4º Capítulo – Por Você

NO ÚLTIMO CAPÍTULO…

    O policial ficou sem graça, mas Bruno continuou e se aproximou passando a mão nos ombros dele.

– Então o senhor se chama Diego, ai que tudo!

    Bruno foi com a mão no cassetete preso na cintura do policial e disse:

– Nossa é muito duro, acho excitante!

– Chega, já passou dos limites, coloque as mão na cabeça já!

– Por favor, não o leve a mau. Ele é apenas uma bicha desmiolada. Nos libere por favor, acabei de passar por um trauma e só quero minha casa. – disse Júlia com um tom delicado saindo do carro.

– Tudo bem, mas só farei isso por vocês duas e também porque o teste do bafômetro não indicou nada – falou Diego.

    Gabriela se aproximou e disse enquanto alisava o braço de Diego:

– Muito obrigada, mas se você me levasse não acharia ruim!

– Chega Gaby, vamos embora! – Disse Júlia irritada.

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Depois de alguns minutos Gabriela e Júlia haviam chegado na república e Bruno já tinha ido para sua casa. As duas entraram e deram de cara com Henrique que estava desorientado e Gabriela disse:

– Gostaria muito de saber o que houve com você meu bem, mas preciso ir no banheiro que já estou estourando!

    Henrique segurou no braço de Júlia e disse:

– Vocês foram embora e eu fiquei para conversar com o Serginho, custei, mas o achei. Ele estava com uma turma da pesada bebendo muito, ele já estava transtornado e nem quis falar comigo, estava muito agressivo.

– Eu não quero saber desse cara, mas aqui ele não entra! – falou Júlia.

– Ele também mora aqui, ele tem as chaves. Mas ainda é pior Júlia! Aquela turma usa drogas. – disse Henrique.

– Mas porque você está tão preocupado? – indagou Júlia.

– Por quê? Ju, presta atenção, ele tentou te estuprar, ele está drogado e com certeza virá para a república te procurar! – Henrique explicou.

– Verdade Henrique! Vou me trancar no quarto. – comentou Henrique.

    Júlia e Gabriela se aprontaram para dormir e se trancaram no quarto que dividiam.

– Júlia, você acordou na hora certa, se não fosse você estaríamos na delegacia uma hora dessas! – Gaby começou a rir

– Eu levei um susto enorme Gaby. Eu acordo num lugar que nem sei como cheguei e me deparo com a polícia! – disse Júlia começando a se contagiar com a risada de Gabriela.

– E o Bruno?! – riu Gabriela.

– Eu só vi que ele estava fazendo merda, só para variar, mas o que ele falou?

– Ele pegou no cassetete daquele policial e disse que era duro e ainda falou daquele jeito dele “Acho excitante!”.

  Todos riram juntos.

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NO DIA SEGUINTE…

    Elas dormiram e no outro dia, pela manhã, Sérgio entrou na sala muito grosseiramente, ele estava com o ombro machucado e sem camisa, fedia a álcool, fora os olhos vidrados. Henrique se aproximou e já foi tentando levá-lo para o banheiro.

– Solta carai! Eu não vou tomar banho! – Disse Sérgio.

– Então vai dormir, eu te ajudo. – Henrique falou.

– Henrique presta atenção no que eu vou dizer: Vai se fuder! – Sérgio gritou.

– Porra cara você está drogado, vai tomar um banho para se acalmar mano! – Falou Henrique.

– Me deixa quieto! Cadê aquela piranha? Fugiu, mas estava gostando de sentir meu pau raspando nela! –Sérgio riu-  Júlia, cadê você, vamos continuar de onde paramos?

    Júlia escutava tudo e estava se descontrolando. Gabriela tentava acamá-la.

– Sua cachorra duma figa, meu saco está doendo até agora, vem cá que vou te dar um soco, mas antes quero lhe usar. – falou Sérgio pervertidamente.

    Sérgio foi para o quarto das meninas e começou a bater na porta, Henrique tentava conte-lo, mas Sérgio era mais forte!

– Sua desgraçada vem me encarar! Não tem coragem? Mas lá na boate você bem que gostou. Vem cá gostosinha! – ameaçou Sérgio.

    Júlia não aguentou e abriu a porta e deu um tapa na cara de Sérgio.

– Calma marrentinha! –  riu ele.

– Cala a boca seu imbecil! Você vai ter que sumir daqui, ou se não sou eu quem vou embora!

    Sérgio passou as mãos nos seios dela.

– Seu filho da puta! – Cuspiu Júlia na cara dele.

    Sérgio deu um soco na cara de Júlia que a fez cair no chão. Ela gritou de dor e com sangue nos olhos começou a bater e arranhar o rosto dele. Gabriela se trancou no banheiro e ligou para a polícia. Sérgio rasgou a blusa de Júlia, ela saiu correndo para a sala e pegou um vaso. Ele se aproximou com a mão no pênis e uma cara de tarado. Júlia atirou o vaso, mas ele desviou, os cacos acertaram Henrique que ficou com alguns cotes pelo braço.

– Desculpa Henrique, era para acertá-lo! – Júlia falou preocupada.

    Henrique gritou que aquilo já havia passado dos limites e deu um murro na cabeça de Sérgio que desmaiou no chão da sala. Júlia correu chorando e abraçou forte Henrique que ficou fazendo carinho e dizendo palavras bonitas para Júlia.

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