Armadilha

Armadilha – Capítulo Dez | Último

 

Escrito por Douglas Oliveira

ARMADILHA

 

“Eu não acredito no homem, Deus ou o Diabo. Eu odeio toda maldita raça humana, inclusive eu.” – Gary Ridgway

Continuação imediata do episódio anterior

Alice- Por favor me deixe ir, preciso encontrar com minha família.

Pedro- Sinto te informar, mas sua família deve estar bem longe, foragidos da polícia. Sua mãe esconde um passado negro.

Alice- Não fale da minha mãe. Socorro…socorro.. (começa a gritar)

Pedro- Cala a boca vagabunda! (dá um tapa na cara de Alice)

Alice- O que você vai fazer comigo em? É dinheiro que você quer? Eu te dou, me deixa embora daqui!

Pedro- Eu já te falei que daqui você não vai sair, agora para de ser chata e fica quieta ou eu vou te matar.

Corta para…

Cena 01-tarde/extern(frente da delegacia)/ rua

Gustavo- Prestem bem atenção. Temos que cercar todo o prédio que fica o apartamento de Pedro. Temos que ter cuidado pois não sabemos se ele vai estar com alguém.

Adriana- Não ataquem de vez, esperem nosso sinal.

Gustavo- Estamos a dias nessa investigação, é a nossa chance de impedir que mais mulheres morram. Eu sei que ele é meu irmão, mas temos que agir de formar profissional.

Adriana- Vamos todos nessa então.(cada um entram em seus carros e partem para o prédio onde Pedro mora)

Corta para…

Cena 02-tarde/inter(sala)/apartamento de Pedro

Pedro- Eu quero que você faça tudo o que eu mandar. Ligue para sua mãe.

Alice- Ela não atende, antes de te encontrar já tentei ligar e nada dela atender.

Pedro- Isso pode ser muito mal pra você, tente novamente! Se ela não atender você sofrerá as consequências.

(Alice pega o celular e liga pra mãe)

Alice- Está chamando, mas ela não atende!

Pedro- Insista!

Alice- Alguém atendeu. O que eu falo?

Pedro- Fale que você está comigo, e que ela sabe o endereço  onde estamos.

(ligação intercalada entre o apartamento e afazenda)

Alice- Mãe sou eu, Alice.

Inês- Você já está no Brasil?

Alice- Sim, mas não estou em sua casa. Onde a senhora está?

Inês- É uma longa história minha filha.

Alice- Eu estou com Pedro, e ele falou que a senhora sabe o endereço de onde estamos.

Pedro- (Pega o celular da mão de Alice) –Você é inteligente e deve ter entendido o recado! (desliga o celular)

Alice- O que vai acontecer agora? Qual é seu plano?

Pedro- Vamos aguardar!

Corta para…

Cena 03-tarde/inter(sala)/casarão da fazenda

Afonso- Quem era querida?

Inês- Alice, mas tem um problema, ela está com Pedro em seu apartamento.

Afonso- Ela pode estar correndo perigo. Temos que ir pra lá.

Inês- É isso que ele quer,mas eu não consigo entender o por que disso!

Afonso- Talvez ele é realmente o assassino.

Inês- Esse infeliz me paga, vamos ter cuidado pois a policia está nos procurando. Ele que não toque em Alice!

Corta para…

Cena 04-tarde/exter(fora do prédio)/bairro de Copacabana

(Helicópteros da polícia sobrevoando os edifícios em Copacabana, as viaturas estão todas cercando um dos prédio a onde é o apartamento do serial killer)

Gustavo- Atenção Pedro, sabemos que você estar aí dentro, não tem  pra onde fugir, o prédio estar todo cercado. Se entregue! (fala de um megafone)

(Pedro aparece na janela)

Pedro- Parece que descobriram. Não tente nada comigo e nem pense de invadir minha casa, estou com uma refém e posso acabar tirando a vida dela.(fala da janela)

Gustavo- Não machuque a moça, podemos conversar e entrar em um acordo.

Pedro- Eu não quero conversa agora, estou esperando uma pessoa e até ela chegar eu dou as ordens.

Gustavo- E que pessoa é essa?

Pedro- Aquela que está chegando, deixem só ela passar. (aponta para Inês)

Adriana- Olha só quem são, Inês e Afonso. Os dois estão preso e irão responder criminalmente.(chegando perto dos dois e dando ordem de prisão)

Pedro- Deixem Inês subir, e nada de gracinha, e só Gustavo pode vir junto. (fala da janela)

Gustavo- Liberem ela, o rapaz fica pois ele está preso.

Corta para…

Cena 05-tarde/inter(sala)/apartamento de Pedro

Pedro- Agora a coisa vai começar a melhorar!

Alice- Por que toda essa polícia aqui?

Pedro- Já já você vai entender!

Gustavo- Por que isso meu irmão? Nunca imaginaria isso de você!

Pedro- Você não sabe um por cento dos meus motivos.

Inês- Minha filha tudo bem contigo? Esse idiota não fez nada com você?

Alice- Tudo bem mãe, só não estou entendendo nada!

Gustavo- O que te motivou a cometer esses crimes?

Pedro- A morte de nosso pai, até hoje você não sabe o motivo, mas tudo é culpa dessa aí.(sinaliza para Inês)

Gustavo- Eu era muito pequeno quando ele morreu, as pessoas nunca me falaram o que causou a morte dele.

Pedro- Eu estava junto com ele,quando Inês mandou algumas garotas de programa levar ele para um quarto. Eu tinha ficado no carro, mas depois sair para encontrar com ele. Elas colocaram veneno na bebida de nosso pai, ele já desacordado e essas mulheres esfaqueando seu corpo. Eu não pude fazer nada, peguei trauma que nunca mais esqueci. Desde aquele dia prometi me vingar de todas as garotas de programa. E Inês fez isso tudo de olho na empresa que hoje é dela.

Gustavo- Muito confuso. Mesmo assim não justifica querer matar.

Pedro- Não acabou ainda, Inês mandou matar nosso pai só que ela não queria metade da empresa, foi aí que ela mesmo matou Clara  envenenada , essa mulher é um demônio. Ela é a culpada de tudo!

Gustavo- Mas não justifica querer tirar a vida das pessoas. Não tem justificativa.

Pedro- Justifica muito pra mim, foi a forma que achei de vingar a morte de nosso pai. Eu cresci e comecei a matar: primeiro uma, depois a segunda e fui pegando gosto até me transformar na pessoa que sou hoje. Pode não justificar, mas minha cede de vingança falava mais alto. Busquei tratamento psicológico mas não adiantou.

Inês- A culpa disso tudo é da sua mãe, ela que me deu o veneno para matar seu pai. Agora solte a minha filha se não te mato. (puxa uma arma)

Gustavo- Cuidado com isso, ninguém quer se machucar! Vamos manter a calma.

Inês- Se afaste também se não atiro em você!

Pedro- Vai matar novamente, assassina.

Inês- Rapaz você não me provoque, eu não tenho medo de usar essa arma.

Pedro- Você é uma fracote, só subiu na vida matando as pessoas. Você é um nada, um nada!

Inês- Cala a boca seu verme, é isso que você é, um verme da pior espécie. Eu desconfiava que você era o serial killer. Tava certa, você carrega nas costas todas essas morte, mas isso acaba aqui! Morre desgraçado.(atira e Pedro)

(O tiro acerta em Pedro que acaba caindo no chão… Inês sai correndo com a filha mas é impedida)

Inês- Vamos Alice!

Adriana- Paradinha aí, solta a arma no chão.(dá a ordem barrando Inês)

Gustavo- Alguém me ajuda a levar ele até o carro, vamos para o hospital.

(com ajuda de um outro policial Gustavo leva Pedro para o carro)

Corta para…

(Cenas do Rio de Janeiro/ pontos turísticos…, horas depois)

Cena 06-noite/inter(quarto)/hospital

Gustavo- A bala já foi desalojada de você.

Pedro- O que vai acontecer agora?

Gustavo- Saindo daqui você vai para o presídio esperar o julgamento.  Inês e o marido delas foram presos e vão ser julgados também.

Pedro- Era pra ter me deixado morrer, eu me entendo com a morte. Matar é meu melhor prazer. Imagina o final apoteótico do assassino?

Gustavo- Deixa eu abrir a janela pra entrar um ar, você está delirando já. (vai até a janela abrir)

Pedro- Nada teria acontecido se nosso pai estivesse vivo! Você não teve curiosidade de saber? Como policial era pra ter começado uma investigação.

Gustavo- Eu preferia não dá atenção. Agora você vai pagar por isso, e te digo, no presídio as coisas são bem diferentes.

Pedro- Bem alto daqui não acha? (se aproxima da janela e olha pra baixo)

Gustavo- Estamos no 5° andar andar.

Pedro- Gosto desse perigo! (sobe no parapeito da janela)

Gustavo- Para de besteira e saia daí. Olha o estado que você tá. Acabou de ser operado!

Pedro- Por que sair daqui? Você não gosta do perigo?  Deveria se abrir mais pra essas sensações.

Pedro sobe no parapeito da janela e se joga.

Gustavo- Meu irmão, não. (grita após o irmão se jogar)

Corta para o corpo de Pedro caído no chão, o sangue pecorrendo ao redor melando todo seu corpo.

A imagem vai se distanciando do corpo e a cena escurece…

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