No Rumo da Vida

Capítulo 08 | Proposta – No Rumo da Vida

https://www.youtube.com/watch?v=N7TNAu3-_HM

[CENÁRIO 01 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DA CARLA/ NOITE]
(Carla e Paula estão no quarto, ainda continuam conversando sobre seu pai)
PAULA – Eu quero voltar pro Rio. Ele também é meu pai, Carla!
CARLA – Não vamos brigar, Paula. Você vai ficar aqui com minha madrinha. Eu também não vou demorar muito, só vou lá verificar se realmente tem uma copia desta carta em casa.
PAULA – Você não está me enganando? E se você está indo para procurá-lo?
CARLA – Confia em mim. A gente vai procurá-lo juntas.

[CENÁRIO 02 – BOATE/ NOITE]
(Cláudio deixa Luana na boate, em seguida sair com seus amigos. Sérgio, Adriano e Roberto também estão nessa mesma boate. Luana começa a beber, se animar e novamente esbarra com Sérgio. Ele sabe quem é ela, mas ela não lembra dele, por causa do efeito da bebida. Ela puxa ele para pista e os dois ficam novamente. Porém, dessa vez a relação deles não ficou só na boate. Sérgio leva Luana para seu apartamento, sem que os meninos percebessem)

Amanhecendo…

[CENÁRIO 03 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
(Sérgio leva Luana para fora do apartamento, tentando não acordar ninguém)
LUANA – Tem certeza que ninguém descobriu a gente aqui?
SÉRGIO – Tenho! Os rapazes devem está dormindo ainda, eles não costumam acordar essa hora!
LUANA – Vamos nos ver ainda? (fica em frente a ele)
SÉRGIO – Realmente você não sabe quem eu sou?
LUANA – Deveria? (o beija)
SÉRGIO – Melhor você ir, se o pessoal acorda e te pega aqui, vão ficar pegando no meu pé.
LUANA – Então tá! (se beijam de novo) Tchau.
SÉRGIO – Tchau! (fecha a porta e quando se virá, se depara com Adriano)
ADRIANO – Pensou que ia esconder da gente, é?
SÉRGIO – (assustado) O que faz aí?
ADRIANO – Estava vendo você se despedir de sua “namorada”? Seria esse o nome?
SÉRGIO – Ela não é minha namorada! (caminha para a cozinha, Adriano vai logo atrás)
ADRIANO – Não é? Cara, você dormiu com a noiva do Felipe, nosso amigo…
SÉRGIO – Eles não são noivos, quer dizer eu acho que não.
ADRIANO – Eu só sei, que está na hora de você contar a real pro Felipe!
SÉRGIO – Quer saber, eu estou cansado tá. Vou voltar a dormir, quando eu acordar, decido o que faço. Bom Dia.
ADRIANO – Bom dia. (Sérgio vai para o quarto meio chateado)

[CENÁRIO 04 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Camila levanta primeiro que as outras. Caminha até o sofá, e se deita. Logo depois, campainha toca, ela vendo que as meninas não ouviram decide abrir a porta)
CAMILA – Quem é? (ninguém responde e ela abre mesmo assim)
BIANCA – Olá filha! Estava com saudades da mamãe?
CAMILA – O que você está fazendo aqui?
BIANCA – Não vai convidar sua mãe para entrar?
CAMILA – A senhora não entra aqui. (empurra a porta e Bianca a impede de fechar)
BIANCA – Que é isso filhinha, você não vai virar as costa logo agora para sua mãe, né?
CAMILA – (gritando) Sair daqui, me deixa em paz.
BIANCA – Olha aqui… (empurra a porta com força e entra dentro de casa) …sua garota chata. Eu sou sua mãe, você tem que me respeitar.
CAMILA – Você não é minha mãe, minha mãe morreu.
BIANCA – Eu sou sua mãe sim. Você queira ou não. Continua a mesma de sempre né? Mal criada, desobediente, só que agora eu estou aqui, para te educar como devia.
ADRIANA – O que é que está acontecendo aqui? (aparece na sala)
JOANA – Camila. (corre até ela, que já estava chorando)
BIANCA – Bom dia meninas.
CAMILA – (chorando) Mandem ela embora daqui. Eu não quero ela aqui.
ADRIANA – Você não ouviu, a senhora não é bem vinda aqui.
BIANCA – Eu acho que vocês não sabem quem eu sou ainda. Sou a mãe dessa ingrata que fez tudo por ela, e agora, que já estar grandinha pensa que não precisa mais de mim.
CAMILA – (grita) Eu não preciso de você. Nunca precisei, quero você longe daqui, longe da minha vida. Volta pro inferno que você estava.
BIANCA – Olha aqui sua moleca… (levanta a mão para bater nela, mas Adriana entra no meio e segura a mão dela)
ADRIANA – Não ouse tocar na minha amiga. Aqui ela não está sozinha.
BIANCA – Você me deve garota e eu vou cobrar.
ADRIANA – Agora, se você quiser ir pro bem, a porta da rua é a serventia da casa.
BIANCA – Eu vou, mas não pense que vai se livrar assim de mim viu garota. (ela vai embora)
JOANA – Você está bem? (levando ela até o sofá)
CAMILA – (chorando) Não quero essa mulher aqui de novo.
ADRIANA – Não se preocupa amiga, estamos aqui. Você não estar sozinha.

(Frederico, o suposto pai morto da Carla e da Paula, o mesmo que teve um passado com Viviane, hoje está casado com Beatriz. Os dois não tiveram filhos. Mesmo este sendo o grande sonho de Beatriz. Ela tem um irmão, Thomas, que sempre teve um pé atrás com Frederico, muito mesmo antes deles se casarem)

[CENÁRIO 05 – CASA DO FREDERICO/ COZINHA/ DIA]
(Beatriz está na cozinha tomando o café da manha sozinha)
THOMAS – (entrando na cozinha) Bom dia minha irmã.
BEATRIZ – Bom dia.
THOMAS – Suponho que o Frederico ainda esteja deitado?!
BEATRIZ – O Frederico está muito cansado. Ele tem muitos assuntos para resolver e isso o deixa muito exausto.
THOMAS – Sei! Eu, ao contrario de uns e outros, que gostam de dormir até tarde, já estou indo para empresa.
BEATRIZ – Não começa pegar no pé do Frederico, irmão. Ele não estar nem aqui para se defender.
THOMAS – Quero saber quando você vai abrir seus olhos e perceber quem realmente é seu marido.
BEATRIZ – Eu nunca entendi essa sua implicância com o Frederico?
THOMAS – Um dia você vai ver que eu estou certo, mas tenho que trabalhar agora. Tchau. (dar um beijo no rosto de Beatriz e sair logo em seguida)

[CENÁRIO 06 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO) / COZINHA/ DIA]
(Rosário está terminando de arrumar a mesa, quando Carla e Paula entram na cozinha)
ROSÁRIO – Que bom que vocês já desceram! Tem café na garrafa, os pães tão aqui em cima, na sacola, a manteiga tá na geladeira, leite em cima do fogão. Podem se servirem, que hoje não vai dar pra ficar com vocês, vão chegar uns fornecedores lá no comercio e eu tenho que estar lá.
CARLA – Pode ir madrinha, a gente se virá aqui.
ROSÁRIO – Ok. Ah, já ia me esquecendo, Paula, eu já tô quase conseguindo uma vaga num cursinho bem aqui perto, só preciso de uns documento seus.
PAULA – De quais?
ROSÁRIO – Depois falamos sobre isso, é que estou realmente atrasada! Tchau meninas, preciso correr. (sair apressada da cozinha)
CARLA – Tchau.
PAULA – Você sabe onde está á outra carta? (as duas se sentam e começam se servir)
CARLA – Não. A única dica que eu sei, foi a que a mamãe escreveu na carta que ela deu para madrinha.
PAULA – Que está no lugar onde só você e ela saberiam!
CARLA – Isso. Nossa, já ia me esquecendo!
PAULA – O que?
CARLA – De ligar para as meninas, elas devem está achando que eu esqueci delas.
PAULA – Será que elas vão atender agora?
CARLA – Espero que sim. (corre pra sala fazer a ligação) Alô, Joana?
JOANA – Olha só quem finalmente decidiu ligar? Tinha esquecido da gente era?
CARLA – Nada, eu já tinha ligado antes, só que ninguém atendeu.
JOANA – Nem te conto como as coisas estão aqui, Carla!
CARLA – O que houve? Está tudo bem?
JOANA – A Camila, você precisa ver como ela esta. Nervosa, espantada, nunca tinha visto ela dessa maneira.
CARLA – Mas porque?
JOANA – Tudo por causa da mãe dela, é uma longa historia e não sei se é bom contar pelo telefone.
CARLA – Se for o assunto que eu estou pensando, eu acho que já sei.
JOANA – Como assim? Você já sabia?
CARLA – Já!
JOANA – Quer dizer que só nos não sabíamos?
CARLA – Talvez. Eu conheço á Camila mais tempo que vocês. A confiança que temos uma na outra é grande.
JOANA – Eu sei, só que eu pensei que a gente éramos amiga.
CARLA – Olha o ciúmes, Joana. É serio, eu queria estar aí apoiando ela.
JOANA – Ela está passando os dias deitada no quarto, perdeu duas aulas na faculdade e não sei o que eu faço mais.
CARLA – Tentem distrair ela e não deixem que essa mulher vá aí procura-la.
JOANA – O pior é que ela já veio aqui. E tiveram uma discussão feia. Mas, mudando de assunto, como estão aí? Já se adaptaram?
CARLA – Paula ainda está se adaptando, mas vamos chegar lá. Bem, vou ter que desligar, o telefone é da minha madrinha e não quero que a conta venha alta aqui. Mas outro dia eu ligo e espero que vocês me atendam viu.
JOANA – Ver se não demora pra ligar, ta? Beijos. Tchau.

[CENÁRIO 07 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Luana chega em casa e diferente da ultima vez, ela tenta não fazer muito barulho. Ela sobe as escadas com calma, mas mesmo assim, ela é flagrada por sua mãe)
VERÔNICA – Isso são horas de chegar? (saindo da cozinha)
LUANA – Anda, dar logo o seu sermão que eu quero ir pro meu quarto dormir!
VERÔNICA – Eu não vou dar sermão nenhum. Quero que você suba para seu quarto, tome um banho, se arrume e desça, que a gente vai para casa do Felipe.
LUANA – Fazer?
VERÔNICA – Esqueceu que não mostramos o resultado do teste ainda? Vamos até lá resolver de vez essa situação. Até tudo estiver acertado, não vamos parar de ir lá.
LUANA – Então boa sorte. (sobe para o quarto)
VERÔNICA – Hoje esse noivado continua ou não me chamo Verônica.

[CENÁRIO 08 – LANCHONETE/ DIA]
(Joana entra na lanchonete e logo é atendida por Junior)
JUNIOR – (sério) Já escolheu o que vai pedir?
JOANA – Na verdade eu queria conversar.
JUNIOR – Pois eu acho que você veio ao lugar errado. Eu não sou psicólogo e isso é uma lanchonete. Já que não vai pedir nada, com licença. (ele sair deixando ela sozinha constrangida na mesa)

[CENÁRIO 09 – CASA DO FELIPE/ Q. DA VIVIANE/ DIA]
(Viviane pensa em Frederico e nem repara Paulo entrando em seu quarto, com uma bandeja de café da manha para ela)
PAULO – Eu posso saber por que a senhora não desceu para tomar o café da manha?
VIVIANE – Estava sem fome filho.
PAULO – Mas a senhora precisa comer alguma coisa, por mais pouca que seja. (coloca a bandeja sobre ela) Posso sabe em que a senhora estava pensando, que nem percebeu entrando em seu quarto?
VIVIANE – Estava pensando naquela mulher que veio aqui ontem. Teve algo que ela me disse, que não saí da minha cabeça.
PAULO – O que foi que ela disse?
VIVIANE – É melhor eu dizer quando seu irmão chegar. Esse assunto também é do interesse dele.

[CENÁRIO 10 – PRAÇA/ DIA]
(Bianca se encontra num banquinho de uma praça, comendo um cachorro quente)
BIANCA – É Bianca, essa sua vidinha de miséria logo vai acabar, graças a seu potinho de ouro, que vai te tirar dessa ruína.

[CENÁRIO 11 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Joana chega em casa, triste com o fora que levou do Junior)
ADRIANA – Posso saber onde a mocinha estava?
JOANA – Como se você se preocupasse onde eu vou ou com quem estou.
ADRIANA – Então você estava com alguém? Me conta tudo, é gatinho?
JOANA – Ah vai sonhando que eu vou te dizer.
ADRIANA – É sério? Então tá, deixa que descubro sozinha.
JOANA – Mudando de assunto, a Carla ligou!
ADRIANA – Lembrou da gente foi? Quando ela ligou?
JOANA – Um pouco mais cedo! Conversamos pouco, mas ela disse que estar tudo bem com ela e a Paula. Já estão instaladas na casa da madrinha dela e estão se adaptando em São Paulo!
ADRIANA – Ela pelo menos disse quando vai ligar de novo?
JOANA – Não disse. Mas de qualquer forma, ela estar bem e lembrou da gente. (vai para o quarto, deixando a Adriana sozinha na sala)

Anoitecendo…

[CENÁRIO 12 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA – COZINHA/ NOITE]
(Sérgio estava lendo um livro e de repente ele começa a pensar em Luana. Roberto entra na sala e ver o amigo viajando nas nuvens)
ROBERTO – Pensando nela?
SÉRGIO – O quê? (cai na real) Não viaja, Roberto. (fecha o livro, joga em cima do sofá e vai para cozinha)
ROBERTO – Eu viajando! (seguindo ele) Estou com meus dois pés bem colados no chão amigo, agora já você…
SÉRGIO – Qual é Roberto? Vocês agora vão ficar toda hora pegando no meu pé por causa disso?
ROBERTO – Calma cara.  Parei por aqui então.
SÉRGIO – Assim espero.

[CENÁRIO 13 – CASA DA LUANA/ SALA/ NOITE]
(Verônica desce as escadas e é elogiada por seu filho que está na sala com Vitoria e Fernanda)
CLÁUDIO – Nossa, que musa é essa?
VERÔNICA – Obrigada, filho!
VITORIA – Arrumou um namorado foi tia?
VERÔNICA – Não querida. Vou jantar na casa do Felipe hoje. Vamos comemorar o retorno do noivado da Luana!
CLÁUDIO – Eles voltaram, não estava sabendo disso?
VERÔNICA – Voltaram, esses dois se amam, não aguentam ficar muito tempo separados.
FERNANDA – E onde está a Luana?
VERÔNICA – Ainda lá em cima, ela tem que estar linda pra hoje.
VITORIA – A senhora me parece tão feliz com retorno desse noivado?
VERÔNICA – Que mãe não ficar feliz ao ver sua filha feliz, construindo sua própria família com quem ama.
FERNANDA – E que envelope é esse em suas mãos tia?
VERÔNICA – É um documento que irá garantir minha felicidade essa noite. (Luana vem descendo as escadas)
LUANA – (nada animada) Está bem para senhora?
VERÔNICA – É… só que está faltando um sorrisinho em seu rosto não?
VITORIA – Verdade Luana, ao contrário de sua mãe, você perece está bem triste com esse noivado. O que foi? Não quer mais casar?
VERÔNICA – Não diga bobagens menina. Luana está morrendo de felicidade por dentro, é que ela não gosta de expor à todos, para não provocar inveja as pessoas que queriam estar em seu lugar.
VITORIA – Imagino.
LUANA – Será que podemos ir?
VERÔNICA – Vamos filha, já perdermos muito tempo. (Verônica e Luana caminham até a porta e vão embora)
FERNANDA – Parece que vamos jantar só a gente hoje.
CLÁUDIO – O pior é que eu tinha uns planos de sair com um pessoal… (olhando para o celular) …só que não deu muito certo.
VITORIA – E porque você não sair com a Fernanda? Ela me disse que tinha um filme bom em cartaz e queria assistir. Ela até me convidou pra ir, mas eu estou com uma dor de cabeça e infelizmente não posso acompanhá-la. Porque você não a acompanha até o cinema?
CLÁUDIO – Se você quiser minha companhia durante um filme todo, eu aceito. (Fernanda não sabe o que dizer, gagueja alguma coisa, mas Vitoria é quem responde)
VITORIA – Ela aceita sim.
FERNANDA – Claro, quer dizer… se não atrapalha seus planos?
CLÁUDIO – Meus planos já foram atrapalhados. Vai ser bom pegar um cineminha, ainda mais com minha prima. E eu também não estou afim de ficar em casa. Então, você vai se arrumar ou vai assim mesmo?
VITORIA – Ela vai se arrumar. Vou com ela pra ela andar mais rápido, você aguarde aí. Vamos Fernanda. (a puxa pelo braço, levando escada a cima)
FERNANDA – Porque você fez isso sua louca? (dar um tapa em seu ombro)
VITORIA – Aí! Você devia me agradecer, ao invés de ficar me agredindo. Se não fizesse nada, você nunca iria chegar no nosso primo. Agora aproveita, que eu planejei isso e ver se pega ele. (Fernanda finge não gosta do que sua irmã fez, mais no fundo, ela gostou sim)

[CENÁRIO 14 – APARTAMENTO DA CAMILA/ Q. DA ADRIANA – COZINHA/ NOITE]
(Joana vai até o quarto da Adriana e repara que ela está no banho. Ela aproveita e pega o celular da amiga que estava em cima da cama. Procura o contato do Junior, o anota em seu braço e põe o celular no mesmo lugar. Sair do quarto, já na cozinha, digita o número em seu celular e liga para o rapaz)
JUNIOR – Não conheço esse número. Alô? Quem fala?
JOANA – Oi, aqui é a Joana, a garota da lanchonete de hoje de manha.
JUNIOR – Como você conseguiu meu número?
JOANA – Queria conversar com você. Será que a gente podia se encontrar na pracinha, que fica bem perto da lanchonete?
JUNIOR – Estou ocupado agora, não posso ir. (desliga o celular. Ela retorna a ligação novamente e ele tem um receio em atender, mas acaba atendendo)
JOANA – Por favor, só quero conversar com você. Aí depois eu prometo que não vou mais te procurar. (ele não responde nada por um tempo) Você topa? Alô? Está aí ainda?
JUNIOR – Te encontro lá daqui a meia hora.
JOANA – (contente) Ok. Então te encontro lá, daqui a meia hora. Tchau! Não acredito, eu conseguir, conseguir!!! Vamos ver se dar certo agora Joana. (contém a felicidade um pouco e vai para seu quarto se arrumar)

[CENÁRIO 15 – CINEMA/ NOITE]
CLÁUDIO – Chegamos. E parece que o filme já começou.
FERNANDA – Precisamos encontrar um lugar para a gente sentar?
CLÁUDIO – Claro, acho que ali está bom pra gente. (ele pega na mão dela e a leva pela escuridão do cinema, até duas poltronas no meio) Esses lugares estão bom?
FERNANDA – Estão. (diz baixinho) Com você qualquer lugar fica bom.
CLÁUDIO – O que você disse?
FERNANDA – Você quer mais pipoca?
CLÁUDIO – Quero sim. Qual é o nome desse filme mesmo?
FERNANDA – Vou ser sincera, eu não me lembro. (rir)
CLÁUDIO – Ah cabecinha de vento. Meu refri está acabando. Vou comprar mais, você quer outro ou mais pipoca?
FERNANDA – Não, esse aqui dar o filme todo!
CLÁUDIO – Certeza?
FERNANDA – Tenho.
CLÁUDIO – Então tá. Vou lá, guarda o meu lugar viu, não demoro. (Cláudio vai pegar outro refri, e sozinha, Fernanda não esconde a felicidade que está sentido)

[CENÁRIO 16 – PRAÇA/ NOITE]
(na praça, Joana espera Junior. Como o rapaz está demorando, ela pensa que ele deu um bolo nela, então decide ir embora, mas antes que ela se levantasse para ir embora, ele aparece)
JOANA – Você demorou. Pensei que não ia vir?
JUNIOR – Pois é, mas eu vim. Então, o que você quer?
JOANA – Queria conversar com você?
JUNIOR – Sobre o quê?
JOANA – Senta? (Junior senta, um pouco afastado dela e olha para frente) Como que você está?
JUNIOR – Bem. (uma longa pausa ocorre, Joana olha para o céu, ver a lua cheia, clara, linda)
JOANA – A lua está linda hoje, né?
JUNIOR – Se você me tirou de casa para nada, eu sinceramente vou embora. (se levanta para ir embora)
JOANA – Espera. (segura em sua mão) Eu preciso fazer uma coisa antes.
JUNIOR – O que? (os dois ficam de frente um ao outro, Joana o encara por um tempo, toma coragem e o beija)

[CENÁRIO 17 – CASA DO FELIPE/ SALA/ NOITE]
(Felipe chega em casa e logo repara que tem visitas)
VERÔNICA – Que bom que você chegou. Assim podemos terminar aquele assunto.
LUANA – Mamãe, a senhora não ver que ele chegou agora, deve está cansando, precisando de um banho…
FELIPE – Não, eu posso resolver isso antes.
VERÔNICA – Viu filha. Então, aqui está o teste. Nem abrimos, porque queremos que você o abra. (entrega para ele. Em silêncio, abre o envelope e ver o resultado)
PAULO – Então, qual o resultado irmão?
FELIPE – Positivo!
VERÔNICA – Eu sabia, eu conheço minha filha e ela está grávida, e você vai ter que assumir. (ele guarda o resultado no envelope, sem dizer nada) Ainda desconfia da gente, Felipe? Não vai dizer nada?
FELIPE – Será que podíamos conversar a sós lá no escritório, Luana?
VERÔNICA – Como assim a sós? Temos que resolver isso em família, aqui na frente de todo mundo.
LUANA – Mamãe, isso é um assunto meu e do Felipe, temos que resolver isso sozinhos!
FELIPE – Eu vou está te esperando. (ele vai até o escritório e deixa a porta aberta)
VERÔNICA – Ver lá o que vocês vão conversar, não estraga tudo.
LUANA – Pode deixar, vou fazer tudo como a senhora planejou. (ela sair e antes que Verônica fosse atrás para ouvir a conversar, Paulo a impede)
PAULO – A senhora não ouviu? Eles precisam conversar a sós!

[CENÁRIO 18 – PRAÇA/ NOITE]
(após roubar um beijo de Junior, o mesmo empurra Joana e se afasta dela)
JUNIOR – O que é isso? Tá maluca?
JOANA – Desculpa, é que eu… eu queria… Desculpa. Não queria ter feito isso.
JUNIOR – Você é maluca igual aquela sua amiga. Pensa que quer fazer o mesmo que ela? Está enganada. Isso não vai acontecer. (ele sair deixando-a sozinha)
JOANA – Espera… Eu não sou igual a ela, por favor! (vendo que já era tarde, volta a se sentar no banco) E agora, fiz tudo errado. Sua burra, burra.

[CENÁRIO 19 – CINEMA/ NOITE]
(Cláudio volta com sua bebida)
FERNANDA – Você demorou hein! A fila tava grande era?
CLÁUDIO – Nem tanto assim, na verdade, demorei porque eu encontrei uma garota na fila, aí começamos a conversar, começou a rolar um clima e marcamos para irmos em uma boate aqui perto. Você não se importar né, prima?
FERNANDA – (decepcionada, mas fingi) Não, sem problemas. Eu pego um táxi depois.
CLÁUDIO – Valeu prima, eu prometo que marcamos um outro dia, para assistirmos esse filme.
FERNANDA – Não precisa, vai lá, não é bom deixar a menina esperando.
CLÁUDIO – Estou indo, bom resto do filme pra você! (dar um beijo na bochecha dela e sair)
FERNANDA – É. Sozinha de novo.

[CENÁRIO 20 – CASA DO FELIPE/ SALA – ESCRITÓRIO/ NOITE]
(Verônica está andando de um lado para o outro na sala, curiosa querendo saber o que tanto Luana e Felipe conversam)
VERÔNICA – O que será que eles tanto conversam lá dentro?
PAULO – Não faz nem 5 minutos que eles entram.
VERÔNICA – Pra mim, parece que são horas.
[NO ESCRITÓRIO]
LUANA – Pronto, agora podemos conversar sem ninguém se intrometendo.
FELIPE – Assim espero.
LUANA – Eu não estou querendo obrigar nem nada, mas…
FELIPE – Quanto você quer para me dar essa criança?

Continua no Capítulo 09…

Anderson Silva

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