Acácia

Acácia – 5° Capítulo

Fazenda “Recanto do Sol” 1974

Cena 1 – Casa da Acácia – Manhã

Firmino se assusta e olha para o lado da cama e não vê Acácia

Acácia: Estou aqui homem.

Firmino: Eu preciso ter uma conversa com você.

Acácia: Sobre o que você quer falar?

Firmino: Você foi se encontrar com outro homem?

Acácia: (Irritada) Me poupe você acha mesmo que eu iria me servir a isso?

Firmino: Eu não sei, seu pai me abriu bem os olhos com você.

Acácia: Lá vem você com essas histórias de meu pai. Pra mim ele já morreu

Firmino: Olhe Acácia, se você estiver mentindo, você vai se arrepender muito.

Acácia: Você não é doido não né? Acho que você escuta bem. Eu não sou casada com você e nem pretendo.

Firmino: (Nervoso) Ai que você se engana, eu e seu pai fizemos um acordo muito serio.

Acácia: (Seria) Eu não tenho nada a ver com esse acordo, você entrou nele por que você quis. Agora aguente as consequências. Agora eu preciso sair.

Firmino: (Sem paciência) Ande que você vai?

Acácia: Eu, eu vou a algum lugar se não eu vou explodir aqui dentro.

Quando Acácia está saindo Firmino vai para frente da porta e não deixa Acácia sair.

Acácia: Pare de ser infantil homem, saia agora da porta ou eu vou gritar.

Firmino: (Gritando) VOCÊ NÃO VAI A LUGAR ALGUM.

Acácia: Tudo bem, não vou me estressar com você, outra hora eu vou.

Firmino: Você é surda? Você só vai sair daqui quando eu voltar do trabalho.

Acácia: O que é isso? Vai me amarrar e me deixar aqui isolada? Anda, estou esperando.

Firmino: Você quem pediu.

Firmino estava suando frio, com uma cara de psicopata agarrou Acácia pelos braços e a jogou na cama, começou a lhe beijar e a própria recusando. Acácia começou gritar e eles moravam longe do povoado. Firmino estava com muita raiva, também agredia Acácia e a chamava de nomes horrorosos começou rasgar sua roupa e abusou da pobre menina. Depois de alguns minutos Acácia caiu em um sono profundo, pois a briga corporal com Firmino foi bem cansativa. Quando acordou estava sozinha em casa e amarrada em um tronco.

Cena 2 – Fazenda – Manhã

Ester está bem triste com Laurindo ainda e não esconde a saudade de sua filha.

Ester: Benedita, por favor, venha cá.

Benedita: Sim senhora Ester, deseja alguma coisa?

Ester: Desejo sim Benedita, que você vá até a casa da Acácia saber como está tudo.

Benedita: Mas senhora, eu não sei onde é que ela mora.

Ester: Eu vou dizer pra você onde é que ela mora você faz um bolo de cenoura que ela ama tanto para levar.

Benedita: Minha menina vai amar, ela faz uma falta!

Ester: Pois é Benedita, a gente acha que nossos filhos vão ficar com a gente pra sempre não é?

Benedita: Pois é, a gente cria filho é pra vida.

Mariza entra na sala.

Mariza: Boa tarde gente, dona Ester a Acácia está no quarto?

Ester: Não Mariza, a Acácia se mudou hoje para sua casa!

Mariza: Mas rápido assim? Ela não me disse nada, a senhora sabe onde fica?

Ester: Sei sim, você não quer ir junto com a Benedita? Ela vai mais tarde a casa dela.

Mariza: Ótima ideia, ela vai amar. Então passo aqui pela tarde.

Passa uma câmera pela plantação da fazenda recanto do sol, o suor e cansaço daquelas pessoas que trabalhavam ali era muito grande.

Laurindo estava muito irritado o dia todo não estava muito para conversas, ficou no seu escritório quase todo o dia.

Ester: Laurindo, você está precisando de alguma coisa?

Laurindo: Por favor, me deixe sozinho.

Ester: Está triste, você precisa sair um pouco.

Laurindo: Sabe do que eu preciso? De não ver essa sua cara de mulherzinha preocupada. Deixe-me sozinho.

Ester: Pare um pouco com isso eu só quero seu bem.

Laurindo: Mas que merda, saia daqui agora. Eu não quero falar com ninguém, será que me entende?

Ester: Eu sou sua mulher, eu preciso saber o que está acontecendo com o meu marido.

Laurindo: Mulher? Nem na cama você não vale nada. Não passa de uma desculpada.

Ester fica com muita raiva e pela primeira vez em muitos anos da um tapa na cara do seu marido que fica mais furioso ainda. Laurindo levanta o rosto rapidamente e empurra Ester em cima do sofá.

Laurindo: Vou te mostrar agora o que você merece.

Ester: (Assustada) O que você vai fazer comigo?

Laurindo sobe em cima de Ester e começa da fortes tapas em seu rosto, pega seu logo vestido e começa rasgar. Xingava como nunca estava muito furioso. Pegou seu chicote e começou bater em Ester que gritava muito. Na cozinha Benedita ouviu os gritos e subiu as escadas desesperada, foi direto para o escritório de seu patrão. Benê batia muito forte na porta e pedia para que seu Laurindo parasse se não iria matar dona Ester. Benedita correu para a plantação e foi chamar José Maria para tentar arrombar a porta.

Benedita: (Assustada) Zéeeeee! Por favor, venha comigo.

José Maria: O que está acontecendo?

Benedita: Eu te explico no caminho, venha comigo.

Benedita estava desesperada quando iria entrar na casa é interrompida por Homero.

Hermano: Você sabe muito bem que o patrão não deu ordens de trabalhadores tá andando em sua casa.

Benedita: O que ele vai fazer é urgente.

Hermano: Diga-me que eu faço.

Benedita: Por favor, saia da minha frente. Eu preciso é do Zé Maria.

Hermano: (Debochado) Tudo bem, eu vou sair. Mas pode ficar saber que seu patrão vai ficar sabendo.

Benedita: Vá para os infernos.

Cena 3 – Porta do quarto – Manhã

Então Benedita estava muito nervosa e então pediu para que José Maria arrombasse a porta. Zé Maria ficou com medo do que seu patrão podia fazer com ele, mas não pesou muito e deu um grande chute na fechadura da porta fazendo um grande barulho.

Ao abrir a porta Ester estava muito ferida. José Maria pegou seu patrão pelas suas costas e o empurrou que caiu direto ao chão. Benedita pegou Ester pelos braços e saiu do quarto rapidamente.

Laurindo: Quem lhe deu ordem de você fazer isso seu bastardo.

José Maria: Covarde, há muito tempo eu queria falar isso pra você.

José Maria então da um belo soco na cara de Laurindo que rebate na mesma hora e os dois começam a se embolar no chão. Lá na sala Benedita começa gritar Hermano para que suba para apartar a briga

Hermano: O que aconteceu com dona Ester?

Benedita: Seu Laurindo novamente estava batendo na pobre moça, corra lá no quarto para apartar a briga de Zé Maria com ele.

Hermano então correu para o quarto e segurou José Maria que estava por cima de Laurindo dando muitos socos.

Laurindo: Mate ele, Hermano eu quero que você mate ele na frente de todos.

Mariza chegou para chamar Benedita para ir até a casa de Acácia e ficou assustada quando viu Ester muito ferida.

Mariza: Gente, dona Ester o que aconteceu?

Benedita: Vá até a casa de Acácia e chame a até aqui, diga que é urgente.

Benedita aproveitou que Mariza estava ali ainda e levou Ester para a senzala de José Maria para esconder de Laurindo.

No caminho para a casa de Acácia, Mariza estranha ela ter escolhido morar tão longe assim. Então Mariza bateu na porta.

Mariza: Oh de casa, Acácia, você está ai? – Ninguém respondeu

Mariza então chamou de novo.

Mariza: (Gritou) ACÁCIA!

Acácia: Quem é? Mariza é você? Por favor, me ajude.

Mariza: (Assustada) Abra a porta, como eu vou entrar?

Acácia: Arrombe, eu estou presa aqui dentro.

Mariza pegou um pau e começou a bater contra a porta até que conseguiu abrir

Mariza: Meu Deus o que aconteceu aqui também? É o fim do mundo.

Acácia: (Chorando) Eu vou te agradecer pelo resto da vida.

Mariza: Seu pai lá brigando com sua mãe e você aqui no mesmo estado que ela.

Acácia: (Espantada) O que meu pai fez com minha mãe?

Mariza: Eu não sei muito bem, quando eu cheguei a Benedita pegou para que vinhesse lhe chamar que era urgente.

Acácia: E ela como está?

Mariza: Estava bastante machucada, parece que seu pai bateu bastante nela. E dessa vez foi bem grave.

Acácia: É hoje que eu acabo com a vida dele, agora me tire daqui urgente.

FIM

 

 

 

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