A Origem

A Origem – Capítulo 04

A Origem

CENA 01 / A destruição de Sodoma e Gomorra

Naquela noite, Ló estava sentado ás portas de Sodoma. Ele viu dois anjos se aproximarem, mas eles pareciam homens comuns. Então, Ló se levantou e lhes deu as boas-vindas.

LÓ: Senhores, venham a minha casa. Lá vocês poderão lavar os pés e passar a noite. Amanhã cedo poderão seguir viagem.

ANJO: Obrigado, mas nós dormiremos aqui mesmo, na rua.

Mas Ló insistiu muito e eles acabaram aceitando o convite. Ló ofereceu a eles um banquete. Mandou preparar pães sem fermento. E eles comeram. Quando estavam se preparando para dormir, vieram todos os homens de Sodoma, tanto jovens como velhos e cercaram a casa de Ló. Eles gritavam a Ló:

– Traga para fora os homens que estão aí. Queremos ter relações com eles.

Ló saiu de casa e foi até os homens dizendo:

– Por favor, meus irmãos, não façam essa maldade. Eu tenho duas filhas virgens e as entrego a vocês para fazerem o que quiserem com elas. Mas deixem meus hóspedes em paz, porque eles contam com a minha proteção.

– Saia da frente Ló, quem você pensa que é? Só porque deixamos você e sua família morar aqui quer ser nosso juiz? Se você não abrir a porta, vamos fazer coisa pior com você e sua família. Vamos homens, vamos arrombar esta porta.

Os Anjos puxaram Ló para dentro de casa e fecharam a porta. Depois deixaram cegos os homens que estavam fora, desde o mais jovem ao mais velho, de modo que não conseguiram encontrar a porta. Então os Anjos perguntaram a Ló:

– Você tem mais parentes nesta cidade? Leve-os todos embora daqui, pois vamos destruir a cidade completamente. As acusações contra ela aumentaram muito e chegaram ao céu. Por isso o SENHOR nos enviou para destruir a cidade.

Ló foi correndo falar com os futuros genros das suas filhas e disse-lhes:

– Tratem de sair imediatamente da cidade! Ela vai ser destruída pelo SENHOR!

Mas os moços acharam que ele estava brincando, e não deram ouvidos.

No dia seguinte, bem cedo, os anjos insistiam com Ló:

– Arrume-se depressa. Pegue a sua mulher e suas duas filhas e saiam enquanto podem! Vocês estão correndo o risco de morrer com a destruição da cidade.

Mas Ló não se apressou, então os anjos pegaram todos pelas mãos e os tiraram dali à força, deixando-os fora da cidade. Quando já estavam fora da cidade, um dos anjos disse:

– Fujam! Corram sem parar e sem olhar para trás e não parem no vale. Vão para as montanhas e só parem quando chegarem lá, caso contrário vocês podem morrer!

LÓ: Assim não, meu senhor! Vocês foram bondosos comigo, salvaram a minha vida e mostraram piedade. Não posso fugir para as montanhas, estou com medo que essa calamidade caia sobre mim e eu morra. Deixem que eu vá para aquela pequena cidade (Zoar), ela fica bem próxima e poderia fugir para lá e ficar salvo.

– Tudo bem Ló, vou aceitar seu pedido e não vou destruir Zoar, mas vá depressa, porque não posso fazer nada enquanto você não chegar lá.

O sol já estava aparecendo no horizonte quando Ló chegou a Zoar, então o SENHOR fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. Ele destruiu completamente aquelas cidades, as demais cidades da planície, os habitantes e o que nascia da terra, mas a mulher de Ló olhou para trás e foi transformada numa estátua de sal. Ló partiu para Zoar com suas duas filhas e passou a viver nas montanhas, morando numa caverna.

CENA 02 / Abraão oferece Isaque

A maioria das pessoas não tem bebês aos cem anos, mas Abraão teve. Ele e Sara sonhavam com um filho. Agora, quando já estavam velhos, nasceu Isaque.

Sara, porém, tinha ciúmes de Ismael, o outro filho de Abraão. Ela pediu para que Abraão mandasse Agar e Ismael para longe dali, ficando muito triste, Deus disse a Abraão que deixasse eles irem, pois tomaria conta de Agar e Ismael.

Depois de algum tempo, Deus pôs Abraão á prova. “Abraão!” chamou Deus.

Abraão: Aqui estou meu mestre.

Deus: Pegue o seu filho e vá para terra de Moriá. Lá, ofereça o seu filho Isaque em sacrifício, como oferta queimada, num dos montes que irei lhe mostrar.

Na madrugada seguinte, Abraão levantou-se da cama e preparou seu jumento, levou consigo dois de seus servos e Isaque, seu filho. Rachou lenha para o sacrifício e foi com eles para o lugar que Deus lhe tinha indicado.

Depois de três dias de caminhada, Abraão viu o lugar de longe.

Abraão: Meus servos esperem aqui com o jumento. Eu e Isaque vamos até lá, e, depois de adorarmos, voltaremos.

Abraão colocou a lenha do sacrifício nos ombros de Isaque e levou uma tocha de fogo e a faca. Os dois caminhavam juntos, quanto Isaque questionou seu pai.

Isaque: Meu pai!

Abraão: Oi, meu filho?

Isaque: Temos a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício?

Abraão: Não se preocupe meu filho, Deus proverá o cordeiro.

E continuaram andando juntos. Quando chegaram ao lugar que Deus tinha indicado,  Abraão construiu um altar, arrumou a lenha sobre ele, amarrou seu filho Isaque e o colocou no altar, em cima da lenha. Depois pegou a faca para sacrificar, nesse momento o Anjo do Senhor gritou do céu.

Anjo: ABRAÃO! ABRAÃO!

Abraão: Aqui estou!

Anjo: Não toque no rapaz, não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, pois não me negou seu filho, seu único filho.

Abraão: Obrigado meu Deus, obrigado!

Anjo: Olhe para sua direita e veja um carneiro preso num arbusto, pegue-o e ofereça em holocausto no lugar de Isaque.

Abraão pegou o carneiro e o ofereceu como oferta queimada ao Senhor.

Anjo: Juro pelo meu próprio nome, como você me obedeceu e não me negou seu filho, certamente abençoarei você e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu  e como a areia na praia do mar.

Assim, voltou Abraão e Isaque aos seus servos e, juntos, partiram para Berseba, onde passaram a morar.

CENA 03 / Uma noiva para Isaque

Vinte e cinco anos depois…

Abraão já era um homem muito idoso, e o Senhor o tinha abençoado em tudo. Um dia Abraão falou ao seu servo mais antigo:

Abraão: Coloque a mão debaixo da minha coxa (essa era a forma de se fazer um juramento solene) e jure pelo Senhor, que não deixará o meu filho casar com uma moça dos cananeus, entre os quais vivemos.

Servo: Eu prometo Abraão, Isaque não vai se casar com uma Cananeia enquanto eu estiver vivo.

Abraão: Vá até os meus parentes que moram em Harã, traga de lá uma esposa para Isaque.

Servo: Mas se a moça que eu escolher não quiser vir comigo? Devo então levar o seu filho de volta à terra de onde o senhor veio?

Abraão: Cuidado! Não permita que meu filho volte para lá.

O servo carregou dez camelos com presentes e partiu. Depois de muitos dias de viagem, ele parou junto a um poço de água.

Servo: Senhor, mostre-me quem deve ser a esposa de Isaque. Quando eu pedir um pouco de água, que a escolhida seja aquela que disser que também dará água aos meus camelos.

Estava ele ainda orando quando uma jovem aproximou-se do poço. Quando o servo pediu-lhe que lhe desse um pouco de água.

Servo: Jovem, pode oferecer um pouco de água?

Jovem: Posso sim, darei água a você e também aos camelos.

Servo: Fico muito feliz, eles também deve está morrendo de sede. Como se chama?

Jovem: Chamo-me Rebeca, sou parente próxima de Abraão, meu pai se chama Betuel. Vamos até minha casa, te apresentarei a meu pai.

Quando o servo de Abraão contou o modo como Deus o havia guiado até Rebeca, toda a família concordou que ela deveria ir com o servo para casar-se com Isaque. E, mesmo sem ter tido nenhum encontro com Rebeca, amou-a muitíssimo.

CENA 04 / Esaú vende seu direito de primogenitura a Jacó

Isaque tinha quarenta anos quando se casou com Rebeca. Porém, passados muito anos de casamentos, eles ainda não tinham filhos. Eles imploraram a Deus que lhes desse um filho. Finalmente, quando Isaque estava com sessenta anos, ele e Rebeca tiveram gêmeos. Esaú tinha cabelos ruivos, e era todo peludo, como se vestisse um cassaco de peles, ele se tornou um grande caçador e era o filho predileto de Isaque. Jacó era sossegado e gostava das tarefas domésticas, ele era o favorito de Rebeca.

Como Esaú era o mais velho, ele possuía o direito de primogenitura, ele seria o chefe da família após a morte de Isaque.

Certo dia, Jacó estava preparando um ensopado de lentilhas, quando Esaú chegou.

Esaú: Jacó, estou exausto. Por favor, dê-me um pouco desse ensopado vermelho, estou faminto!

Jacó: Venda-me primeiro o seu direito de filho mais velho.

Esaú: Se estou morrendo de fome, que me adianta esses direitos?

Jacó: Jure primeiro!

Esaú fez um juramento, vendendo os seus direitos de filho mais velho a Jacó.

Jacó deu a Esaú pão e o ensopado de lentilhas. Ele comeu, bebeu e foi embora sem querer pensar nas consequências do que havia feito.

 

 

 

Almiro Júnior

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