A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 26

E LÁ SE VAI MAIS UM ANO EM VALE DO SOL.

 

18 de Janeiro de 1931

É descoberto que as eleições foram forjadas,

E os verdadeiros ganhadores são: Marcos e Samuel.

 

CENA 01. Vale do Sol. Casa de Janaína. Quarto de Marcos. Interior. Dia.

Samuel após saber da notícia, corre para avisar a Marcos.

Samuel: — Com licença, dona Janaína preciso: falar com o Marcos urgentemente.

Janaína: — Qual o motivo de tanta euforia e alegria? Cuidado o coração não sair pela boca!

Samuel: — Logo a senhora saberá.

Samuel entra no quarto de Marcos e fala: — Marcos, Marcos!

Marcos: — O que foi?

Samuel: — Ganhamos. Ganhamos as eleições.

Marcos: — Como assim? Isso foi ano passado.

Samuel: — Pois é. Descobriu- se que elas foram forjadas.

Marcos levanta- se da cama nervoso e alegre, os dois abraçam- se e comemoram.

 

CENA 02. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Sala. Interior. Dia.

Cássio Mendes chega em casa furioso.

Laura: — Qual o motivo de tanta fúria homem?

Cássio Mendes: — As pessoas descobriram…

Laura: — Descobriram o quê?

Cássio Mendes: — Que eu forjei as eleições.

Laura: — E você forjou?

Cássio Mendes: — Se eu estou que falando que forjei, é claro que forjei não é burra?

Laura: — Desculpe- me.

Cássio Mendes: — E ainda tem mais! A polícia está a minha procura. Mande as meninas que trabalham aqui irem embora, vou mandar os jagunços e homens também. Tenho que me esconder o máximo possível. Só quero eu e você aqui nessa fazenda. Como se não tivesse ninguém.

Laura: — E a Melissa?

Cássio Mendes: — Havia me esquecido desse pequeno detalhe. Vai embora também.

Laura: — Como assim? Ela não tem pra onde ir.

Cássio levanta- se do sofá nervoso, saca sua arma da calça, a coloca na cabeça de Laura e fala: — Ela que se vire. Só quero eu e você por aqui. E se disser que vai embora com ela, já sabe né? Morre!

Cássio tira a arma, e Laura fala: — Certo.

 

CENA 03. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Melissa. Interior. Dia.

Laura informa para Melissa ir embora da fazenda.

Laura chorando fala: — Filha!

Melissa: — O que foi mãe?

Laura: — Você terá que ir embora.

Melissa: — Mas por quê? Como assim? Essa é a minha casa. Acho que a senhora está enganada.

Laura: — A polícia descobriu que seu pai forjou as eleições e agora ele está sendo procurado. Ele tem que se esconder. Ele falou que não quer ninguém aqui, a não ser eu e ele. É pra o seu bem. Vá embora.

Melissa chora e junto com sua mãe, começa a arrumar as roupas pra pôr na mala.

 

CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Cecília. Interior. Dia.

Samuel conta para Cecília sobre as eleições.

Samuel a beija e fala: — Ganhei. Ganhei meu amor.

Cecília: — Nossa. Calma! Qual o motivo de tanta alegria?

Samuel: — Foi descoberto. O Cássio Mendes forjou as eleições e agora está sendo procurado pela polícia. Os verdadeiros ganhadores: eu e o Marcos.

Cecília o beija novamente e fala: — Parabéns meu amor. Eu sabia desde o momento que foi anunciado: a vitória dele que havia algo de errado ali. Mesmo nós sendo maioria, mas os homens gostam da proposta política de vocês.

Samuel: — Tenho certeza meu amor que um dia vocês ainda votarão nesse país.

 

CENA 05. Vale do Sol. Casa de Carlos. Sala. Interior. Dia.

Melissa pede abrigo para Carlos.

Carlos: — Qual o motivo que traz a senhorita até minha casa?

Melissa: — É urgente! Vou morar aqui com você.

Carlos fala ironizando: — Sério? A princesinha real morando aqui? O que será que aconteceu? Sei que por boa vontade você não viria nem a pau.

Melissa: — Meu pai forjou as eleições, está fugindo da polícia, e foi morar em outro lugar com a minha mãe, e não deixaram eu ir com eles. Você é a única pessoa que posso pedir abrigo.

Carlos ainda em tom de ironia fala: — Não imagina, não posso dar abrigo pra você.

Melissa: — Mas por quê? Só tem você nessa casa. Dá muito bem pra eu morar aqui.

Carlos: — Aqui é nojento, pequeno, não presta, segundo você. Não é o palácio que a princesa merece.

Melissa: — Não estou interessada nisso agora. E aí, vai deixar ou não eu ficar por aqui?

Carlos: — Se você se adaptar bem, claro que pode.

 

CENA 06. Vale do Sol. Casa de George. Sala. Interior. Dia.

Viviane conversa com George sobre seu comportamento ultimamente.

Viviane: — Quero falar com você George.

George: — Diga querida.

Viviane: — O que vem acontecendo com você nos últimos dias? Está tão diferente comigo. Eu fiz algo que te desagradou? Aconteceu alguma coisa?

George: — Não aconteceu nada, você não fez nada. Coisa da sua cabeça.

Viviane: — Espero mesmo que seja apenas algo da minha cabeça.

 

CENA 07. Vale do Sol. Convento. Quarto de Mônica e Olívia. Interior. Dia.

Olívia e Mônica planejam fuga do convento.

Olívia: — Sabe, eu estava pensando a gente tem tanta coisa em comum.

Mônica: — Pois é.

Olívia: — Fomos trazidas até aqui a força não foi?

Mônica: — Sim.

Olívia: — Que tal deixar tudo isso aqui?

Mônica: — Mas como? Muito difícil.

Olívia: — Difícil, mas não impossível. E aí, topa?

Mônica fica pensativa, mas logo fala: — É que… Topo, eu topo.

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