No Rumo da Vida

Capítulo 35 | Fantasmas – No Rumo da Vida

https://www.youtube.com/watch?v=N7TNAu3-_HM&t=1s

[CENÁRIO 01 – CASA DA BEATRIZ/ SALA/ DIA]
THOMAS – Seu filho? Como assim seu filho? De quem é esta criança Beatriz?
BEATRIZ – Vem meu menino. (leva o garoto até o sofá) Daqui a pouco eu te levo pro seu quarto novo.
THOMAS – Quem é este menino Beatriz?
BEATRIZ – Eu já disse, meu filho.
THOMAS – Com quem?
BEATRIZ – Eu o adotei, Thomas. E simplesmente é o meu filho. E de mais ninguém.
THOMAS – Adotou? Como assim? Não contou nada pra mim.
BEATRIZ – Precisa?
THOMAS – Você não deve está falando sério? Uma adoção não é tão rápido assim, ainda mais para uma mãe solteira.
BEATRIZ – Mas minha advogada resolveu tudo. E mesmo assim, eu tenho bastante dinheiro e condição de dar tudo que essa criança precisa. Agora vamos meu menino, hora de tomar um banho e conhecer seu quarto novo. (leva ele até a escada)
THOMAS – Diz que isso é uma brincadeira, Beatriz? (indo atrás deles)
BEATRIZ – Não é meu irmão, você é titio, acostume-se com isso.

[CENÁRIO 02 – APARTAMENTO DA CAMILA/ COZINHA/ DIA]
(Camila e Cláudio estão na cozinha. Ela prepara uma jarra de suco, enquanto Cláudio está sentada a mesa, observando-a)
CAMILA – Obrigada pela ajuda. Se não fosse você, eu ainda estava tentando arrumar esse apartamento.
CLÁUDIO – Até que ficou mais espaçoso? Mais e agora que o apartamento está arrumado, nada te impede de sair comigo. (se levanta e se aproxima dela, pega em sua mão, mas ela solta logo em seguida, e se afasta) Eu posso ter me apressado ontem à noite, mas prometo ir com calma.
CAMILA – Acho melhor não sairmos mais.
CLÁUDIO – Por quê? Deste que a gente se conheceu, não consigo mais parar em pensar em você. Eu não consigo mais ficar longe de você… (fica em frente dela, mas ela não olha em seu rosto) Estou sentido algo muito forte por você. E não quero que isso acabe agora. Quero muito continuar saindo contigo, te conhecer melhor… quero ficar perto de você.
CAMILA – Para. (tenta se afastar dele, mas ele á puxa pra mais perto)
CLÁUDIO – Eu gosto de você Camila. (rouba um beijo dela)

[CENÁRIO 03 – EMPRESA (SALA DE REUNIÃO/ SÃO PAULO)/ DIA]
KARINA – Tudo absolutamente certo. Nenhum desvio. As contas da empresa estão certas…
FELIPE – É isso que está errado.
LUCAS – Como assim, Felipe?
FELIPE – Meus cálculos estão certos, ouve um grande desvio durante esses últimos cinco anos. E quem quer que esteja fazendo isso, sabe muito esconder.
KARINA – Mas vamos encontra-lo, Felipe. Bom, já está anoitecendo. Vamos?
FELIPE – É melhor. Estou cansado, preciso de um banho…
KARINA – E comer né. Você não comeu nada hoje.
FELIPE – Amanha a gente investiga mais. Vocês se importam deu ir depois, quero liga pra minha mãe daqui, avisar à ela que estou bem.
KARINA – Claro. Vamos está te esperando em casa. (Karina e Lucas vão embora. Felipe pega o telefone da empresa, e liga para sua casa)
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Meu filho, finalmente você ligou?
FELIPE – Oi mamãe! Desculpa eu ter viajado assim, sem avisar.
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Perdeu a festa surpresa que preparamos pra você!
FELIPE – Festa surpresa?
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Isso, vai dizer que você não sabe que dia era ontem?
FELIPE – Não… Aah sim, como podia esquecer.
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Pois é, perdeu sua festa de aniversário filho.
FELIPE – Mas eu não gosto muito de festas mamãe, a senhora sabe.
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Não é verdade, deste pequeno você gostava dos aniversários surpresa que preparávamos para você.
FELIPE – Mas eu não sou mais criança mãe.
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Quando você volta?
FELIPE – Se der depois amanhã.
[VIVIANE PELO TELEFONE] – E o que você foi fazer aí em São Paulo?
FELIPE – Vim resolver um assunto importante, mas assim que eu terminar aqui, eu volto mamãe.
[VIVIANE PELO TELEFONE] – Então tá filho. Boa noite.
FELIPE – Boa noite mamãe.

[CENÁRIO 04 – APARTAMENTO DA CAMILA/ COZINHA/ DIA]
(Camila empurra Cláudio, após ter outra lembrança da sua infância)
CAMILA – Me larga! Vai embora daqui.
CLÁUDIO – O que foi que fiz?
CAMILA – Por favor, vai embora. Preciso ficar sozinha.
CLÁUDIO – Vamos conversar, eu gosto de você, e tenho certeza que você também gosta de mim.
CAMILA – VAI EMBORA!!! Por favor. (Cláudio não diz nada, apenas sai… Camila fecha a porta, senta ao lado dela, e começa a chorar)

[CENÁRIO 05 – HOTEL DE FREDERICO/ Q. DE FREDERICO/ DIA]
(Frederico esta andando de um lado para o outro em seu quarto de hotel. Senta um pouco na cama, levanta de novo, começa a andar. Pega seu celular, olha as horas, deita na cama, olha para o teto um pouco, levanta de novo, começa andar novamente, e finalmente pega seu celular, e faz uma ligação)
FREDERICO – Preciso falar com você, e se puder, tem que ser agora.

Anoitecendo…

[CENÁRIO 06 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DA CARLA/ NOITE]
(Carla sai do banho e começa ser interrogada)
PAULA – Então… como foi o almoço?
CARLA – Vocês já vão começar?
ROBERTA – Não adianta esconder nada da gente Carla, se não descobrimos por você, o Miguel nós conta.
CARLA – Vocês não estão pensando em ir atrás dele, pra tentar descobrir o que a gente fez, né?
PAULA – Se você não contar pra gente, a gente faz isso.
CARLA – Vocês são malucas mesmo. Está bem, o que vocês querem saber?
ROBERTA – De tudo, pode contar tudo pra gente.
PAULA – Vocês já se beijaram? Estão namorando?
CARLA – Não e não. Somos apenas bons amigos. E mais nada que isso.
ROBERTA – Ah não Carla, não vem com essa história de que vocês são só apenas bons amigos, que já está ficando velha.
CARLA – Mas é verdade. Somos amigos, e apenas conversamos. Ele me faz bem, me distrai…
PAULA – Acho que precisamos realmente ter uma conversa com esse Miguel, Roberta?!
CARLA – Vocês nem pense em ir atrás dele, pra falar dessa bobagem de vocês duas.

[CENÁRIO 07 – CASA DA VERÔNICA/ SALA/ NOITE]
(Cláudio chega em casa se culpando)
CLÁUDIO – Seu burro, burro. Porque você fez isso idiota. (se joga no sofá)
VITORIA – Que cara é essa?
CLÁUDIO – Cara de estúpido que eu sou.
VITORIA – Está acontecendo alguma coisa?
CLÁUDIO – Nada, Vitoria. Não se preocupa. Cadê a mamãe?
VITORIA – Ela saiu. Esses últimos dias, ela não tem parado mais em casa.
CLÁUDIO – Estranho. Aposto que ela deve está na casa da Luana.
VITORIA – Não está, porque acabei de ligar pra lá, e a Luana disse que ela não estava.
CLÁUDIO – Não.
VITORIA – É difícil acreditar no que eu vou falar agora, mas eu acho que a titia arrumou um namorado.
CLÁUDIO – Namorado? Não, acho que não. Não que minha mãe não seja bonita, nem que ainda não possa chamar a atenção de outros caras, mas acho que ela não pensa em arrumar outro marido agora.
VITORIA – Mas pra nunca parar em casa, é a única explicação.
CLÁUDIO – Não, não acho que seja isso.
VITORIA – Eu sei que é difícil acreditar, mas a única explicação lógica é esta.
CLÁUDIO – Não acredito. Minha mãe não encontrou ninguém desde que o papai morreu.
VITORIA – Mas isso sempre pode acontecer.
CLÁUDIO – Não. Será? (confuso)

[CENÁRIO 08 – CASA DO FELIPE/ SALA/ NOITE]
(Paulo vem descendo as escadas)
LUANA – Finalmente você desceu. Vamos jantar.
PAULO – Calma, vamos esperar a mamãe.
LUANA – Ela não vai jantar com a gente hoje.
PAULO – Por quê? Ela está se sentido mal, e não pode desce hoje?
LUANA – Não, ela saiu!
PAULO – Pra onde?
LUANA – Isso ela não disse.

[CENÁRIO 09 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Camila está deitada no sofá, ainda chorando, quando a campainha toca)
CAMILA – Já estou ainda. (limpa as lágrimas, e vai abrir a porta. Ela fica surpresa com quem ver na porta) Você?

[CENÁRIO 10 – PRAÇA/ NOITE]
(Frederico está sentado em um banco da praça, ansioso, aguardando alguém. Sua convidada chega e ela levanta para recebe-la)
FREDERICO – Que bom que você veio!

[CENÁRIO 11 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ NOITE]
VIVIANE – Posso entrar?
CAMILA – Como você descobriu onde eu moro?
VIVIANE – Eu só quero conversar com você.
CAMILA – Não temos nada pra conversar. Eu não sei como você conseguiu meu endereço, mas…
VIVIANE – Eu serei breve, Camila. É esse seu nome né?
CAMILA – É!
VIVIANE – Posso entrar?
CAMILA – Entra. Mas vou logo dizendo que se você veio falar sobre aquele assunto, não poupe o trabalho de entrar.
VIVIANE – Não vim tocar nesse assunto. Licença. (Viviane entra, Camila aponta para ela se sentar no sofá, e as duas se sentam)
CAMILA – Então o que você quer falar comigo?
VIVIANE – Talvez a gente tenha começado errado. E eu quero tentar de novo.
CAMILA – Não estou entendo?
VIVIANE – Você me parece ser uma boa moça. Não se parece nada com aquela mulher. E acho que a gente, se daria bem, se pudéssemos tentar de novo…
CAMILA – Você quer recomeçar de novo?
VIVIANE – Vamos esquecer aquela história, está tudo resolvido mesmo. Você não é filha do Fernando, então…
CAMILA – Que bom que eu não sou. Desculpe o que eu vou falar, mas eu agradeço a Deus por não fazer parte da sua família. Você e seu filho me trataram muito mal, naquele dia.
VIVIANE – Eu sei.
CAMILA – Então eu não entendo porque você está tentando ser minha amiga agora?
VIVIANE – É que eu acho que tive a impressão errada de você. Vendo você ontem, com o Cláudio, se divertindo, acho que você não é a pessoa que eu pensava.
CAMILA – O Cláudio? Foi ele quem mandou a senhora aqui?
VIVIANE – Não. Na verdade, ninguém sabe que eu estou aqui.
CAMILA – Pois então acho melhor você ir. Se não daqui a pouco, vão percebe a sua ausência, e vão começar a procurá-la, e podem dizer que eu a sequestrei.
VIVIANE – Ninguém vai fazer isso, eu não iria deixar.
CAMILA – Mesmo assim, acho que está tarde. Melhor você ir. (se levanta e caminha até a porta e a abre)
VIVIANE – Eu não queria ir antes de saber, se está tudo bem entre a gente.
CAMILA – Fica tranquila, eu não tenho nenhum problema com você. E nem com sua família.
VIVIANE – Qualquer coisa que você precisar, e não ter a quem recorrer, pode contar com minha ajuda.
CAMILA – Eu agradeço a ajuda, mas eu não preciso de nada.
VIVIANE – Então tá. Eu vou indo. Boa noite. (Camila não responde, e fecha a porta logo em seguida. Volta para o sofá, pensativa)

[CENÁRIO 12 – PRAÇA/ NOITE]
VERÔNICA – Espero que você tenha marcado esse encontro essa hora, pra me responder sobre a minha proposta?
FREDERICO – Eu quero me aproximar do meu filho. E não há dinheiro nenhum que me faça largar isso.
VERÔNICA – Então é um não?
FREDERICO – É Verônica. Eu quero me aproximar do Felipe, e seu dinheiro não vai pagar isso.
VERÔNICA – Fala sério Frederico. Você recusando dinheiro. Eu te conheço muito bem, você já abandonou a Viviane uma vez por causa de dinheiro ou estou enganada.
FREDERICO – Isso porque você me disse que ela tinha indo embora, pra se casar com outro cara.
VERÔNICA – E você sem tentar ver se era verdade, some atrás da Beatriz. Que era rica, e que iria herdar uma boa grana quando fizesse 18 anos.
FREDERICO – Não adianta me culpa por essa história.
VERÔNICA – Você tem culpa sim. Você abandonou a Viviane sozinha, grávida. Se ela não estivesse casado logo com o Fernando, hoje não se sabe o que teria acontecido.
FREDERICO – Se eu soubesse que ela estava grávida, eu não teria fugido.
VERÔNICA – Agora não adianta fica tentando consertar os erros do passado. O Felipe já nasceu, já é homem agora. Cada dia mais ele se parece com o pai dele.
FREDERICO – Eu sou o pai dele.
VERÔNICA – Você pensa que ainda dar de recuperar todo o tempo perdido? Felipe não iria te aceitar. Ele ama o pai dele.
FREDERICO – Só vou saber se eu tentar.
VERÔNICA – Você vai quebrar a cara. Eu fosse você, aceitava a minha proposta e sumia de novo da vida dessa família.
FREDERICO – Eu já abandonei muitas coisas na minha vida. E essa eu não vou abandonar. Eu vou até o fim e vou me aproximar do meu filho.
VERÔNICA – Você quem sabe. Depois não diga que eu não estava querendo te ajudar. (pega sua bolsa, levanta do banco e sai)

[CENÁRIO 13 – CASA DA KARINA (SÃO PAULO/ SALA/ NOITE]
MIGUEL – Então estão roubando a nossa empresa?
KARINA – Estão e infelizmente ainda não conseguimos nenhuma pista de quem esteja fazendo isso.
FELIPE – Mas amanha vamos continuar investigando. Essa pessoa deve ter dado alguma escorregada. E é aí que vamos pegar ele.
MIGUEL – Bom se vocês precisarem de ajuda, eu tenho um compromisso amanha, mas…
KARINA – Ah é? E com quem é esse compromisso?
MIGUEL – Com uma amiga, que vocês vão conhecer em breve.
FELIPE – (brinca) Amiga ou namorada hein, Miguel?
MIGUEL – Amiga primo. Por enquanto.
KARINA – Não se preocupa irmão. Não precisa desmarcar nada com sua amiga, eu e o Felipe conseguimos pegar essa pessoa.
FELIPE – Pode se divertir com sua amiga. E se amizade virar algo mais forte, não esquece de apresentar ela pra gente.
MIGUEL – Se virar né… mas eu quero ajudar, de verdade!
KARINA – Miguel você tem sua vida. Você mesmo disse que não se interessava pelos os assuntos da empresa?!
MIGUEL – Eu sei, mais estamos falando de roubo. E a empresa que nossa família demorou pra construir.
KARINA – Sabemos disso Miguel, por isso eu e o Felipe, vamos conseguir encontrar alguma pista. Vai se divertir com sua amiga, e deixa isso com a gente.

[CENÁRIO 14 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DA CARLA/ NOITE]
(Carla entra no quarto e encontra Paula e Roberta combinando alguma coisa)
CARLA – Posso saber o que vocês tanto cochicham, que deste o jantar vocês não se desgrudaram mais?
PAULA – Se você contar pra gente a verdade, a gente conta o que estamos falando?
CARLA – Ah não. Vocês novamente vão começar com esta história. Eu já contei tudo, se vocês não acreditam, não é minha culpa.
PAULA – Então não contamos o que estamos planejamos.
CARLA – Então vocês estão planejando mesmo alguma coisa. Não é nada com o Miguel, né? Se vocês aprontarem alguma coisa entre Miguel e eu, vocês vão ver.
ROBERTA – Relaxa, Carla. Não é nada com você e o Miguel.
CARLA – Eu vou deitar, que amanha tenho trabalho. É bom você ir também Paula, e parar com essas conversinhas com a Roberta.
PAULA – Daqui a pouco eu vou, só vou terminar de organizar uns detalhes do nosso projeto com a Roberta.
CARLA – Está bem. Boa noite meninas. (caminha até o banheiro, enquanto Paula e Roberta, continuam conchichando)

[CENÁRIO 15 – CASA DA VERÔNICA/ SALA/ NOOITE]
(Verônica chega em casa)
VITORIA – Chegando essa hora tia?
VERÔNICA – E tenho horário agora na minha própria casa?
VITORIA – Não. Então qual o nome do cara?
VERÔNICA – Que cara?
VITORIA – O que você está pegando.
VERÔNICA – Olha só como você fala comigo garota.
VITORIA – Namorando, enrolando, enfim, o cara que a senhora saiu hoje a noite.
VERÔNICA – Eu não sai com nenhum cara, menina.
VITORIA – E pra onde a senhora estava até essa hora?
VERÔNICA – Na casa da Luana.
VITORIA – Sei…
VERÔNICA – Olha menina, não tenho que ficar dando satisfação para uma garota que nem você. Estou muito cansada, e acho que tá na hora de crianças irem pra cama. Boa noite. (Verônica sobe para o quarto)
VITORIA – Boa noite. É… aí tem coisa. Se a senhora não quer contar titia, eu vou descobrir sozinha.

 

Continua no capítulo 36…

Anderson Silva

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