A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 35

CENA 01. Vale do Sol. Cadeia. Cela de Cássio Mendes. Interior. Dia.

Na cadeia, Cássio Mendes pede caneta e papel.

Cássio Mendes grita: — POLICIAIS! Venham cá, por favor.

Policial escuta e diz: — O que será que ele quer a essa hora?

Junto com outro policial, eles vão até a cela de Cássio Mendes.

Policial 02: — O que houve?

Cássio Mendes: — Quero uma caneta e papel.

Policial: — Mas pra quê?

Cássio Mendes: — Estou me sentindo muito só, sabe?

Policial olha para o outro e diz: — Sei sim.

Cássio Mendes: — Será que vocês poderiam trazer pra mim?

Policial 02: — Dessa vez podemos.

O outro policial chega com a caneta e o papel, entrega para Cássio Mendes.

Cássio Mendes: — Logo essa agendinha toda?

Policial 02: — Isso!

Policial: — Mas não vai se acostumar, hein?

Cássio Mendes: — Certo.

Policial: — Vamos?

Policial 02: — Vamos!

E assim, os dois policiais saem e deixam Cássio Mendes, lá, escrevendo muito em seu novo caderno.

 

CENA 02. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Dia.

Viviane decide ir embora com Renato.

Eles saem do quarto, e Rita logo pergunta: — Posso saber que malas são essas dona Viviane?

Viviane: — Ah! Pode sim. São as minhas roupas.

Rita: — Como assim?

Renato: — Ela vai embora comigo Rita. Essa é a verdade.

Rita: — Não. Não pode ser. Você não pode nos deixar, Viviane. E por que não nos avisou antes?

Viviane: — Calma. Não irei agora. O Renato só pediu que arrumasse minhas malas. Ficaremos no hotel até o dia da ida.

Rita: — E por que não ficam aqui?

Renato: — Queremos um lugar mais reservado, mais calmo, mais silencioso. Você entende?

Rita: — Entendo perfeitamente.

Rita acaricia rosto de Viviane e diz: — Ah, minha querida amiga Viviane. Amei passar todo esse tempo com você.

Viviane enxuga os olhos e fala: — Calma, por favor. Ainda não chegou o momento da despedida. Vamos aproveitar enquanto temos tempo.

Rita: — É isso. Assim que se fala.

As duas abraçam- se, e logo Renato também abraça as duas.

 

CENA 03. Vale do Sol. Casa de Fábio. Cozinha. Interior. Dia.

Sérgio encontra- se com Lorena.

Lorena é surpreendida com um abraço por trás de Sérgio.

Lorena: — Para! Parece que foi uma vez e você já quer entrar em costume.

Sérgio tenta agarrar a moça, mas é surpreendido com um empurrão dela.

Sérgio: — O que houve? Você não me quer mais?

Lorena: — Nunca te quis.

Sérgio: — E a noite retrasada?

Lorena: — Aquilo foi uma recaída, já falei pra você. Foi só um momento de fraqueza.

Sérgio: — Sei… Fraqueza. Engana que eu gosto.

Lorena: — Foi sim. E olha: vai embora. Agora.

O rapaz está saindo pela porta dos fundos, quando Lorena diz: — E ó, vê se me esquece, tá? Tenho um nome para zelar. Não te quero mais.

Sérgio sai da casa dela triste.

 

CENA 04. Vale do Sol. Casa de Janaína. Quarto de Mônica e Olívia. Interior. Dia.

Janaína conversa com Olívia e Mônica.

Olívia: — Mãe, mas por que não podemos sair daqui?

Janaína: — Vocês estão fugidas. Esqueceram? Imagina se o convento descobre isso.

Olívia: — Mas é com sua autorização.

Janaína: — Nada disso! E a Mônica? Esqueceu ela?

Olívia: — Ops, é verdade.

Janaína: — Isso que eu faço é bem melhor pra você. Pois tem uma companheira numa mesma situação. É mais fácil viver assim.

Mônica: — Não tem problemas, dona Janaína. Se quiser, pode autorizar a Olívia a sair oficialmente de lá. Eu me viro sozinha por aqui.

Olívia: — Nada disso. Nunca devemos abandonar uma amiga.

As duas abraçam- se.

Janaína: — Na hora certa tudo isso será revelado. Conversarei com o Sérgio calmamente daqui a alguns dias.

Olívia: — Mas que coisa, hein mãe? Você obedecendo seu próprio filho.

Janaína: — Não é obedecer. Um dia você entenderá isso.

Janaína: — E quanto a você Mônica: tentarei conversar com seus pais para te liberar de vez.

Mônica: — Mas tenho quase certeza de que eles não deixarão.

Janaína: — Tenho o meu jeitinho de falar. Não preocupe- se!

Mônica abraça Janaína e diz: — Você está sendo uma mãe pra mim Janaína. Obrigada!

 

CENA 05. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Melissa. Interior. Dia.

Melissa e Carlos conversam do novo plano.

Carlos: — Mas indo direto ao ponto: e o nosso próximo plano?

Melissa: — Ainda estou pensando. Dessa vez não envolverá aquele garotinho chato. Vamos mais além. Melhor dizendo: já atacando o Samuel ou a Cecília.

Carlos e Melissa conversam, e ele finaliza dizendo: — Ótimo! Não há pessoa melhor do que você para fazer isso. Agora, se me dá licença, tenho que ir. Até logo.

Após alguns instantes, Laura entra no quarto da filha.

Laura: — O que significa aquilo?

Melissa: — Ah… Nada.

Laura pega ela pelos cabelos e diz: — Vai! Diz.

Melissa: — Ai mãe, ai! Dizer o quê?

Laura joga a filha na cama e fala: — Se você ousar pôr esse tal plano em prática, eu acabo com você.

Laura levanta- se da cama dizendo: — Não te criei para ficar arruinando vida de ninguém. Cuide da sua, já é o suficiente.

Laura: — Vou saindo. Espero que você não faça mais esse tipo de coisa.

Laura sai e deixa a filha enraivada no quarto.

 

CENA 06. Vale do Sol. Cadeia. Cela de Cássio Mendes. Interior. Dia.

Cássio Mendes é encontrado morto.

Policial: — Levanta daí Cássio. Não é hora para brincadeiras.

O policial fica lá, esperando que ele levante e diz: — Vai! Levanta logo. Hoje você está um ótimo ator.

Após ver que ele não fala nada, ele corre para avisar ao outro policial.

Policial: — Socorro! Socorro! O Cássio… O Cássio.

Policial 02: — Calma. O que houve?

Policial: — O Cássio Mendes está deitado e não quer mais falar comigo. Acho que aconteceu algo com ele.

Policial 02: — Duvido. Isso deve ser mais uma das brincadeiras importunas dele. Vamos lá conferir.

Eles vão até a cela de Cássio Mendes.

Policial 02: — Não é que você está certo. Acabei de checar a respiração dele… E nada.

Policial: — E os batimentos cardíacos?

Policial 02 confere os batimentos, e diz: — Nada também. O Cássio morreu.

Os dois ficam espantados olhando um para o outro.

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