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[crítica] Irmãos de Guerra: Ótima história e boa condução

A web série ‘Irmãos de Guerra’ conta a história de Jason e Tomas, dois amigos que vivem em mundos um tanto quanto diferentes. Mas nem por isso deixam a amizade deles enfraquecer, encontram sempre uma maneira de não se largarem – mesmo tendo que lidar com circunstâncias difíceis. Arrisco-me dizer que ambos até são capazes de lembrar, em alguns casos, a inesquecível dupla do filme ‘Cidade dos Homens’: Laranjinha e Acerola.

No começo, a união dos protagonistas era algo bonito de se ver, havia um sentimento inocente entre eles, tudo foi muito bem trabalhado pelo autor. Mas com o decorrer dos capítulos, a amizade dos meninos acabou soando como uma coisa não recíproca – Tomas parecia ser mais amigo de Jason do que o contrário. Não que isso tenha sido um ponto desfavorável, pois toda essa situação, de certa forma, enriqueceu o enredo porque era evidente que um se arriscava mais que o outro para continuarem a ser amigos, o que possibilitou até uma torcida individual por cada um.

Outros dois personagens que se destacaram na obra foram Zé Pilantra e Théo – o primeiro é um criminoso, o segundo um policial. E os embates que o escritor promoveu entre ambos foi incrível de se ver, sem dizer que cada um dos rapazes tinham relação direta com Jason e Tomas, e influenciavam bastante nas vidas dos jovens, o que foi inegavelmente fundamental para os rumos da história.

Uma boa dose de mistério também fora depositada nos capítulos mais recentes, o que é bacana pelo fato de aguçar a imaginação, despertar o interesse para continuar acompanhando o desenrolar das coisas, e tudo isso tem sido trabalhado sem exageros. A dúvida que perneia a trama é sobre quem se esconde por trás da identidade do Duende Prateado – um chefão do crime –, que ainda não tem dado o que falar entre os personagens, mas que já despertara a minha curiosidade.

Os capítulos estão otimamente estruturados, são visivelmente bonitos. Os diálogos são naturais e espontâneos, valorizando a forma que cada personagem se expressa – alguns usam gírias, outros não. O roteiro tem sido muito bem desenvolvido. Ou seja, com tantos acertos é até difícil se ater aos erros, porém, eles existem e podem ser encontrados frequentemente na escrita – com vários erros ortográficos e de concordância – e inicialmente na sinopse – a qual está bastante bagunçada.

De um modo geral, é possível perceber que a escrita do autor amadureceu bastante se comparado ao de ‘Escrava Paixão’ (a qual já fora criticada). O enredo de ‘Irmãos de Guerra’ é mais instigante, os rumos dos personagens são bem desenvolvidos, uma história que dá gosto de ler. Em outras palavras, a condução da obra tem sido algo maravilhoso de se acompanhar.

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