Capítulo 18 – Palavra de Honra
Palavra de Honra
CENA 1
E assim o vídeo é Desligado.
Todos agora sabiam da verdade e sabiam o que tinham que fazer.
Wulísses foi mais rápido, com uma arma apontada para todos, levanta-se e fala em voz de autoridade:
WULÍSSES: Nem se atrevam a mover um dedo.
CENA 2 – Continuação imediata da Cena Anterior
Todos à mira de uma arma. Sem chances de se defender. Wulísses poderia atirar a qualquer momento.
EMANUELLE: Pai, você não seria capaz…
WULÍSSES: Você tem a cara de pau ainda de me chamar de pai, sua pirralha!
LÍVIA: Por favor, Wulísses, não faça nada contra eles. Os deixem ir, e fique apenas comigo aqui.
WULÍSSES: Você sempre com essa graça né Lívia. Eu salvei você! E ainda você quer defende-los, maldita! Você deveria ser a primeira a morrer!
Wulísses atira e a bala pega no quadro da elegante mulher pintada ao centro da parede principal da sala de jantar. Foi aí que Renée pode perceber que aquela mulher realmente era sua mãe, Carmélia Lozano.
CENA 3 – INTERLIGAÇÃO / ANO 2045.
Karina estava posicionada frente a frente de O Supremo. O Rei do Brasil, aquele que conseguiu manter a Ditadura Fascista mesmo em época em que o País se dizia “democrático”.
SUPREMO: – Com olhar e sorriso de malícia- Sabia que um dia você voltaria… Velha, antiga e adorada: Belinha Alcântara.
KARINA: Finalmente. E é bom que você saiba que eu voltaria. Foram décadas tentando e o poder ditador ganhando.
SUPREMO: – rindo sarcasticamente – O Povo sempre foi burro. Qualquer promessinha eles acreditam e acaba nos apoiando. Eles serviram apenas como degraus para chegar onde cheguei.
KARINA: Você sabe que em breve você vai cair. Você não sabe a força que o Povo tem!
SUPREMO: Você disse o mesmo há anos quando tentou derrubar o regime fascista da Era Vargas, e deu em quê? Largue de ser tonta, sua ridícula!
KARINA: Pode ter certeza, eu vim, e dessa vez não passa! O Povo vai mandar e vai ser tudo como deveria ter sido! … Inclusive voltei para tirar do campo de concentração os dois amados que você nunca quis que estivessem juntos, seu meu amado!
SUPREMO: – em tom desafiador – O Povo sou eu! Eu sou O Poderoso, O Supremo! … Você não passa de uma ‘Sangue Podre’, e infelizmente vou ter que te levar em um Campo de Concentração, junto com aqueles dois intrusos, estragadores de planos… Você não foi presa por sorte, porque se mudou para o Uruguai. Mas, sinto lhe dizer, porque agora você será pega sua maldita!
KARINA: Tente!
Karina lança sobre ele spray de pimenta sobre seus olhos, onde o faz cair imediatamente. O tempo perfeito para que Karina corresse rumo ao departamento de mídia que nessa época todas tinham união com uma sala específica do Congresso. A Mídia dava a imagem e transmitia O Supremo como um ser divino, e era isso que realmente o povo brasileiro acreditava. Karina sabia que a batalha estava apenas começando, mas ela como a reencarnação de Belinha Alcântara, tinha essa missão, e não passaria dessa a hora de Salvar o Brasil.
CENA 4 – Volta 1975.
Wulísses começa a dissertar um longo pronunciamento, tempo o suficiente para Renée planejar mentalmente algum jeito de pegar Lívia e salvá-la daquele lugar.
WULÍSSES: Vocês acham que conseguiriam prosseguir essa palhaçada que Carmélia Lozano sempre quis fazer!? O Poder é o Governo, e vocês nunca vão conseguir mudar isso. E vocês sabem perfeitamente que se eu matar vocês aqui, ninguém vai ficar sabendo, eu serei gratificado pelo regime e simples, a minha reputação como político será cada vez maior.
SERGIO: Por favor, Wulísses, largue dessa ideia… Junte-se a nós, você sabe que o Povo é uma grande vítima do governo, eles não merecem tudo isso!
WULÍSSES: O Mundo é dos espertos meu querido.
Wulísses faz sua primeira vítima. Mata Sérgio Alcântara em tiro certeiro.
Gritos rondaram pela sala.
Nesse instante, Renée entrelaça o braço na cintura de Lívia e salta pela enorme janela de vidro. A janela se quebra e os dois voam janela a fora, em uma altura média de dois metros. O Susto fez com que Wulísses atirasse ao ar e por sua sorte de discórdia acerta as costas em região pulmonar de Renée.
Pedaços de vidros rasparam por toda a face de Lívia e um inclusive no pescoço. Os dois não teriam muito tempo de vida.
Enquanto isso lá em cima, a única reação de Emanuelle foi ataca-lo pelas costas e tentar tirar a arma de suas mãos.
Uma luta começa entre os dois, e Alberico fica imobilizado sequer movendo um dedo para ajudar seu patrão. Um tiro é disparado e assim, Wulísses cai morto dizendo suas últimas palavras:
WULÍSSES: A Guerra não terminou.
Emanuelle sem reação e chocada com todos mortos, e Ela a única sobrevivente de tudo aquilo, saca arma e manda Alberico sumir do mapa, do qual assustado sai depressa sem dizer um A a garota. Emanuelle ficaria só no mundo esperando sua morte em companhia de suas melhores amigas, As Drogas.
CENA 5
Renée e Lívia davam seus últimos suspiros e com muito esforço conseguiram ficar o mais próximo possível para darem seu último beijo de amor.
RENÉE: Uma coisa que aprendi com minha mãe, e que a Vida não termina.
LÍVIA: Eu também acredito nisso, meu amor.
RENÉE: Não foi dessa vez, mas ainda iremos ser feliz junto, meu amor.
Os dois se beijam, e assim partem.
Um nova era estava por vir, ainda com muito mais conflitos na busca de um amor e ainda juntos Um Amor Eterno.
~continua
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
A Transição da nova fase da trama. Ano de 2045.
Karina tentará ir para o campo de concentração para tentar salvar pessoas que estiveram e lutaram junto a ela em vidas passadas juntos, dos quais todos na missão de Salvar o Brasil.