Por Você

Capítulo 5 – Por Você

NO ÚLTIMO CAPÍTULO…

– Desculpa Henrique, era para acertá-lo!

    Henrique gritou que aquilo já havia passado dos limites e deu um murro na cabeça de Sérgio que desmaiou no chão da sala. Júlia correu chorando e abraçou forte Henrique que ficou fazendo carinho e dizendo palavras bonitas para Júlia.

    Depois de algum tempo três policiais chegaram ao prédio. Sérgio estava ainda meio atordoado e um dos policias o algemou e enquanto Henrique explicava, Gabriela chegou na sala.

– Depois disso, ele chegou aqui na república alterado e começou a ofender a Júlia. Ela tem o pavio curto e saiu do quarto onde estava trancada com a amiga. Aí, partiu para a agressão física e eu tive que dar um golpe na cabeça dele, ou se não ele machucaria mais a Júlia!

GABRIELA:  Não acredito! Você de novo!!!

DIEGO: Oi, mas aquele rapaz não está aqui, né?

GABRIELA: Rapaz…? Ah, o Bruno não mora aqui!

DIEGO: Então a vítima é você?

GABRIELA: Não! Sou Gabriela e a vítima é a Julia.

DIEGO: A mocinha que saiu do carro e acalmou a situação?

    Neste momento chegou Júlia com o rosto inchado de tanto chorar, Henrique a abraçou. Júlia ficou olhando com cara de nojo para Sérgio que estava sendo levado para a viatura.

    O policial Diego disse:

DIEGO:  Vamos fazer o seguinte, vamos levá-lo, mas vocês podem ficar aqui, creio que tenha sido uma noite difícil. Amanhã vocês compareçam à delegacia.

JÚLIA: Para que? 

DIEGO: Precisamos emitir o B.O e tomar os depoimentos.

 

NO DIA SEGUINTE…

 

    9 horas da manhã. Henrique, Gabriela e Júlia já estavam na recepção do distrito e Diego apareceu para chamá-los.

DIEGO: Venham! O delegado está chamando.

    Eles contaram toda a história novamente enquanto Diego apenas observava, ele prestava atenção nos mínimos detalhes e gestos das duas mulheres.

    No fim do delato, o delegado disse:

DELEGADO: A queixa já está oficialmente realizada, mas terei que soltar o Sérgio.

GABRIELA (gritando): O senhor está louco, por quê?

JÚLIA: Menos Gaby! 

DIEGO: Ele tem curso superior e é réu primário, não pode ficar aqui…

DELEGADO: Teremos que resolver essa situação, pois vocês me disseram que ele mora com vocês.

HENRIQUE: O deixem ir para casa, nós conversamos com ele e chegamos numa solução. Ele já não está mais alterado, aquilo foi a droga.

    Enquanto eles saiam, Diego conversava com Júlia.

DIEGO: Estou fazendo uma graduação para me especializar e estou pensando em morar mais próximo da faculdade.

JÚLIA: Pensou em uma república?

DIEGO: Sim, minhas despesas estão apertadas e sairia mais barato.

JÚLIA: Mas onde moro não tem vaga!

DIEGO: Imaginei, mas pensei que pudesse conhecer alguma…

    Gabriela chegou interrompendo e disse:

GABRIELA: O Sérgio não deve ficar lá no apartamento depois dessa, então terá vaga e qualquer coisa a minha cama é igual coração de mãe, sempre cabe…

    Júlia envergonhada puxou o braço de Gabriela, mas Gaby não se conteve e pegou uma caneta na bolsa e escreveu na mão do policial Diego o número do celular dela. Ela escreveu enquanto acariciava os dedos longos de Diego, ela escrevia e o fitava. Quando acabou, ela deu um selinho na palma da mão de Diego e disse:

GABRIELA: Me liga que combinamos a sua estadia.

    Júlia puxou Gabriela e fez um gesto mostrando que ela era louca

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No mesmo dia em que eles foram à delegacia, só que a noite, houve uma reunião para discutir o rumo dessa república. Sérgio já havia chegado e estava tomando banho, ele não havia falado nada com ninguém. Gabriela colocou a pizza que pediu em cima da mesa e colocou as fatias nos pratos. Minutos depois, Henrique, Gabriela, Júlia e Sérgio se sentaram à mesa para conversar.

JÚLIA: Eu não fico nesse apartamento mais um minuto com esse babaca! Ou ele sai ou saio eu.

GABRIELA: Concordo, mas não tem como ele sair agora né Jú! 

HENRIQUE: Tem que arrumar um local para ele ficar! Vamos dar um prazo.

GABRIELA: Que tal 12 horas? O Diego tem que mudar para cá o mais rápido possível!!!

    Sérgio não havia comido nada. Ele se levantou e disse:

SÉRGIO: Vocês vão me deixar falar?

HENRIQUE: Desculpa mano, pode falar! 

SÉRGIO: Sei que não vai valer de nada, mas peço desculpas. Não tem condições de eu ir embora agora! Mas estou no último semestre do meu curso da faculdade, basta eu me formar que vou embora, pode ser?

por vco

Italo Silva

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