
Miguel: Muito bem, sem problemas. Olha, você agora é como minha assistente, se é que me entende. Eu sou o encarregado de cuidar de tudo o que meu pai cuidava, eu visito as plantações, vejo se as flores estão crescendo bem, se dão uma boa colheita e você me ajuda nisso.
Marina: Ajudar? Como assim ajudar?
Miguel: Você me acompanha nisso, você também vê parte do que está sendo vendido, além de é claro que a partir de agora é você quem manda na floricultura Botão de Rosa, além de você receber 10% dos lucros de toda a produção. Entendeu agora?
Marina: Sim, estou mais ou menos por dentro.
Miguel se aproxima de Marina.
Miguel: Era só sobre isso que você queria falar?
Marina: Sim, só isso mesmo senhor… Miguel!
Miguel: E você não quer falar da gente?
Marina: A gente? Como assim “a gente”?
Miguel, segurando a mão de Marina: Vamos Malu, por que você continua me evitando?
Marina: Olha, eu realmente estou meio perdida nessa sua conversa.
Miguel: Eu já disse que o filho que eu e a Fernanda teremos não é impedimento nenhum pra nós dois.
Marina puxa sua mão de volta, irritada: Filho? Quer dizer que você vai ter um filho e mesmo assim está me fazendo declarações de amor?
Miguel: Como assim Malu? Até parece que você não sabia de nada!
Fernanda entra na sala: Oi meu amor, oi Malu fofa.
Marina: Ouça, você que é a mulher desse homem?
Fernanda: Sim, você sabe né?!
Marina: Pois fique mais atenta a ele, porque mesmo você estando grávida, ele está correndo atrás de outra mulher. Com licença, tenham uma boa noite.
Marina diz isso e em um segundo sai da sala e vai embora.
Miguel: Malu, espera. Cara, o que deu nela?
Fernanda: Miguel, por acaso isso que ela disse é verdade? Você está atrás dela?
Miguel: Não vem com crise de ciúme agora Fernanda.

Hotel da cidade. Quarto de Filipe. Marina entra nervosa.
Filipe: E aí, como foi?
Marina: Foi maluco, você acredita que o tal do Miguel me cantou?
Filipe: Como assim te cantou?
Marina: Me fez declarações, disse que não adiantava eu fugir, isso a noiva dele estando grávida.
Filipe: olha amor, o tal do Miguel e a Malu sempre foram muito próximos pelo que eu entendi, vai ver eles já tenham tido alguma relação amorosa.
Marina: Faz sentido, mas ele parecia querer reatar essa relação.
Filipe: Talvez a Malu não queira ficar com ele em respeito a tal noiva grávida dele.
Marina: Isso, então da próxima vez que nós nos encontrarmos eu desvio do assunto se ele comentar, né?
Filipe: É melhor. Você ainda quer voltar lá?
Marina: Sim, amanhã de manhã vou visitar as plantações.
Filipe: Ótimo, eu vou visitar meus pais.

Manhã seguinte. Fazenda Aguiar Cordeiro. Miguel sai no jardim e encontra Marina.
Miguel: Você por aqui tão cedo?
Marina: Pois é, eu queria dar um passeio pelas plantações.
Miguel: E por que você me disse aquilo ontem?
Marina: Olha, me desculpa, eu tava meio estressada ontem, não foi de propósito.
Miguel se aproxima: Então, você quer falar da gente agora?
Marina o empurra: Por favor, rapaz, não insista.
Miguel: Tudo bem, mas a gente vai resolver isso.
Marina: Ok, mas por enquanto eu quero ir até as plantações, vamos?
Miguel: Claro!

Casa dos Silva. Filipe está indo para a casa dos pais visitá-los e no caminho encontra com Malu.
Filipe, dando um abraço em Malu: E aí Marina.
Malu: Marina?
Filipe, sem jeito: Desculpa, Maria, Maria Luísa, é esse seu nome né?
Malu: É sim, mas pode me chamar de Malu.
Filipe: Claro. Eu estava indo ver os nossos pai, eles estão em casa?
Malu: Sim, sim estão.
Filipe: E você onde está indo tão cedo?
Malu: Eu vou até as plantações da fazenda Aguiar Cordeiro.
Filipe, nervoso: Até as plantações?
Malu: É, eu não sei se o pai e a mãe te contaram, mas eu sou uma das herdeiras do falecido Rafael Aguiar Cordeiro e quero ver como estão as rosas.

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