Menina Flor

Capítulo 34 – Menina Flor

Capítulo 34

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Cabana na floresta. Malu acorda dentro de um quartinho.
Malu, zonza: Ai, o que aconteceu?
Malu percebe que está com as mãos amarradas.
Malu, nervosa: O que? O que tá acontecendo? Onde eu tô?
Thomaz entra no quarto, ele está usando a máscara e está com um prato com um pão e um copo d’água.
Thomaz, disfarçando a voz: Bom dia flor do dia!
Malu: Quem é você? Por que me trouxe até aqui? O que você quer comigo?
Thomaz se abaixa: Calma, eu só te trouxe um lanche.
Malu: Fica longe de mim, não me machuca.
Thomaz coloca o prato e o copo perto de Malu: Calma, eu não vou te fazer nada.
Malu: O que você quer?
Thomaz: Eu já disse que não vou te fazer nada. Não vou te machucar, não vou te forçar a nada, não vou te beijar, a não ser é claro que você queira, se você quiser eu vou querer muito.
Malu, começando a chorar: Por favor, me deixa ir embora, por favor.
Thomaz: Por enquanto eu vou ter que te deixar aqui, pode comer que não vai te acontecer nada, eu volto mais tarde.
Malu, gritando: SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! SOCORRO!
Thomaz coloca a mão na boca de Malu: Olha, eu disse que não vou te fazer nada, mas você vai ter que facilitar as coisas, fica quietinha e come e eu prometo que vai ficar tudo bem, entendeu?
Malu, chorando: Por favor, me solta, por favor.
Thomaz: Não! Se quiser pode comer, mas se começar a gritar eu vou te amordaçar.
Thomaz sai do quarto e fecha a porta.

Lar Coração de Mãe.
Lurdes, chorando: A minha menina, a minha menina está em perigo?!
Miguel, chorando: Eu tentei impedir tia Lurdes, eu tentei, mas eu não consegui.
Carlos: Meu Deus Miguel, mas vocês já tem alguma notícia dela?
Miguel: Nenhuma tio Carlos, nenhuma, a polícia tá cuidando do caso, mas nada até agora.
Lurdes: Ah meu Deus, e se eles fizerem alguma coisa com ela?
Miguel: Não fala assim tia Lurdes, eu já tô muito nervoso.
Lurdes: Eu quero a minha menina, eu quero ver ela…
Lurdes começa a ficar pálida.
Miguel: Tia Lurdes?!
Lurdes, zonza: Minha Malu, eu quero a minha Malu…
Lurdes começa a ficar zonza. De repente ela desmaia.
Carlos a segura: Lurdes? Lurdes, acorda.
Miguel: Ela desmaiou?
Carlos: Eu acho que sim, rápido, chama um médico.
Miguel sai correndo da cozinha: Sim, só um minuto.
Carlos senta Lurdes numa cadeira e começa a abaná-la: Lurdes? Lurdes, acorda.
Pedro entra correndo na cozinha: Tia Lurdes? O que aconteceu?
Carlos: Nada Pedrinho, ela está bem, calma.

Quarto de Lurdes. Um tempo depois.
Francisco: Não se preocupe, já está tudo bem.
Miguel: Dr. Francisco, ela está bem mesmo?
Francisco Sim, sim, foi uma queda de pressão, mas já passou.
Lurdes: Eu disse que não precisava de médico, já me sinto melhor.
Guilhermina: Eu sabia que uma hora ou outra ia dar nisso, não é a primeira vez que ela passa mal desse jeito, do nada.
Miguel: Como assim?
Guilhermina: No mesmo dia em que o menino, o Pedro chegou aqui ela teve uma tontura dessas, ficou pálida e sem ar.
Miguel: isso é verdade titia?
Lurdes: Guilhermina, não precisa ficar exagerando com isso.
Carlos: É verdade Miguel, ela passou mal de repente.
Francisco: Mas isso pode ser importante.
Lurdes: Não sejam dramáticos.
Guilhermina: Eu insisto que na idade que a Lurdes está ela deveria cuidar melhor da própria saúde, mas ela nunca me ouve.
Lurdes resolve se levantar da cama: Já chega, isso já está indo longe demais.
Miguel deita Lurdes: não, não titia, nisso a dona Guilhermina tem razão, eu acho que a senhora devia cuidar melhor de si mesma, tente se acalmar.
Lurdes: Como eu vou me acalmar com a minha menina perdida por aí?
Carlos: A Lurdes se preocupa com todos, menos com ela mesma.
Francisco: isso me parece grave, qualquer dia passe no meu consultório dona Lurdes para que façamos uma consulta.
Lurdes: mas não precisa.
Miguel: precisa sim tia. Agora descansa um pouco.

Fazenda Aguiar Cordeiro. Horas mais tarde.
Rafael: Miguel, você precisa se acalmar.
Miguel, andando de um lado pro outro: Como eu vou me acalmar ai? A Malu pode estar em perigo e eu não posso fazer nada.
Melissa: Quer parar de ficar andando de um lado pro outro desse jeito garoto? Assim você vai me deixar com dor-de-cabeça!
Miguel: E você quer que eu faça o que? Eu tô nervoso.
Rafael: Meu filho, deixa que a polícia vai encontrar a Malu.
Miguel: Eu não aguento ficar aqui de braços cruzados sem fazer nada, a culpa disso é minha, eu não impedi que a levassem.
Rafael: A culpa não foi sua Miguel.
Miguel: Você diz isso pra eu me sentir melhor.
Melissa: Eu acho que você devia parar de se preocupar, a sua amiguinha tá bem.
Miguel: Por que você acha isso?
Melissa: Por nada! Só tô tentando ser otimista.
A campainha toca.
Rafael: Irene, atende a porta.
Miguel: Será que é o delegado Kleber? Será que ele tem notícias da Malu?
Fernanda entra na sala: Olá gente.
Miguel dá um beijo em Fernanda: Oi meu amor.
Fernanda: Miguel, eu fiquei sabendo do que aconteceu com a Malu, vocês já tem alguma notícia dela?
Miguel: Nenhuma, nada ainda!
Fernanda: Eu sinto muito, mesmo que eu e a Malu nunca tenhamos nos dado bem eu estou muito preocupada com ela.
Melissa: Todos nós estamos, mesmo que ela tenha sido tão grossa comigo eu realmente não queria que alguém fizesse mal a ela.
Rafael: Eu imagino.
Fernanda abraça Miguel: Calma Miguel, a Malu vai aparecer.

Casa dos Silva. Mauricio chega e encontra Dolores ajoelhada rezando.
Mauricio: Querida, você está bem?
Dolores, chorando: Como eu vou estar bem Mauricio? Nossa menina está sumida por aí na mão de bandidos, eu estou desesperada.
Mauricio: Calma Dolores, eles vão achá-la.
Dolores: Em tantos anos, a Malu nunca passou uma noite inteira fora de casa, eu não tô aguentando isso.
Mauricio abraça a esposa: Calma meu amor, tenha fé que a polícia vai encontrar a Malu são e salva.
Dolores: Quem dera ser tão confiante como você, minha Malu, minha Menina Flor, sempre tão alegre e tão cheia de vida, por que alguém ia querer fazer mal a ela?
Mauricio: Eles não vão fazer mal a ela. Olha, que tal nós irmos até a fazenda?
Dolores: A fazenda?
Mauricio: Sim, sabe como o senhor Miguel gosta da nossa filha, talvez ele já esteja sabendo de alguma coisa.
Dolores: não, não, ir até a fazenda não.
Mauricio: Mas por que não? Eu trabalho naquela fazenda há mais de 20 anos e você nunca foi lá, por quê?
Dolores: Eu não gosto de lá, simplesmente.
Mauricio: Pela nossa filha Dolores, vamos.

Cabana na floresta. Malu está amordaçada e tenta se desamarrar.
Malu, pensando: Eu tenho que dar um jeito de sair daqui.
Malu repara em um caco de vidro no canto da parede. Ela se deita e engatinha um para pegar o caco.
Malu, engatinhando: Quase, quase…
Malu consegue pegar o caco e começa a cortar a corda.

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