Paixão Fatal

Capítulo 15 – Paixão Fatal

PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 15
Piriguete Chantagista

Continuação do capítulo anterior…
MADÁ — Vamos, eu tô esperando uma explicação pra isso, sua atrevida. E não adianta negar que estava se insinuando para o Olavo que eu fotografei tudo pra provar sua sem-vergonhice na minha piscina.
LAVÍNIA — Estava cansada e aproveitei pra dar um mergulho. A água está maravilhosa.
MADÁ — Sua piriguete cínica, saia já daí e arrume suas coisas, você está demitida.
LAVÍNIA — Você não sabe o quanto isso me deixa feliz, Maria Madalena.
MADÁ — Como ousa me chamar assim? Saia já daí, se não eu arranco essa sua cabeleira.
Lavínia ri do escândalo de Madá.
LAVÍNIA — Eu não ia suportar por muito tempo tendo que servir a uma perua de nariz empinado como você, me dando ordens a todo momento.
MADÁ — Mas é muita cara de pau. Saia já da minha piscina sua piriguete de quinta categoria.
CENA 1/M. VILLAÇA/SALA DE JANTAR/DIA.
SAULO — O que será que está acontecendo lá fora?
ARTUR — Parece a voz da Madá.
Saulo e Artur se levantam da mesa e vão para a piscina.
CENA 2/M. VILLAÇA/PISCINA/DIA.
Odete estranha a movimentação na piscina e vai ver. Depara-se com a filha e Olavo na piscina.
ODETE — Lavínia, o que é isso? O que é que você está fazendo aí na piscina?
SAULO — Madá, o que é que está acontecendo aqui?
Saulo percebe Lavínia e Olavo dentro da piscina.
SAULO — Lavínia, Olavo?
MADÁ — O que está acontecendo Saulo é que eu flagrei essa atrevida se insinuando para o Olavo. E aqui está a prova.
Madá mostra as fotos do celular para Saulo e Artur.
MADÁ — Está aí, ela derramou o suco no Olavo e depois se jogou com ele na piscina.
ODETE — Meu Deus, Lavínia. O que você fez? Eu jamais imaginei que você fosse capaz de uma coisa dessas.
SAULO — Odete, recomponha a sua filha e venham até a sala. Nós precisamos ter uma conversa séria.
Saulo e Artur saem dali e, antes de sair, Madá sorri vitoriosa para Lavínia. Lavínia tenta acariciar Olavo.
LAVÍNIA — Você não sabe o quanto foi fascinante correr esse perigo.
OLAVO — Você está louca, garota.
LAVÍNIA — Louca por você.
ODETE — Chega Lavínia, cala essa boca. Você já me envergonhou demais por hoje. Eu já tô cansada disso. Você me dá desgosto, sabia? Aonde já se viu ficar desse jeito na frente do patrão e botando em risco seu emprego.
Olavo sai dali, vestindo um roupão.
LAVÍNIA — Eu que tô cansada de servir aquela babaca da Maria Madalena. Eu não aguento mais essa vida.
ODETE — Você sabe o que vai acontecer agora? Nós vamos ser demitidas por sua causa.
LAVÍNIA — É claro que não. Com o segredo que eu guardo daquela megera, ninguém vai nos expulsar dessa casa. Não agora.
CENA 3/JORNAL/SALA DE DANTE/DIA.
DANTE — Como não, Judith?
JUDITH — Será que você não consegue perceber nada, Dante?
DANTE — É claro que sim, Judith. Meus sentimentos por você vão mais além da nossa amizade, só que eu não posso fazer isso com você, com o seu casamento.
JUDITH — Eu descobri que o Olavo me trai com a DJ da boate dele.
DANTE — Sério?
JUDITH — Ahã, sem querer eu vi mensagens dela no celular do Olavo.
DANTE — Eu lamento muito.
JUDITH — Eu pedi o divórcio a ele. Eu não aguento mais esse casamento de fachada. Eu preciso de uma pessoa que me compreenda, que saiba me amar.
DANTE — Você quer dar o troco a ele? É isso?
JUDITH — Não Dante, não apenas isso, eu quero ficar com você. Eu quero te amar mais do que amo. Será que você nunca percebeu isso? Eu me apaixonei por você desde o dia em que te contratei.
DANTE — Judith, não diga uma bobagem dessa…
JUDITH — Não é bobagem, Dante. Eu te amo.
Ela sai da sala dele, bruscamente, com lágrimas nos olhos.
CENA 4/M. VILLAÇA/SALA/DIA.
Madá está sozinha, zanzando para lá e para cá, a espera da sentença de Lavínia. Ela chega sozinha, segurando um celular.
MADÁ — Chegou seu fim aqui nesta casa, garota.
LAVÍNIA — Ah é, se eu fosse você não falaria isso.
MADÁ — E por que não?
LAVÍNIA — Você reconhece este celular?
Madá fica surpresa, reconhece, mas finge:
MADÁ — Isso não me interessa. Você será demitida dessa casa.
LAVÍNIA — “Meu príncipe sedutor, não vejo a hora de me tornar rainha na cama ao seu lado. Minha ordem é que você me mate de prazer e depois me…”
MADÁ — O que é isso, garota? Aonde você encontrou isso?
LAVÍNIA — Você deveria ter mais cuidado com suas coisas, Madá. Pois é, deixa tudo para que as empregadas aqui faça tudo. Pois agora você será a minha empregada e vai fazer tudo o que eu mandar.
MADÁ — Sua desgraçada, piriguete. Me dá isso aqui.
LAVÍNIA — Chega, nada de escândalo ou eu entrego esse celular recheado de mensagens para o seu amante, e do seu amante, para o Saulo. É isso que você quer?
Do alto da escada, Eva escuta a conversa comprometedora de Lavínia e Madá.
EVA — Meu Deus, que escândalo.
MADÁ — Quanto é que você quer pra me dar o celular e sair da minha vida de uma vez por todas?
Lavínia ri vitoriosa de Madá.
LAVÍNIA — Humm, está falando a minha língua, agora.
MADÁ — Sua cobra. Pilantra.
LAVÍNIA — Eu não quero apenas dinheiro, perua. Primeiro, você tem que impedir a minha demissão e da minha mãe. Depois nós conversamos.

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

Acompanhe também:
TwitterFacebookYouTube

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

3 thoughts on “Capítulo 15 – Paixão Fatal

Deixe um comentário

Séries de Web

Séries de Web