Capítulo 05 – Paixão Fatal

Uma séria Atitude

Continuação do capítulo anterior…
Marina desvia-se do carro, bruscamente e atenta a ver quem é o motorista. Olavo desce do carro, transtornado por não ter conseguido matar Marina.
OLAVO— Desgraçada, assassina.
Marina se certifica de quem é e corre.

CENA 1. MANSÃO VILLAÇA/CORREDOR/DIA.
LAVÍNIA— Dona Eva?
EVA — Posso saber o que você estava fazendo no quarto da Madá?
LAVINIA— O que você está insinuando?
EVA— Dona, Dona Eva. Não admito que me trate como pessoas da sua laia.
LAVÍNIA— Quer saber? Eu não tenho nada que te dar satisfações. Os meus patrões são outros, aliás, por pouco tempo. Eu não pretendo passar a minha vida toda tendo que encarar seu rosto cheio de rugas.
EVA— Olha aqui garota, se eu quiser eu te ponho pra fora dessa casa num segundo.
LAVINIA— Então tenta.
Lavínia sai.

CENA 2. JORNAL/SALA DE DANTE/DIA.
DANTE— Sim, Cristina, eu já estou sabendo o que ela está querendo fazer. E isso seria uma das maiores besteiras.
CRISTINA— Será que você poderia passar aqui em casa pra conversarmos melhor. Precisamos impedir a Marina.
DANTE— Claro, com certeza. Eu passo aí assim que sair do Jornal.
CENA 3. JORNAL/DIA.
Alguns funcionários estão cochichando sobre um suposto atropelamento perto do Jornal. Judith entra no escritório e percebe a situação.
JUDITH— Posso saber do que vocês tanto falam?
VANESSA— É que parece que houve um atropelamento perto do Jornal e quem estava no carro era/
OLAVO— Eu.
Judith percebe a entrada do marido.
CENA 4. RUA/DIA.
Marina caminha já aliviada.
MARINA — Canalha. Ele queria me matar. Agora eu preciso recorrer à outra pessoa.
Ela sai decidida.
CENA 5. JORNAL/SALA DE JUDITH/DIA.
JUDITH— Olavo, você está maluco? Um escândalo desse perto do meu Jornal. Quem era a pessoa que você atropelou?
OLAVO— Não foi pra falar disso que eu vim aqui.
JUDITH— Você a encontrou não foi?
OLAVO— Do que você está falando?
JUDITH— Você sabe muito bem.
OLAVO— Ela estava aqui? Ela estava aqui e você não fez nada. Devia ter matado aquela mulher.
JUDITH— Olha o que você está dizendo? Eu não faria uma coisa dessas.
OLAVO— Me desculpe meu amor, eu estou com muita raiva. É meu direito. Aquela desgraçada matou a minha mãe e a minha irmã.
CENA 6. MANSÃO VILLAÇA/SALA/DIA.
Madá e Sofia entram na mansão e encontram Eva.
EVA— Tão cedo em casa, Madá?
MADÁ — Me deu uma forte enxaqueca, Eva. Eu preciso ir para o meu quarto.
Ela beija a filha. Sofia acaba de receber uma ligação do namorado Danilo Santelli.
SOFIA — Oi meu amor, sentiu saudades de mim?
EVA — Garota convencida.
Eva sai da sala.
CENA 7. SUITE MASTER/DIA.
Madá joga sua boca numa poltrona e pega o celular.
MADÁ — Eu já te disse pra nunca se comunicar comigo por telefone. É muito arriscado.
B. — Tô precisando de você, meu amor.
MADÁ — Não consegue me resistir, não é?
B. — Nunca. Você é tudo o que eu preciso. Eu preciso te ver a noite.
MADÁ — Vou fazer de tudo pra te encontrar.
B. — Você sabe onde.
CENA 8. JORNAL/SALA DE JUDITH/DIA.
JUDITH — Afinal o que você veio fazer aqui, Olavo?
OLAVO — Vim convidar minha linda esposa para almoçarmos juntos.
JUDITH — O que você aprontou dessa vez?
OLAVO — Por que você vem sempre com essa conversa?
JUDITH — Olavo, eu sou casada com você o bastante pra te conhecer. Eu reconheço quando você está intencionado ou não. Não precisa me pedir desculpas pelo o que faz ou deixa de fazer… A única coisa que eu sei é que o nosso casamento já passou da validade.
OLAVO — O que você quer dizer com isso?
JUDITH — Não somos mais aquele casal de quando nos casamos. É isso.
OLAVO — A gente precisa ter uma conversa muito séria quando chegarmos em casa. Eu não admito que você me troque por esse Jornal idiota.
JUDITH — Eu não vou permitir que você fale assim com o meu Jornal, eu nunca ofendi a sua boate.
Olavo sai e bate à porta.

CENA 9. CASA DE CRISTINA/NOITE.
Anoitece. Marina e Cristina estão na mesa de jantar. Davi aparece.
CRISTINA — Davi? Davi, aonde você vai? Bonito desse jeito, só pode ir se encontrar com a Juliana, não é?
DAVI — Mãe, desencana. Eu sou muita coisa pra Juliana. Eu quero coisa melhor. Vou curtir a noite, fui.
Cristina volta para Marina.
CRISTINA — Meu Deus, eu não sei o que aconteceu com o Davi.
MARINA — Ele tentou me matar.
CRISTINA — Quem, do que você está falando?
MARINA — O mais velho, Olavo Ortega Villaça. Ele tentou me atropelar hoje cedo, mas não conseguiu. Ele perdeu a chance da vida dele.
CRISTINA — Meu Deus, Marina. Isso é muito sério. Eu te falei que eles são perigosos. Eles podem de destruir num segundo.
MARINA — Eles não vão conseguir, Cristina. Por que eu vou destruí-los primeiro.
Batem na porta. Cristina abre e fica feliz ao ver Dante.
CRISTINA — Que bom que você chegou, você não sabe o que aconteceu.
DANTE — Já estou sabendo.
MARINA — Dante?
Marina sorri ao vê-lo, mas ele está sério demais.

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

Acompanhe também: