Três Jogadas

Capítulo 3 – Três Jogadas

Três Jogadas.

Capítulo 03.

“Não poucas vezes esbarramos com o nosso destino pelos caminhos que escolhemos para fugir dele.”

Jean de La Fontaine

Cena 1. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. Da Alice / Manhã

Continuação imediata da cena anterior.

Ele começa a procurar foto de Alice e em nenhuma dela a mulher aparece com barriga grande, por conta da gravidez. Ele passa as fotos bem rápidas e fica sem entender.

Luigi, sem entender: Que palhaçada é essa? 1982 foi o ano em que eu nasci e não tem uma foto da minha mãe grávida. – Foca em Luigi, sem entender nada.

Luigi pega a foto e guarda no bolso. Ele guarda a caixa e sai logo em seguida.

Na cozinha…

Sérgio, furioso: E vocês acham que a patroa vai dá essa folga pra vocês? – ele ergue a sobrancelha. – Tratem de fazer isso bem rápido. A cozinha está parecendo um chiqueiro.

Gioconda aponta a faca para o mordomo: Não vem cantar de galo no meu terreiro. OU SERIA DE GALINHA?

Sérgio se afasta: Você está ofendendo a minha pessoa. E eu não vou ficar discutindo com você. Trata de limpar essa cozinha muito bem ou eu faça GALINHADA de você.

Gioconda pega um tomate: Sai daqui peixe boi! Ou eu lhe taco esse tomate!

Sérgio furioso: Já não basta o banho de champanhe? Isso não vai ficar assim. Cadela!

Sérgio sai furioso.

Na sala…

Luigi desce a escada, rápido. Sérgio chega.

Luigi: Sérgio! – O mordomo para. – Há quanto tempo você trabalha pra minha mãe?

Sérgio: Eu trabalho com ela desde 1986, um ano após a vinda dela pro Rio. Ela era de São Paulo, você já deve conhecer a história.

Luigi estranhando: Claro que sei. Lá na minha certidão vem escrito. Eu sei que sou Paulista. Quando você começou a trabalhar com ela eu já tinha 4 anos, certo?

Sérgio lembrando: Isso mesmo. – ele sorri. – Você corria por essa casa imensa e quebrava tudo. Sua mãe n/ – ele é interrompido.

Luigi sem paciência: Tá Sérgio, não quero saber o que eu fazia ou deixava de fazer quando pequeno. A minha mãe saiu de São Paulo em 1985. Ela já te disse o mês?

Sérgio: No final do ano. Ela veio pra cá bem perto do final do ano. A casa era nova, por isso me recordo. Mas por que tanta pergunta? – ele suspeita.

Luigi ainda estranhando: Não. Nada. Foi só curiosidades mesmo. E minha mãe não precisa ficar sabendo disso. Espero contar com seu silêncio.

Ele sai apressado. Sérgio fica sem entender.

Cena 2. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

Melissa rápida: Não! – ela olha para Renato. – Muito pelo contrário, você chegou na hora certa. – silêncio por um tempo – Racista!

Tiago fecha a porta: Um de vocês dois pode me explicar o que está acontecendo aqui?

Renato: Eu achei que ela fosse uma empregada, mas eu confundi, pedi desculpa. Só que a ignorante não aceitou meu pedido de desculpas e ainda me chamou de racista, uma coisa que eu não sou.

Melissa: Ah, não?! Você se acha no direito de pisar em cima de quem quer que seja só por que é rico, mas é tão gente quanto eu e qualquer outra pessoa. Não, desculpa. Um homem racista e machista não merece ser chamado de gente. Que nojo de dividir a mesmo ar que você.

Melissa pega a sua bolsa e sai furiosa. Renato fica sem entender.

Renato pega sua pasta: Depois dessa humilhação eu não consigo mais respeitar sua empresa, Tiago. Lamento, mas eu não vou fechar contrato com uma empresa de funcionários ignorantes e prepotentes. Não me procura nunca mais! – ele vai e depois volta. – E pode rasgar, não serve mais pra mim. – Ele taca o contrato na cara de Tiago e sai.

Tiago, furioso: Olha o que aquela favelada me arrumou.

Ele sai furioso da sala. No corredor, Melissa anda apressada. Tiago vem correndo.

Tiago segura Melissa pelos braços: Está vendo o que você aprontou comigo, FAVELADA?

Melissa se solta: Favelada?! Que tipo de patrão é você que ofende a funcionária a chamando de favelada? Você é da mesma laia que aquele homem. Lamentável saber que um homem por quem eu tinha total admiração é um monstro preconceituoso.

Tiago furioso: EU ACABEI DE PERDER UM CONTRATO MARAVILHOSO QUE ME DARIA MILHÕES E MAIS MILHÕES E TUDO ISSO POR CULPA SUA.

Melissa indignada: A culpa de você e aquele ser patético ser tão ignorante é minha? Desculpa, mas eu não consigo compreender que culpa eu tenho. Dá licença. – ela sai.

Tiago com raiva: Você está demitida! Pega suas coisas e saia daqui já. FAVELADA!

Melissa para no corredor, perplexa.

Cena 3. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Clínica Santo André / Manhã

Stacy e Marta se afastam e Marta se levanta, chorando.

Marta, limpando as lágrimas: Eu nunca pensei que nesse momento da minha vida eu sofreria de algo tão grave. Já estava velha mesmo, o destino só arrumou a doença como um pretexto para me levar de vez.

Matheus se levanta: Não diga uma coisa dessa dona Marta. Eu tenho certeza que mesmo com as chances mínimas de cura, você irá conseguir sobreviver. A gente pode tentar um transplante. É claro que a fila é imensa, mas eu te coloco como urgente e a gente arruma algo rápido. – ele tenta levar o astral de Marta.

Marta: Eu prefiro morrer em casa, doutor. Eu já estou morrendo, não é mesmo? Pois bem, deixa o coração novo para quem ainda tem esperança.

Stacy se levanta: Vó, para! – ela abraça a mulher. – Vai dá tudo certo. Já deu tudo certo. A gente vai conseguir o melhor tratamento para você. Você vai se curar.

Marta pega a bolsa: Bom, eu já chorei demais e agora eu preciso ir pra casa. Descansar em casa.

Matheus cabisbaixo: Marta! – ele ergue a cabeça. – Você não vai pra casa. Você vai ficar internada.

Marta e Stacy se entreolham, perplexas.

Pouco depois, Stacy visita Marta no CTI, a mulher está com alguns aparelhos.

Stacy sorrindo: Vó! Eu pedi o médico para me deixar entrar antes de ir embora, ele permitiu. Eu só não posso demorar, o tempo de visita no CTI é muito curto.

Marta: Eu não quero que você veja sua avó nessa situação, Stacy. Vai embora Stacy, você não merece esse sofrimento.

Stacy segura às mãos de Marta: Nem a senhora, Vó. Eu sei que a gente nunca teve uma boa relação e a senhora sabe o motivo. Mas eu te amo tanto, vó. E eu queria te pedir desculpas pelas palavras que eu usei ontem à noite com a senhora.

Marta sorrindo: Passou minha filha. A única dor que sinto agora é a dor da falta de amor próprio. Eu quero tanto cuidar de você, Stacy.

Stacy chorando: Você quer cuidar de mim sem ter condições de cuidar de você própria. Eu sei que a vida não foi fácil e nem vai ser daqui pra frente, mas eu estou disposta a enfrentar tudo e lutar por você até o fim. – ela abraça Marta, que chora.

Marta se afasta e acaricia o rosto da neta: Antes de morrer, eu preciso tirar um peso das minhas costas.

Stacy sem entender: Do que você está falando vó?

Marta: Você precisa saber das suas origens, Stacy.

A jovem se assusta.

 Cena 4. Rio de Janeiro – Leme / Apt. do Stênio / Manhã

Stênio, perplexo: Tumor cardíaco?! – ele se levanta. – Mas é cada uma que aparece, vou te contar. E a dona Marta que parecia ser uma mulher tão saudável, ter um fim trágico.

Sheyla: Não é fim por que ela ainda não morreu, Stênio. Coitadinha da Marta, ela não merece esse sofrimento. Você devia ir lá, Gustavo, dá apoio a sua namorada.

Gustavo guarda o celular: Eu só vou poder ir visitar ela mais tarde. Agora tenho faculdade. Não posso faltar.

Sheyla repreende: Você vai dá mais importância pra faculdade do que pra sua namorada? Você tem aula todo dia, custa faltar um dia pra ir visitar a sua namorada?

Gustavo: Vai custar uma aula perdida. Eu posso ir vê a Marta outro dia. Além do que ela não gosta muito de mim. – ele pega a mochila. – Bom, estou indo. Até mais tarde!

Gustavo sai e Sheyla fica indignada.

Sheyla indignada: Eu não consigo acreditar que esse é o Gustavo dócil que eu conheço. Você viu como ele tratou da doença da Marta? Como se fosse algo natural. Essa é a educação que você deu a ele.

Sheyla sai indignada.

Stênio ri: Agora a culpa é minha. Claro.

Cena 5. Rio de Janeiro – Vidigal / Sobrado da Gisele / Manhã

Gisele e Luíza tomam café juntas.

Gisele: Não vejo a hora de sair desse inferno. Eu não nasci pra viver nesse fim de mundo.

Luíza: Falta de dinheiro que não é. A herança que o pai deixou dá para vivermos em um apartamento de luxo aqui na Zona Sul.

Gisele: Está maluca? – ela se levanta. – Se a Alice descobre que você é rica, milionária, ela nunca te daria emprego. Você precisa se passar por sofredora, fã incompreendida. Só assim iremos conseguir iniciar nossa vingança e sair desse lugar que você chama de casa. Você trabalhando pra ela é a nossa chance.

Luíza: Eu não entendo essa sua obsessão pela Alice, mãe. O que você tem entrelaçado com essa mulher? E eu tenho certeza que não vem de agora, isso vem de muito antes.

Gisele com sangue nos olhos: O que essa mulher fez comigo foi muito grave. Eu vou fazer ela se arrepender do dia que nasceu. Eu vou transformar a vida dela no inferno. Eu vou conseguir aquele apartamento dela, vou conseguir o dinheiro dela, a empresa dela e vou conseguir ser ela. Eu vou afundar a vida dela na lama.

Luíza rindo: Ser ela? Aquela mulher é muito poderosa. Tem certeza do que você está falando?

Gisele imagina: Tenho absoluta! Ela vai pagar com a vida, do mesmo jeito que meu filho pagou. Eu vou destruir a vida dela!

Foca nos olhos de Gisele, que “fervem” de tanto ódio.

Cena 6. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

Alice chega à empresa. Tiago a aborda.

Tiago: Que bom que você apareceu. Estou precisando que você vá falar com um fornecedor. Tive um problema hoje mais cedo e o empresário que compraria parte das nossas revistas desistiu do contrato. Mas já arrumei outro, tão bom quanto. Só que ele marcou a reunião para agora, na hora do almoço. E eu não poderei ir. – ele ajeita a roupa de Alice. – Nada melhor que uma boa sócia não possa resolver. Vá você conversar com ele.

Alice: Eu?! Você sabe que eu sou péssima com esse negócio de fechar contrato. Vou passar vergonha Tiago.

Tiago sorrindo: Tenho certeza que você não vai me decepcionar. – ele sai, sem deixar que Alice responda. Ele para no final do corredor. – Ele está te esperando no Copacabana Palace, hora do almoço. – e manda beijos de deboche.

Na sala de Melissa…

Melissa arruma as malas, com os olhos cheios de lágrimas.

Tiago pega a mala de Melissa: Larga essa mala. Eu decide que você não precisa sair da revista. Você é presidente do setor de moda. Eu me excedi, você se excedeu e nada que um bom pedido de desculpas não resolva.

Melissa: Me devolve a mala. Não seja um homem de duas palavras, Tiago. Você me demitiu certo? Pois bem. Você me chamou de favelada e isso está entalado até agora.

Tiago: Desentale. Melissa, eu preciso de você aqui na Revista. Você é muito importante para a empresa. Por favor, fica. Eu prometo ser mais gentil com você. E como você disse, eu não pretendo ser homem de várias palavras. Eu prefiro ter atitude, palavras o vento leva. E por isso estou tendo a atitude de vir aqui e te pedir desculpas. Estou desculpado?

Melissa: Sim, está. Eu também me excedi um pouco, mas eu não aguento ser vítima de racismo e preconceito gratuito. Eu estou farta e você sabe que eu não sou de ficar quieta. Por isso, também te peço desculpas.

Tiago sorri: Tudo bem. Vamos passar uma borracha nisso tudo. Vida nova. Só que hoje você está liberada. Amanhã você volta.

Melissa sorri.

Mais tarde…

Paralelo à cena…

Célia e Petrônio se sentam em uma mesa do Copacabana Palace.

Cena 7. Rio de Janeiro – Leme / Apt. Da Clarice / Tarde

Clarice e Kiara conversam durante o almoço. As duas almoçam juntas na mesa.

Kiara perplexa: Eu ainda estou chocada que o Leandro e o Jordan se tornaram amigos. Era só o que me faltava depois de anos o passado vir à tona.

Clarice larga o prato: Trinta anos depois de tudo o passado parece que está voltando para nos assombrar. Eu preciso dá um jeito de acabar com essa amizade do Jordan e do Leandro. Isso não é nada bom.

Kiara: Será que ele está envolvido no convite da festa daquela revista?

Clarice: Não sei. Mas algo me diz que tem outra pessoa envolvida nisso, mas eu vou descobrir quem. Eu não vou deixar o Jordan me atormentar de novo, já não basta tudo o que eu sofria com ele no passado? Eu não vou aceitar tudo isso de novo.

No quarto de Paloma…

Paloma: Esse encontro dos dois foi algo muito suspeito. Você tinha que vê como Igor, parecia coisa de filme. Parece que já foi tudo armado, sabe?

Igor: Será que ele é um psicopata? Eu não duvidaria. A Júlia pode está correndo risco com esse cara.

Paloma: Não sei. Tem algo de muito errado nessa história. Topa averiguar?!

 Cena 8. Rio de Janeiro – Leblon / Apt. Da Melissa / Tarde

Melissa chega em casa e Ferraz está jogado no sofá. Ele está todo sujo e bêbado.

Melissa bate a porta forte: Ferraz! – o homem desperta. – Vai tomar banho. Olha o seu estado. A casa está com cheiro de bebida pura.

Ferraz bêbado: Deixa eu me afundar nas lágrimas da depressão de não ter conseguido me transformar em um empresário de sucesso.

Melissa joga a bolsa no sofá: Quem mandou ser idiota e apostar em ações que não iria valer a pena. Sorte a sua que restou parte da grana e que eu trabalho numa revista famosa, ou a essa hora não estaríamos nem na Zona Sul. Aliás, as contas chegaram e esse mês, iremos ficar bastante apertado. É bom economizarmos.

Ferraz se levanta: Economizar, economizar e economizar. Não tem um mês que essa palavra não faça parte do vocabulário mensal da mocinha indefesa que trabalha sozinha para sustentar o maridão alcoólico aqui.

Melissa: Isso que dá beber demais. Eu não tenho condições de ficar pagando suas bebidas e estou sem condições de ficar discutindo. Hoje quase fui demitida. Dê graças a Deus que o Tiago voltou atrás.

Ferraz zonzo: Ele é um babaca. Você ainda dá moral para esse cara.

Melissa sem paciência: Babaca… Mas pelo menos coloca comida dentro de casa e dá o de melhor para a mulher dele.

Ferraz rindo: E eu não dou o que tenho de melhor pra você? Vai me dizer que quando estamos na cama você não gosta? Ah Melissa, sem DR agora.

Melissa furiosa: Além de ser um babaca você é um ignorante infantil. Não sei como ainda estou casada com você.

Ferraz, furioso: Você me acha o quê, Melissa?

Melissa: Um babaca. Um infantil. Seu ignorante!

Ferraz dá um soco em Melissa, que cai no chão, desmaiada.

Cena 9. Rio de Janeiro – Copacabana / Copacabana Palace / Tarde

Célia e Petrônio almoçam. Alice entra no restaurante.

Alice: Estou esperando um homem. – ela pega um papel. – Eriberto Gonçalves.

A recepcionista vai guiando Alice até a mesa.

Petrônio em choque: Alice!

Célia olha apavorada. Foca em Petrônio, desesperado.

Fim do Capítulo 3!

 

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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3 thoughts on “Capítulo 3 – Três Jogadas

  • Prevejo que Sérgio e Gioconda ainda tirarão muitas gargalhadas dos leitores, tô gostando de ambos.
    Luigi está perto de saber mais sobre suas origens, assim como Stacy… vem bafão por aí em ambos os casos, já estou até vendo.
    Estou com um dó imensa da Melissa, além da coitada ser ofendida e humilhada em seu serviço… ainda há agressão física em casa.
    Paloma e Igor embarcaram na missão de descobrir o que estão armando para Júlia? Vão bem brincar com fogo.
    Qual é a dessa Gisele? Estou intrigado com a história dela também.
    Espero que Kiara e Clarice descubram logo que Alice está por trás do convite para a festa!!
    Pelo visto Petrônio conhece Alice de algum lugar e não aguentou ver a megera, quero somente saber o porquê.

    • Por enquanto essa relação de gato e rato, mas logo algo vai unir eles. Sim, os dois estão perto. Vamos vê se conseguem chegar. Melissa ainda vai sofrer um pouquinho, mas calma, ao longo as coisas começam a se acertar. Sim, embarcaram. E Paloma é bem esperta. Será que é perigoso mexer com quem não deve?! Está um pouquinho longe de descobrir, mas saiba que ela é capaz de qualquer coisa para sua vingança. Se conhece!!! Hahaha
      Obrigado por comentar, Rodrigo!! xD

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