A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 38 (Últimos Capítulos)

CENA 01. Vale do Sol. Casa de Janaína. Sala. Interior. Final de tarde.

Janaína chega até sua casa.

Janaína: — Sérgio! Marcos!

Após não obter resposta, ela fala: — Meninos cadê vocês?

Janaína vai até o quarto de Mônica e Olívia e depara- se com a cena de Sérgio no quarto delas.

Janaína: — Mas o que você está fazendo aqui Sérgio?

Sérgio: — Por que você não me revelou isso antes mamãe?

Janaína gaguejando fala: — É… Que… Eu estava… Estava esperando o momento certo.

Sérgio: — Que desrespeito com o papai. Tirar a Olívia do convento. E essa outra, quem é?

Olívia: — Essa outra tem nome. Ela é a Mônica. Também saiu do convento comigo. Por quê? Algum problema?

Janaína: — Olívia, por favor, controle- se.

Sérgio: — Se não bastasse o velho do Teodoro Fonseca, agora é isso não é mãe. Adeus! Vê se não me procura.

Janaína grita: — SÉRGIOO!

Ele vai embora.

 

CENA 02. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Galpão. Noite.

Melissa faz reunião com trabalhadores da fazenda.

Melissa: — Olá a todos!

Todos: — Olá!

Melissa: — Todos aqui já me conhecem. Eu sou a Melissa.

Melissa aponta dedo para Carlos e fala: — E esse aqui é o Carlos.

Melissa: — A partir de hoje seremos tratados como reis e rainhas nessa fazenda. Vocês estão entendendo?

Todos: — Sim senhora.

Melissa: — Quero que vocês ataquem a cidade o mais rápido possível.

Trabalhador: — Mas você está enlouquecendo dona Melissa. Não podemos fazer isso.

Melissa: — Se você não quer ir, tudo bem. Mas não sei se sairá com vida. Poderá ser um dos atacados lá da cidade.

Trabalhador: — Não foi só um teste. Eu vou sim.

Melissa: — Ótimo! Espero que tenha sido mesmo.

Melissa: — Hoje de madrugada quero todos destruindo aquela cidade horrorosa. Será um começo de uma nova era: a Era Melissa.

Melissa e trabalhadores ficam surpresos.

Trabalhador: — Mas ela está lelé da cuca não é?

Trabalhador 02: — Também achei. Atacar a cidade, pra quê? Qual o propósito disso? Mas só vou fazer o que ela mandar. Prefiro minha vida.

E todos horrorizados comentam a atitude de Melissa entre eles.

 

CENA 03. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Cecília e Samuel. Interior. Noite.

Cecília está quase dando a luz.

Cecília: — Ai Samuel… Ai, eu acho que chegou a hora! Chama a Augusta, por favor. Chama a Augusta!

Samuel desce as escadas correndo e gritando: — AUGUSTA! AUGUSTA!

Augusta: — O que foi seu Samuel?

Samuel: — Depressa, depressa. A Cecília vai dá a luz.

Augusta: — Meu Deus. Vamos, vamos!

Augusta chega ao quarto com os materiais necessários e diz: — Tchau seu Samuel.

Samuel: — Mas eu quero ver.

Augusta: — Desculpe, mas eu não gosto de fazer parto com ninguém olhando. Sinto- me desconfortável.

Cecília grita: — AIIIII! VEM AUGUSTA! Já vai nascer.

Samuel vai embora e Augusta realiza o parto de Cecília.

 

CENA 04. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Noite.

Natália, bêbada, invade salão do A Cor do Pecado.

Natália: — Acaba essa festa agora!

Rita: — NATÁLIA! O que você está fazendo por aqui?

Natália: — Oras! Eu moro aqui. Eu sou uma prostituta. Esse é o meu lugar não é?

Rita: — É, mas não bêbada. Que vergonha você está dando.

Rita: — Iara.

Iara: — Oi.

Rita: — Leve essa bêbada de uma figa até o quarto. Dê um bom banho gelado nela e a coloque para dormir.

Iara: — E os meus clientes?

Rita: — Não preocupe- se. Está tudo nos conformes. Não irei descontar nada do seu pagamento.

 

CENA 05. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Cecília e Samuel. Interior. Noite.

O bebê de Cecília é uma menina.

Samuel: — E agora Augusta. Já posso entrar?

Augusta: — Sim. Já nasceu. É uma princesa linda.

Samuel: — É… É… É uma menina?

Augusta: — Sim. Venha ver.

Cecília: — Nossa filha não é linda, Samuel?

Samuel: — Perfeita. Ela é a sua cara.

Cecília: — Como posso amar grandemente um serzinho tão pequenininho?

Samuel: — Posso pegar ela no colo?

Cecília dá a garota a ele e fala: — Claro que pode!

Samuel emociona- se com a filha.

 

CENA 06. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Sala. Interior. Noite.

Dona Quitéria bebe cada vez mais.

Dona Quitéria: — Agora sou eu só, sozinha. Pra quê tá dando exemplo? Eu bebo, tu bebes, eles bebem. Tá vendo, todo mundo bebe?

Dona Quitéria dá muitas risadas maléficas, toma um gole de uísque e diz: — Ah, Andreia. Foi bom te ter como companheira durante todos esses anos. Chegou sua hora!

Ela brinda sozinha com um amigo imaginário e diz: — Viva a bebida!

 

CENA 07. Vale do Sol. Centro da cidade. Praça. Interior. Noite.

Trabalhadores de Melissa destroem o centro da cidade.

Carlos: — E que comece! Mãos a obra.

Todos começam a destruir as belezas de Vale do Sol.

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