Sublime

Capítulo 11 Sublime

CAPITULO: 11

 

 

 

Passava-se quase um mês depois de todos os acontecimentos que embalaram a todos, alguns bons, porém muitos ruins pela trajetória. Clara havia conquistado uma confiança muito grande de Vicente nesse tempo em que esteve com ele, sempre mantendo aquele jeito sereno, uma perfeita vítima em tudo. Vicente realmente começou a se questionar sobre o que realmente havia acontecido com Clara no tempo em que estava fora da prisão.

Em mais uma daquelas noites de guarda, Vicente como em todas espera a carcereira ir embora, para que assim possa ir sem problemas conversar com a bela moça, estavam muito íntimos até então, porém nada de mais havia acontecido entre eles.

 

Clara — Vicente!  Que bom que chegou, não suportava ficar aqui sozinha.

 

Vicente — Bom saber que sentiu a minha falta!

 

Ele abre a cela e entra para melhor conversar com a detênta, sabe que isso é extremamente proibido, mas Clara havia lhe conquistado muito nesse período, confiava completamente nela e não acreditava que poderia fugir ou tentar algo com ele lá dentro.

 

Vicente — Como passou o dia aqui?

 

Clara — Como todos os outros, é melhor me acostumar já que vou ficar tanto tempo aqui.

 

Vicente senta-se ao seu lado — Tem uma coisa que eu sempre quis saber, mas nunca tive coragem pra perguntar.

 

Clara — Pode falar Vicente, sobre o que se trata?

 

Vicente —Quero que me conte com detalhes o que aconteceu realmente pra você parar aqui, porque fez tudo aquilo que lhe acusam, me diz!

 

Clara — Eu acho que pelo tempo que já estou aqui, e pela confiança que você me demonstrou, posso contar a você como tudo aconteceu, mas antes peço que essa conversa não saia daqui! Ninguém pode saber do que vou lhe contar agora, promete guardar segredo?

 

Clara continua — A verdade é que não cometi nenhum dos crimes de que sou acusada!

 

Vicente estranha — Como? Nada, e porque está aqui?

 

Clara —Você sabe quem é a minha irmã Ellen, veio poucas vezes me visitar, algumas junto de minha mãe. Acontece que Ellen desde criança sempre sentiu ciúmes de mim, ou inveja não sei direito porque, e todos sempre até mesmo nos dias de hoje pensam que ela é a “boazinha” e me tem como a vilã.

 

Vicente segura sua mão — Termine, me   fale, vai se sentir melhor.

 

Clara chora —Tudo bem. Quando éramos crianças, um dia brincando de esconde-esconde, Ellen estava me procurando, e eu estava escondida na sala de revelação de fotos da minha mãe, atrás de um armário cheio de produtos químicos usados para a revelação das fotos! Lembro como se fosse hoje, ela entrou, olhou para mim, sorriu de uma maneira que eu nunca tinha visto, então quando me levantei para sair ela virou aquela estante toda sobre mim, um certo produto caiu nos meus olhos, me deixando cega! É claro que contei a minha mãe e meu pai na época, mas acreditavam na Ellen, quando ela disse que foi um acidente.  .

 

Vicente — E o que mais, o que aconteceu depois?

 

Clara — Quando crescemos, depois que recuperei a visão, a inveja de minha irmã aumentou, até que ela se envolveu com o Renan, o seduziu e planejou me sequestrar, a fim de se passar por mim na minha própria casa, e assim fez, depois descobri que na verdade havia mandado me matar, mas Renan não teve coragem de cumprir a ordem. Quando meu pai descobriu, ouvindo uma conversa dela com Renan no telefone, ela o empurrou da escadaria! Cada vez mais que descobria do que Ellen era capaz ficava mais horrorizada, mas não podia deixar de amá-la, afinal era a minha irmã, e como pedi para que se arrependesse, foram muitas vezes, mas nunca adiantou.

 

Vicente — E a filmagem? A gravação onde você confessa os crimes?

 

Clara — Fui obrigada a participar daquilo, inclusive de me declarar culpada no tribunal, primeiro porque me disse que se não o fizesse, iria transformar a vida de toda a minha família em um verdadeiro inferno, e isso eu não poderia suportar, também porque não aceitaria a ideia de ter a minha irmã na cadeia, mesmo que fosse pagando pelos seus próprios crimes! Aceitei tudo isso calada, e assim terá que ser, vou cumprir a minha pena aqui e você não poderá contar nada disso a ninguém Vicente, para todos os efeitos eu Clara Dalcin sou a única culpada.

 

Vicente sorri aliviado — Então você é inocente. É claro, quando te conheci logo notei que algo estava errado! Clara você não pode estar aqui, tem que ter alguma maneira de lhe tirar daqui, você precisa contar a verdade e irão fazer uma nova investigação!

 

Clara adverte — Não, isso não, significaria que minha irmã pagasse por tudo isso, e assim não quero!
Vicente — Prefere pagar por crimes que você não cometeu? Enquanto sua irmã fica livre?

 

Clara — Sim, se é dessa maneira que você vê sim. Vou me sacrificar por Ellen.

 

Vicente — Você é tão boa, é linda, é justo ficar aqui trancada deixando sua beleza acabar atrás dessas grades? Não merece passar por tudo isso.

 

Clara se põe em pé — Desculpe Vicente, mas isso não pode acontecer!

 

Vicente — Por que? Clara? O que eu fiz de errado?

 

Clara — Você não pode se prender a mim, afinal eu sou uma prisioneira e vou ficar aqui por muito tempo, não é justo fazer com que você me espere.  Você precisa encontrar outra mulher, alguma que possa lhe oferecer o que aqui dentro eu não posso, por mais que eu queira.

 

Vicente —Você quer dizer que mesmo aqui, sente algo por mim? Você me ama como eu te amo?

 

Clara — Com toda a minha alma!  Mas preciso que saia, isso não pode acontecer entre nós!

 

Vicente toca seus ombros — Não faça isso, se você me ama, posso esperar o tempo que for! Você é a mulher da minha vida Clara! A mulher mais bela que vi, por favor fique comigo!

 

Clara finge chorar — Por favor Vicente, quero ficar sozinha, me deixe!

 

Atendendo ao pedido de Clara, Vicente sai da cela e a tranca, deixando-a sozinha, pois ao ver a reação da mesma percebe que tentar uma aproximação naquele momento não era viável. Porém no íntimo de Clara ela comemorava, aquele teatro realmente poderia ter algum resultado, Vicente havia acreditado em tudo, portanto não demoraria muito para que os planos de Clara se concretizassem, e então saísse daquela prisão.

Na manhã seguinte, na mansão, Ellen se preparava para visitar Clara na prisão.

 

Danilo — Aonde vai meu amor?

 

Ellen — Visitar Clara, pensei em convidar minha mãe, mas ela não passou muito bem das últimas vezes que esteve lá.

 

Danilo — Nem você não é? Pense no nosso casamento, será em dois dias, com isso você deve ficar feliz!

 

Ellen — Como não ficar feliz se é isso que me dá mais alegria nesses dias! Mas quando penso em Clara naquela prisão, realmente sinto um aperto no coração.

 

Danilo — Quer que eu te leve até lá?

 

Ellen — Na verdade gostaria sim, nunca volto da mesma maneira que vou quando vejo Clara, sempre é sínica e arrogante, resistindo a qualquer ajuda, mas eu sei que preciso insistir, ela tem que se arrepender de tudo para viver melhor consigo mesma! Vamos logo.

 

Danilo dirige até a penitenciaria, durante o caminho conversa muito com Ellen, procurando animá-la afinal percebe que sempre que fala com Clara sua alegria decai.

 

Danilo — Chegamos, vou entrar com você.

 

Ellen — Não, se não se importa, até lá gostaria de ir sozinha.

 

Danilo — Se é assim que prefere tudo bem.  Vou aguardar aqui no carro.

 

A chegada de Ellen é anunciada a Clara por uma das carcereiras, que a acompanha até a sala de visitas para conversar com a irmã.

 

Clara provoca — Você não desiste de vir aqui não é?

 

Ellen — Sabe muito bem o que penso de tudo isso, sei também que no fundo se sente sozinha nesse lugar, ou porque motivo aceitaria ver a mim ou a nossa mãe todas as vezes que viemos até aqui, já que diz que quer tanto o nosso mal!

 

Clara — Apenas recebo vocês pra não esquecer de seus rostos, porque logo vou sair daqui, e também preciso alimentar a raiva que já tenho.

 

Ellen — Não faça assim, não aja dessa maneira, você não é assim!

 

Clara — Sou mil vezes pior, você que ainda não se deu conta, e essa sua vida boazinha e medíocre não vai durar muito, pode contar com isso!

 

Ellen — Espere, não vim para brigarmos, só quero conversar.

 

Clara — Não tenho mais nada pra dizer, até mais.

 

Ellen então volta para o carro, com uma triste expressão perceptível a Danilo. Os dois retornam para casa, conversando poucas vezes.

 

A noite, como em todas as outras, Clara aguarda a chegada de Vicente, que não demoraria muito. Após pouco tempo de espera é agraciada com a chegada do rapaz, que como de costume aguarda a saída da carcereira para ir até a cela de Clara, porém desta vez parecia um pouco cansado, mas ao vê-la sorriu. Com cautela Vicente chama Clara, pois não sabia se ela estava brava pela noite passada.

 

Clara diz docemente — Vicente, não te vi ai.

 

Vicente — Posso entrar?

 

Clara — É claro, não precisa perguntar!

 

Vicente — Pensei que estivesse brava comigo, não consegui dormir a noite toda.

 

Clara — Brava? Você só queria meu bem, não posso ficar brava com você, mas, não conseguiu dormir por esse motivo?

 

Vicente — Na verdade existem outros que me tiraram o sono, pensei muito mas depois disso tenho certeza do que quero, mas para isso preciso do seu sim.

 

Clara — Pode me dizer, do que se trata? Não tenha medo.

 

Vicente — Vamos ficar juntos Clara, apenas eu e você, longe daqui e longe de tudo!

 

Clara — É tudo o que mais quero, mas sabe que isso é impossível, tenho uma pena que preciso cumprir.

 

Vicente — Eu tenho um plano, amanhã à noite, vou conseguir arquitetar tudo melhor, mas, eu posso abrir a sua cela, então nos dois fugimos para bem longe, trocamos de nome se necessário, mas viveremos felizes, o que acha?

 

Clara seriamente— Fugir? Está planejando uma fuga e acha que eu vou aceitar? O que pensa que eu sou Vivente, por mais que eu de fato não tenha culpa de nada, vou pagar esses vinte anos de pena que me faltam, fui eu quem escolheu esse destino!

 

Vicente — Clara! Pense bem, você é inocente de tudo o que lhe acusam, e você sabe disso, então vamos embora, seremos felizes e ninguém mais vai poder lhe fazer mal algum!

 

Clara — A minha resposta agora sempre vai ser não, eu te amo Vicente, mas não posso aceitar isso!

 

Vicente insiste — Vou deixar você aqui sozinha pensando! Comprarei dois passaportes falsos amanhã, tenho amigos que nos ajudaram a sair do país se preciso, amanhã à noite voltarei a falar com você, e se pensar melhor e escolher agente, sairemos juntos daqui, só depende de você!

 

Ao perceber que Vicente já havia ido embora, Clara cai em uma tremenda gargalhada.

 

Clara — Amanhã, Amanhã mesmo sairei daqui, e nunca mais vou precisar ver esse guardinha que se acha alguma coisa! Amanhã Ellen vai ter uma bela surpresa descobrindo a minha fuga!

 

O casamento de Ellen e Danilo era no dia seguinte, já estava tudo pronto, Cataria havia ajudado Ellen a escolher um belo vestido, Danilo estava muito ansioso, a igreja já estava reservada, tudo preparado para o melhor dia de suas vidas.

Fernanda estava radiante com a ideia de mais um casamento na família, já não havia nem sinal da mulher desiquilibrada que havia sido em outrora.

Logo pela manhã do dia seguinte, ao acordar, Danilo se depara com a falta de Ellen na casa. Ao descer para o café da manhã encontra somente Carlos, sentado à mesa.

 

Danilo — Bom dia Carlos, onde estão todos?

 

Carlos — Ellen foi fazer o cabelo para o casamento, Catarina e Fernanda foram com ela!

 

Aquele seria o dia mais feliz de suas vidas, o mais importante, porém aquele mesmo dia marcaria outro acontecimento.

Ellen estava no cabeleireiro com sua mãe e irmã, e ainda na companhia de sua fiel amiga Alice, que logicamente foi a primeira escolha de Ellen para madrinha. Enquanto isso no cabelereiro, Ellen pergunta onde sua mãe e Catarina iriam, ao ver que estavam se afastando.

 

Fernanda — Vou com sua irmã para pegar o presente que compramos pra vocês, e é óbvio que queremos que veja só depois da cerimônia, então fique aqui conversando com Alice, voltamos logo!

 

Ellen se despede — Está bem! Até mais!

 

Quando ficam sozinha por um breve momento Alice lhe pergunta sobre as expectativas sobre o casamento que se realizaria naquele mesmo dia.

 

Ellen — É claro que estou feliz! A um tempo atrás nunca poderia imaginar que me casaria com Danilo, e agora, posso dizer que sou a pessoa mais feliz desse mundo!

 

Alice misteriosa — Mas tem alguma coisa que não sai de sua cabeça não é mesmo?

 

Ellen — De você nunca escapa nada não é mesmo? Pois bem é verdade, é que essa noite tive um sonho.

 

Alice — Que sonho? Quer conversar sobre isso?

 

Ellen — Sonhei com Lorelai novamente. É incrível como mesmo sem ver seu rosto nos meus sonhos posso saber que é ela.

 

Alice —E como foi o sonho dessa vez?

 

Ellen — Estava em um salão, com um vestido de noiva, então ela se virou para mim, me mostrou um buquê com rosas brancas, e depois as rosas começaram a sangrar, então a única coisa que pude ver eram seu olhos, estavam tristes. Acho que já vi aqueles olhos em algum lugar.

 

Alice — Talvez seja apenas um sonho, não leve tão a sério, pelo menos não ainda! Hoje é o seu dia e precisa está radiante!

 

A noite se aproximava, já estava na hora de concretizar aquilo que a muito tempo desejavam.

A igreja estava linda, totalmente enfeitada, muitos convidados, toda a família de todos os lugares, era o que Heitor desejaria, era o que Fernanda garantiu, dando a filha uma bela festa de casamento.

Alice está próxima a Danilo, percebia o nervosismo dele esperando para que Ellen entrasse logo na igreja.

O tempo de espera foi curto, o nervosismo de Danilo saciado, a bela noiva entrava na igreja logo com o início da marcha nupcial. Ellen estava linda, deslumbrante, seu vestido branco, longo iluminava toda a igreja. Ellen sorria para todos que via. Seu tio Otávio Dalcin, irmão de seu pai a leva para o altar fazendo o papel que deveria ser de Heitor, e que com toda a certeza gostaria de cumprir.

Otávio cumprimenta Danilo e lhe entrega aquela que seria para sempre a razão de sua vida. O jovem rapaz fica encantado ao vê-la.

A cerimonia então se inicia com a benção do padre aos noivos, ambos sabiam o quanto era importante esse sacramento em suas vidas, a partir daquele momento seriam um só, uma família e viveriam em total comunhão.

A cerimônia foi rápida, porém muito bem feita. O sim de Ellen e Danilo finalizou um capitulo em suas vidas e iniciou outro; todos os convidados iriam a festa de casamento realizada na mansão logo após o termino do mesmo, Danilo e Ellen também iriam participar apenas por um breve momento, pois logo teriam que pegar o voo para sua lua-de-mel que seria em Paris, lugar onde Danilo sempre ansiou em conhecer.

Então assim fazem, se dirigem para a festa de casamento, dançam apaixonadamente a tão esperada valsa, e finalmente se despedem dos convidados, especialmente da família, pois agora casados viveriam um para o outro.

 

Danilo a olha apaixonadamente — Está na hora meu amor; agora somos só nos dois.

 

Ellen — Sempre esperei por esse momento, desde o dia em que te conheci!

 

Danilo — Eu te gosto, você me gosta, lembra?

 

Ellen — Como poderia esquecer?

 

Danilo —Vamos então, a limusine está esperando para nos levar até o aeroporto.

 

Ellen — Mas não vamos ficar muito tempo em Paris não é mesmo? Sabe o quanto gosto daqui e sinto que não devemos ficar tanto tempo assim.

 

Danilo — Voltaremos em uma semana.  Mas já que essa lua-de-mel vai ser curta, me prometa que teremos outra em breve!

 

Ellen — Prometo.

 

E assim partem. Porém naquele mesmo instante, em um lugar longe dali, precisamente no presidio onde Clara se encontrava, Vicente chegava para mais uma noite de trabalho, porém aquela não seria como todas as outras noites.

Como sempre, assim que a carcereira parte, Vicente vai até a cela de Clara, que se encontrava em pé, impaciente como se esperasse por algo, ou seja, por alguém.

 

Vicente — Clara! Como você está?

 

Clara — Inquieta, pensei o dia todo na proposta que me fez a noite passada.

 

Vicente — Ótimo, e o que decidiu? É o que eu espero?

 

Clara — Por mais que essa decisão vá profundamente contra todos os meus conceitos, contra tudo aquilo que eu ache certo, dessa vez vou ouvir meu coração Vicente! E ele me diz que devo fugir com você!

 

Vicente —Você está me fazendo o homem mais feliz desse mundo! Não sabe o quanto, mas então precisamos ir agora, não sei quanto tempo temos

 

Clara — Está certo, mas como vamos fazer?

 

Vicente — Toma, como disse tenho contatos, amigos, consegui uns passaportes e identidades falsas para nós, a sua está aqui.  Agora vamos, me acompanhe!

 

Clara o acompanha pelo corredor — Está bem.

 

Ao chegarem próximo a porta de saída Clara diz:

 

Clara — Espere! Preciso fazer uma coisa, tenho que ir na casa de uma amiga, pegar alguns objetos que são importantes e me despedir!

 

Vicente — Não pode fazer isso, não há tempo, temos que ir logo!

 

Clara — Não posso ir sem me despedir dela, é alguém em quem confio, ela não contará nada a ninguém!  Vou lá, em uma hora me encontre nessa praça próxima ao presidio, também porque não é bom os dois serem vistos saindo no mesmo momento.

 

Vicente desconfia — Tem certeza?

 

Clara — Não acredita em mim? Tudo bem Vicente talvez seja melhor voltar e me trancar ali, não sei onde estava com a cabeça mesmo quando concordei com tudo isso.

 

Vicente — Não, tudo bem!  Mas em uma hora esteja ali, pra mim vai parecer uma eternidade.

 

Clara — Em uma hora estarei te esperando.

 

Com o mesmo sorriso irônico de sempre, Clara sai do local como se estivesse erguendo um troféu, havia cumprido o que disse, estava livre, e quanto a Vicente, ela nunca mais o veria, era uma psicopata.

Lógicamente não havia amiga alguma, Clara usou o passaporte falso, sairia do país para qualquer lugar do mundo, até que a “poeira” abaixasse, quanto a dinheiro, Clara tinha uma conta em outro lugar, era muito esperta quanto isso, portanto bancar seus luxos financeiros não seria problema. Assim então a moça segue seu destino, aguardando a hora de votar ao país, encontrar Ellen e concretizar sua vingança.

 

 

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