Jardim Brasil

Jardim Brasil [ed. 15]: A palavra proibida

 

 

PETÚNIA – OTÁVIO COÊLHO

 “A palavra proibida”

Belo Horizonte. 1998.

– Como é que é? Acho que não escutei direito… – Eugênio grita incrédulo.

– Pai, é isso mesmo que o senhor ouviu! – Petúnia responde desesperada sem conter o choro, – eu não aguento mais esconder a verdade, me esconder, esconder do mundo quem eu sou de verdade.

– Cala essa boca! Você acha mesmo que eu vou aceitar uma amaldiçoada morando sob o mesmo teto que eu?

– Eugênio, não é assim, se acalma… – Camélia, mãe de Petúnia, tenta acalmar os ânimos – Presta atenção nas barbaridades que você ta falando da sua própria filha…

Eugênio sai em direção ao quarto de Petúnia, enquanto as duas choram atrás dele. Eugênio abre o guarda roupa de Petúnia e começa a jogar suas roupas no chão.

– Vai, pega aí os seus trapos, pega o que você quiser, tira esses lixos da minha casa e suma da minha frente logo.

– Pai, por favor, me escuta, não faz isso, pai… – Aos gritos de desespero, Petúnia tenta evitar que o pai continue a jogar suas roupas no chão.  – Aonde eu vou? Onde eu vou morar? Eu não tenho mais ninguém pra poder me apoiar… – implora.

– Você acha mesmo que eu vou me preocupar com o lugar onde você vai morar? Você poderia dar o prazer ao mundo de desaparecer e nunca mais aparecer em lugar algum! – diz, sem piedade.

– Pai…

Eugênio reage com uma bofetada no rosto da filha.

– Nunca mais me chame de pai! Eu não sou nada seu! Agora eu estou me libertando desse carma de ter qualquer laço com um tipinho como você – berrou.

– Você vai se arrepender de estar fazendo isso com a sua filha e vai implorar pelo perdão dela, – Carmela altera seu comportamento e jura com os olhos arregalados, – e ela vai devolver essa humilhação que você tá fazendo ela passar! Escuta o que eu estou te falando!

Carmela abraça a filha e diz que vai rezar por ela.

 

***

A campainha toca e Alex vai atender. Depara-se com Petúnia chorando, com uma mala nas mãos que é abandonada e recebe um abraço.

– O que houve, minha amiga? Por que você tá chorando, com uma expressão tão abatida? Fala pra mim, confia em mim… – diz, desnorteado.

– Não fala nada agora, por favor, depois eu te conto tudo, só me abrace, me acolha, eu só preciso disso agora… – ela diz com a voz embargada, tampa os lábios do amigo e começa a chorar em silêncio abraçada a ele.

 

– Então é isso – Petúnia começa a falar já mais calma. – Agora estou eu, uma estudante de Jornalismo, humilhada e escorraçada pelo próprio pai, com uma mãe submissa que não pôde me apoiar, desempregada e sem teto. O que eu faço, amigo? – fala, sem rumo e um tanto desesperada.

– Não fala assim. Você tem a mim pro que precisar. Tô te apoiando, ok? E você vai ficar aqui até quando for necessário. Eu vou te ajudar enquanto eu puder, prometo. Ah, eu fiquei sabendo de uma revista lá em São Paulo que tem algumas vagas abertas, o que você acha de estagiar lá? – indica, animado.

– Sério? Mas você sabe que não é tão simples assim… A sociedade é muito preconceituosa, você acha que vão admitir uma jovem homossexual lá? Infelizmente esse é um tabu, somos rechaçados por todo mundo, de uma maneira velada ou exposta. – se queixa, frustrada.

– E daí? Fica calma, essa não é exatamente uma questão, né? E depois, vamos pensar numa coisa de cada vez? – e recebe uma resposta positiva – Então eu vou ligar lá na revista pra saber melhor sobre a vaga. Se der certo, bem, se não, continuaremos procurando. Confia em mim, certo? – sorri, tentando animá-la.

Os dois se abraçam.

 

***

Dias depois.

– Eu olhei seu currículo, você tem excelentes cursos, um bom histórico como estudante, é fluente em alguns idiomas… – Clarice falava a Petúnia enquanto folheava o currículo dela – Acho que você pode se encaixar perfeitamente na nossa revista, penso que pode ser minha ajudante, topa? – sugere.

– Se eu topo? Claro, é o que eu mais quero. Eu posso começar quando?

– O quanto antes. Pode ser amanhã?

– Ótimo, e… Assim, eu não sou daqui de São Paulo, não conheço ninguém… Então eu não tenho onde morar. – recua.

– Ah, mas quanto a isso você não precisa se preocupar, nós oferecemos uma hospedagem numa casa, é pequena, simples, sem nenhum luxo… – tranquiliza a nova funcionária.

– Você não sabe o quanto me alivia… Eu realmente agradeço por isso, de verdade. E eu não me importo em luxos ou coisa assim. Até amanhã! – se despede mais animada do que quando entrou no local e com um sorriso no rosto.

Petúnia sai da revista, olha para o prédio, sorri.

Petúnia tem uma carreira promissora na revista e assumiu diversas funções até chegar ao cargo atual. A moça, mesmo diante das dificuldades enfrentadas, fez o possível para virar essa página e dar um novo rumo à própria vida. E conseguiu.

 

São Paulo. 2017.

Cinco anos atrás, Petúnia conheceu Camila, filha de Clarice que era um pouco mais jovem que ela. De imediato, se apaixonaram uma pela outra. Em pouco tempo, passaram a dividir apartamento e planejar um futuro juntas. A proximidade dos 40 anos fez florescer em Petúnia, de forma quase incontrolável, o desejo de ser mãe.

Petúnia se olha no espelho, alisa a própria barriga com a mão com um teste de gravidez jogado ao lado. Camila observa a cena e se aproxima, curiosa.

– O que houve, minha flor? – Camila questiona tentando fazer um semblante de consolo.

– Deu negativo, tá vendo? É o mesmo dilema de sempre: duas gravidezes perdidas, os 40 anos se aproximando, a minha aflição sobre o assunto só me pressionando… Eu nem sei se vale a pena essas idas incansáveis à clínica de fertilização… É uma luta inglória. Eu percebo que isso faz mal à sua mãe, que fica nutrindo expectativas, expectativas essas que nunca se concretizam. – desabafa, desanimada.

– Mas tenta ficar calma, poxa. Você não sabe que ficar ansiosa só diminui as chances de você, ou melhor, de nós realizarmos esse sonho? – tenta convencê-la sobre o que pensa.

– Acontece que ficar calma não engravida ninguém, eu já estou farta de ficar calma e dos outros repetirem esse mantra insuportável “fique calma, não tenha pressa, em algum momento vai dar certo e etc. e etc. e etc…”. E quer saber? – Petúnia demonstra impaciência.

– Você vai querer desistir? Logo agora? – se surpreende com a reação irritada da amada – Nós vamos voltar o quanto antes àquela clínica, vamos tentar até que alcancemos isso. Certo? – Camila beija a companheira, tentando transmitir um pouco de paz.

 

 

Clarice entra na sala de Petúnia.

– Então, no que deu o teste de gravidez que você disse que faria? – questiona, demonstrando interesse.

Petúnia faz silêncio e fica triste.

– Não fica assim, você vai conseguir realizar esse sonho – Clarice respira fundo e tenta consolá-la. – Não importa quando, não importa como… Nós estaremos todos te apoiando. E a minha filha, também faz parte desse sonho, eu não vou deixar que vocês se frustrem, disso pode ter total certeza. Eu faço o que for necessário pra defender vocês de qualquer mal, de qualquer sentimento ruim. – promete.

– Eu já tô cansada dessas tentativas furadas que me desgastam tanto, as pessoas ficando com pena de mim, eu sendo o centro das atenções de uma forma que eu rejeito completamente… – desafoga os seus sentimentos.

– Eu sei que já falamos sobre isso, mas por que você não tenta entrar na fila da adoção? – Clarice a encoraja, tentando encontrar uma boa solução.

– Eu já pensei nisso, – Petúnia respira fundo e fica alguns instantes sem falar – mas não é esse o meu sonho, entende? Eu quero poder gerar, acompanhar os nove meses de uma gestação, sentir uma vida nascendo em mim… Não descarto a possibilidade, mas não é o meu desejo pro momento. Talvez no futuro eu possa adotar crianças… – é franca com a sogra e amiga.

Clarice pega o celular e sorri para Petúnia.

– O que você tá fazendo?  – Petúnia sorri, desconfiada.

– Você já vai ver! – Clarice pisca o olho e começa a falar ao telefone – Alô, é da Bio Fertiliza? Sim, ótimo, quero marcar uma nova consulta… Isso, mas não para mim… É para a Petúnia Chaves. Ela já é paciente da clínica há um tempo. Quero marcar a consulta para amanhã, tem horário disponível? 10:30 da manhã? Certo! Obrigada! – se despede, com a voz firme e confiante.

– Eu não sei se é isso que eu quero, isso me desgasta demais… – fala com certa dúvida.

– Só dessa vez, vai… Me dá essa chance? – propõe.

– Tudo bem, mas só dessa vez, hein? – Petúnia confirma mudando a expressão do rosto: está encorajada – Ah, eu não sei o que seria da minha vida sem você. Me acolheu na sua revista quando cheguei a São Paulo, foi a melhor amiga que eu poderia ter, me deu conselhos e me apoiou, me aceitou na sua família como namorada da sua filha… Eu sinceramente não tenho como agradecer por tudo isso. – dá um abraço de gratidão em Clarice.

 

 

Petúnia chega e vê Camila no sofá.

– Minha mãe já me ligou e contou tudo sobre o dia de amanhã. Fico feliz que você esteja mais confiante consigo mesma. Quem diria que amanhã teremos uma nova chance de inseminação? Parece que ontem nós estávamos nos conhecendo, engatando um relacionamento, mudando para esse apartamento… – reflete, emocionada.

– E agora nós vamos realizar nosso sonho de sermos mães. Já pensou como vai ser daqui pra frente?  Já imaginou sua mãe como avó? – Petúnia falou com empolgação.

O telefone toca.

– Ah, olha aí, falando nela… – Camila fala enquanto pega o celular para atender. – Oi, mãe…

– Filha, você tá ocupada? – Clarice questiona do outro lado da linha.

– Não, mãe, pode falar. – tranquiliza.

– De qualquer forma, o que eu tenho pra falar é rápido. Então, fala pra Petúnia ficar tranquila, vai dar tudo certo – Clarice fala com serenidade e segurança na voz.

– Tudo bem, mãe, pode deixar que passo o recado pra ela… Beijos! – desliga, feliz.

– Era a sua mãe? – Petúnia se entristece – Como eu queria que minha mãe estivesse aqui me apoiando, mas faz quase vinte anos que não a vejo… – emudece de tristeza.

– Por que você não a procura? Vocês nunca se falaram mais, né? Se é isso que te fará bem, você pode contar comigo! E pelo o que você conta não foi ela quem te expulsou de casa… – aconselha, tentando animá-la

– Pode ser, até que eu sinto vontade mesmo, mas primeiro eu preciso me focar no meu sonho e eu fico um tanto chateada por ela não ter enfrentado meu pai nem nada. – fala, com dúvidas.

– Tudo bem, agora vamos dormir que amanhã temos que acordar cedo pra irmos à clínica.

***

– Então… Preparada? – a médica questionou Petúnia, que apresentava um semblante tenso.

– Mais do que qualquer coisa nesse mundo! – responde, com obstinação.

– Os óvulos já foram coletados e fecundados e agora serão colocados no seu útero, Petúnia. Alguma dúvida? – a médica explicou o procedimento enquanto preparava os equipamentos para o procedimento.

Petúnia sente um frio na barriga acompanhado um filme de sua vida que insiste em perturbá-la naquele momento: sua infância, a adolescência, a expulsão de casa, a chegada a São Paulo. Mas também os bons momentos desde que saiu de sua cidade em outro estado: seus diversos momentos na revista, o primeiro encontro com Camila, as tentativas frustradas de engravidar.

 

Algumas semanas se passaram desde que saíram da clínica e para surpresa delas, o procedimento deu certo e Petúnia estava grávida. Elas comemoram e começam a se organizar para a chegada do bebê.

 

***

Quatro meses depois.

Clarice, Petúnia e Camila discutem sobre a ultrassonografia programada para o dia.

– Será que hoje finalmente eu ficarei descobrindo se serei avó de um menino ou de uma menina? – Clarice demonstra empolgação.

– Ao que parece, finalmente sim – Camila não escondeu o sorriso de felicidade.

– Eu não sei qual das três está mais ansiosa para essa descoberta. Enfim, o mais importante é que hoje poderemos ver nosso bebê – Petúnia tenta conter as duas.

– Mãe, você irá à clínica, né? – pergunta, apenas para ter certeza.

– O quê? E você ainda pergunta? Até parece que eu vou perder essa oportunidade. Eu quero acompanhar cada passo dessa gestação. – garante, com ansiedade.

– Quem te vê nem imagina que por trás dessa mulher moderna vive a mais típica avó coruja – Petúnia ri.

– Bobagem, você sabe disso. Agora vão indo na minha frente que eu só tenho que procurar a minha bolsa. Eu logo desço e alcanço vocês – Clarice fica no apartamento enquanto as duas descem.

 

– Cadê essa dona Clarice que não chega, hein? Que demora… – Camila demonstra impaciência e apreensão.

– Ela já deve estar vindo. Só tem que encontrar essa procurada bolsa – Petúnia faz um carinho no rosto dela e a beija, cuidadosa.

Enquanto isso, um grupo de bad boys para na frente delas.

– Que falta de vergonha é essa que eu to vendo na minha frente? Fazerem essa nojeira em casa eu até aceito, mas na rua? Ah, eu não admito mesmo – falou um rapaz que parecia ser o líder deles, demonstrando arrogância e preconceito.

– E quem você pensa que é pra admitir ou não alguma coisa? Se enxerga, infeliz! A rua é pública e nós somos livres pra fazermos o que quisermos! – Petúnia encarou-o, irritada.

– Ah, é? Vai mesmo falar assim comigo? – questiona, com ironia – Então nós vamos dar uma lição na sua amiguinha e você vai acompanhar nosso show de camarote pra ver quem é que manda – o rapaz responde nada amigável e sinaliza que os companheiros deveriam atacar.

Um dos homens segura Petúnia, que começa a gritar e Camila é espancada pelos demais. Ela se debate, atormentada e clamando pelo nome da companheira. Petúnia desmaia e é jogada no chão. Clarice assiste ao final da cena, ficando aos gritos. O grupo corre e é perdido de vista.

 

Petúnia acorda zonza e fica desesperada.

– Cadê a Camila? E o meu bebê? Eu quero saber da Camila! – interroga, aflita e enfurecida.

– Fica calma, Petúnia – a enfermeira tenta tranquilizá-la – já fizemos os exames e vimos que seu bebê está bem… – diz, com receio, como se tivesse algo a mais a dizer.

– E a Camila? Como está a Camila? Eu quero ver a Camila!

A enfermeira se emudece. Clarice entra pelo quarto, com uma aparência abatida e chorando. Não fala nada, só se aproxima de Petúnia. A mulher a segura pelos braços e volta a fazer as mesmas perguntas.

– Fica calma. Tenta ficar calma. – Clarice entra e corre para tentar acalmá-la, enquanto uma lágrima pesada percorre seu rosto – Esse é um momento que nós precisaremos ficar juntas, mais do que nunca. A Camila, a Camila… Infelizmente… – Clarice não consegue pronunciar as palavras sem deixar as lágrimas caírem.

– Fala! A Camila tá internada, é isso? Seja lá como ela estiver, eu quero ver a Camila! – Petúnia gritava incontrolavelmente.

– Infelizmente… – tenta escolher as palavras com cuidado – Eu não sei nem como dizer, mas a Camila… Ela morreu. – Clarice desaba a chorar.

Petúnia entra em choque enquanto Clarice a abraça. As duas começam a chorar copiosamente.

O som é cortado e apenas o desespero das duas em câmera lenta é mostrado.

– Então é isso? Esses desgraçados me tiram, de uma forma brutal, a pessoa que mais amo, em plena luz do dia, e ficam impunes? Que Justiça é essa? EU QUERO JUSTIÇA! Eu vou me dedicar pelo resto da minha vida até que eles paguem por tudo que fizeram! – Petúnia chora transtornada. – Eu não fico em paz até que a justiça seja feita, eu…

– Você não tá sozinha nessa! Pode contar comigo, sim! Eu movo céus e terras, mas impunes eles não ficam! – garante, com total convicção, com uma força dentro de si que jamais sentiu antes.

 

***

Quatro meses e meio depois…

Desde a morte de Camila, muita coisa mudou. Clarice foi morar com Petúnia, para apoiar a nora. Petúnia, no final da gravidez, estava afastada da revista esperando o filho nascer (era um menino). Até quando pôde, fez o possível pra ajudar nas investigações da morte de Camila. Os agressores foram apreendidos na semana anterior e aguardavam julgamento. E a ONG criada para apoiar vitimas de homofobia, recém-inaugurada, ficou sob os cuidados de Clarice, que também fazia parte do projeto.

Mas o que acontecera naquele dia, uma ligação telefônica, surpreendeu Petúnia mais que tudo que poderia imaginar. Ela dava respostas monossilábicas, tamanho era o seu choque. Petúnia desligou o telefone com o rosto emocionado e espantado. Ela estava completamente anestesiada pelo o que ouvia. Era como se estivesse numa realidade paralela, não sentia nada.

– O que aconteceu pra você estar tão assustada e sem reação? – Clarice perguntava, aflita, em busca de respostas.

– Eu… Eu não esperava por isso… Eu nem sei se queria… – fala, demonstrando desnorteio e indecisão

– Fala! Que agonia eu ter que aguentar esse seu mistério! Você já tá me deixando aflita desse jeito! – segura nos braços de Petúnia e a sacode levemente.

– O meu pai… Ele me ligou, falou que viu minha foto e meu nome nos jornais por conta da morte da Camila… Ele estava me procurando há anos, mas nunca me encontrava… Ele disse que quer me pedir perdão, conversar comigo por tudo, só que… – Petúnia começa a chorar – A minha mãe infelizmente faleceu há seis anos… Ele disse que me ver, acertar o que tá pendente, me pedir perdão, mas… – conta, confusa.

– Não chora… – Clarice tenta consolá-la, – Você tá vendo a possibilidade do seu futuro ser melhor, apesar de tudo, reajustar muita coisa que ficou pendente e… – nesse momento ela é interrompida por um grito de surpresa de Petúnia.

– A bolsa! A bolsa! A bolsa estourou! Vai nascer!

– Então vamos! Vamos para o hospital!

Petúnia já havia dado à luz Valentim e estava com ele nos braços. Clarice fazia companhia a ela quando ouviu uma batida na porta do quarto. Era Eugênio, que trazia consigo um sapatinho de bebê e flores nas mãos. Ele estava inseguro e entrou com extremo cuidado. Mas foi recebido com uma simples e sincera fala.

– Pai… – Petúnia pronuncia emocionada aquilo que Eugênio a tinha proibido de pronunciar há quase vinte anos.

 

 

Próximo episódio: Amarílis é dotada de uma obsessão fora do comum e será capaz de recorrer até aos recursos mais sórdidos para impedir o divórcio.
Autor: Wesley Alcântara
Data de publicação: 30 de março

 

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