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Capitulo 1 – Sagrada Família

http://www.youtube.com/watch?v=RKX2bo2GwSE

 

Leblon, 15 de novembro de 2016 – NOITE

CRISTIANA – Querido diário hoje o dia foi normal, como os outros, minha vida vem se tornando monótona, os dias são os mesmos, faço as mesmas coisas, pelo menos com a chegada do baile, como faço parte do comitê de preparação, espero que seja diferente, que as coisas comecem a mudar. Eu sempre fui vista como superior pelas meninas da escola, sempre fui vista como a Cristiana Albuquerque, e isso me iludiu muito por todos esses anos do ensino médio, mas agora ele está se findando e eu tenho medo da vida do lado de fora da Johnson Junior, o meu mundo como “a soberana”, vem se desmanchando pouco a pouco com a chegada do baile de formatura, a universidade que os meus pais querem me mandar fica longe, longe é pouco, do outro lado do oceano, na Inglaterra. Eu não quero ir, gostaria de cursar uma universidade aqui mesmo no Brasil, só que eles acham que lá vou ter uma melhor educação.

Nunca fui de querer esnobar o dinheiro dos meus pais, eu nem ligava para o fato de ter uma boa condição social, até acho uma tristeza um país como o Brasil, rico em sua diversidade cultural, natural ainda ter várias pessoas vivendo na miséria.

Enfim, espero que esse meus últimos dias na escola se transformem, que a minha vida dê uma guinada.

Como as minhas aulas na faculdade só começaram no segundo semestre, estava pensando em me inscrever em uma ONG, junto com a Joyce e o Rafael que são meus melhores amigos, essas que cuida de crianças de ruas que foram abusadas sexualmente, espero que seja uma boa experiência, meus pais nunca gostaram da faculdade que escolhi que foi de assistente social e pedagoga, por isso querem me mandar para Inglaterra para fazer direito, eles nunca apoiam o que eu quero fazer, a imagem de família feliz, pra mim só fica em revistas, quando nós fazemos propagandas de nossas empresas, pois, eu não estou feliz, nunca estive desde a morte do meu pai quando eu estava no primeiro ano.

Pelo menos o curso que eles estão me obrigando a cursar de certo modo posso trabalhar na área que eu quero, a mesma que a ONG vai me proporcionar, mas não quero pensar nisso agora, só quero viver um dia de cada vez.

Após escrever em seu diário Cristiana dá uma última olhada em seu livro de memórias e depois levanta os olhos para ver seu quarto com as paredes de cor verde claro já quase sumindo, pra sua estante de livros que começou a ser preenchida com sua entrada no ensino médio, a penteadeira onde ela deixava a escova que seu pai pegava e tentava pentear seus cabelos antes de dormir, um criado mudo perto de sua cama com uma luminária em cima e no chão um tapete cor de marrom com detalhes bege e preto, depois de revirar o quarto com os olhos fechou o diário colocou na estante atrás de duas enciclopédias e deitou-se para dormir em sua cama de solteiro. Apesar de sua família ter condições ela nunca deixou eles tocarem no seu pequeno mundo que chamava de quarto, ela gostava dele daquele jeito, simples e sem muitas coisas.

Na manhã seguinte Cristiana é acordada pela voz da mãe chamando-a do outro lado da porta, após ter acordado o suficiente para levantar da cama e sai se arrastando para o banheiro, olhou para seu relógio de parede e viu que era seis da manhã, e ela pensou: “ainda bem que faltam poucos dias para acabar esse negócio de acordar cedo”, depois de tomar um longo banho de chuveiro, escovou os dentes e adentrou o quarto para se arrumar, vestiu uma blusa azul com detalhes prateados nas mangas, uma calça jeans preta, e uma sandália preta, depois pegou a pesada mochila, olhou o seu horário de aula e ficou feliz por ver que não teria de levar livros hoje, retirou os que tinham dentro da bolsa jogou-a sobre o ombro e depois desceu para tomar seu café. Geralmente ela tomava café só, pois ainda estavam todos dormindo, já que seu irmão estudava à tarde, e sua mãe e seu padrasto acordava mais tarde, porém,  hoje parece que isso mudou, pois estavam todos na mesa prontos para o café. Cristiana começa a se perguntar o que está ocorrendo, o seu irmão que estava terminando o segundo ano e tinha 16 anos, estava sentado na cadeira do lado esquerdo da mesa, o seu padrasto e sua mãe sentavam nas pontas e quando havia essas “reuniões” de família a Cristiana sentava do lado direito, ela sabia que quando se reuniam assim é porque vem bomba, eles iriam impor algo para ela, após se acomodar, dar bom dia, pega uma tigela, despeja leite e coloca o cereal. Começa a comer enquanto espera que alguém fale algo, após terminar sua tigela de cereais e pegar uma fatia de melão começou a estranhar o silêncio da mesa, foi só ela pensar nisso que seu padrasto começou a falar.

TONY – Cristiana, estava vendo alguns papéis da sua faculdade e notei que suas aulas só vão começar no segundo semestre, então após conversar com sua mãe, sugerir que você tirasse férias em outro país, tipo Portugal, assim você já começa a se acostumar com a ideia de morar em outro lugar.

CRISTIANA – Eu já tenho planos para minhas férias Tony e não quero ir para outro país agora, eu vou me inscrever como voluntária em uma ONG que cuida de crianças que foram abusadas sexualmente junto com o Rafael e a Joyce, na verdade, iremos lá amanhã para darmos entrada em nossos registros.

TONY – E quem autorizou você a fazer isso? Lembre-se que enquanto eu estiver pagando suas contas e morando em minha casa você me deve satisfação mocinha, e se eu não deixar você fazer isso?

Cristiana sente a raiva subir pelo seu corpo, “como ele pode dizer isso? Essas coisas são tudo do meu pai”, ela olhou fixamente para aquele homem branco de olhos azuis, com cabelos meio castanho claro, com barba a fazer, vestido em terno azul marinho extremamente gomado, com seus sapatos sociais pretos de costume, impecavelmente engraxados, aparentava ter uns 35 anos, mas na verdade já estava na casa dos 40.

Tentou contar até 10 para ver se a raiva baixava, mas não adiantou aquelas palavras, “essa casa é minha! eu pago suas contas!”, perturbavam sua mente, “como ele pode falar isso, ele sabe que esse dinheiro foi o meu pai que deixou para mim e meu irmão”, e Helena só concordava.

Cristiana volta os olhos para mãe que acena de volta com olhar de quem pede desculpa. Ela pega suas coisas e sai da mesa, quando estava se aproximando da porta a menina do diário senti alguém puxar o braço, ela vira para trás e dá de cara com seu padrasto.

TONY – Você procura me obedecer e me respeitar ou já sabe…

Cristiana não responde, solta o braço e sai pela porta em direção a sua escola, no caminho ela observa o senhor Ronald na porta, sentado na varanda de sua casa, ela sempre o encontra ali sentado lendo, tomando algo, mas ninguém nunca sabe nada da vida dele, porém, Cristiana segui seu caminho, chegando a umas 4 quadras antes da escola ela para na casa da Joyce.

Joyce é uma menina baixa, morena, cabelos ondulados, tem olhos castanho claro, vestia uma blusa preta fechada, com jeans azul e um all star.

CRISTIANA – Bom dia Joyce!

JOYCE – Bom dia Cris, por que está com essa cara?

CRISTIANA – O dia lá em casa já não começou bem. Tony quer proibir de eu ir realizar o trabalho na ONG durante as férias.

JOYCE – Ele não pode fazer isso.

CRISTIANA – Eu sei que ele vai tentar de tudo para eu ir à viagem que ele propôs… Sinceramente não quero ir, aqui é meu lugar. Quero ir para a faculdade com vocês, não em Londres, do outro lado do oceano.

JOYCE – Tenta convencê-lo Cris, fala com sua mãe, sei lá!

CRISTIANA – Não vai adiantar, ela só faz concordar com ele, parece que tem medo dele.

JOYCE – Mesmo assim fale com ela, ele não pode ficar manipulando vocês, fora que você já vai completar 18 anos e vai poder fazer o que quiser.

CRISTIANA – As coisas não são assim Joy, ele sempre vai me controlar enquanto estiver com minha mãe, ele já manda em tudo mesmo, na casa, no dinheiro do meu pai. O meu irmão acha o Tony o máximo, já que é ele que “paga” o basquete.

JOYCE – Nós vamos encontrar uma saída, amiga.

***

Copacabana, Rio de Janeiro – Manhã

Gabriel, o irmão de Cristiana, se encontra sentado na areia esperando por Amanda, sua namorada, ele era um menino de pele clara, forte, pois, fazia academia.

Após esperar um longo tempo, resolve ligar para Amanda.

GABRIEL – Alô! Amanda? Onde você está? Eu estou te esperando aqui na praia!

AMANDA – Oi, Gabriel, não posso ir vê-lo hoje, minha mãe está marcando em cima e tá meio difícil escapar.

GABRIEL – Que saco! Está bom então, quando puder sair me avisa!

AMANDA – Você deve achar que é fácil as coisas, né? Nasceu em uma família rica que não te priva de nada, que pode sair à hora que quer e volta quando der na telha.

GABRIEL – Melhor pararmos por aqui, se não ainda vamos brigar.

AMANDA – Ta, Ta… Tchau!

Amanda desliga o celular e deixa Gabriel falando sozinho no outro lado da linha. Ele fica furioso e vai para um bar beber e acaba ficando com uma menina.

***

Leblon, Rio de Janeiro – Manhã

JOYCE – Nós vamos passar na casa do Rafael?

CRISTIANA – Sim, ele pediu!

Enquanto andavam em direção à casa de Rafael, Cristiana não consegue parar de pensar nas palavras de seu padrasto, “essa casa é minha! eu pago suas contas!”.

CRISTIANA – Que idiota!

JOYCE –  O que? você está falando comigo?

CRISTIANA – Não Joy, só estava pensando alto.

JOYCE – Mudando de assunto, você já tem par para o Baile?

CRISTIANA – Não, ninguém ainda me convidou.

JOYCE – Como assim? Como ninguém teve coragem de convidar à soberana?

CRISTIANA – Soberana de que? Só se for das baratas…

As duas começam a sorrir e continuam até chegar à casa de Rafael, chegando lá elas tocam a campainha e quem vem atendê-las é Suzana, a mãe dele.

JOYCE – Oi, Dona Suzana, o Rafael já está pronto?

SUSANA – Sim ele já está descendo minha filha, podem entrar.

As meninas entram e sentam-se na sala.

CRISTIANA – E como a senhora está?

SUSANA – Eu estou bem e Helena como está?

CRISTIANA – (fala nervosa como se estivesse mentindo) Minha mãe está ótima.

SUSANA – Mande minhas saudações a ela.

CRISTIANA – Mandarei sim!

Nesse momento Rafael desce as escadas e vai ao encontro das meninas, ele é um menino moreno, um pouco forte, vestia uma calça jeans azul escuro, uma camisa do Legião Urbana preta e um sapato preto.

Chegando a sala ele cumprimenta as meninas e se despede da mãe, no caminho para a escola os três vão conversando sobre as últimas novidades.

CRISTIANA – Com quem você vai ao baile, Rafael?

RAFAEL – Com ninguém, a pessoa que eu quero levar ainda não me deu essa honra.

JOYCE – E quem você quer levar? Não acredito que é aquela insuportável da Lorena!.

RAFAEL – Não, claro que não.

CRISTIANA – E então quem você quer levar?

RAFAEL – Você.

***

Hospital São Miguel, Gávea, Rio de Janeiro

Tony chega ao hospital da família, sobe sorridente até seu escritório, e chama pelo telefone:

TONY – Senhorita Vanda, venha até a minha sala, por favor!

VANDA – Claro, já estou indo!

ROBERTA – Por que todo os dias o patrão te chama ao escritório dele assim que chega?

VANDA – Vem cá, eu não devo satisfação pra ninguém, vocês são apenas auxiliares e devem concentrar no trabalho…

Vanda sai para a sala de Tony.

ROBERTA – Essa Vanda se acha, só porque dá uns pega no patrão.

CRISTAL – Como assim? Como você sabe disso?

ROBERTA – Tá na cara né, o salário que ela ganha aqui não dá para comprar o carro que ela comprou, óbvio que foi o patrão que deu pra ela e não seria de graça.

Vanda entra na sala de Tony e se aproxima da mesa dele.

VANDA – O que o senhor deseja?

TONY – Feche a porta primeiro.

A secretária vai até a porta e a tranca com a chave.

TONY – Agora chegue mais perto, você já sabe o que eu desejo…

Vanda começa a se aproximar e a desabotoar a blusa, ela é uma mulher de 23 anos de idade, pele morena, com seios fartos.

Após retirar a blusa chega mais perto de Tony e começa a puxá-lo pela gravata até o sofá, coloca-o deitado e começa a desabotoar as calças dele, em seguida tira o paletó dele e a camisa.

Começa a dançar sensualmente, enquanto ele dava palmadas nela e ela soltava uns gritinhos, em pouco tempo já estavam os dois sem roupa e ele começa a penetrá-la lentamente enquanto ela suspira.

***

Favela do Vidigal, Rio de Janeiro

AMANDA – Deixa eu sair por favor mãe.

MARTA – Claro que não minha filha, todo dia você está saindo, eu não te reconheço mais, depois que começou a sair com esse menino, o Gabriel, não para mais em casa, não sei o que você está fazendo, pois, não me conta mais nada, agora você vai ficar aqui em casa onde posso ficar te vendo.

AMANDA – Que saco! Nós só vamos à praia, o que você acha que estamos fazendo?

MARTA – Não quero nem pensar e já disse que vai ficar aqui, ponto final.

AMANDA – merda!

Amanda sai furiosa para o seu quarto e passa pelo seu pai, Antônio.

ANTÔNIO – O que está acontecendo com ela?

MARTA – Quer sair para ir ver aquele riquinho do Gabriel.

ANTÔNIO – Deixa ela ir Marta.

MARTA – Continua deixando Antônio, até ela aparecer grávida.

ANTÔNIO – Você que já está pensando mal.

MARTA – Libera pra ela continuar gastando o que nós não temos, até não ter o que comer mais.

ANTÔNIO – Nós vivemos muito bem aqui Marta.

MARTA – Bem, aonde? Nessa favela imunda cheia de pobres, eu não me casei com você pra viver desse jeito.

ANTÔNIO – E casou para viver aonde? Quando eu casei com você, sabia que eu era pobre e que viveríamos aqui.

MARTA – Talvez eu devesse ter casado com outro melhor que você, com mais honra.

Antônio dá um tapa na cara de Marta.

MARTA – Considerarei isso como um ato de honra.

ANTÔNIO – E se disser isso de novo a honrarei novamente.

 

***

Leblon, Rio de Janeiro

CRISTIANA – Eu?

RAFAEL – Sim você, não queria pedir assim, mas já que perguntaram.

JOYCE – Que babado.

CRISTIANA – Espero que não queira uma resposta agora.

RAFAEL – Não, você tem o tempo que quiser.

Eles chegam até a escola e Rafael vai para onde seus amigos, enquanto Cristiana e Joyce vão para a sala de aula.

CRISTIANA – Você já sabia disso Joy?

JOYCE – Claro que não.

CRISTIANA – Como ele pode fazer isso comigo?

JOYCE – Não tem nada de mais em ir com ele para o baile.

CRISTIANA – Tem sim, já viu dá algo de errado na festa e acaba afetando nossa amizade.

JOYCE – Não vai acontecer nada Cris, vai dar tudo certo, minha opinião é que você deve aceitar.

CRISTIANA – Não sei não e você com quem vai?

JOYCE – Eu vou com o Vinícius, amigo do Rafael, pronto vamos em duplas juntos, tipo…

CRISTIANA – Tipo um encontro duplo? O que você está insinuando senhorita?

JOYCE – Eu nada.

CRISTIANA – Hum… sei…

As aulas começam e elas assistem a todas, ao final da Tarde Cristiana se despedi de Joyce e vai direto para casa, tentando evitar o Rafael, chegando em sua casa, ela sobe pensativa e lentamente pela escada e vai ao seu quarto deixando a sua bolsa em cima da cama, depois segue para o quarto da mãe, chegando na porta ela levanta os olhos para cama e grita nervosamente:

CRISTIANA – Mãeeeeeeeee…

DEPOIMENTO REAL

Luciana Andrade – Foz do Iguaçu PR

 

Eu sofri violência quando eu tinha 17 anos de um namorado meu. No começo ele era muito cuidadoso, carinhoso, se mostrava um amor de pessoa, depois fui ver que não era assim. A primeira vez que ele me bateu ele estava muito bêbado, e me deu um tapa na cara, porque ele não havia gostado do que eu disse pra ele. No momento fiquei muito apavorada, desci do carro e queria ir embora de táxi, mas ele me ligou e eu voltei pra ele. Na outra vez que ele me bateu foi em uma discoteca na frente de todos porque eu havia perdido um cartão que dá acesso à conta da boate. Eu chorei muito, e os amigos dele queriam me levar embora mas eu acabei perdoando ele mais uma vez.

Ele começou a se mostrar mais agressivo, qualquer coisa gritava muito comigo, me tratava muito mal, eu emagreci muito, passo mal, tenho problemas nervosos, preciso tomar remédios controlados por causa disso. Ele começou a me ameaçar, eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia fazer nada.
O ruim é que eu não tive coragem de contar a ninguém o que acontecia comigo, sempre fingia estar feliz, o que foi um grande erro porque na verdade eu sofria muito.
Eu não conseguia me desfazer dele, mas fui criando coragem aos poucos, ignorando ele, me desprendendo, e consegui finalmente ficar livre.
Hoje ainda tenho algumas complicações mas estou me recuperando muito bem.

Não aconselho ninguém a perdoar a violência na primeira vez, porque depois fica muito mais difícil conseguir. A minha família não sabe do acontecido, eu não fui corajosa o suficiente para denunciá-lo mas se voltar a acontecer comigo, eu não pensarei duas vezes. Não quero ter o mesmo sofrimento que eu já tive.

Lucas Serejo

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12 thoughts on “Capitulo 1 – Sagrada Família

  • Gostei do capítulo. A trama me parece ser boa.
    O início ficou um pouco cansativo., sim. Nem perdi tempo lendo… Fui logo para os diálogos.
    Amo Manoel Carlos. Um dos meus autores favoritos.
    #MartaChata
    #RaTiana
    #AmBiel
    #JoVini

  • Olá autor. Gostei do seu capítulo. A história parece boa. Espero que me agrade. Não ligue para os haiter, apenas agregue em suas história boas cenas e personagens marcantes. Algumas coisas eu devo concordar com o Crítico kkkk Parece uma novela do Manoel Carlos. Só não faca Em família 2.0. boa sorte.

  • Sobre a história achei que no inicio ficou cansativo precisa mais de diálogos não necessariamente longos e nem curtos demais. Sobre o enredo acredito que pode surpreender, mas precisa sair dos clichês. Concordo com o Samuel Santos ao dizer que a trama lembra os traços do novelista Manoel Carlos, mas inspiração todos podem ter de outros autores, porém é fundamental ter a sua identidade, a sua marca, enfim, os pontos positivos é relatar sobre a violência contra mulher (acredito que seja esse o tema central) e com o plus dos depoimentos reais (achei interessante).
    Lucas André, continue escrevendo e você tem muito talento.

  • Capítulo fraco para uma trama que renderia muito mais! O autor claramente se inspirou em Manoel Carlos para compor toda essa obra, a ambientação no Leblon e os dramas familiares deixam claro isso, porém, Lucas não consegiu manter uma certa coesão (talvez, por ser novato) e deixou um clima de mistério tão grande que não dava pra entender nada.
    A descrição das cenas foram abruptas e em alguns momentos, constrangedores! Ao todo, uma das piores cenas foi a que Gabriel liga para Amanda, o autor tentou em vão, mostrar o preconceito de classes e novamente, pesou a mão e tudo pareceu artificial. No séxulo XIX, um casal de classes diferentes só não vivem bem por opção, não há mais tanto preconceito.
    A história realmente é muito previsivel! Já sei que é Amanda que será abandonada grávida! E a mocinha é daquelas apagadinhas! Cristiana não tem força diante Amanda, até o final, Amanda será a mocinha e isso já está comprovado.
    E Lucas se inspirou em Manoel Carlos mesmo, tem uma Helena (Que ainda não apareceu mas, tem!), tem depoimento no final do capítulo, dramas familiares, o Leblon, entre outros pontos.
    O conselho que dou ao autor é: para de contar, mostre! Esse capítulo foi marcado por contos, aquela cena em que Gabriel briga com Amanda, vai pro bar e fica com uma menina, poderia render mais, ele poderia elogiar a tal “menina´´ e haver diálogos entre eles. Invista em roteiro, esquece literatura! Quanto mais fala ter, mais clara será a interpretação dos fatos.
    Por fim, acredito que a história tem sim, potencial suficiente para ser o novelão que a premissa firma.
    Dou nota 6 pelo conjunto da obra e espero ver algo mais significativo no decorrer dos capítulos.

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