Sublime

Capitulo 4 Sublime

CAPITULO: 4

 

 

 

A família alegra-se com a chegada inesperada de “Clara”, porém a verdadeira não consegue ficar sem demonstrar o espanto. Clara sentiu um tremendo e gelado arrepio percorrer sua espinha.

A surpresa tomou a todos, especialmente Fernanda que se emocionou pelo regresso da filha perdida, já Catarina também apesar das desavenças com Clara cumprimentou a irmã com um saudoso abraço. Porém Clara ali sentada observando Ellen se passar por ela mesma, quase não se mexeu do lugar, estava extasiada, nervosa e gaguejava ao tentar pronunciar algumas palavras, tudo o que conseguiu dizer foi.

 

Clara apreensiva — É… É muito bom tê-la… Tê-la de volta Clara.

 

Ellen ainda cínica — Também é ótimo estar aqui! Mas o que houve com você?    Está bem? Ellen?  Ficou tão pálida de repente! (Clara não responde nada).

 

Convidada por Fernanda, Ellen passando-se por Clara senta-se com a família, porém não tira os olhos da verdadeira Clara, e a mesma por fim não consegue encarar Ellen.

Por que ainda não me entregou? O que está esperando? Era o que Clara incessantemente se perguntava.

Até que já não aguentando aquela situação, Clara afirma estar indisposta, pede licença e sobe para seu quarto. Após a irmã deixar a mesa, Ellen faz o mesmo, afirmando que precisa descansar, e antes de subir as escadas, Fernanda pergunta.

 

Fernanda — Filha, por favor, me diz onde esteve esse tempo todo?

 

Ellen — Nunca se importou com a minha vida! E por que quer saber agora? É melhor parar de me incomodar com suas perguntas e preocupações.

 

Doía muito para Ellen falar com sua mãe daquela maneira, mas naquele momento era mais do que necessário, pois ainda ninguém, muito menos Fernanda poderia saber dos crimes de Clara, ou que por todo esse tempo Ellen esteve em perigo.

Chegando à porta de seu próprio quarto, Ellen entra sem bater, encontra Clara deitada, porém acordada.

 

Clara se revolta — O que está fazendo aqui? Pensei que estivesse morta! E então vai me entregar?

 

Ellen — Isso vai acontecer em breve, mas só quero que saiba que voltei para proteger a minha família de você. Pois não tem e nunca teve nenhuma consideração por eles!  Há, e mais uma coisa, pode parar de se passar por mim, que a partir de agora retomo o meu lugar!  (Ellen deixa a irmã sozinha).

 

Em quanto Clara volta para seu verdadeiro quarto e se troca como de costume, Ellen se aproxima de Catarina que está na sala lendo um livro.

 

Catarina sem tirar os olhos do livro — Quer alguma coisa Clara?

 

Ellen — Não sou a Clara, Sou a Ellen.

 

Catarina — Como assim do que está falando?

 

Ellen emocionada abraça a irmã— Sim, e vocês não imaginam quanta saudade estava sentindo!   Precisava deixar alguém da família ciente de tudo, ninguém melhor do que Catarina.

 

Catarina assustada — É você mesma Ellen, mas o que aconteceu.

 

Ellen — Pra você não posso mentir, não notou nada de errado na Ellen de um tempo atrás? Era a Clara, se passando por min.

 

Catarina — Sim, notei que estava estranha, cheguei a pensar que era ela, mas depois desconsiderei.

 

Ellen — Ouça com atenção. Desculpe dar essas notícia dessa maneira, mas não temos muito tempo! Foi Clara quem matou nosso pai, o empurrou pela escada depois que ele a ouviu falando com Renan ao telefone sobre um sequestro que estavam planejando.

 

Catarina não quer acreditar — Não, Clara tem o jeito dela, mas isso é impossível, ela não é uma assassina, quem te disse isso?

 

Ellen — Ela mesma me disse depois que Renan e ela me sequestraram, todo esse tempo estive em um cativeiro afastado, ela havia mandado me matar, mas por sorte consegui influenciar Renan para que ele não me executasse. Não reparou o susto dela quando cheguei? Pensou que eu estava morta!

 

Catarina — Deus, não posso acreditar no que ouvi, mas sei que você não mentiria, tem que denunciá-la, se foi assim provavelmente vai tentar fazer algo contra todos nós.

 

Ellen — Preciso de provas, por isso não fui a polícia ainda, por mais que me doa prender minha irmã, sei que é necessário!

 

Catarina — Não entendo você, ainda consegue ser tão boa depois de todo mal que ela te fez?  Mas me diga, enfim como conseguiu escapar de lá?

 

Ellen — Alice me ajudou, depois te explico melhor!

 

Catarina tem uma ideia — Ellen, você disse que precisa de provas, será que conseguiria fazer com que Clara confessa-se diante de uma câmera?

 

Ellen ainda sem entender — Sim, mas ela não pode desconfiar de nada!

 

Catarina indo até o escritório— No escritório do nosso pai, ele tinha uma câmera pequena, que pode ser escondida em uma bolsa ou algo parecido, grava perfeitamente o áudio e imagem, até hoje não sei por que ele tinha, mas podemos procurar!

 

Ellen grita a seguindo— Espere!

 

As duas chegam até o local e começam a vasculhar cada canto a procura da tal filmadora, até que após algum tempo Catarina grita com entusiasmo:

 

Catarina — Achei!  Ótimo, vamos então.

 

As duas saem da sala de seu falecido pai e vão até o quarto de Ellen.

Catarina imediatamente pega uma bolsa, coloca a pequena câmera que fica quase imperceptível, e diz.

 

Catarina — Perfeito, quando Clara chegar tudo o que precisa fazer é falar com ela, de alguma maneira precisa confessar tudo!

 

Ellen concorda — Está bem.

 

Ellen — Tenho plena certeza de que foi Deus que me libertou, através de Alice que me encontrou naquele cativeiro. Graças a uma brincadeira que Renan me fez, me jogando um terço no rosto, foi graças a ele que estou viva!

 

Sem que ninguém veja, Clara sai pelos fundos da casa, chama um taxi e vai até o apartamento de Renan. Ele a recepciona com todo seu afeto e atenção, mesmo apreensivo por saber que Ellen havia fugido, mas não imagina que Clara já tenha descoberto:

 

Renan temendo que Clara tenha descoberto Meu amor, entre, estava com muitas saudades!

 

Clara vira para ele, dá um grande tapa em seu rosto.

 

Clara descontrolada — Seu infeliz imprestável! O que pensa que fez! A idiota da irmã está viva! Está viva de volta em casa! Porque não a matou como combinamos!

 

Renan tenta explicar — Ela fugiu, não imaginei que voltaria para casa, por isso preferi não te preocupar, me desculpe!  Mas ela falou alguma coisa?

 

Clara — Pra nossa sorte ainda não, ainda! Eu deveria era te matar!  Mas tudo bem, agora o pior foi feito, só temos que agir com cuidado.

 

Sem mais delongas, Clara sai do apartamento de Renan ainda fingindo que o ama apesar de tudo, a final crê que ainda possa precisar dele. Imediatamente a mesma se dirige novamente para sua casa, onde sua armadilha já estava armada.

Clara sobe as escadas, entra em seu quarto quando dá de cara com Ellen que a esperava, Clara leva um pequeno susto.

 

Clara irônica — Não poderia ao menos esperar eu chegar?

 

Ellen — Não se preocupe, vou sair daqui a pouco, mas antes ainda precisava ver essa cara sínica que você tem Clara!

 

Clara se exalta — Já sabe de tudo, não me denunciou então sossega, a final estou nas suas mãos não é? Mas não sei se vai ter coragem de botar a sua irmã na cadeia!

 

Ellen com firmeza — Como eu já disse se for pra segurança de todos, eu o farei.

 

Clara — Ellen, você não aprende não é, sempre tentando ser a santa ou salvadora, desde que éramos crianças, mas você vai quebrar a cara, e eu mesma vou cuidar disso!

 

Ellen — É uma ameaça?

 

Clara — Sabe do que eu sou capaz, o seu sequestro, o assassinato do nosso pai, isso não é nada comparado ao que pretendia e ainda pretendo pra você! Quero você morta, é o que o idiota do Renan deveria ter feito, te matado quando pedi!

 

Ellen quase chorando — Matou nosso pai, me sequestrou, mandou me matar, e ainda teve a coragem de se passar por mim!

 

Clara — Esse foi o meu pior sacrifício, me passar por você, pelo menos não durou muito tempo não é? Agora sai do quarto, por mais que sejamos idênticas o seu rosto me enoja.

 

Ellen finalmente havia conseguido o que precisava a própria confissões de Clara em câmera era o suficiente para colocá-la na cadeia; Estava feliz com o que havia conseguido, e triste ao mesmo tempo, teria que entregar sua irmã a polícia, mas sabia que era necessário para a segurança de todos, por mais que esse ato a machuca-se.

Em seu quarto, Ellen copia a gravação que fizera, em dois DVD´S. Pega um deles e junto de Catarina vão imediatamente à delegacia; ao relatar ao delegado tudo o que acontecera, o mesmo fica boquiaberto, mas acredita depois de ver a filmagem.

 

Delegado — Essa moça não pode ficar solta, é perigo real para todos vocês! Senhorita, hoje mesmo faremos um mandato. Dentro de algumas horas estaremos em sua casa para levá-la.

 

Então rapidamente as duas voltam, para casa pensando em como contar para Fernanda o que estaria por vir, e como poderiam explicar que dentro de algumas horas alguns policiais estariam em sua casa em sua casa para levar Clara, então perceberam que a melhor maneira era mostrar o vídeo e contar como tudo aconteceu.

Chegando em casa Catarina pede a Fernanda que se sente em quanto Ellen busca o DVD. Com grande temor ela liga, permitindo a Fernanda que acompanhe cada cena com uma tremenda dor. Ao terminar Fernanda pensa se tratar de uma brincadeira, mas ao olhar para as filhas percebe que não.

 

Fernanda perplexa — Como tem coragem de me dizer que Clara fez coisas tão terríveis? Eu não posso acreditar, não!

 

Catarina — Calma mãe, sinto muito, mas a polícia também já sabe, e em pouco tempo estarão aqui para levá-la!

 

Fernanda chora — Não pode ser não acredito no que ouvi, a minha filha não, não!

 

Ellen — No fundo sabe que é verdade mãe, ela se passou por mim esse tempo todo, você sabia que eu estava diferente, só não sabia que no fundo que era ela que estava aqui! Não tem outro jeito, pela segurança de todos ela e o Renan tem que ir.

 

Fernanda concorda após algum tempo, porém vai para o jardim a fim de não ver ou ouvir quando os polícias chegarem. Estava muito abalada e ainda mais deprimida com acontecimento.

Em seu quarto, Ellen espera uma brecha, aguarda Clara sair do quarto; em um determinado momento Clara sai para tomar um copo d´agua, Ellen então entra, deixa o DVD sobre a cama e um bilhete endereçando a ela, rapidamente volta para seu quarto.

Quando Clara retorna sem que ela perceba Ellen fecha calmamente a porta e a tranca, após quase um minuto Clara nota o DVD e o bilhete sobre a cama.

 

“Finalmente não poderá fazer mais nada contra nós,

essa sua confissão será o bastante para que mandem você Renan para longe.

quero que saiba que nunca desejei que fosse assim, mas não tem.

outra solução!

 

Ass: Ellen.”.

 

Clara imediatamente coloca o DVD e fica perplexa ao ver o conteúdo, não acredita que a “tonta” da Ellen, (como ela mesma diz), foi capaz disso. Clara percebe que provavelmente a polícia estaria a caminho, então sem perder tempo liga para Renan.

 

Clara — Alô Renan, é o seguinte não temos tempo, Ellen me filmou confessando tudo e acabei falando de você também, provavelmente a polícia já está a caminho! Fuja o quanto antes e eu farei o mesmo!

 

Renan aflito — Mas pra onde você vai? Como assim?

 

Clara — Faz o que eu disse, até mais.

 

Não demorou muito tempo para que a polícia chegasse até a mansão Dalcin. Clara tenta abrir a porta, mas ao perceber que alguém a trancou já com o intuído de prendê-la Clara se desespera, a única maneira de escapar é pela janela.

Escrevendo rapidamente um bilhete e ouvindo a sirene da polícia, Clara sai pela janela escalando pelas bordas das paredes.  Ao ver vario sacos de lixo sobre o chão, não pensa duas vezes e salta; os pacotes amortecem sua queda.

Ao ouvir a campainha Catarina abre imediatamente a porta, já sabendo do que se trata. Sim era a polícia pronta para levar Clara.

 

Ellen nervosa — Está no quarto venha comigo.

 

Chega até a porta do quarto de Clara, destranca, porém ao abrir a surpresa, Clara já não está mais lá.

No mesmo instante o delegado recebe uma mensagem em seu rádio, era outro policial responsável por ir até o apartamento de Renan.

 

Policial — Senhor, acabamos de Chegar ao apartamento de Renan, demos voz de prisão, como ele não respondeu arrombamos a porta e invadimos, mas parece que alguém o avisou senhor, Renan fugiu!

 

Delegado responde — Clara também fugiu.

 

Nesse momento Catarina entra no quarto gritando:

 

Catarina — O carro sumiu, Clara deve ter fugido nele!

 

O delegado volta ao rádio dizendo ao policial que se encontra no apartamento de Renan.

 

Delegado — Atenção Silvano, parece que Clara fugiu de Carro, não deve estar muito longe, talvez esteja com Renan, pegue a equipe e vão imediatamente até as saídas da cidade. A placa do veículo é MA 12.832, é um Citroen na cor preta.

 

Policial afirma — Sim senhor, estamos a caminho!

 

Clara realmente havia fugido, mas não com Renan, pois o mesmo sempre conseguiu desviar dinheiro da empresa que seu pai possuía, com certeza encontraria algum lugar para se esconder já Clara estava encurralada, fugindo desesperada para evitar a prisão, porém não demora muito para que a polícia também a encontre e comesse a persegui-la em uma freneticamente.

Clara não se entregaria facilmente, acelera o máximo que pode, mas os policiais também, precisam cumprir com as ordens de seu superior.

Cada vez mais a velocidade dos veículos aumenta e o perigo se aproxima Clara olha desesperadamente para traz, mas não há jeito, eles estão se aproximando, obviamente Clara não queria ir pra cadeia, mas acima de tudo preferia a morte a ser trancada em uma cela por muitos anos, então ao se aproximar de um precipício joga seu carro; Clara havia saltado para sua própria morte. O carro capota várias vezes seguidas, até o momento que ele para e em fim explode.

Os policiais param e encaram por alguns minutos o carro em chamas no fundo do penhasco, sem dúvidas não teria chances de alguém sair vivo daquele acidente.

Ao descer para investigar, o que chama a atenção de um dos policiais é apenas o corpo carbonizado caído próximo ao carro, sem dúvida era Clara.

Quem avisaria a família? Como dariam tal notícia? Seria uma tarefa difícil, mas alguém teria que realiza-la.

 

Policial aflito— Alô? Que fala é a senhorita Ellen?

 

Ellen — Sim delegado, sou eu, Clara e Renan, conseguiram prendê-los?

 

Policial — Renan não estava com ela no carro senhorita, mas…

 

Ellen — Mas o que, fala!

 

Policial — Clara na tentativa de fugir perdeu o controle do carro, capotou ribanceira a baixo e o veículo explodiu! Clara faleceu. Sinto muito.

 

Ellen cai no chão — Não, o senhor não pode estar certo, sei que ela está viva, ela tem que estar!

 

Policial desliga — Sinto muito.

 

Nesse momento Fernanda e Catarina se aproximam.

 

 Fernanda abatida — O que houve, acharam a Clara?

 

Ellen grita desesperada — Clara sofreu um acidente está morta!

 

Fernanda ainda mais desiquilibrada — Não, agora ela não! A minha filha não.

 

Catarina se mantem firme, em estado de choque e procurando acalmar Fernanda e Ellen.

Pouco tempo depois chega Carlos, que avisado por Catarina já sabia de tudo menos da morte de sua ex namorada.

Carlos já não amava Clara como antes, estava mudando seu olhar para Catarina, a quem sempre deveria ter dado mais atenção. No fundo sempre soube que ela o amava, mas como estava comprometido com a irmã preferiu esquecer, porém um sentimento estava nascendo em seu coração.

 

Carlos — O que houve Catarina? Ouvi tudo o que você me falou, quase não acreditei, prenderam Clara?

 

Catarina diz o chocando — Clara fugiu, sofreu um acidente! Carlos, a Clara está morta!

 

Carlos desacreditando — Não, é impossível, ela é tal impulsiva, cheia de vida, não pode ser!

 

Catarina confirma abraçando Carlos — Acabaram de ligar, é verdade, ela está morta!

 

Carlos indo até a cozinha — Calma, toma um copo d´água, vou chamar a Olga!

 

Carlos estranha a falta de movimentação na cozinha. Mesmo chamando ninguém o atende, naquele instante não haviam empregados no local. Esbarrando no balcão Carlos sente um pedaço de papel, era um bilhete, achando ser algo importante leva até Cataria para que possa ler o conteúdo.

 

“Cara senhora Fernanda

 

Peço desculpas por me retratar assim, mas

precisei ir embora sem dizer nada a ninguém,

minha mãe está muito doente vive em outra cidade e precisa de mim.

E como à senhora mesma sabe está muito difícil conviver aqui.

 

Atenciosamente, Olga.”

 

    Catarina não compreende a primeira vista, o fato de Olga ter praticamente fugido e sem pedir o salário ou algo parecido, mas enfim, em meio aquela situação ninguém pensaria mais em nada.

Chega à manhã seguinte, ninguém da família conseguiu dormir; Carlos ficou o tempo todo ao lado de Catariana, e Alice apesar de saber como Clara era, também estava com Ellen, pois compreendia sua dor.

Um enterro sem muitos adornos e com poucos parentes, da ênfase ao local gélido, triste que era aquele cemitério.

Renan soube da morte de Clara pelo jornal daquela manhã, então na mesma tarde acompanhava o enterro de longe. O mesmo estava disposto a se vingar por Clara, acabar com a família que segundo ela tanto lhe fizera mal. Os Dalcin não estariam seguros, precisavam se proteger, mas como poderiam? Só o tempo poderia responder.

Quem diria que toda a beleza ou riqueza de Clara não seriam pariu para o tempo, que lhe trouxe a morte? Nada mais importava agora ela estará abandonada em uma lapide gélida e mórbida.

Ellen rezava o tempo todo, com aquele mesmo terço que Renan lhe comprara quando estava sequestrada, a única coisa que ela pedia era que Deus tivesse piedade, e que concedesse a Clara o arrependimento.

 

Alice — Calma Ellen, tudo vai ficar bem

 

Ellen a encara — Não sei por que, mas acho que você não falou com firmeza.

 

Alice — Desculpa Ellen, mas é verdade, sinto que tem coisas piores por vir!

 

 

 

O tempo não dá trégua, e apesar de todos os fatais acontecimentos já se passam três meses, três meses sem notícias de Renan, não que o mesmo tenha deixado tudo de lado; Ellen e sua família sabiam que cedo ou tarde Renan voltaria para vingar Clara, mas tudo o que poderiam fazer no momento era esperar, esperar para morrer ou viver.

Realmente com o passar desses três meses Renan não teria esquecido a vingança que Clara sempre desejou; Ele a amava profundamente e estaria disposto a vingá-la, então a única ideia que lhe vem à mente é de chamar novamente ao seu encontro Luna. Luna assim como Renan, era uma mulher sem escrúpulos e capaz de tudo, seria a comparsa perfeita para seus planos. A mesma era linda, loira e olhos azuis profundos, era bela, porém não tanto quanto Clara era.

Ao receber a ligação de Renan aceitou prontamente a ajudá-lo em seus planos, a final sempre esteve apaixonada por ele, desde quando faziam faculdade juntos, Renan havia namorado com ela há algum tempo, mas nunca a amaria como amava Clara, mesmo já estando morta.

Luna já sabia de toda essa história, pois vigiava Renan de longe, tinha seus meios para se informar de tudo que se relacionava a ele, da morte de Clara e a cima de tudo, que naquele momento Renan era foragido da polícia.

Renan confiava em Luna, então sem delongas lhe passou seu novo e discreto endereço para que a mesma o pudesse encontrar, e foi o que aconteceu.

Luna chega até o apartamento de Renan.

 

Luna — Há quanto tempo não é? Achei que nem se lembrava mas de mim! __Diz ela entrando no local.

 

Renan apreensivo — Sabia que viria.

 

Luna entrando de repente — Me poupe dos comentários, te acompanhei de longe, sei de sua História com Clara e a irmã gêmea dela, mas ainda não entendi o motivo pelo qual me chamou até aqui.

 

Renan — Preciso que me ajude, Clara sempre quis uma coisa, acho que era o que mais desejava, a vingança, sua própria vingança contra a família.

 

Luna — Mas ela morreu não foi? O que quer agora? Em que eu entro nisso tudo.

 

Renan afirma — Agora quem quer se vingar da família Dalcin sou eu, e quero que você me ajude.

 

Luna — E o que eu ganho nisso tudo?

 

Renan — Quanto você quer? Pago quanto for!

 

Luna se insinuando — Não, sabe que o que sempre quis foi você!

 

Renan se esquiva — Sinto muito, mas isso não posso prometer!

 

Luna sorri — Tudo bem, então vou fazer o que quiser sem cobrar nada, ainda!  Tem algum plano em mente?

 

Renan — Estava pensando, Olga, à empregada da mansão foi embora, não sei bem ao certo, mas talvez você pudesse pegar a vaga dela naquela casa.

 

Luna — Acha que eu tenho cara de empregada?

 

Renan — Dentro daquela casa, como empregada, você pode descobrir a fraqueza de todos, e também como agir contra eles.

 

Luna — Tudo bem, amanhã mesmo pedirei esse digno emprego!

 

Renan havia ganhado uma comparsa, alguém capaz de tudo por ele, mas seria mesmo capaz de tudo? O que poderia acontecer com Ellen? Sendo que a mesma sempre foi o alvo principal de Clara.

Uma coisa era certa, Renan estava com raiva, pensa apenas em seus desejos vingativos. Saciar esses desejos de vingança era tudo o que importava.

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