No Rumo da Vida

(último) Capítulo 75 | A Vida Não Para – No Rumo da Vida

https://www.youtube.com/watch?v=N7TNAu3-_HM&t=15s

[CENÁRIO 01 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Carla e Paula retornam para dentro)
PAULA – Então, Carla, você desistiu de viajar?
CARLA – Não, não desisti Paula. Vou sim morar com o papai.
PAULA – Então porque ficou com aquela cara, quando o papai foi embora? (Carla não responde e Pedro começa a chorar)
CARLA – O Pedro acordou. (sobe as escadas, deixando Paula sozinha)

Meses depois…

[CENÁRIO 02 – CASA DA BEATRIZ/ SALA/ DIA]
(Beatriz está na sala, e Samuka vem descendo as escadas, carregando um pequeno embrulho nas mãos)
SAMUKA – (caminhando até Beatriz) Estou pronto, mamãe!
BEATRIZ – Deixa eu ajeitar esse seu cabelo. Pronto, tá lindo agora. Quer que eu leve o seu presente?
SAMUKA – Não, não precisa. Eu mesmo levo.
BEATRIZ – Está bem então. Vamos, que não podemos chegar atrasado na festa do aniversariante. (pega na mão dele e vão para fora de casa)

[CENÁRIO 03 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Verônica está na sala ao telefone com Cláudio)
VERÔNICA – Não se preocupa, filho. Luana entenderá que você está acompanhando à sua namorada e que ira demorar. Está bem, boa festa para vocês também. (desliga e Luana vem descendo as escadas) Que linda filha! Estaria melhor se colocasse um sorriso nesse seu rosto.
LUANA – Não consigo comemorar, quando lembro que hoje faz um ano que minha filha morreu.
VERÔNICA – Não diz isso. Sua filha é a Alice. E você precisa demostrar estar feliz na frente de Felipe e da família dele. Se não, eles desconfiaram.
LUANA – Estou fingindo esse tempo todo! Vamos logo, não quero chegar depois dos convidados.
VERÔNICA – Cadê sua prima? (Vitoria vem descendo as escadas)
VITORIA – Estou bem aqui.
VERÔNICA – Se demorasse um pouco mais, deixaríamos você para trás. (as três vão para à porta e saem)

[CENÁRIO 04 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
(Sérgio e Roberto estão na sala conversando, quando esperam Adriano ficar pronto)
ROBERTO – O que você comprou para ela?
SÉRGIO – Um vestido vermelho. E você?
ROBERTO – Bem, nunca comprei nada para uma criança, então comprei esse ursinho de pelúcia.
SÉRGIO – Certamente ela vai adorar! (Adriano entra na sala)
ADRIANO – Pronto, podemos ir.
ROBERTO – Cadê o seu presente?
ADRIANO – Que presente?
ROBERTO – Você sabe que estamos indo para à festa de aniversario de um ano da filha do Felipe, né?
ADRIANO – Droga, esqueci do presente.
SÉRGIO – Relaxa, no caminho passamos em alguma loja e você decide o que comprar.

[CENÁRIO 05 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Camila está terminando de arrumar o presente que ela comprou para Pedro, enquanto conversa com Cláudio)
CAMILA – Que coincidência, né? A filha da sua irmã e o filho da minha amiga, fazem aniversário no mesmo dia.
CLÁUDIO – Pois é! Prometi para à Luana que depois passaríamos lá.
CAMILA – Claro. Sem problemas. Estou pronta, podemos ir?
CLÁUDIO – Sim, mas antes, quero fazer isso! (se aproxima dela e a beija)
CAMILA – Você não cansa de beijar, não? (Cláudio rir)
CLÁUDIO – Não. E você?
CAMILA – Também. (ela quem o beija agora) Mas, vamos, se não chegaremos depois dos parabéns.

[CENÁRIO 06 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(os convidados aos poucos começam a chegar. Não tem tanta gente assim, pois Felipe convida apenas os mais próximos da família. Felipe está segurando Alice, enquanto cumprimenta todos os convidados)
FELIPE – Sejam bem-vindos! (falando com um casal. Felipe ver Luana chegando) Oi! (a beija)
LUANA – Oi! Todos já chegaram?
FELIPE – Creio que sim. Daqui a pouco cantaremos parabéns. Não vai desejar parabéns para à sua filha? (Felipe oferece Alice para Luana segurar)
LUANA – É… Parabéns… minha menina.
FELIPE – Sua mãe veio?
LUANA – Veio. Disse que ia atrás da Viviane.
FELIPE – Eu não perdoei sua mãe pelo o que ela fez, tá. Só deixei ela vir para a festa, porque a Alice é neta dela. Só por isso.
LUANA – Mamãe não irá arrumar nenhum problema, não se preocupa.
FELIPE – Vem, vamos recepcionar os convidados.

[CENÁRIO 07 – CASA DA CARLA/ COZINHA/ DIA]
(Paula e Carla estão na cozinha, organizando os doces e salgados, para daqui a pouco levarem para à sala. Frederico entra na cozinha, segurando Pedro)
FREDERICO – Olha só, Pedro… achamos o melhor local da festa.
CARLA – Ele quer alguma coisa, papai?
FREDERICO – Não, ela tá gostando de ficar como o vovô dele. (Camila entra na cozinha)
CAMILA – Cadê o aniversariante do dia? Eu e o Cláudio trouxemos este presente para ele.
PAULA – Deixa que eu coloco juntos com os outros. (pega o presente da mão de Camila e sai da cozinha)
FREDERICO – Vamos voltar para à sala. (Frederico sai. Camila vai para perto de Carla)
CAMILA – Precisando de ajuda?
CARLA – Não, obrigada. E mesmo assim, hoje você é convidada. Então, trate de ir já se juntar com os outros, que daqui a pouco levo os doces.
CAMILA – Tá. Vou fazer companhia para o Cláudio.
CARLA – Porque ele não entrou com você?
CAMILA – Diz que ficou com vergonha. Ver se pode isso. (volta para à sala)

[CENÁRIO 08 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
FELIPE – Que bom que vocês vieram rapazes.
ROBERTO – Não faltaríamos por nada.
ADRIANO – Onde colocamos isso?
FELIPE – Deixa que coloco ali juntos com os outros. (Felipe pega os presentes que eles trouxeram e sai de perto deles)
SÉRGIO – Ela está muito linda, Luana.
LUANA – Obrigada.
ADRIANO – Parece muito contigo. (Luana finge sorrir, olha para Alice e tenta procurar alguma semelhança com ela. Felipe retorna)
FELIPE – E como anda à faculdade?
ROBERTO – Estamos levando, né. Daqui uns anos encerramos e só receber o diploma.
PAULO – (aparecendo atrás de Felipe) Mamãe está te chamando lá na cozinha. Ela está perguntando se já pode trazer o bolo?
FELIPE – Sim, pode. Pessoal, já volto. Podem se reunir na sala, que já vamos cantar os parabéns.
LUANA – Deixa que eu chamo o restante das pessoas.
FELIPE – Está bem. (Felipe e Paulo vão para à cozinha. Luana foi reunir o pessoal)

[CENÁRIO 09 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Frederico está na sala, ainda segurando Pedro. Ele ver Beatriz e decide falar com ela)
FREDERICO – Que bom que vocês vieram.
BEATRIZ – Não faltaríamos por nada. Está se saindo um belo avô coruja, hein.
FREDERICO – Talvez seja por ser meu primeiro neto.
BEATRIZ – Te entendo. Não vejo à hora de ter os meus!
SAMUKA – A senhora já quer ter netos, mamãe? (Frederico e Beatriz riem)
BEATRZ – Quero meu filho. Mas, não precisa ser agora, tá. Daqui alguns anos, quando você estiver formado, trabalhando… pode me dar quantos netos quiser.
SAMUKA – Tá bem. Toma, comprei isso para ele.
FREDERICO – Ah, é? (recebe o presente de Samuka) O que é?
SAMUKA – Não abre agora. Só é para abrir junto com os outros.
FREDERICO – Está bem. Irei colocar juntos com os outros. (recebe o presente de Beatriz) Divirtam-se tá. Logo, logo a mãe dele vai trazer o bolo. (Frederico se afasta e Beatriz fica num canto da sala, com Samuka)

[CENÁRIO 10 – CASA DA CARLA – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(haverá uma transição de cenários. Como os dois aniversários estão ocorrendo simultaneamente, os convidados estão reunidos na sala, cantando parabéns para os aniversariantes, tanto na casa da Carla, como na de Felipe. Após todos cantarem parabéns, Carla e Felipe assopram as velas de seus filhos, e fazem seus desejos para as crianças)
FELIPE – Parabéns filha. (beija a testa de Alice. Felipe coloca Alice em frente à vela e ele mesmo assopra. Carla faz o mesmo com Pedro)
CARLA – Parabéns filho.  Que você trilhe sempre o caminho do bem. Que você se torne um homem honesto…
FELIPE – …Que você conquiste todos os seus objetivos, todos os seus sonhos…
CARLA –  …E mesmo que o caminho pareça duro, estarão sempre ao seu lado pessoas que te amam e que andarão sempre com você…
FELIPE – E mesmo assim, se um dia todos te abandonarem…
CARLA – …Eu estarei sempre ao seu lado…
FELIPE – … Acreditando em você…
CARLA – … Não importa as escolhas que faça…
FELIPE –  … Eu vou te amar filha!
CARLA – … Eu vou te amar filho!

15 anos depois…

PEDRO: (narrando)
Estamos voltando para minha cidade natal, Rio de Janeiro. Mas sinceramente preferiria ficar aqui no sítio do meu avô, ao lado do campo, das árvores, dos animais. Não entendo porque minha mãe quer tanto voltar a morar numa cidade cheia de concreto, onde não se encontra a mesma tranquilidade que se encontra aqui. Talvez ela esteja querendo encontrar meu pai. Não toco muito nele, pois sei o quanto é difícil para ela falar dele.
O lado bom disso tudo, é que poderei conhecer gente nova.
Apesar de estarmos no meio do ano, tenho certeza que farei grandes amizades na escola nova. E mesmo que muitos digam, jamais irei esquecer os amigos que fiz aqui. Levarei eles sempre comigo, não importa onde esteja, sempre serão meus amigos. E a segunda coisa que mais valorizo, após minha família, são meus amigos.
Essa viagem de volta para casa está deixando minha mãe animada. Talvez por imaginar que na cidade grande, não sumirei tanto como aqui no sítio. A questão é que gosto de conhecer novos lugares, viver novas aventuras, então… mamãe, no campo ou na cidade, serei livre também!

ALICE: (narrando)
Sempre tive tudo. Uma família, dinheiro, amigos… Mas estou sempre atrás de mais. Minha avó materna sempre me ensinou a ter ambição. E fazer tudo que for capaz, para conseguir aquilo que desejo. E por isso que quero ser a maior cantora que esse país já viu. Mas, não para cantar essas músicas chinfrins que as pessoas ouvem aqui. E sim, as músicas cantadas pelas maiores divas internacionais que esse mundo já teve. Um dia serei igual elas.
Meu pai pode até fingir que gosta da minha avó. Mas está óbvio, que os dois se estranham. Mesmo assim, ela foi á única, que me mostrou como o mundo é de verdade. Ele é dos mais fortes. Dos mais rápidos. Dos mais inteligentes. Dos mais ricos. Ela sempre diz que me pareço muito com minha mãe, quando ela tinha a minha idade. Fisicamente, não me pareço nada com ela. Para falar a verdade, com o passar do tempo, a relação com minha mãe foi ficando diferente. Não sei o motivo, mas sinto que ela é distante de mim.
Me pareço mesmo com meu pai. Só que ás vezes, sinto falta dele. Ele costuma passar maior parte do dia na empresa. Chega só à noite, muitas vezes cansado, me dar o beijo de boa noite e vai dormir. E no dia seguinte é a mesma coisa. Queria que as coisas fossem iguais quando era criança. Ele me buscava todos os dias da escola, nos finais de semanas costumávamos ir à praia, viajar, fazer piqueniques, só eu e ele. Ele me perguntava como tinha sido meu dia, e eu contava tudo e ele ouvia. Saudades dessa época.
Mas hoje tenho a liberdade para fazer o que quiser. E farei o que for capaz, para alcançar todos os meus sonhos.

CONTINUA NA SEGUNDA FASE…

Anderson Silva

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