Sublime

Capítulo 12 Sublime

CAPITULO: 12

 

 

 

Como prometido por Danilo, ele e Ellen já estavam voltando para Maresia, pois já se passavam uma semana desde seu casamento. Eles ainda não sabiam que Clara havia escapado da prisão, sua família não queria estragar a lua-de-mel, mas teriam que saber, pois naquele momento Ellen e Danilo finalmente chegavam em casa.

 

Ellen o abraça — Lar! Finalmente!

 

Danilo — Sim, mas lembre-se de que não ficamos mais porque você não quis! Paris é ótima!

 

Ao chegarem são recebidos por Catarina, que os cumprimenta, porém não com uma boa expressão.

 

Catarina — Que bom que chegaram, venham e sentem-se, a nossa mãe, Carlos e eu queremos falar com vocês.

 

Danilo — Estão nos assustando, o que foi?

 

Catarina — Não vou ficar fazendo rodeio, afinal vão saber de um jeito ou de outro! O caso é que, no dia em que viajaram para a lua-de-mel, Clara fugiu da prisão!

 

Ellen se alarma — Como assim? Não pode ser verdade, porque não nos avisaram assim que aconteceu? E como foi isso?

 

Catarina — Não queríamos estragar o amor de vocês, e precisavam de um descanso, compreendam, mas a polícia está a procura, vão pega-la de novo.

 

Ellen — Não, ela disse que não ficaria muito tempo e tinha razão! Mas como, como conseguiu escapar?

 

Catarina — Parece que seduziu o carcereiro, um tal de Vicente, acreditou que ela iria fugir com ele, e na verdade foi embora! Mas pelo o que descobri agora esse carcereiro foi afastado das atividades, vai responder um processo. O delegado disse que parece estar em um estado profundo de depressão por ser enganado por Clara, diz que não se importa se for preso

 

Fernanda — Calma filha, a minha reação também não foi das melhores, mas o delegado garantiu segurança a todos nós.

 

Carlos — Até porque, como disse Vicente deu passaportes falsos, provavelmente Clara nem está no pais, e o importante é que nos deixe em paz!

 

Ellen —Espero que tenha razão.

 

Danilo — E assim será.

 

Realmente Clara não estava mais no pais, precisamente estava morando em um apartamento da Itália, afinal, quem a procuraria por lá? Obviamente esperta como era, sempre saia disfarçada as ruas, ao menos com um óculos escuros, afinal seu rosto estava nos jornais e ela estava sendo procurada. Para evitar qualquer infeliz acontecimento, Clara usava o nome falso que constava em sua nova identidade, agora assinava como Vitória Valentin.

Porém uma infeliz coincidência estaria prestes a acontecer! Luna, também fugitiva da polícia, a quem Clara conhecia muito bem, estava morando no mesmo apartamento, escondida desde que Clara á havia denunciado.

Após voltar mais uma vez de mais um de seus “passeios” matinais, Clara retorna ao seu apartamento, usando seus óculos escuros de sempre. Ao entrar no andar térreo do apartamento, Clara solta seus cabelos que estavam amarrados e tirar os óculos, faz isso sem perceber já que não tem o costume de tirar seus “disfarces” antes de chegar ao seu andar. Então, ao entra no elevador, Clara não percebe, mas enquanto a porta se fecha Luna entra no saguão, e de relance vê aquela a quem havia prometido ódio até o fim de sua vida, porém Clara não a havia visto.

 

Luna fica surpresa — Será que é ela? Não pode ser, mas é Clara, só pode ser um sinal, para a minha vingança particular, e vai ser a melhor que já se viu.

 

Mesmo estando longe Luna acompanhou a história de Clara e Renan de longe, e sendo apaixonada por ele como sempre foi, ficou ainda com mais ódio de Clara, depois que descobriu que Renan foi preso por sua culpa! O desejo de vingar-se de Clara era tanto que apenas entregá-la novamente para a polícia não seria o suficiente, ela estava planejando algo ainda melhor.

Passam-se quatro dias sem que Clara de o “bote” em sua família. A família Dalcin, levava em conta o tanto tempo em que Clara não apareceu desde que fugiu, toda a família estava começando a não se preocupar mais com ela, inclusive Ellen e Danilo já planejavam uma viagem de segunda lua-de-mel.

Porém o que Clara não imaginava era que nesses quatro dias que se avançaram, Luna já estava a ponto de concretizar seu plano.

Em seu apartamento, olha fixamente uma pequena garrafa, apreciando-a a cada instante.

 

Luna — É aqui, aqui estará a minha vingança, e vai ser agora!

 

Diz Luna para si mesma, pegando o recipiente e levando consigo até a porta do apartamento de Clara, então o esconde dentro da bolsa.

Luna bate à porta apenas duas vezes, logo após é atendida por Clara, que fica pasma ali ao ver de quem se tratava.

 

Luna entra rapidamente — Surpresa em me ver?

 

Clara — O que está fazendo, como sabia que eu estava aqui?

 

Luna cinicamente — Coincidência do destino acredita? Pois é aqui onde eu também estou escondida com nome falso, assim como você!

 

Clara se insinua —Vai chamar a polícia? Acho que não, pois assim você acaba se entregando também, estamos no mesmo barco.

 

Luna — Eu acompanhei a sua história de longe, desde que você me denunciou, entregando o Miguel!

 

Clara — E não me arrependo de nada.

 

Luna se exalta — O que mais me dói não foi isso, mas o que faz com que eu tenha tanto ódio de você, foi o fato do Renan lhe preferir, e você fazer tudo o que fez com ele, o mandando pra prisão!

 

Clara se exalta ainda mais— Se Renan está preso foi por culpa dele, quanto a isso, nunca o amei e o usei de fato!  E ninguém, nem você vai conseguir me impedir de me vingar de todos aqueles que me fizeram mal!

 

Luna — Calma, só me diz uma coisa, o que o Renan te fez? O que ele te fez pra que você o trate assim?  (Questiona Luna com mais calma, virando as costas para Clara enquanto tira o recipiente da bolsa).

 

Clara diz com cinismo— Contra Renan nunca tive nada, sempre me foi muito útil nesse tempo, quanto a você! O que posso fazer se sou muito mais bonita e muito mais perigosa?

 

Luna — Verdade, você é muito bonita!  (Abre o recipiente ao dizer isso).  Sabe Clara, eu decidi, cansei de ficar fugindo, vou me entregar para a polícia, assim terei minha pena diminuída!

 

Clara estranha — O que?

 

Luna — Isso mesmo, mas não se preocupe, não vou te denunciar, para você tenho um destino tão bonito como você! Você diz que é linda, e realmente é, mas hoje eu vou acabar com o teu maior fascínio! A tua beleza!

 

Luna se vira rapidamente e joga todo o conteúdo da garrafa no rosto de Clara.

 

Clara grita —Maldita! Maldita! O que é isso!

 

Luna ri freneticamente— Ácido! Agora estou melhor posso ir embora, vou me entregar! Cuidado não esfrega muito se não pode ficar uma marquinha!

 

Luna sai do apartamento deixando Clara gritando de dor e ódio. Pois agora como Luna já havia dito, a beleza teria acabado, nunca mais voltaria a ser como antes.

 

Naquele mesmo dia como o prometido, Luna voltou para o Brasil, onde se entregou a polícia, pois não conseguia mais viver como foragida. Teria uma pena leve perante a de Renan e Clara, já que suas participações nos crimes não foram tão graves quanto as outras, porém não contou a ninguém sobre Clara.

Ao descobrirem a notícia sobre a prisão de Luna, todos, especialmente Fernanda ficam aliviados, afinal outra das grandes preocupações que tinha não poderá mais lhes fazer mal.

 

 

 

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